Ata-me! é o terceiro filme de Almodóvar que assisti e foi o primeiro que cheguei ao final com dúvidas, dúvidas logo sanadas após ler opiniões alheias, algumas revoltadas, algumas dando ênfase na sátira que o filme supostamente é. Após repensar o filme, tirei as minhas conclusões e aqui estão elas. O filme é classificado como comédia, todavia em momento algum achei graça, torcia constantemente para que a personagem Marina fugisse daquela situação extremamente incômoda e desagradável em que ela e o telespectador são colocados.
No entanto, a falta de comédia é suprida por um romance que surge aos poucos por parte da vítima.. "É mais uma estória de amor do que de terror", esta frase pauta o que vem a ser o relacionamento de Marina e Ricky. A frase, dita no filme, é usada apenas para descrever o filme de terror que a personagem principal atua. Apesar de colocada em outra situação, ela pode ser usada para descrever como tão facilmente pode-se ofuscar uma situação de abuso e maus tratos para com uma mulher se existe o "amor". Situação que de fato acontece, pois Lola, a irmã de Marina, mesmo que ciente de toda situação, releva e promete não contar a mais ninguém. Marina e Ricky tem uma história antes do filme que eu esperei para ser revelada. A história deve ter sido revelada à irmã da personagem, entretanto o público não tem o mesmo privilégio e eu me perguntei por alguns minutos o porquê. Porque não importa. Não importa no sentido de ser só mais uma desculpa, um porém, para relevar os atos doentios do personagem de Antonio Banderas. "As vezes elas se confundem" é a frase que o diretor do filme usa como resposta para a primeira frase dita nessa minha análise. E é o que acontece. No final temos uma Marina estranha, quase que chorosa, mas que ri, uma Marina confusa.
Por fim, eu recomendo o filme e recomendo a todos que não vejam nada de maneira superficial. Devemos entender que floreios não fazem do mal bom, que para um final feliz é necessário mais do que uma música bonita, pessoas sorrindo e festejos. Às vezes é necessário se questionar, questionar o que foi visto, pensar, repensar, não só consumir o material.
A minha vontade de conhecer It, A Coisa existe há anos. Todavia, foi só com o anuncio do novo filme que eu finalmente me animei para ler o livro e então finalmente me permitir assistir a sua nova adaptação nos cinemas. No final das contas, valeu mais a pena ter lido o livro que visto o filme. Relativo aos pontos positivos: o Pennywise de Bill Skarsgard, tanto em sua caracterização quanto a atuação, transmite o que para mim seria muito da característica do personagem dos livros. Um ser místico, perverso, um tanto caótico e de muitas formas, ponto. Quanto ao restante do casting eu vejo neles todos os personagens do livro, em sua essência. Nesta parte temos uma boa adaptação. Pontos neutros: a história é condensada demais, bem distribuída, mas condensada demais. Muitos pontos interessantes e que agregariam a trama foram excluídos ou adaptados, tudo em prol do roteiro. Faz sentido? Faz. Tira pontos? Não, pois é uma adaptação, entretanto poderia sim ser muito melhor. Pontos negativos: eu colocaria como a resolução final,
usar o clichê da "donzela em perigo" e o "beijo do amor" para tirá-la daquela situação foi deveras sem graça e um método meia boca que acaba por descaracterizar uma personagem que poderia ser muito melhor, muito mais forte
um monte de crianças agredindo o Pennywise até ele decidir se retirar, meh. Felizmente, tudo é "bem embasado", afinal o Pennywise do filme aparentemente perde muito do seu potencial quando não está lidando com alguém temeroso a ele
. It, A Coisa, é uma adaptação ok de uma obra incrível. Não é possível condensar uma trama tão complexa e cheia de história em um filme de 2 horas, contudo o resultado final visto nessa nova adaptação foi positivo. Para quem ainda for assistir, recomendo não assistir esperando medo ou sustos. Eu particularmente odeio filmes que usam jump scares e aqui não temos muito disso, um ou outro até, mas todos previsíveis e sem graça. É uma aventura. Recomendo fortemente para os que já viram (ou até os que pretendem) que leiam o livro, seja você leitor assíduo ou iniciante. Uma simples e óbvia errata, é um filme baseado em uma livro, logo as comparações são inevitáveis.
É complicado falar de Donnie Darko, levando em conta o mercado que compra esse tipo de filme. Não digo que é um filme ruim, mas é um filme quebrado, que joga questões demais na sua cara com algumas respostas pra te fazer continuar procurando sentido. É o tipo de filme que muita gente diz entender, que diz que se você não entendeu é porque é burro ou algo do tipo, mas a verdade é que essas mesmas pessoas tem mais dúvidas do que respostas, mas se mostram pedantes porque provavelmente se sentem melhor, se julgam melhor. É um filme com um enredo confuso, com regras confusas, mas com um cenário, com personagens, em sua grande maioria interessantes e bem construídos. Creio que o maior problema do filme seja o diretor, que ainda era bem novo e tinha muito a provar e de fato não conseguiu. Tudo para a compreensão de um filme deve estar nele, e o diretor teve o erro de explicar coisas depois. Esse tipo de atitude inválida mais ainda a obra. Por fim, é um filme bom, que vale seu tempo, mas que está longe de ser uma obra prima, que está longe de valer uma "nota 10". É comum se animar com questões, com teorias, mas isso não faz de Donnie Darko algo genial, somente ok, principalmente quando certas coisas estão ali, jogadas, só por estar.
Mais um Fast and Furious que me entregou o que eu esperava: ação, cenas incríveis e os personagens que eu gosto e me lembro com tanto carinho. Esperava uma maior participação do Sean, mas ele não aparecer mais do que em uma cena é compreensível, esse não é o filme dele, ainda. O Han faz muita falta, mas não tanta falta quando o Brian fará... Não tenho nem o que dizer sobre e tão pouco nem sei o que esperar de continuações sem ele. Espero que consigam e que mantenham viva essa franquia que eu tanto gosto, da melhor maneira possível. Foi um filme que não me decepcionou em nada, do começo ao fim foi divertido. Achar que certas cenas são surreais demais, achar que isso é um ponto negativo, chega a ser triste vindo de certas pessoas. Certamente são pessoas que não tem a capacidade de notar que F&F vive disso, de ação, pode ter começado com uma premissa sobre carros, corridas, mas hoje é um filme de ação e é comum que em filmes de ação você tenha ação, não acham, gênios?! Essas críticas devem ser sumariamente ignoradas, assim como as pessoas que o fazem, são pessoas que não gostam, que assistem pra criticar ou nem assistem. Achar também que o sucesso do filme foi dado a morte do Paul Walker é outro ponto desnecessário, esse é o sétimo filme da franquia, já alcançaram um público enorme e o sucesso era algo previsível. Por fim, o final foi de fato emocionante, a metáfora, a despedida, é tudo bem feito. Uma grande homenagem para um ator tão importante não só para os filmes, mas para o elenco também. Mal posso esperar pelo próximo, que é certeza que virá. Recomendo não só esse filme, mas todos os filmes da franquia, pra quem procura uma série de filmes voltadas a personagens, a ação (que cresce com o decorrer dos filmes) e claro, corridas.
Já de início deixo claro que gostei do filme, mas não se espera muito de filmes assim... Lutas, história fraca e forçada (principalmente a ligação desnecessária da Megan Fox com as tartarugas) e efeitos especiais até não aguentar mais. As tartarugas e o Mestre Splinter estão muito bem feitos, muito legais. Megan Fox fazendo papel de gostosa, pra variar. Um vilão ok, clichê, mas ok e é isso ai. Assista se estiver a procura de um filme simples.
Me pergunto porque alguns falam que esse filme é ruim, é chato e blá blá blá. Eu assisti o filme e gostei muito, gostei das atuações e apesar do filme ser lento, é muito bem feito, tão bem feito quanto o bigode muito foda do Daniel Day-Lewis. Eu não esperaria menos do Scorsese e o final, pra mim, foi magnífico, um final que mostra o amor do Scorsese por NY e que mostra como tudo aquilo que aconteceu, todas aquelas gangues, guerras, mortes, tudo aquilo não importam mais. Ainda vou re-assistir o filme pois é digno do meu tempo. "...And no matter what they did to build this city up again, for the rest of time, it will be like no-one even knew we was ever here." Recomendo muito esse filme.
Demorei para assistir o filme e só resolvi assisti-lo após ouvir um podcast. O filme me surpreendeu de uma maneira muito agradável, com uma trilha sonora ousada e um enredo que prende a atenção. Os atores são incríveis, como o Christoph Waltz, que faz um personagem completamente oposto ao que fez no Inglourious Basterds, mas com excelência. O Leonardo DiCaprio como um branco rico que usa o negro como diversão. O Samuel L. Jackson como um negro racista, mas que acima de tudo consegue ser mais esperto que todos os outros que o cercam, que manipula o personagem do DiCaprio sem ele nem notar. O Jamie Foxx consegue se destacar também, mas ainda assim eu particularmente prefiro os outros três atores "principais". O filme chama a atenção para algo que não queremos ver ou falar, para um assunto que é sempre colocado colocado de baixo de um pano, escondido, o preconceito. Como citei antes, o DiCaprio interpreta um branco que usa o negro como diversão, algo que acontece até nos dias de hoje, mas mais sutil. Li também algumas coisas sobre pessoas reclamando do uso da palavra "nigga" no filme inteiro (é um termo pejorativo que em português seria crioulo), uma palavra que alguns negros apoiam o uso (como a Opra) e outros não, não sei se é certo o uso dela ou não, tão pouco vou opinar pois não sou um, mas acho que é algo que deve ser debatido. A trilha sonora é muito boa, ousada, mas muito boa. O final do filme foi meio exagerado.
É como o Christopher Waltz fala antes de atirar no DiCaprio, fala para o Jamie Foxx: "Desculpa, eu não resisti", pra mim foi o que o Tarantino quis dizer para quem assistiu o filme: "Desculpa, gente, mas eu não resisti e tive que colocar toda essa matança exagerada".
Pra mim não estraga o filme que, putz, foi um filme muito bom e que eu irei assistir mais vezes. Recomendo.
Ata-me!
3.7 550Ata-me! é o terceiro filme de Almodóvar que assisti e foi o primeiro que cheguei ao final com dúvidas, dúvidas logo sanadas após ler opiniões alheias, algumas revoltadas, algumas dando ênfase na sátira que o filme supostamente é. Após repensar o filme, tirei as minhas conclusões e aqui estão elas.
O filme é classificado como comédia, todavia em momento algum achei graça, torcia constantemente para que a personagem Marina fugisse daquela situação extremamente incômoda e desagradável em que ela e o telespectador são colocados.
No entanto, a falta de comédia é suprida por um romance que surge aos poucos por parte da vítima..
"É mais uma estória de amor do que de terror", esta frase pauta o que vem a ser o relacionamento de Marina e Ricky. A frase, dita no filme, é usada apenas para descrever o filme de terror que a personagem principal atua. Apesar de colocada em outra situação, ela pode ser usada para descrever como tão facilmente pode-se ofuscar uma situação de abuso e maus tratos para com uma mulher se existe o "amor". Situação que de fato acontece, pois Lola, a irmã de Marina, mesmo que ciente de toda situação, releva e promete não contar a mais ninguém.
Marina e Ricky tem uma história antes do filme que eu esperei para ser revelada. A história deve ter sido revelada à irmã da personagem, entretanto o público não tem o mesmo privilégio e eu me perguntei por alguns minutos o porquê. Porque não importa. Não importa no sentido de ser só mais uma desculpa, um porém, para relevar os atos doentios do personagem de Antonio Banderas.
"As vezes elas se confundem" é a frase que o diretor do filme usa como resposta para a primeira frase dita nessa minha análise. E é o que acontece. No final temos uma Marina estranha, quase que chorosa, mas que ri, uma Marina confusa.
Por fim, eu recomendo o filme e recomendo a todos que não vejam nada de maneira superficial. Devemos entender que floreios não fazem do mal bom, que para um final feliz é necessário mais do que uma música bonita, pessoas sorrindo e festejos. Às vezes é necessário se questionar, questionar o que foi visto, pensar, repensar, não só consumir o material.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraA minha vontade de conhecer It, A Coisa existe há anos. Todavia, foi só com o anuncio do novo filme que eu finalmente me animei para ler o livro e então finalmente me permitir assistir a sua nova adaptação nos cinemas. No final das contas, valeu mais a pena ter lido o livro que visto o filme.
Relativo aos pontos positivos: o Pennywise de Bill Skarsgard, tanto em sua caracterização quanto a atuação, transmite o que para mim seria muito da característica do personagem dos livros. Um ser místico, perverso, um tanto caótico e de muitas formas, ponto. Quanto ao restante do casting eu vejo neles todos os personagens do livro, em sua essência. Nesta parte temos uma boa adaptação.
Pontos neutros: a história é condensada demais, bem distribuída, mas condensada demais. Muitos pontos interessantes e que agregariam a trama foram excluídos ou adaptados, tudo em prol do roteiro. Faz sentido? Faz. Tira pontos? Não, pois é uma adaptação, entretanto poderia sim ser muito melhor.
Pontos negativos: eu colocaria como a resolução final,
usar o clichê da "donzela em perigo" e o "beijo do amor" para tirá-la daquela situação foi deveras sem graça e um método meia boca que acaba por descaracterizar uma personagem que poderia ser muito melhor, muito mais forte
um monte de crianças agredindo o Pennywise até ele decidir se retirar, meh. Felizmente, tudo é "bem embasado", afinal o Pennywise do filme aparentemente perde muito do seu potencial quando não está lidando com alguém temeroso a ele
It, A Coisa, é uma adaptação ok de uma obra incrível. Não é possível condensar uma trama tão complexa e cheia de história em um filme de 2 horas, contudo o resultado final visto nessa nova adaptação foi positivo.
Para quem ainda for assistir, recomendo não assistir esperando medo ou sustos. Eu particularmente odeio filmes que usam jump scares e aqui não temos muito disso, um ou outro até, mas todos previsíveis e sem graça. É uma aventura.
Recomendo fortemente para os que já viram (ou até os que pretendem) que leiam o livro, seja você leitor assíduo ou iniciante. Uma simples e óbvia errata, é um filme baseado em uma livro, logo as comparações são inevitáveis.
Donnie Darko
4.2 3,8K Assista AgoraÉ complicado falar de Donnie Darko, levando em conta o mercado que compra esse tipo de filme. Não digo que é um filme ruim, mas é um filme quebrado, que joga questões demais na sua cara com algumas respostas pra te fazer continuar procurando sentido. É o tipo de filme que muita gente diz entender, que diz que se você não entendeu é porque é burro ou algo do tipo, mas a verdade é que essas mesmas pessoas tem mais dúvidas do que respostas, mas se mostram pedantes porque provavelmente se sentem melhor, se julgam melhor.
É um filme com um enredo confuso, com regras confusas, mas com um cenário, com personagens, em sua grande maioria interessantes e bem construídos. Creio que o maior problema do filme seja o diretor, que ainda era bem novo e tinha muito a provar e de fato não conseguiu. Tudo para a compreensão de um filme deve estar nele, e o diretor teve o erro de explicar coisas depois. Esse tipo de atitude inválida mais ainda a obra.
Por fim, é um filme bom, que vale seu tempo, mas que está longe de ser uma obra prima, que está longe de valer uma "nota 10". É comum se animar com questões, com teorias, mas isso não faz de Donnie Darko algo genial, somente ok, principalmente quando certas coisas estão ali, jogadas, só por estar.
Velozes e Furiosos 7
3.8 1,7K Assista AgoraMais um Fast and Furious que me entregou o que eu esperava: ação, cenas incríveis e os personagens que eu gosto e me lembro com tanto carinho. Esperava uma maior participação do Sean, mas ele não aparecer mais do que em uma cena é compreensível, esse não é o filme dele, ainda. O Han faz muita falta, mas não tanta falta quando o Brian fará... Não tenho nem o que dizer sobre e tão pouco nem sei o que esperar de continuações sem ele. Espero que consigam e que mantenham viva essa franquia que eu tanto gosto, da melhor maneira possível.
Foi um filme que não me decepcionou em nada, do começo ao fim foi divertido. Achar que certas cenas são surreais demais, achar que isso é um ponto negativo, chega a ser triste vindo de certas pessoas. Certamente são pessoas que não tem a capacidade de notar que F&F vive disso, de ação, pode ter começado com uma premissa sobre carros, corridas, mas hoje é um filme de ação e é comum que em filmes de ação você tenha ação, não acham, gênios?! Essas críticas devem ser sumariamente ignoradas, assim como as pessoas que o fazem, são pessoas que não gostam, que assistem pra criticar ou nem assistem. Achar também que o sucesso do filme foi dado a morte do Paul Walker é outro ponto desnecessário, esse é o sétimo filme da franquia, já alcançaram um público enorme e o sucesso era algo previsível.
Por fim, o final foi de fato emocionante, a metáfora, a despedida, é tudo bem feito. Uma grande homenagem para um ator tão importante não só para os filmes, mas para o elenco também. Mal posso esperar pelo próximo, que é certeza que virá.
Recomendo não só esse filme, mas todos os filmes da franquia, pra quem procura uma série de filmes voltadas a personagens, a ação (que cresce com o decorrer dos filmes) e claro, corridas.
As Tartarugas Ninja
3.1 1,3K Assista AgoraJá de início deixo claro que gostei do filme, mas não se espera muito de filmes assim... Lutas, história fraca e forçada (principalmente a ligação desnecessária da Megan Fox com as tartarugas) e efeitos especiais até não aguentar mais. As tartarugas e o Mestre Splinter estão muito bem feitos, muito legais. Megan Fox fazendo papel de gostosa, pra variar. Um vilão ok, clichê, mas ok e é isso ai. Assista se estiver a procura de um filme simples.
Gangues de Nova York
3.8 789Me pergunto porque alguns falam que esse filme é ruim, é chato e blá blá blá. Eu assisti o filme e gostei muito, gostei das atuações e apesar do filme ser lento, é muito bem feito, tão bem feito quanto o bigode muito foda do Daniel Day-Lewis. Eu não esperaria menos do Scorsese e o final, pra mim, foi magnífico, um final que mostra o amor do Scorsese por NY e que mostra como tudo aquilo que aconteceu, todas aquelas gangues, guerras, mortes, tudo aquilo não importam mais. Ainda vou re-assistir o filme pois é digno do meu tempo.
"...And no matter what they did to build this city up again, for the rest of time, it will be like no-one even knew we was ever here."
Recomendo muito esse filme.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraDemorei para assistir o filme e só resolvi assisti-lo após ouvir um podcast. O filme me surpreendeu de uma maneira muito agradável, com uma trilha sonora ousada e um enredo que prende a atenção. Os atores são incríveis, como o Christoph Waltz, que faz um personagem completamente oposto ao que fez no Inglourious Basterds, mas com excelência. O Leonardo DiCaprio como um branco rico que usa o negro como diversão. O Samuel L. Jackson como um negro racista, mas que acima de tudo consegue ser mais esperto que todos os outros que o cercam, que manipula o personagem do DiCaprio sem ele nem notar. O Jamie Foxx consegue se destacar também, mas ainda assim eu particularmente prefiro os outros três atores "principais". O filme chama a atenção para algo que não queremos ver ou falar, para um assunto que é sempre colocado colocado de baixo de um pano, escondido, o preconceito. Como citei antes, o DiCaprio interpreta um branco que usa o negro como diversão, algo que acontece até nos dias de hoje, mas mais sutil. Li também algumas coisas sobre pessoas reclamando do uso da palavra "nigga" no filme inteiro (é um termo pejorativo que em português seria crioulo), uma palavra que alguns negros apoiam o uso (como a Opra) e outros não, não sei se é certo o uso dela ou não, tão pouco vou opinar pois não sou um, mas acho que é algo que deve ser debatido.
A trilha sonora é muito boa, ousada, mas muito boa. O final do filme foi meio exagerado.
É como o Christopher Waltz fala antes de atirar no DiCaprio, fala para o Jamie Foxx: "Desculpa, eu não resisti", pra mim foi o que o Tarantino quis dizer para quem assistiu o filme: "Desculpa, gente, mas eu não resisti e tive que colocar toda essa matança exagerada".