Márcia Costa

Ethan Hawke é, em minha humilde opinião, comparável a uma excelente safra de vinho que quanto mais amadurece, mais corpo e sensações consegue concentrar. Brilhante atuação. Seu personagem deixa transparecer, apesar de ter passado 20 anos enclausurado numa penitenciária, uma fragilidade tocante. Em algumas passagens do filme temos a impressão de que tudo vai se perder e se nos instala um certo suspense de que Russel poderá sofrer uma injustiça. O enredo transita sobre temas relacionados a erros, vulnerabilidades, recomeços e redenção. Nada que nenhum ser humano já não tenha experienciado. A estrada para recomeçar é a velha e conhecida vida a ser vivida.