Odilon Faustino

Adoro musical, filmes românticos e adoro música. A crítica falando bem, 14 indicações ao Oscar, Tom Hanks rasgando a maior seda no meio da entrevista do filme dele, pensei que seria um baita filme musical. Além da Emma Stone que sempre me delicio com seu jeitinho. Então, expectativa a mil para assistir o filme, o musical.
O filme começa, primeiro musical, segundo musical, bacana, mas nada que chamasse a atenção como musical que estamos acostumados a ver como super produções.
MAS, os personagens principais vão se apresentando com seus dramas e seus sonhos, as tomadas de cenas, as cores vibrantes, as músicas belíssimas e bem arranjdas, os musicais mais simples e o filme começou a me envolver. Da metade para frente já respirava extasiado. Mia (Emma) cantando “The Fools Who Dream” (e a letra dessa música, meu pai), cenário simples e mesmo a Emma não sendo uma cantora profissional foi só emoção. Tudo no contexto do personagem e do filme. E quando tem emoção não tem como não gostar. O desfeche do filme foi demais. Triste talvez para quem torce para um final de conto de fadas, mas que mesmo assim me deixou bem, satisfeito com a realidade da vida, apesar dos principais sonhos dos personagens realizados.
Não sei dizer tecnicamente sobre o filme mas quando eu tenho vontade de assistir de novo para mim já valeu. E tive. Assistir de novo para me render a atuação da Emma, sem maiores comentários. Para me desculpar com o personagem e a atuação do Ryan pois na segunda vez, com mais calma para apreciar o filme, achei perfeito (na primeira vez acho que não curti). Seb é um personagem doce apesar do jeito talvez “na dele”, mas é só tirar a casca e dar uma chance que você se encanta. Ele se desculpando por perder a apresentação da amada e correr atrás para arrumar a casa em outra cidade, poxa, lindo. Usando as palavras de um crítico aqui do fórum, que bom que os atores não são cantores profissionais, não precisou.
Consegui ver referencias com outros filmes, as minha singelas referencias, tudo bem sutil. A cena em que o Seb está entediado tirando as fotos para a banda me lembrou a cena do Bill Murray em “Encontros e desencontros” quando seu personagem está no Japão. Muito boa.
Para mim vale sim como sensação do ano, vale as indicações ao Oscar, pois é um filme apaixonante. Deixe-se levar, dê uma chance e não crie maiores expectativas. Você vai gostar!