Que filme detestável, hein? É um show pretensioso de efeitos especiais envelhecidos repleto de elementos interessantes espalhados por cenas desconexas e sem emoção alguma. Claramente uma tentativa vazia e sem coração de iniciar uma franquia em prol da lucratividade exacerbada.
Ghost in the Shell é um espetáculo visual que nos apresenta uma gama de cenários e invencionices complexos, lindos e interessantes, mas que carrega uma mensagem simples e clara: nosso passado não nos define, mas o que fazemos. Acredito que o roteiro não tenha a intenção de se aprofundar nas inúmeras reflexões possíveis, mas nos fornece o material para isso. Gosto de como as cenas de ação não são acompanhadas por uma trilha sonora escandalosa que tenta causar impacto na audiência em cada movimento, isso confere certo realismo a esses momentos - os quais achei bem contemplativos. Também gosto da escolha de elenco do filme, onde todos cumprem bem seus papéis, em destaque a protagonista (nada mais eficaz que uma Scarlett Johansson, né não?) e a Dra. Ouelet, interpretada pela Juliette Binoche, que dá profundidade e intenção a cada fala da personagem de uma forma que me impressionou muito. Por outro lado, esse também não é um filme essencialmente empolgante e dificilmente será o preferido de muitas pessoas, mas também não deve ter sido feito com muita intencionalidade direcionada a esse propósito. Alguns personagens, como o suposto vilão (Kuze) e o verdadeiro vilão (Cutter), precisavam de mais tempo de tela e maior aprofundamento, pois terminam o filme sendo meros "meios para um fim". Entretanto, essas ressalvas não tornam uma "perda de tempo" a experiência de Ghost in the Shell, que é um ótimo filme para mentes abertas à contemplação e que não buscam por explosões à lá Michael Bay :p
Menção honrosa: a cena no 3.º ato em que Major destroça o próprio corpo para deter a máquina de Cutter e salvar a vida de Kuze. Uma possível análise é que a alma (ghost), motivada pelos propósitos originais de Major representados pelo seu ex-companheiro (de oposição à "ditadura da tecnologia"), mostrou-se mais poderosa que a concha/corpo (shell) e, finalmente, tomou seu lugar de direito.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraUm close de filme. Impecável.
A Bússola de Ouro
3.1 1,0K Assista AgoraQue filme detestável, hein? É um show pretensioso de efeitos especiais envelhecidos repleto de elementos interessantes espalhados por cenas desconexas e sem emoção alguma. Claramente uma tentativa vazia e sem coração de iniciar uma franquia em prol da lucratividade exacerbada.
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
3.2 1,0K Assista AgoraGhost in the Shell é um espetáculo visual que nos apresenta uma gama de cenários e invencionices complexos, lindos e interessantes, mas que carrega uma mensagem simples e clara: nosso passado não nos define, mas o que fazemos. Acredito que o roteiro não tenha a intenção de se aprofundar nas inúmeras reflexões possíveis, mas nos fornece o material para isso. Gosto de como as cenas de ação não são acompanhadas por uma trilha sonora escandalosa que tenta causar impacto na audiência em cada movimento, isso confere certo realismo a esses momentos - os quais achei bem contemplativos. Também gosto da escolha de elenco do filme, onde todos cumprem bem seus papéis, em destaque a protagonista (nada mais eficaz que uma Scarlett Johansson, né não?) e a Dra. Ouelet, interpretada pela Juliette Binoche, que dá profundidade e intenção a cada fala da personagem de uma forma que me impressionou muito. Por outro lado, esse também não é um filme essencialmente empolgante e dificilmente será o preferido de muitas pessoas, mas também não deve ter sido feito com muita intencionalidade direcionada a esse propósito. Alguns personagens, como o suposto vilão (Kuze) e o verdadeiro vilão (Cutter), precisavam de mais tempo de tela e maior aprofundamento, pois terminam o filme sendo meros "meios para um fim". Entretanto, essas ressalvas não tornam uma "perda de tempo" a experiência de Ghost in the Shell, que é um ótimo filme para mentes abertas à contemplação e que não buscam por explosões à lá Michael Bay :p
Menção honrosa: a cena no 3.º ato em que Major destroça o próprio corpo para deter a máquina de Cutter e salvar a vida de Kuze. Uma possível análise é que a alma (ghost), motivada pelos propósitos originais de Major representados pelo seu ex-companheiro (de oposição à "ditadura da tecnologia"), mostrou-se mais poderosa que a concha/corpo (shell) e, finalmente, tomou seu lugar de direito.