É memorável a cena da Peppy Miller interagindo com o paletó de George Valentin como se ele fosse. Um filme visualmente interessantíssimo e com atuações marcantes. Vale muito a pena assistir.
Lista de todos os filmes citados no documentário "Easy Riders, Raging Bulls - How the Sex, Drugs and Rock 'N' Roll Generation Saved Hollywood": https://filmow.com/listas/documentario-easy-riders-raging-bulls-l183364/
Interessante como existem obras que têm o poder de tornar poético, lírico e fascinante o que é moralmente proibido, para não dizer repugnante. Este é a simples, e também complexa, visão que tive logo após assistir este filme (Perdas e Danos [Orig: “Damage”]), sob a direção de Louis Malle e roteiro de David Hare e Josephine Hart. Não sinto importância, no momento, de comentar a qualidade de atuação ou, quem sabe, da fotográfica deste filme, já que o roteiro e enredo da obra é o que mais me atrai neste momento. Este filme, com certeza, é uma obra de arte, ante sua complexidade oculta. Isto porque um olhar superficial sob o longa-metragem não é capaz de absorver a profundidade implícita que, a meu ver, existe no roteiro: os sentimentos conturbados e as distorções doentias destes que tão costumeiramente convivemos dia a dia, sem nem ao menos percebermos. Claro, tal distorção de sentimento e desejo é explicitada em um contexto exagerado, em uma situação que, aparentemente, seria extrema demais. Não se entende o porquê dos acontecimentos, e o diretor e roteirista deste filme não se preocupam nenhum pouco com explicações. Isto é ótimo. Certas coisas não acontecem em nossas vidas mediante esclarecimentos prévios, simplesmente acontecem. Aí está a poesia da coisa. As últimas palavras do personagem Ministro Stephen Fleming são cruciais para entender o “sentido” da obra. “Levamos pouquíssimo tempo para nos afastarmos do mundo. Eu viajei até chegar à minha própria vida. O que faz de nós, o que somos, é inalcançável, é incompreensível. Nos entregamos ao amor, pois isso nos dá uma noção do que é incompreensível. Nada mais importa... não, no fim”. Passamos a vida toda vivendo o que dizem para vivermos. O que melhor comer, vestir, assistir, estudar... viver. Será que nossas escolhas são realmente nossas? Será que tudo o que fazemos na vida está respaldado por nossos sentimentos e anseios mais profundos e, por que não dizer, aqueles inteiramente nossos? Mas... como viver esta premissa se não conhecemos a nós mesmos em tal profundidade? Provavelmente as pessoas por trás das câmeras não tinham a intenção de dizer aos espectadores tudo isto que aqui escrevo, e com certeza não da mesma maneira, mas não posso deixar de registrar a surpreendente reação e reflexão que subitamente veio a minha mente após ter a experiência de ver este maravilhoso filme.
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Jacknife
3.2 14Um filme extremamente sensível. Uma obra prima.
O Mar Mais Silencioso Daquele Verão
4.0 28Este filme foi determinante para eu finalmente entender o sentido das palavras: decisão, constância, exemplo e determinação. Obra prima. Recomendo.
Garota Fantástica
3.7 729 Assista AgoraA atuação de Marcia Gay Harden está emocionante neste filme.
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraÉ memorável a cena da Peppy Miller interagindo com o paletó de George Valentin como se ele fosse. Um filme visualmente interessantíssimo e com atuações marcantes. Vale muito a pena assistir.
Stalker
4.3 501 Assista Agoraobra prima. não lembro de perfeição maior.
Pi
3.8 770 Assista AgoraTrilha sonora perfeita. Tensão horrível, por isso o filme é muito bom.
Como a geração Sexo, Drogas e Rock'n'roll salvou Hollywood
3.9 19Lista de todos os filmes citados no documentário "Easy Riders, Raging Bulls - How the Sex, Drugs and Rock 'N' Roll Generation Saved Hollywood":
https://filmow.com/listas/documentario-easy-riders-raging-bulls-l183364/
O Palhaço
3.6 2,2K Assista AgoraEsse filme fala de escolhas. As vezes você precisa escolher coisas ruins para se dar conta de que já tinha feito a escolha certa desde o início.
Interstella 5555
4.4 125Leiam a ótima review deste filme no blog Dissidência Pop, post de 09/04/2016.
Perdas e Danos
3.4 288 Assista AgoraInteressante como existem obras que têm o poder de tornar poético, lírico e fascinante o que é moralmente proibido, para não dizer repugnante.
Este é a simples, e também complexa, visão que tive logo após assistir este filme (Perdas e Danos [Orig: “Damage”]), sob a direção de Louis Malle e roteiro de David Hare e Josephine Hart.
Não sinto importância, no momento, de comentar a qualidade de atuação ou, quem sabe, da fotográfica deste filme, já que o roteiro e enredo da obra é o que mais me atrai neste momento.
Este filme, com certeza, é uma obra de arte, ante sua complexidade oculta. Isto porque um olhar superficial sob o longa-metragem não é capaz de absorver a profundidade implícita que, a meu ver, existe no roteiro: os sentimentos conturbados e as distorções doentias destes que tão costumeiramente convivemos dia a dia, sem nem ao menos percebermos.
Claro, tal distorção de sentimento e desejo é explicitada em um contexto exagerado, em uma situação que, aparentemente, seria extrema demais.
Não se entende o porquê dos acontecimentos, e o diretor e roteirista deste filme não se preocupam nenhum pouco com explicações. Isto é ótimo. Certas coisas não acontecem em nossas vidas mediante esclarecimentos prévios, simplesmente acontecem. Aí está a poesia da coisa. As últimas palavras do personagem Ministro Stephen Fleming são cruciais para entender o “sentido” da obra.
“Levamos pouquíssimo tempo para nos afastarmos do mundo. Eu viajei até chegar à minha própria vida. O que faz de nós, o que somos, é inalcançável, é incompreensível. Nos entregamos ao amor, pois isso nos dá uma noção do que é incompreensível. Nada mais importa... não, no fim”.
Passamos a vida toda vivendo o que dizem para vivermos. O que melhor comer, vestir, assistir, estudar... viver. Será que nossas escolhas são realmente nossas? Será que tudo o que fazemos na vida está respaldado por nossos sentimentos e anseios mais profundos e, por que não dizer, aqueles inteiramente nossos? Mas... como viver esta premissa se não conhecemos a nós mesmos em tal profundidade?
Provavelmente as pessoas por trás das câmeras não tinham a intenção de dizer aos espectadores tudo isto que aqui escrevo, e com certeza não da mesma maneira, mas não posso deixar de registrar a surpreendente reação e reflexão que subitamente veio a minha mente após ter a experiência de ver este maravilhoso filme.