Sergio

O filme teria lá seus méritos, se não tivesse sido indicado e vencido o Oscar, pois isso deveria colocá-lo em um patamar de superioridade que ele não tem.

É um filme muito emaconhado, surtado e pretensioso, uma espécie de mistura de Neo (Matrix, o escolhido), Sense8 (habilidades compartilhadas), O Tigre e o Dragão (mesma protagonista, mesmas lutas sem sentido), Lucy (a onipotente e onisciente do filme homônimo), Arlequina (a louca inimiga do Batman), Caça-fantasmas (carro trashnológico), entre outras incontáveis referências, principalmente a filmes sobre multiversos, particularmente O Confronto, com Jet Li (um "eu" de outro universo que caça suas cópias no multiverso).

Seria OK se fosse apenas uma comédia. Mas se pretende dramédia, com mensagem de autoajuda padrão Paulo Coelho, bastando ser gentil para resgatar uma família disfuncional e contornar a burocracia da Receita Federal.

Um ponto positivo foi a oposição ao niilismo, mas que não chega a ser muito evidente e tampouco redentora.

Ainda assim, pela loucura do roteiro, arranca algumas risadas e dá pra assistir, desde que não se espere muito do filme.

O filme se presta a dois propósitos:

Por um lado, esqueça que ela é uma alienígena e temos um interessante ensaio sobre a solidão e a falta de humanidade. Você também vai se sentir um pouco solitário ao ver a fita, pois o ritmo é lento e há poucos diálogos.

Por outro lado, trata-se de uma ode a Scarlett, que está centrada na câmera por bem mais que 50% do tempo de exibição, com direito a nus frequentes. Espetacular!

Se você não procura nem uma coisa nem a outra, melhor não se arriscar neste filme.

Sensacional. Muita gente reclama que o filme é muito lento, mas pouquíssimas obras de ficção científica retrataram de forma tão precisa o ritmo de uma viagem espacial. O aspecto contemplativo dele é, para mim, o ponto mais forte do filme.

Recomendo muito para os verdadeiros amantes de ficção científica!