Thiago

O documentário peca ao ser totalmente imparcial na questão religiosa, como se a "verdade" por ele apresentada fosse a única verdade real ou aceitável. Afinal, o que é verdade? Sinceramente, não consigo ver seriedade em comentários ou documentários que analisam as coisas sobre uma ótica simplista, fazendo deboche com o pensamento diverso. Por exemplo a resposta do historiador Justin Martyr acerca de ser culpa de Satanás ter histórias similares a vivenciada por Jesus explica-se pela ideia bíblica da contrafação. Satanás sempre buscou fazer a contrafação das coisas que Deus criou. Afinal, do ponto de vista religioso, tudo gira em torno de adoração. Satanas desejava para si a adoração devida unicamente a Deus. Por isso, segundo esse raciocínio, teria criado inúmeros mecanismos de adoração falso para confundir e dificultar a verdadeira adoração. Isso ocorre dentro da ideia de Igreja: Satanas perverteu os propósitos que seriam inerentes a igreja, criando dela um comércio.
Ainda, o documentário faz deboche sobre o Apocalipse, como sendo algo alegórico. Porém, aparentemente sem conhecer a respeito do conteúdo do livro do Apocalipse, a parte final do documentário, em especial a declaração do Aron Russo, que se tornou amigo de Nicholas Rockfeller, acerca do objetivo da família Rockfeller com todo essa busca pelo poder é que "todo mundo carregue um chip de identificação por rádiofrequencia e que todo o dinheiro esteja nesse chip e tudo mais nesse chip. Se alguem quiser protestar contra o que fazemos no caso de violar o que queremos nós so precisamos desligar o chip". Essa declaração em muito se assemelharia a uma conhecida profecia acerca do sinal da besta na mão ou na testa, sem o qual não poderá comprar ou vender (E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Apocalipse 13:16,17).
O documentário tempo por objetivo que as pessoas abram os olhos. Porém, sendo totalmente imparcial em vários aspectos não deixa de tentar induzir o pensamento dos seus expectadores tal qual a criticada mídia também o faz, o que para mim representa uma total falta de coerência.