Ainda tô tentando entender o porquê desse filme ser tão celebrado pelos fãs de terror. O filme tem um roteiro desinteressante, primário. Abusam do literalismo. Figurino e cenário trazidos do teatro, mais amador é difícil. Sim, o filme é de baixo orçamento, mas isso não deveria abonar esses detalhes tão mal conduzidos. Vendem uma superprodução, mas decepcionam muito. A protagonista parece ter saído do teatrinho da escola. Péssimas atuações. Alguns citam a "fotografia maravilhosa". Onde? Enfim, fiquei bem desapontado.
Ótimos diálogos, cenas antalógicas, uma bela fotografia, Bette Davis com uma maturidade bonita de se ver, talvez quase sendo ela mesmo, e Marilyn Monroe extremamente linda e... crua. Não dá pra acreditar que esse filme foi realizada há mais de 65 anos. É a arte de uma boa narrativa e contação de história. Sem extremismos, All about Eve consegue não ser melodrámatico demais, apesar de vender isso. Tudo com muito equilíbrio e comedimento. Uma obra-prima? Um clássico? Talvez. Um ótimo filme? Sem dúvida!
Fanny e Alexander me lembrou A Fita Branca, de Haneke. A educação rígida nos países protestantes talvez tenha sido a razão. Uma obra prima de Bergman.
O filme nos faz repensar sobre a cultura protestante tão forte nos países do Norte, mas não menos inquisidor em vários outros países das bandas de cá, incluindo o Brasil. Uma relação sociedade-indivíduo, indivíduo-indivíduo, indivíduo-deus baseado no medo, humilhação e interesse. A violência é autorizada em nome de algo maior, abstrato e distante.
É impossível não refletir em como muitos pais foram (e são) criminosos com seus filhos, através de uma relação de medo e rigor. O respeito é alcançado à base de muita surra, sangue e humilhação. Uma ditadura, só que em família, com a conivência de muitos. E como é de se esperar, sempre deus e a religião a serviço de uma sociedade doente e violenta.
Lembro que fui assistir esse filme num cinema tradicional aqui de beagá, o Humberto Mauro. Saí mais cedo do serviço, e estava acontecendo um festival com sessões do diretor.
Não tinha qualquer expectativa sobre o filme. Li rapidamente a sinopse em um cartaz enquanto entrava na sala de cinema. Talvez isso tenha intensificado minha satisfação em assistí-lo.
O título do filme faz alusão a um curioso aspecto: a maior parte dele se passa no interior das casas das personagens. Além disso, a matriarca da família é uma renomada designer de interiores, interpretada pela atriz Geraldine Page, que já chama atenção de início pela atuação deliciosa. A bela fotografia e direção de arte se somam a uma história envolvente. É considerado o primeiro "filme sério" do diretor, não lembra muito as outras obras dele. Inclusive, é notável a influência de Bergman como referência, principalmente o filme "Gritos e sussurros", de 1972.
Concluindo, o filme é cativante! Considero uma obra-prima do diretor. Em algum momento do filme abençoei aquele dia e aquela sessão, em uma displicente quinta-feira, de uma bela tarde de fevereiro.
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A Orgia da Morte
3.8 112Ainda tô tentando entender o porquê desse filme ser tão celebrado pelos fãs de terror. O filme tem um roteiro desinteressante, primário. Abusam do literalismo. Figurino e cenário trazidos do teatro, mais amador é difícil. Sim, o filme é de baixo orçamento, mas isso não deveria abonar esses detalhes tão mal conduzidos. Vendem uma superprodução, mas decepcionam muito. A protagonista parece ter saído do teatrinho da escola. Péssimas atuações. Alguns citam a "fotografia maravilhosa". Onde? Enfim, fiquei bem desapontado.
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraÓtimos diálogos, cenas antalógicas, uma bela fotografia, Bette Davis com uma maturidade bonita de se ver, talvez quase sendo ela mesmo, e Marilyn Monroe extremamente linda e... crua. Não dá pra acreditar que esse filme foi realizada há mais de 65 anos. É a arte de uma boa narrativa e contação de história. Sem extremismos, All about Eve consegue não ser melodrámatico demais, apesar de vender isso. Tudo com muito equilíbrio e comedimento. Uma obra-prima? Um clássico? Talvez. Um ótimo filme? Sem dúvida!
Fanny e Alexander
4.3 215Fanny e Alexander me lembrou A Fita Branca, de Haneke. A educação rígida nos países protestantes talvez tenha sido a razão. Uma obra prima de Bergman.
O filme nos faz repensar sobre a cultura protestante tão forte nos países do Norte, mas não menos inquisidor em vários outros países das bandas de cá, incluindo o Brasil. Uma relação sociedade-indivíduo, indivíduo-indivíduo, indivíduo-deus baseado no medo, humilhação e interesse. A violência é autorizada em nome de algo maior, abstrato e distante.
É impossível não refletir em como muitos pais foram (e são) criminosos com seus filhos, através de uma relação de medo e rigor. O respeito é alcançado à base de muita surra, sangue e humilhação. Uma ditadura, só que em família, com a conivência de muitos. E como é de se esperar, sempre deus e a religião a serviço de uma sociedade doente e violenta.
Belo filme!
Interiores
4.0 230Lembro que fui assistir esse filme num cinema tradicional aqui de beagá, o Humberto Mauro. Saí mais cedo do serviço, e estava acontecendo um festival com sessões do diretor.
Não tinha qualquer expectativa sobre o filme. Li rapidamente a sinopse em um cartaz enquanto entrava na sala de cinema. Talvez isso tenha intensificado minha satisfação em assistí-lo.
O título do filme faz alusão a um curioso aspecto: a maior parte dele se passa no interior das casas das personagens. Além disso, a matriarca da família é uma renomada designer de interiores, interpretada pela atriz Geraldine Page, que já chama atenção de início pela atuação deliciosa. A bela fotografia e direção de arte se somam a uma história envolvente. É considerado o primeiro "filme sério" do diretor, não lembra muito as outras obras dele. Inclusive, é notável a influência de Bergman como referência, principalmente o filme "Gritos e sussurros", de 1972.
Concluindo, o filme é cativante! Considero uma obra-prima do diretor. Em algum momento do filme abençoei aquele dia e aquela sessão, em uma displicente quinta-feira, de uma bela tarde de fevereiro.