O processo de aceitação de seu aprisionamento, que levou Niki a sentir vontade de ajudar as pessoas da vila, que literalmente torciam para que ele estuprasse a mulher na frente de todos, me lembrou a síndrome de estocolmo. Os lideres da vila utilizam de uma mão de obra escrava para lucrar, mas passam para seus servos uma sensação de família fazendo-os sentirem empatia pelos lideres, mas ao mesmo tempo os fazem escolher entre trabalhar e viver "você cava a areia para viver? Ou vive para cavar a areia?". Penso no filme como uma critica metafórica ao capitalismo, em que a população utiliza todos os seus esforços em troca de pouco e mesmo assim ficam contentes com a miséria, enquanto os mais ricos ganham o dobro em cima do suor dos trabalhadores.
Toda aquela areia me trouxe uma sensação de claustrofobia, a fotografia e a trilha sonora contribuem com esse sentimento angustiante e de impotência do inicio ao fim do filme.
A tentativa de fuga de Niki foi a cena que intensificou todos as sensações que senti o filme todo.
Eu simplesmente amei o filme e em como ele foi construído de forma lenta, como os grãos de areia que escorregam lentamente até soterrar tudo ao seu redor.
Lis teve uma vida triste e se sente incapaz emocionalmente e fisicamente, o medo de se sentir sozinha e como súplica pela volta de Fando quase o filme inteiro já mostra essa dependência dela por ele. Fando, sabendo disso, aproveita dela o tempo todo, manipulando, humilhando, culpando a garota o tempo inteiro. Engraçado como achar Tar é tão importante para os dois, já que acham que Tar é a solução do relacionamento caótico que eles tem, só que como Tar é apenas uma ilusão e eles nunca irão chegar nesse lugar, eles acabam se tornando a cruz um do outro e o final é inevitável. O filme me causou uma mistura de sentimentos contraditórios, incrivelmente perfeito! Não esperava menos de Jodorowsky.
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A Mulher da Areia
4.5 96"Quem liga? Somos animais de qualquer jeito!"
O processo de aceitação de seu aprisionamento, que levou Niki a sentir vontade de ajudar as pessoas da vila, que literalmente torciam para que ele estuprasse a mulher na frente de todos, me lembrou a síndrome de estocolmo. Os lideres da vila utilizam de uma mão de obra escrava para lucrar, mas passam para seus servos uma sensação de família fazendo-os sentirem empatia pelos lideres, mas ao mesmo tempo os fazem escolher entre trabalhar e viver "você cava a areia para viver? Ou vive para cavar a areia?". Penso no filme como uma critica metafórica ao capitalismo, em que a população utiliza todos os seus esforços em troca de pouco e mesmo assim ficam contentes com a miséria, enquanto os mais ricos ganham o dobro em cima do suor dos trabalhadores.
Toda aquela areia me trouxe uma sensação de claustrofobia, a fotografia e a trilha sonora contribuem com esse sentimento angustiante e de impotência do inicio ao fim do filme.
A tentativa de fuga de Niki foi a cena que intensificou todos as sensações que senti o filme todo.
Fando e Lis
3.9 61Lis teve uma vida triste e se sente incapaz emocionalmente e fisicamente, o medo de se sentir sozinha e como súplica pela volta de Fando quase o filme inteiro já mostra essa dependência dela por ele. Fando, sabendo disso, aproveita dela o tempo todo, manipulando, humilhando, culpando a garota o tempo inteiro. Engraçado como achar Tar é tão importante para os dois, já que acham que Tar é a solução do relacionamento caótico que eles tem, só que como Tar é apenas uma ilusão e eles nunca irão chegar nesse lugar, eles acabam se tornando a cruz um do outro e o final é inevitável.
O filme me causou uma mistura de sentimentos contraditórios, incrivelmente perfeito! Não esperava menos de Jodorowsky.