A Filha Perdida subverte os arquétipos da maternidade e tem uma sutileza que conquista. Este é o típico filme do Oscar: encena um recorte específico da vida de alguém muito complexo e faz uma correlação com traumas do passado. Gosto como a Olivia Colman está natural em cena, embora a sua performance aqui me remeta a outros momentos da sua carreira. Jessie Buckley, que a interpreta na fase jovem, tem momentos mais desafiadores, embora ambas tenham merecido as suas indicações. Igualmente natural é a direção de Maggie Gyllenhaal, que também investe na calmaria, como se seu desejo fosse mesmo remeter àquele cenário praiano do próprio filme: são ondas regulares, sem exageros, sem intensidade, sem grandes sobressaltos, até mesmo nas cenas mais dramáticas. E é aí que está a graça do filme: há uma tensão que paira sobre aqueles personagens a todo momento, como se algo de muito ruim fosse acontecer. Partindo de palavras não ditas, em que as expressões dos atores revelam mais do que qualquer palavra trocada, o filme entrega não exatamente aquilo que o telespectador quer ou espera, como costumam fazer os grandes filmes reconhecidos pela academia. O que o roteiro apresenta são reflexões intercaladas com simbologias que deixam a gosto do freguês como interpretá-los. Com paciência, atenção e sensibilidade durante a sessão, dá para considerá-lo um bom filme. Nota 3/5.
É extremamente curioso que um filme centrado em apenas 1 homem e em 1 polvo seja tão instigante. Mas é! Me senti envolvido pelo documentário do início ao fim. Há algumas reviravoltas das mais interessantes e a relação construída entre esse homem e aquele animal é fantástica, estapafúrdia, beira ao sobrenatural. É o famoso "ver pra crer". Que bom que pudemos ver! O filme nos contempla com uma inesgotável riqueza de detalhes sobre a vida debaixo das águas marinhas, focando no molusco em questão. Eu poderia ver só pelas imagens, de tão lindas. Mas não é só isso, está longe de ser. Impossível não juntar algumas lágrimas com o final, embora algumas coisas soem um pouco "forçadas", "exageradas". Não vi os outros docs, mas sou capaz de dizer que sim, essa vitória foi muito merecida ❤
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Licorice Pizza
3.5 596a comunidade cinéfila foi longe demais aqui. sem pé nem cabeça e o dinheiro mais mal gasto da minha vida
A Filha Perdida
3.6 573A Filha Perdida subverte os arquétipos da maternidade e tem uma sutileza que conquista.
Este é o típico filme do Oscar: encena um recorte específico da vida de alguém muito complexo e faz uma correlação com traumas do passado.
Gosto como a Olivia Colman está natural em cena, embora a sua performance aqui me remeta a outros momentos da sua carreira. Jessie Buckley, que a interpreta na fase jovem, tem momentos mais desafiadores, embora ambas tenham merecido as suas indicações.
Igualmente natural é a direção de Maggie Gyllenhaal, que também investe na calmaria, como se seu desejo fosse mesmo remeter àquele cenário praiano do próprio filme: são ondas regulares, sem exageros, sem intensidade, sem grandes sobressaltos, até mesmo nas cenas mais dramáticas.
E é aí que está a graça do filme: há uma tensão que paira sobre aqueles personagens a todo momento, como se algo de muito ruim fosse acontecer. Partindo de palavras não ditas, em que as expressões dos atores revelam mais do que qualquer palavra trocada, o filme entrega não exatamente aquilo que o telespectador quer ou espera, como costumam fazer os grandes filmes reconhecidos pela academia. O que o roteiro apresenta são reflexões intercaladas com simbologias que deixam a gosto do freguês como interpretá-los. Com paciência, atenção e sensibilidade durante a sessão, dá para considerá-lo um bom filme. Nota 3/5.
Professor Polvo
4.2 387 Assista AgoraÉ extremamente curioso que um filme centrado em apenas 1 homem e em 1 polvo seja tão instigante. Mas é!
Me senti envolvido pelo documentário do início ao fim. Há algumas reviravoltas das mais interessantes e a relação construída entre esse homem e aquele animal é fantástica, estapafúrdia, beira ao sobrenatural. É o famoso "ver pra crer".
Que bom que pudemos ver! O filme nos contempla com uma inesgotável riqueza de detalhes sobre a vida debaixo das águas marinhas, focando no molusco em questão.
Eu poderia ver só pelas imagens, de tão lindas. Mas não é só isso, está longe de ser.
Impossível não juntar algumas lágrimas com o final, embora algumas coisas soem um pouco "forçadas", "exageradas".
Não vi os outros docs, mas sou capaz de dizer que sim, essa vitória foi muito merecida ❤