Filme superficialmente fofo, mas extremamente problemático.
Como uma simples comédia romântica ele funciona, já que conta uma história de amor fofa, com momentos engraçados.
Entretanto, a história fala de um rapaz com sérios problemas de agressividade e possessividade, que se apaixona por uma menina e tenta controlar a vida dela, recorrendo à violência quando necessário.
Inclusive a ameaçando quando é levado a tal, vide cena da praia quando ele bate no carro e grita com ela.
O filme é mais uma obra que institucionaliza a masculinidade tóxica como ideal na nossa sociedade, pondo meninas em risco e compelindo rapazes a agirem de forma agressiva.
Existem outros problemas quanto às representações, mas estes são os mais claros e válidos para o momento.
Vou deixar meu comentário registrado só porque sim. Não acho que vou adicionar nada novo ao debate. Mas enfim...
Sobre o filme: estética, proposta, direção, roteiro bastante interessantes, mas não me prendeu de jeito nenhum. Gostei das atuações, a mãe é incrível. O filho é assustador e muito fofo ao mesmo tempo. Não sei se indicaria o filme para alguém, acho que é um filme muito mais para reflexão do que para entretenimento. Quanto ao final, eu achei bastante genial.
Primeiro vou dar uma esboçada na interpretação do meu irmão que achei interessante. O Babadook é o espírito do pai que tenta forçar a mãe a matar o menino para que eles possam se unir novamente. No fim, quando ela diz "você vai conhecê-lo quando tiver mais velho", e a decisão dela de que o filho vai conhecer o pai quando chegar a hora dele de morrer e ela não vai adiantar as coisas, como o pai pede.
Para mim, essa interpretação faz algum sentido. Mas sabendo que o Babadook na verdade representa a depressão, acho que o final é ótimo por uma questão: Psicopatologias raramente são curadas, elas sempre existem e exigem manutenção e atenção constante. Manter o Babadook no porão, pra mim, é uma analogia a lidar com a depressão mesmo depois de se estar "curado". Os surtos podem ir e vir, a doença pode aparecer ou não, mas ela sempre vai estar ali. Você pode deixar que ela te domine ou aprender a lidar com ela.
Imagino que tenha muito mais a desenvolver sobre o filme, mas acho que esses foram os pontos que mais me chamaram a atenção.
Atuações boas, trilha sonora bem colocada, fotografia ótima, com destaque nos enquadramentos. As cores não me chamaram a atenção. QUE DIREÇÃO! O roteiro é redondinho, mas o filme não me atraiu. Me irritou. Talvez por ser inteiramente centrado num personagem insuportável. Me incomodou muito.
Nossa... Hubert é mimado, chato, escandaloso, não tem o menor respeito pelos outros, ou mesmo empatia. A mãe é chata, mas difícilmente o capeta que é pintada.
"Eu matei minha mãe", eu queria mesmo que matassem esse filho (queria nada, é só pra fazer drama).
Vejo muita gente se identificando, e vejo que talvez o filme não seja para mim. Não fui um adolescente fácil, mas por pior que fosse minha mãe (e nunca foi) sempre soube todos os ~dados gritados para o diretor da escola por telefone~ que compunham a nossa vida. Sempre tive-os em mente. Hubert, pra mim, é só mais um moleque mimado que, além de egocêntrico, tem problemas de autocrítica. Falta de surra? Nah, falta de vida real.
"Que feriez-vous si je mourais aujourd'hui?" ... "Je mourrais demain"
Como ninguém nunca deixou um comentário, vamos lá!
Primeiro de tudo, eu achei um pouco difícil de achar nas locadoras torrent da vida. Talvez você tenha mais sorte do que eu tive. Uma dica: "kickass".
Sobre o filme: A sinopse é um pouco injusta e acaba desvalorizando. Uma que acredito descrever melhor o filme é:
"Após anos sem saber de seu pai, Ellie (Imogen Poots) recebe uma ligação para lhe informar que ele se encontra gravemente doente. Mesmo com todo o rancor por seus atos passados, Ellie decide viajar para o Texas, onde seu pai agora vive. Lá a jovem conhece Reno (Mackenzie Davis), um transexual corajoso e adorável, e descobre muito sobre a vida, sobre pais e sobre consequências."
É um filme bonito, de baixo orçamento, que tem lá os seus defeitos, mas tem boas qualidades. Conta com um bom elenco, foco nas atuações lindas da Imogen Poots, Mackenzie Davis e Mary McCormack. Ahh... e o quão amável é June Squibb? O filme ainda trabalha temas interessantes de forma sutil, deixando, no entanto, pontos um pouco perdidos no roteiro.
As reflexões de quem somos e o quanto os atos dos nossos pais afetam quem seremos ao nos tornarmos adultos foi bem explorado, com exceção da família do pai de Ellie, que são senhores adoráveis. O mesmo pode se ver nas escolhas de Amanda, Jack, Reno e do próprio Cole. Eles acabaram optando por pessoas que lhe lembravam de seus pais, quanto a seus vícios. No entanto, eles notaram, antes que fosse tarde demais, que sua vida não precisava se resumir a ser um reflexo da vida de seus pais.O filme também joga uma grande luz sobre esse tema, vícios, apresentando diversos tipos dele, e quão nocivo eles podem ser aos seus "portadores".
Na minha opinião, o final se perdeu um pouco. Foi como se a ideia do filme tivesse mudado. Ainda assim, adorei o final com Reno e Ellie indo para Los Angeles.
Ahh... Eu não sei se é interessante dizer, mas o clima me lembrou muito a nostalgia bucólica do livro "Vá, coloque um vigia" de Harper Lee. Quando a protagonista, Scout, volta para sua cidade natal.
É um bom filme bem doce e simples. Vale a pena dar uma olhada.
A proposta do filme é interessante, apesar de clichê. Mia Wasikowska está sempre ótima. Não me lembro de um filme em que a atuação dela fosse menos do que brilhante. O roteiro é delicado, simples e gracioso em certos momentos. Não perfeito, mas funciona.
Apesar de tudo isso, o filme foi inteiro do protagonista, Henry Hooper. E não num bom sentido. O rapaz é muito fraco. Não consegue entregar diálogos simples com interpretação convincente. As cenas mais dramáticas não tem ritmo, com rompantes súbitos de emoção, sem desenvolver o sentimento daquela cena. Tudo soa muito artificial quando vem dele. E mesmo que conseguisse trabalhar o storytelling, ele falha na entrega. É uma pena que, apesar de todo o brilhantismo da Mia, ela mesma não consiga pegar o ritmo das cenas mais dramáticas. Seu parceiro é péssimo.
Contudo, o filme consegue ser fofo, como muitos dizem. Tem uma trilha sonora interessante, momentos bonitos e alguns personagens cativantes. Mia é excepcional.
Mesmo assim, eu só indicaria para pessoas que gostam muito do gênero. Para as outras pessoas, que se interessarem pelo tema, deem uma olhada em "Eu, você e a garota que vai morrer".
A Barraca do Beijo
2.9 928 Assista AgoraPAREM DE ROMANTIZAR MACHO ESCROTOOOOO!!!
Dito isso:
Filme superficialmente fofo, mas extremamente problemático.
Como uma simples comédia romântica ele funciona, já que conta uma história de amor fofa, com momentos engraçados.
Entretanto, a história fala de um rapaz com sérios problemas de agressividade e possessividade, que se apaixona por uma menina e tenta controlar a vida dela, recorrendo à violência quando necessário.
Inclusive a ameaçando quando é levado a tal, vide cena da praia quando ele bate no carro e grita com ela.
O filme é mais uma obra que institucionaliza a masculinidade tóxica como ideal na nossa sociedade, pondo meninas em risco e compelindo rapazes a agirem de forma agressiva.
Existem outros problemas quanto às representações, mas estes são os mais claros e válidos para o momento.
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraDEDO NO CU E GRITARIA DEFINE
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraHadorei! Achei trash, gore, bem extra. Muito sangue, desmembramento... Ele é bem tenso, mas eu consegui rir bastante. Achei divertido.
PS.: Quero um set de gifs da Mia (ou de todos os personagens) possuídos. AS EXPRESSÕES E REAÇÕES SÃO MARAVILHOSAS!
O Babadook
3.5 2,0KVou deixar meu comentário registrado só porque sim. Não acho que vou adicionar nada novo ao debate. Mas enfim...
Sobre o filme: estética, proposta, direção, roteiro bastante interessantes, mas não me prendeu de jeito nenhum. Gostei das atuações, a mãe é incrível. O filho é assustador e muito fofo ao mesmo tempo. Não sei se indicaria o filme para alguém, acho que é um filme muito mais para reflexão do que para entretenimento. Quanto ao final, eu achei bastante genial.
Quanto a interpretação do significado do filme:
Primeiro vou dar uma esboçada na interpretação do meu irmão que achei interessante. O Babadook é o espírito do pai que tenta forçar a mãe a matar o menino para que eles possam se unir novamente. No fim, quando ela diz "você vai conhecê-lo quando tiver mais velho", e a decisão dela de que o filho vai conhecer o pai quando chegar a hora dele de morrer e ela não vai adiantar as coisas, como o pai pede.
Para mim, essa interpretação faz algum sentido. Mas sabendo que o Babadook na verdade representa a depressão, acho que o final é ótimo por uma questão: Psicopatologias raramente são curadas, elas sempre existem e exigem manutenção e atenção constante. Manter o Babadook no porão, pra mim, é uma analogia a lidar com a depressão mesmo depois de se estar "curado". Os surtos podem ir e vir, a doença pode aparecer ou não, mas ela sempre vai estar ali. Você pode deixar que ela te domine ou aprender a lidar com ela.
Imagino que tenha muito mais a desenvolver sobre o filme, mas acho que esses foram os pontos que mais me chamaram a atenção.
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3KÉ muito ator bonito num filme só! hahaha
Atuações boas, trilha sonora bem colocada, fotografia ótima, com destaque nos enquadramentos. As cores não me chamaram a atenção. QUE DIREÇÃO! O roteiro é redondinho, mas o filme não me atraiu. Me irritou. Talvez por ser inteiramente centrado num personagem insuportável. Me incomodou muito.
Nossa... Hubert é mimado, chato, escandaloso, não tem o menor respeito pelos outros, ou mesmo empatia. A mãe é chata, mas difícilmente o capeta que é pintada.
"Eu matei minha mãe", eu queria mesmo que matassem esse filho (queria nada, é só pra fazer drama).
Vejo muita gente se identificando, e vejo que talvez o filme não seja para mim. Não fui um adolescente fácil, mas por pior que fosse minha mãe (e nunca foi) sempre soube todos os ~dados gritados para o diretor da escola por telefone~ que compunham a nossa vida. Sempre tive-os em mente. Hubert, pra mim, é só mais um moleque mimado que, além de egocêntrico, tem problemas de autocrítica. Falta de surra? Nah, falta de vida real.
"Que feriez-vous si je mourais aujourd'hui?"
...
"Je mourrais demain"
Resident Evil 6: O Capítulo Final
3.0 952 Assista AgoraQue coisa grotesca...
A Country Called Home
3.5 4 Assista AgoraComo ninguém nunca deixou um comentário, vamos lá!
Primeiro de tudo, eu achei um pouco difícil de achar nas locadoras torrent da vida. Talvez você tenha mais sorte do que eu tive. Uma dica: "kickass".
Sobre o filme: A sinopse é um pouco injusta e acaba desvalorizando. Uma que acredito descrever melhor o filme é:
"Após anos sem saber de seu pai, Ellie (Imogen Poots) recebe uma ligação para lhe informar que ele se encontra gravemente doente. Mesmo com todo o rancor por seus atos passados, Ellie decide viajar para o Texas, onde seu pai agora vive. Lá a jovem conhece Reno (Mackenzie Davis), um transexual corajoso e adorável, e descobre muito sobre a vida, sobre pais e sobre consequências."
É um filme bonito, de baixo orçamento, que tem lá os seus defeitos, mas tem boas qualidades. Conta com um bom elenco, foco nas atuações lindas da Imogen Poots, Mackenzie Davis e Mary McCormack. Ahh... e o quão amável é June Squibb? O filme ainda trabalha temas interessantes de forma sutil, deixando, no entanto, pontos um pouco perdidos no roteiro.
As reflexões de quem somos e o quanto os atos dos nossos pais afetam quem seremos ao nos tornarmos adultos foi bem explorado, com exceção da família do pai de Ellie, que são senhores adoráveis. O mesmo pode se ver nas escolhas de Amanda, Jack, Reno e do próprio Cole. Eles acabaram optando por pessoas que lhe lembravam de seus pais, quanto a seus vícios. No entanto, eles notaram, antes que fosse tarde demais, que sua vida não precisava se resumir a ser um reflexo da vida de seus pais.O filme também joga uma grande luz sobre esse tema, vícios, apresentando diversos tipos dele, e quão nocivo eles podem ser aos seus "portadores".
Na minha opinião, o final se perdeu um pouco. Foi como se a ideia do filme tivesse mudado. Ainda assim, adorei o final com Reno e Ellie indo para Los Angeles.
Ahh... Eu não sei se é interessante dizer, mas o clima me lembrou muito a nostalgia bucólica do livro "Vá, coloque um vigia" de Harper Lee. Quando a protagonista, Scout, volta para sua cidade natal.
É um bom filme bem doce e simples. Vale a pena dar uma olhada.
Inquietos
3.9 1,6K Assista AgoraA proposta do filme é interessante, apesar de clichê. Mia Wasikowska está sempre ótima. Não me lembro de um filme em que a atuação dela fosse menos do que brilhante. O roteiro é delicado, simples e gracioso em certos momentos. Não perfeito, mas funciona.
Apesar de tudo isso, o filme foi inteiro do protagonista, Henry Hooper. E não num bom sentido. O rapaz é muito fraco. Não consegue entregar diálogos simples com interpretação convincente. As cenas mais dramáticas não tem ritmo, com rompantes súbitos de emoção, sem desenvolver o sentimento daquela cena. Tudo soa muito artificial quando vem dele. E mesmo que conseguisse trabalhar o storytelling, ele falha na entrega. É uma pena que, apesar de todo o brilhantismo da Mia, ela mesma não consiga pegar o ritmo das cenas mais dramáticas. Seu parceiro é péssimo.
Contudo, o filme consegue ser fofo, como muitos dizem. Tem uma trilha sonora interessante, momentos bonitos e alguns personagens cativantes. Mia é excepcional.
Mesmo assim, eu só indicaria para pessoas que gostam muito do gênero. Para as outras pessoas, que se interessarem pelo tema, deem uma olhada em "Eu, você e a garota que vai morrer".
Cara Gente Branca
3.8 175 Assista AgoraÀs vezes temos que sentar e ouvir o que as pessoas têm a dizer. Por mais filmes como esse.