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Atômica
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Oriundos do trabalho como dublês, David Leitch e Chad Stahelski fizeram um trabalho brilhante em "John Wick - De Volta ao Jogo" (2014). A dupla então se dividiu, com Stahelski assumindo a sequência de seu clássico instantâneo dos filmes de ação, enquanto David Leitch embarcou num projeto baseado na graphic novel "The Coldest City", de Antony Johnston e Sam Hart. O resultado é "Atômica", thriller de espionagem ambientado perto da queda do muro de Berlin. Charlize Theron é uma espiã do MI6 que precisa tomar posse de uma lista, afim de evitar algo desastroso. A belíssima atriz se confirma como estrela do cinema de ação, dando show de fisicalidade, mas também entrega uma personagem bem interpretada, com nuances - do blasé, passando pela dor da perda até os ataques de fúria - bastante distintas. A fotografia acinzentada registra o tom distópico do contexto político, mas cria um contraste quando utiliza um cromatismo vermelho e azul, nas sequências em que a existência no local de fato ganha vida. James McAvoy é excelente, fazendo um agente de índole duvidosa e deixando algumas pulgas atrás da orelha. As cenas de ação e pancadaria são extremamente bem filmadas, e o diretor se dedica a elas com todo esmero. Um simples atropelamento no início do longa já provoca aquele "uau!", fazendo esperar pelo que vem pela frente. É pena que o roteiro seja um pouco truncado, sua estrutura é montada por meio de flashbacks, que às vezes prejudicam a fluidez da trama. Mas diante de algo tão espetacular, podemos dar um desconto. "Atômica" é um filmaço!
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- Nenhum recado para José Cláudio Carvalho reis.
David (Rupert Evans) é um arquivista cuja vida familiar beira a perfeição. Até descobrir que sua bela esposa (Hannah Hoekstra) tem um amante. Numa noite, ele a segue e vai parar na casa do sujeito. O que sucede são cenas perturbadoras de assassinato e delírio. A paranóia se instala na mente de David, após a descoberta de que sua casa fora o palco de acontecimentos macabros (para dizer o mínimo). O diretor e roteirista Ivan Kavanagh manipula com maestria a oposição entre realidade e loucura, compondo cenas fortes e sinistras, com uso preciso da iluminação (há sempre um tom avermelhado incidindo sobre o protagonista). Há ecos de "O Iluminado", horror japonês e diversas outras influências, tudo em completa harmonia. Forte e, como já disse antes, um bocado perturbador!