A caverna engole a caverna que engole a caverna que engole a caverna que engole a caverna por tantas vezes mais até engolir, enfim, a consciência coletiva como um todo. A metáfora beira a esquizofrenia à medida que insulta a conformidade do raciocínio.
O que é a realidade senão algo convencionado no seio social? Ao menos em um primeiro plano. E o que é a quebra de um paradigma senão um pequeno passo em direção a uma luz metafísica que pode ou não existir?
Tal qual uma matrioska que esconde em cada camada um vislumbre turvo de realidade, a caverna de Platão nos inspira a uma reflexão cética do que temos como conceitos pré-definidos, incentivando o desapego às correntes que nos prendem no escuro.