Incrível documentário com detalhes inusitados sobre o nascimento e execução do projeto "We Are The World" que tinha tudo pra dar errado mas se tornou essa música histórica com a participação de 40 dos maiores astros da música mundial daquela época.
Muito interessante ver os bastidores do dia da gravação feita após uma premiação do American Music Award. Emocionante ver todas as lendas reunidas e até meio desconfortáveis sem saber direito qual seria o resultado de uma produção inédita como aquela. Deu pra perceber que apesar do todo o planejamento houve muito improviso na hora, com partes da música sendo descartadas e gente pulando fora na última hora.
Surpreendente também ver o altruísmo do Michael Jackson e Lionel Richie ao se envolverem de corpo e alma no projeto, enquanto outros "mascarados" só estavam ali por obrigação ou marketing. Mas o mais importante é que no final a disputa de egos foi deixada de lado e o resto é história.
Porém entre todas as curiosidades mostradas, nada é mais intrigante do que a presença Dan Aykroyd no meio disso tudo. Dizem que ele estava perdido passando perto do estúdio na hora e simplesmente puxaram ele pra dentro. Rolê aleatório total...
"Deixe seu ego na porta."
"Aproveite sua volta pra casa, pois chegará um dia em que você não poderá mais fazer isso. A casa poderá ainda estar lá, mas as pessoas talvez não."
Filme mediano, entre seus altos e baixo o maior destaque fica por conta da atuação sólida do Gene Hackman. O ator inclusive sempre teve um carinho especial pelo filme, considerado como o seu preferido dentre todos os que já tinha atuado.
O grande problema do filme é que seu enredo não é dos mais empolgantes ou impactantes, o ritmo da história chega a ser entediante em vários momentos, com várias cenas mal desenvolvidas e até mesmo inúteis. Isso sem contar a repetição exaustiva da gravação da fita a cada 5 minutos.
Por outro lado o filme vale muito pela nostalgia e curiosidades relacionadas ao mundo da espionagem clássica. É interessante ter uma ideia dos tipos dos equipamentos de vigilância e escutas telefônicas que hoje parecem precários, mas na época davam conta do recado e já serviram pra pegar muita gente importante no pulo. Inclusive dizem que são os mesmos dispositivos usados no escândalo Watergate, que aconteceu na mesma época do lançamento do filme.
Pena que essa temática instigante não tenho sido melhor explorada. Então pra quem tinha a expectativa de um filme de espionagem movimentado e cheio de reviravoltas inteligentes vai se decepcionar muito.
O foco da história fica centrado mais no drama existencial do detetive e suas crises de consciência, que culminam em seu final paranoico e trágico onde ele experimenta do próprio veneno.
Por tudo isso, apesar dos grandes nomes envolvidos na produção e elenco o filme foi uma decepção nas bilheterias. Mostrando que tirando a grife do Francis Ford Coppola, esse é um filme extremamente comum e sem maiores atrativos que justifiquem a sua fama.
Eis que Nicolas Cage surge em mais um trabalho de qualidade bastante duvidosa. Sua performance mais contida e sombria nem é das piores, mas o conjunto da obra não ajuda.
Apesar de todos os erros, pelo menos na parte visual o filme é agradável e salvam o filme do desastre completo. As filmagens foram feitas em terras de propriedade da nação indígena Blackfeet em Montana, usando os próprios rebanhos de bisões protegidos pela tribo.
A temática ambientalista do filme é confusa e até incoerente, são apresentados muitos questionamentos existenciais mas na prática não há uma mensagem contundente contra matança ilegal de animais.
O maior exemplo disso é o desfecho é broxante e vazio, onde o açougueiro ganancioso responsável pela carnificina impiedosa dos búfalos acaba sem qualquer punição ou tentativa de redenção. Mas estranhamente isso combina bastante com o que foi o restante do filme, uma bobagem sem sentido nem motivo para existir.
A computação gráfica usada nas cenas de ação, tiros e explosões é de doer os olhos, parecendo um desses filtros de Instagram de tão precárias.
O roteiro parece ter sido criado pelo ChatGpt, o roteirista tem que ter coragem pra deixar seu nome aparecendo nos créditos. Entre os piores momentos estão a desculpa esfarrapada para o Connor ser coagido a pagar os US$ 2 milhões que parece mais uma piada. Além disso, seguindo a linha aleatória do enredo, o desfecho estranhamente favorece um mafioso sanguinário sem nenhuma justificativa, jogando qualquer moral da história no lixo.
Bruce Willis já participou de muita porcaria na carreira mas dessa vez ele caprichou na escolha. Se bem que neste filme ele parece que foi contratado mais para aparecer no poster do que ter alguma função séria na história, tanto que seu tempo de tela somado não deve chegar nem a 5 minutos.
Mas como dizem que nessa época ele já estaria lidando com os primeiros sinais da demência, dá pra dar um desconto por essa sua escolha infeliz...
Pelos nomes de peso no elenco e direção era um filme que se esperava um resultado melhor tanto na bilheteria quanto nas críticas. A parceria entre Robert De Niro e Jean Reno não é nada memorável aqui mas também não compromete, os dois fazem o melhor possível com o material que receberam.
O título do filme faz referência aos lendários "Ronins" que seriam samurais que após perderem seu mestre perdiam também seu propósito de vida, passando a ter que usar suas habilidades como mercenários. No filme os "Ronin" são ex-agentes de inteligência que estariam desempregados e sem chefes ao final da Guerra Fria, tendo assim que prestar seus serviços a quem pagar mais.
O ponto alto do filme sem dúvidas fica por conta das bem produzidas cenas de ação, principalmente as relacionadas aos tiroteios e perseguições de carros por Nice e Paris. As sequência são altamente realistas e feitas sem necessidade de CGI. Para aumentar o nível de realismo foram utilizados pilotos profissionais de corrida e consta que durante as filmagens foram destruídos 75 automóveis.
Enquanto os aspectos técnicos agradam, o conteúdo do filme já não empolga tanto. O enredo é intrincado mas cansativo, com várias reviravoltas e traições executadas de forma apressada e confusa. Resultando num desfecho morno, vazio e até broxante, com a opção de não se revelar o conteúdo misterioso da maleta. Filme meia boca...
O filme é uma dramatização baseada na explosão da plataforma Deepwater Horizon em 2010 e o subsequente derramamento de 210 milhões de galões de petróleo no Golfo do México. O desastre causou a morte de 11 pessoas e até hoje é considerado o pior desastre petrolífero da história dos EUA.
A qualidade técnica da produção chama a atenção, para dar mais realismo e dramaticidade ao filme foi construída uma plataforma cenográfica com 21 metros de altura e escala de 85% da Deepwater Horizon original. A construção foi feita num estacionamento abandonado em New Orleans e incluía um heliporto funcional e um tanque com dois milhões de galões de água para simular o Golfo do México. Merecidamente o filme foi um dos indicados ao Oscar de Melhor Efeitos Visuais.
Destaque também para a atuação convincente de Mark Wahlberg que interpretou o técnico em eletrônica Mike Williams que foi um dos sobreviventes do desastre.
Mesmo com tantos acertos o filme fracassou na bilheteria arrecadando apenas US$ 120 milhões diante de um custo de produção de mais de US$ 150 milhões. Talvez um dos motivos pra isso foi que apesar de gerar a tensão, indignação e emoção esperadas o filme peca pelo excesso de detalhamento na descrição dos procedimentos operacionais.
São explicações necessárias para dar credibilidade, mas em sua maioria são entediantes demais para o espectador comum que só queria mesmo é ver a plataforma ir pelos ares.
O filme praticamente repete a mesma estrutura e críticas sociais, ambientando a história logo após os acontecimentos do primeiro filme, tendo como diferencial a troca do trio de vítimas masculinas por protagonistas femininas.
Talvez devido às críticas recebidas pelo excesso de violência gráfica desta vez a carnificina é amenizada com mortes menos sangrentas e criativas, tendo como única exceção a excelente cena do banho de sangue, que faz referência à lendária Condessa Báthory.
O único aspecto que supera o antecessor é o desfecho, que traz uma reviravolta irônica com a vítima usando as próprias regras do jogo a seu favor para conseguir ao mesmo tempo sobreviver e se vingar do seu algoz.
Mesmo mantendo parte da essência é uma sequência inferior ao filme de 2005 que foi mais ousado e impactante pela ideia original, mas ainda é um passatempo divertido e não vai desapontar quem curtiu o primeiro.
Não é a obra prima que todo o hype fez parecer mas é um filme que cumpre o propósito de resgatar uma nostalgia boa para todos aqueles que puderam ter o privilégio de acompanhar os Trapalhões aos domingos antes do Fantástico, em seus áureos tempos.
Além do bom trabalho de caracterização não apenas do Mussum como de todos os demais protagonistas, as reencenações das esquetes do programa são bastante próximas das originais. E mostram como o que hoje seria considerado racismo, homofobia ou xenofobia antes era visto e entendido pelo público apenas como zoação entre amigos.
Ailton Graça incorpora com precisão o comediante, não apenas nos trejeitos como na personalidade de Mussum, que sempre foi uma pessoa conciliadora que não buscava atritos ou enriquecimento à todo custo. Se dedicando na maior parte das vezes em fazer simplesmente o que amava, seja no samba ou na comédia.
Do lado negativo, parece que a produção tenta amenizar alguns fatos mais espinhosos como os momentos de conflitos internos entre os 4 Trapalhões e as questões contratuais que nitidamente eram mais favoráveis ao Renato do que aos outros. O filme dá uma pincelada nesses atritos mas não se aprofunda, deixando uma certa frustração em quem gostaria de entender melhor essas tretas.
Ainda aguardamos pacientemente que surja um documentário decente e corajoso sobre como foram, de fato, os bastidores desse programa icônico da TV brasileira chamado "Os Trapalhões". Provavelmente isso só ocorrerá quando o Dr. Renato Aragão morrer...
Apesar de todos os temores o filme não decepcionou e trouxe tudo aquilo que os fãs se acostumaram desde as primeiras aventuras da década de 80. Com muita correria, perseguições insanas, pancadaria bem coreografada, nazistas se dando mal e a busca por algum artefato lendário servindo como pano de fundo para a trama. Além disso ainda tivemos o retorno nostálgico de vários personagens icônicos que passaram pela franquia ao longo dos anos.
A praga do ativismo feminista em Hollywood, que já descaracterizou várias boas franquias, era uma preocupação para este filme. Mas felizmente a presença da coadjuvante Helena Shaw não chega a incomodar, pois a direção soube respeitar a hierarquia de um personagem do porte do Indiana Jones. Com isso Helena em nenhum momento compete com Ford pelo protagonismo nas cenas. Ela soube se colocar no seu lugar e se limita a exercer um papel similar ao que a Marion teve em filmes anteriores.
A cenografia e os efeitos visuais mantêm a essência old school dos primeiros filmes, com destaque para a qualidade da computação gráfica. Desta vez conseguiram atingir um realismo espantoso no rejuvenescimento do Harrison Ford, sem causar aquela estranheza comum de se ver nesse tipo de CGI.
O roteiro traz uma história inteligente, criativa, instigante e bem elaborada envolvendo o mítico Mecanismo de Antikythera e seu inventor Arquimedes. A trama por mais mirabolante que seja com suas viagens no tempo é bem estruturada, misturando realidade histórica e ficção na dose certa.
Em última análise podemos afirmar que o filme atendeu às expectativas e não desrespeitou o legado do Indiana Jones, dando um encerramento respeitável tanto para a franquia quanto para o seu icônico protagonista. E além de tudo foi um privilégio ainda termos a oportunidade de em 2023 assistirmos a mais um filme inédito do Indiana Jones PROTAGONIZADO pelo Harrison Ford (não fez só "ponta"). O cara merece respeito pois mesmo com seus 81 anos não passou vergonha, conseguindo dar seu "último gás" com excelência num filme frenético como esse.
Esse filme era um clássico da "Temperatura Máxima" e "Domingo Maior" nos anos 90. Um daqueles blockbuster que segue a manual clássico dos filmes de ação para não decepcionar o público, fazendo valer o preço do ingresso.
De cara um elenco formado por Kurt Russell, Steven Seagal e Halle Berry já chama a atenção. Steven Seagal teve sua participação abreviada devido à desavenças internas, chegando a agredir fisicamente John Leguizamo durante os ensaios.
A trama é bem simples e linear, envolvendo a ameaça terrorista de extremistas islâmicos a borde de um Boing carregado de gás neurotóxico soviético. A partir disso um plano é organizado para se infiltrar agentes militares no avião e neutralizar a ameaça.
É justamente nessa parte que o filme cresce. Destaque para a famosa sequência onde um avião experimental chamado "Remora F117x" intercepta e atraca um Boing 747 em pleno ar.
O procedimento improvisado utilizando um palito de pirulito para desarmar a bomba prestes a explodir também é um dos momentos mais tensos e memoráveis do filme. E quando tudo parecia resolvido ainda encaixam um desfecho eletrizante com a aterrissagem forçada do Boing.
Além de tudo o filme ainda foi profético ao antecipar a possibilidade de atentados terroristas com sequestro de aviões, apenas 5 anos antes do famoso 11 de Setembro.
O enredo envolvendo espionagem, hackers e um dispositivo mirabolante capaz de fornecer informações preciosas para quem o possuir é muito pouco plausível e em alguns momentos chega até a ofender a inteligência de quem assiste. Mas apesar disso é um filme que diverte e tem seu valor, principalmente pelo ritmo movimentado da trama e suas várias reviravoltas que conseguem manter o interesse até o final.
Pode ser considerado um precursor da franquia "Missão Impossível" são vários aspectos que lembram muito a dinâmica dos filmes do Tom Cruise, principalmente com relação aos preparativos de invasão e o uso de equipamentos de alta tecnologia para a época.
Vale mencionar também o grande elenco, que conseguiu reunir estrelas do porte de Robert Redford ,Sidney Poitier, Ben Kingsley, Dan Ackroyd e River Phoenix. Uma turma dessas já vale o ingresso e dentro do possível conseguiram dar charme e credibilidade o suficiente para salvar esse roteiro mediano.
O filme conseguiu retratar com muito realismo todo o drama que envolveu este evento mundialmente conhecido. Através de um trabalho muito cuidadoso e sensível a produção conseguiu dar ao público uma noção bastante aproximada do que foi aquela experiência traumática vivida pelos sobreviventes. E tudo isso sem precisar apelar para o sensacionalismo ou focar na polêmica do canibalismo.
Entre os destaques do filme podemos citar o comprometimento dos atores que chegaram ao extremo de perder peso gradativamente como realmente tinha acontecido com os sobreviventes. Para se contar a história com o maior realismo possível foi feita uma consultoria com os sobreviventes reais para que a história contada trouxesse o máximo de detalhamento sobre o ocorrido e também pudesse servir como uma homenagem a todos os envolvidos no desastre e seus familiares.
Vale citar também a opção do diretor por usar o mínimo de computação gráfica nas impressionantes cenas do acidente e da avalanche para proporcionar ao público uma experiência o mais próximo possível do que aconteceu na realidade. A escolha do título foi muito acertada pois simboliza como os sobreviventes tiveram que se organizar em uma espécie de sociedade improvisada durante aqueles 72 dias e assim decidirem sobre quais opções extremas adotariam para que pelo menos alguns deles pudessem sobreviver para contar a história.
Um ponto negativo foi que em quase 2 horas e meia de filme a direção falhou em dar um aprofundamento maior na personalidade dos protagonistas para se gerar uma conexão emocional mais forte com o público. Ao invés disso focaram demais na rotina estabelecida após o desastre, deixando o filme tedioso em alguns momentos. Com isso o público chega ao final do filme praticamente sem saber sequer os nomes da maioria dos personagens principais ou suas histórias de vida...
Apesar disso, pela sua qualidade técnica e alto nível de realismo esse é um filme que poderá ser considerado a partir de agora como a obra definitiva sobre o famoso "Milagre dos Andes".
A premissa é boa e causa ainda mais impacto pelo fato de ser bastante plausível. É até fácil imaginar que organizações desse tipo possam realmente estar atuando clandestinamente em vários lugares do mundo neste momento.
O nível de violência gráfica e a sanguinolência nas cenas de tortura atende às expectativas e não decepcionam, dentro do orçamento limitado da produção. No entanto algumas cenas parecem deslocadas dando um toque de "terrir" desnecessário ao filme, como a cena do olho pendurado e o ataque da gangue de crianças.
Apesar de ter causado polêmica e repúdio nos países europeus que foram retratados, o filme foi um sucesso de público arrecadando US$ 82 milhões em todo o mundo contra um orçamento de apenas US$ 4,8 milhões. Esse sucesso ainda deu fôlego para o lançamento de mais dois filmes da franquia.
Curiosidade: Existe um final alternativo onde Paxton acompanha o empresário holandês e sua filha até o banheiro público de uma estação de trem. Depois de encontrar seu ursinho de pelúcia no banheiro feminino, o empresário holandês procura freneticamente na multidão por sua filha desaparecida. Paxton é então visto a bordo de um trem com a filha sequestrada do holandês.
O filme soube pegar carona na moda das fotos com supostos espíritos ao fundo que faziam sucesso na época da internet movida à manivela (algumas das fotos mostradas são clássicas da época). Essa bobagem é misturada com a já saturada fórmula dos espíritos vingativos asiáticos que deram origem a várias franquias de sucesso nos anos 2000.
Dentro dessa proposta o filme começa entediante parecendo que se limitaria a mostrar uma simples vingança de um fantasma causada por um atropelamento irresponsável, mas ao longo da trama são acrescentadas novas camadas mostrando que o envolvimento entre a assombração e o assombrado eram mais sinistras, deixando com isso o acerto de contas mais satisfatório e merecido.
Em termos de sustos o filme não surpreende mostrando mais do mesmo, com aqueles jump scares bem manjados e previsíveis, além do estilo visual do fantasma estereotipado seguindo o padrão típico do gênero.
Melhor parte é o desfecho que foge do previsível com a vítima permanecendo viva e tendo que conviver com as consequências dos seus atos. E a imagem do fantasma nas costas representa metaforicamente alguém tendo que carregar o peso da culpa nas costas.
A proposta foi boa mas é inegável que o resultado final ao se misturar romance e viagem no tempo ficou meio confuso.
A lógica das linhas do tempo não se conecta devidamente e nem mesmo o próprio casal separado por essa bizarrice temporal parece se esforçar para entender o enigma, apenas aceitam sem questionar muito (isso que se espera também de quem for assistir). Faltaram também explicações básicas sobre as causas do distúrbio temporal que causaram aqueles eventos e o papel da casa misteriosa na história, essas inconsistências incomodam e vão prejudicando a experiência.
Algumas incoerências: Porque a Kate não reconheceu que o cara atropelado era o mesmo que ela tinha beijado 2 anos antes? Assim como Alex encontrou a versão anterior da Kate em 2004 será que da mesma forma a Kate do futuro não poderia ter procurado ele em 2006? Provavelmente o número do celular dele seria o mesmo em 2006, será que uma simples ligação dela não resolveria a questão?
Mesmo assim em termos melodramáticos é um filme simpático principalmente pela presença da dupla Keanu Reeves e Sandra Bullock que nasceram pra esse tipo de papel. Mas para a história poder funcionar é necessária muito boa vontade do espectador para desligar a mente racional das inconsistências lógicas e embarcar na fantasia proposta sem questionar muito.
A sequência decepcionou ao apostar num tom mais familiar e uma Vovozona mais comportada. Ao contrário do filme original que trazia um humor mais escrachado, ofensivo e sem filtros.
A trama sobre um esquema envolvendo um vírus de computador que poderia fornecer acesso ao bancos de dados do governo é inverossímil e genérica. Mas num filme desse tipo não dá mesmo pra esperar uma história muito bem desenvolvida ou inteligente.
O povo pagou ingresso mesmo foi pra ver a Vovozona mais uma vez em ação e neste ponto o filme até cumpre bem seu propósito. Martin Lawrence reprisa o papel com eficiência e mesmo sem um bom enredo que ajudasse ele tem seus bons momentos. Além disso o trabalho de maquiagem melhorou e deu mais realismo ao disfarce da Hattie Mae Pierce. Mesmo assim foi muito pouco para tirar essa sequência da mediocridade...
Ótimo filme de ação raiz, com muita correria e tiroteios lembrando os bons filmes do gênero dos anos 90. O diretor Richard Donner (falecido em 2021) inclusive foi o responsável pela franquia "Máquina Mortífera".
Bruce Willis, mesmo já envelhecido, manda bem e dá conta do recado lembrando o saudoso "John McClane" em seus melhores momentos. O personagem é o tipo de anti-herói que busca alguma redenção após uma carreira corrupta na polícia, encontrando essa chance em uma improvável missão onde precisa conduzir uma testemunha com urgência ao tribunal, percorrendo 16 quadras.
Com uma boa direção, roteiro interessante e trama dinâmica o filme pode não ser brilhante mas atende às expectativas. E ainda hoje se destaca entre tantas produções de ação genéricas que são lançadas aos montes rotineiramente no mercado.
Filme mediano, vai agradar principalmente quem curte esse gênero de filmes sobre vigaristas, pôquer ou cassinos. Para os demais poderá parecer entediante.
Podemos citar como destaque algumas boas reviravoltas que acontecem pelo caminho, principalmente o surpreendente plot twist onde o telespectador se sente como um dos jogadores que foram tapeados. E esse deve ser mesmo o intuito principal de um filme sobre trapaças, deixar quem assiste meio perdido sobre o que está sendo mostrado e em qual dos personagens se deve ou não confiar.
Mas como o filme é curto, fica uma sensação de que 95 minutos foi pouco para se desenvolver melhor algumas tramas e deixar mais claros o envolvimento entre os personagens. Várias explicações são dadas apenas nos instantes finais do filme e de forma apressada.
De negativo também temos a Melanie Griffith desperdiçada num papel totalmente irrelevante. Por outro lado temos Sylvester Stallone que mesmo como um coadjuvante de luxo não compromete em seus 10 minutos de tela, interpretando uma mistura de gangster com trambiqueiro profissional.
Com seus altos e baixos é um filme interessante e no geral vale uma conferida, até por ser um dos mais obscuros da carreira do Sylvester Stallone.
Sempre foi um padrão da franquia os roteiros medíocres e diálogos constrangedores, mas pelo menos tinham o atrativo de satirizar os clichês dos filmes de ação e principalmente trazer atores renomados para o elenco.
Desta vez não teve nem isso pra salvar. O próprio Stallone que foi o idealizador do projeto parece ter se cansado da brincadeira, fazendo apenas uma ponta de coadjuvante no filme. Outros nomes famosos que marcaram presença desde o início da franquia tb abandonaram o barco, restando praticamente apenas o Statham pra passar vergonha sozinho.
Os efeitos visuais também decepcionam. Anteriormente haviam mais efeitos práticos agora praticamente só se vê um CGI bem vagabundo deixando evidente a queda de orçamento da produção.
No final só fica mistério do porque ainda insistem com isso...
P.s. Ganha 1 estrela só pela presença da deliciosa Megan Fox.
Continuação desnecessária e sem a mínima inspiração do famoso filme de 1999 com Matt Damon.
O filme não tem o mesmo charme nem as várias camadas psicológicas inteligentes que se viram antes, o personagem agora é um mero mercenário com motivações genéricas e desinteressantes que nem se comparam ao personagem complexo do Ripley anterior.
John Malkovich, quase como coadjuvante de luxo, até se esforça com sua versão mais tosca do Hannibal Lecter, mas infelizmente o roteiro medíocre que recebe não ajuda. Esse "retorno" de Ripley é quase uma ofensa para um dos personagens mais instigantes do cinema...
Apesar de não inovar, essa sequência consegue pelo menos dar uma continuação decente ao filme de 2018 ao acrescentar alguns novos elementos ao universo da franquia.
Neste ponto o enredo se esforça para trazer algum aprofundamento sobre a mitologia de Valak e ainda fornecer respostas sobre o passado e descendência da Irene, algo que havia ficado mal explicado no primeiro filme.
Por outro lado o filme pouco surpreende, perdendo em originalidade com a repetição da fórmula de uma nova relíquia imprestável que serve apenas para espantar provisoriamente o demônio. Resultando naquele desfecho pirotécnico e exagerado, basicamente reeditando o que foi visto anteriormente.
Esse é um dos filmes mais polêmicos da carreira do Ridley Scott que foi criticado e recebeu pedradas de todos os lados, sendo chamado até de antissemita. O filme chegou até a ser proibido no Egito e nos Emirados Árabes Unidos por "imprecisões históricas".
Como não se trata de um documentário, Ridley Scott realmente pode ter tomado algumas liberdades poéticas com relação ao material original. Mas ainda sim ele soube captar a essência da lenda e o resultado não é desrespeitoso, a menos que seja assistido por um bitolado religioso.
Além disso é difícil acusar um filme de imprecisão histórica quando a fonte é um livro que afirma que o Mar Vermelho foi aberto magicamente por uma divindade para poder ser atravessado por 400 mil fugitivos, ou que Moisés levou 40 anos para atravessar um deserto de apenas 200 quilômetros de extensão. O próprio Christian Bale alfinetou sobre o personagem que interpretou: "Acho que Moisés provavelmente era esquizofrênico e foi um dos indivíduos mais bárbaros sobre os quais já li em minha vida."
Na parte técnica Ridley Scott soube usar o orçamento de blockbuster que teve a disposição, os efeitos especiais são de alto nível com destaque para as sequências de batalhas e para o realismo nas cenas das pragas, sempre tentando (dentro do possível) trazer uma abordagem mais científica aos eventos. A ambientação do Egito antigo também é recriada com alto grau de realismo.
O ponto alto do filme foi a forma sarcástica da representação do deus judaico-cristão como uma criança pirracenta. O diretor, que é ateu declarado, soube captar com precisão a personalidade infantil da divindade que não sabe direito o que quer e nem se preocupa com coerência em suas decisões. Como por exemplo a parte onde Moisés questiona o onipotente do motivo de ele ter demorado 400 anos pra se incomodar com o sofrimento dos seus escolhidos, contradição que inclusive se repetiria mais tarde durante o holocausto. A parte onde deus usa sua ira contra para matar os filhos dos egípcios ao invés de eliminar o próprio faraó e seu exército também mostram o senso de humor macabro do todo-poderoso...
Enfim o filme é bom épico, mas deve ser assistido com o distanciamento necessário e com bom senso para não se misturar crenças pessoais com cinema, afinal essas mesmas pessoas não perderiam tempo criticando "Thor", "A Múmia", ou personagens de outras mitologias por "imprecisões históricas".
A premissa até que não é tão ruim e poderia render uma boa ficção científica mas o problema foi terem apostado em construir uma franquia sem estabelecer corretamente as bases da história.
Assim o filme ficou muito vazio, com um enredo sem conteúdo nem desenvolvimento suficientes. Apesar das várias boas cenas de ação e um CGI respeitável, apenas na reta final é que são dadas algumas respostas apressadas sobre o universo mitológico que inspirou o filme.
Essa foi o motivo do fracasso pois o que foi apresentado é muito pouco pra gerar um engajamento com o universo do jogo e pior ainda para motivar a criação de uma franquia inteira. A produção devia ter se dedicado mais nesse primeiro filme e deixado o público responder se as sequências seriam ou não viáveis.
Comédia romântica desajeitada, cheia de personagens caricatos e situações baseadas em estereótipos europeus cafonas. Só se salva a fotografia e locações francesas. De resto não diverte nem emociona é apenas constrangedor, chega até a dar saudades do Woody Allen...
Não é surpresa que o filme tenha sido uma bomba nas bilheterias, arrecadando US$ 42 milhões contra seu orçamento de US$ 35 milhões e resultando em uma perda de mais US$ 20 milhões para o estúdio.
Diante dessa experiência fracassada Ridley Scott entendeu o recado e logo aceitou que não levava jeito pra esse gênero. Tanto que nunca mais quis se arriscar fora de sua zona de conforto que são os épicos e dramas biográficos. Ainda bem, o cinema agradece!
Curiosidades: Ridley Scott era dono de uma casa na Provença e queria fazer um filme lá, para isso encomendou um livro para seu amigo pessoal Peter Mayle que pudesse servir como base para um roteiro de comédia romântica.
A Noite que Mudou o Pop
4.2 158 Assista AgoraIncrível documentário com detalhes inusitados sobre o nascimento e execução do projeto "We Are The World" que tinha tudo pra dar errado mas se tornou essa música histórica com a participação de 40 dos maiores astros da música mundial daquela época.
Muito interessante ver os bastidores do dia da gravação feita após uma premiação do American Music Award. Emocionante ver todas as lendas reunidas e até meio desconfortáveis sem saber direito qual seria o resultado de uma produção inédita como aquela. Deu pra perceber que apesar do todo o planejamento houve muito improviso na hora, com partes da música sendo descartadas e gente pulando fora na última hora.
Surpreendente também ver o altruísmo do Michael Jackson e Lionel Richie ao se envolverem de corpo e alma no projeto, enquanto outros "mascarados" só estavam ali por obrigação ou marketing. Mas o mais importante é que no final a disputa de egos foi deixada de lado e o resto é história.
Porém entre todas as curiosidades mostradas, nada é mais intrigante do que a presença Dan Aykroyd no meio disso tudo. Dizem que ele estava perdido passando perto do estúdio na hora e simplesmente puxaram ele pra dentro. Rolê aleatório total...
"Deixe seu ego na porta."
"Aproveite sua volta pra casa, pois chegará um dia em que você não poderá mais fazer isso. A casa poderá ainda estar lá, mas as pessoas talvez não."
A Conversação
4.0 231 Assista AgoraFilme mediano, entre seus altos e baixo o maior destaque fica por conta da atuação sólida do Gene Hackman. O ator inclusive sempre teve um carinho especial pelo filme, considerado como o seu preferido dentre todos os que já tinha atuado.
O grande problema do filme é que seu enredo não é dos mais empolgantes ou impactantes, o ritmo da história chega a ser entediante em vários momentos, com várias cenas mal desenvolvidas e até mesmo inúteis. Isso sem contar a repetição exaustiva da gravação da fita a cada 5 minutos.
Por outro lado o filme vale muito pela nostalgia e curiosidades relacionadas ao mundo da espionagem clássica. É interessante ter uma ideia dos tipos dos equipamentos de vigilância e escutas telefônicas que hoje parecem precários, mas na época davam conta do recado e já serviram pra pegar muita gente importante no pulo. Inclusive dizem que são os mesmos dispositivos usados no escândalo Watergate, que aconteceu na mesma época do lançamento do filme.
Pena que essa temática instigante não tenho sido melhor explorada. Então pra quem tinha a expectativa de um filme de espionagem movimentado e cheio de reviravoltas inteligentes vai se decepcionar muito.
O foco da história fica centrado mais no drama existencial do detetive e suas crises de consciência, que culminam em seu final paranoico e trágico onde ele experimenta do próprio veneno.
Por tudo isso, apesar dos grandes nomes envolvidos na produção e elenco o filme foi uma decepção nas bilheterias. Mostrando que tirando a grife do Francis Ford Coppola, esse é um filme extremamente comum e sem maiores atrativos que justifiquem a sua fama.
Jornada Para o Inferno
2.6 15 Assista AgoraEis que Nicolas Cage surge em mais um trabalho de qualidade bastante duvidosa. Sua performance mais contida e sombria nem é das piores, mas o conjunto da obra não ajuda.
Apesar de todos os erros, pelo menos na parte visual o filme é agradável e salvam o filme do desastre completo. As filmagens foram feitas em terras de propriedade da nação indígena Blackfeet em Montana, usando os próprios rebanhos de bisões protegidos pela tribo.
A temática ambientalista do filme é confusa e até incoerente, são apresentados muitos questionamentos existenciais mas na prática não há uma mensagem contundente contra matança ilegal de animais.
O maior exemplo disso é o desfecho é broxante e vazio, onde o açougueiro ganancioso responsável pela carnificina impiedosa dos búfalos acaba sem qualquer punição ou tentativa de redenção. Mas estranhamente isso combina bastante com o que foi o restante do filme, uma bobagem sem sentido nem motivo para existir.
Um Dia Para Morrer
1.4 4 Assista AgoraÉ o tipo de filme onde não se salva nada.
A computação gráfica usada nas cenas de ação, tiros e explosões é de doer os olhos, parecendo um desses filtros de Instagram de tão precárias.
O roteiro parece ter sido criado pelo ChatGpt, o roteirista tem que ter coragem pra deixar seu nome aparecendo nos créditos. Entre os piores momentos estão a desculpa esfarrapada para o Connor ser coagido a pagar os US$ 2 milhões que parece mais uma piada. Além disso, seguindo a linha aleatória do enredo, o desfecho estranhamente favorece um mafioso sanguinário sem nenhuma justificativa, jogando qualquer moral da história no lixo.
Bruce Willis já participou de muita porcaria na carreira mas dessa vez ele caprichou na escolha. Se bem que neste filme ele parece que foi contratado mais para aparecer no poster do que ter alguma função séria na história, tanto que seu tempo de tela somado não deve chegar nem a 5 minutos.
Mas como dizem que nessa época ele já estaria lidando com os primeiros sinais da demência, dá pra dar um desconto por essa sua escolha infeliz...
Ronin
3.6 205 Assista AgoraPelos nomes de peso no elenco e direção era um filme que se esperava um resultado melhor tanto na bilheteria quanto nas críticas. A parceria entre Robert De Niro e Jean Reno não é nada memorável aqui mas também não compromete, os dois fazem o melhor possível com o material que receberam.
O título do filme faz referência aos lendários "Ronins" que seriam samurais que após perderem seu mestre perdiam também seu propósito de vida, passando a ter que usar suas habilidades como mercenários. No filme os "Ronin" são ex-agentes de inteligência que estariam desempregados e sem chefes ao final da Guerra Fria, tendo assim que prestar seus serviços a quem pagar mais.
O ponto alto do filme sem dúvidas fica por conta das bem produzidas cenas de ação, principalmente as relacionadas aos tiroteios e perseguições de carros por Nice e Paris. As sequência são altamente realistas e feitas sem necessidade de CGI. Para aumentar o nível de realismo foram utilizados pilotos profissionais de corrida e consta que durante as filmagens foram destruídos 75 automóveis.
Enquanto os aspectos técnicos agradam, o conteúdo do filme já não empolga tanto. O enredo é intrincado mas cansativo, com várias reviravoltas e traições executadas de forma apressada e confusa. Resultando num desfecho morno, vazio e até broxante, com a opção de não se revelar o conteúdo misterioso da maleta. Filme meia boca...
Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
3.5 330 Assista AgoraO filme é uma dramatização baseada na explosão da plataforma Deepwater Horizon em 2010 e o subsequente derramamento de 210 milhões de galões de petróleo no Golfo do México. O desastre causou a morte de 11 pessoas e até hoje é considerado o pior desastre petrolífero da história dos EUA.
A qualidade técnica da produção chama a atenção, para dar mais realismo e dramaticidade ao filme foi construída uma plataforma cenográfica com 21 metros de altura e escala de 85% da Deepwater Horizon original. A construção foi feita num estacionamento abandonado em New Orleans e incluía um heliporto funcional e um tanque com dois milhões de galões de água para simular o Golfo do México. Merecidamente o filme foi um dos indicados ao Oscar de Melhor Efeitos Visuais.
Destaque também para a atuação convincente de Mark Wahlberg que interpretou o técnico em eletrônica Mike Williams que foi um dos sobreviventes do desastre.
Mesmo com tantos acertos o filme fracassou na bilheteria arrecadando apenas US$ 120 milhões diante de um custo de produção de mais de US$ 150 milhões. Talvez um dos motivos pra isso foi que apesar de gerar a tensão, indignação e emoção esperadas o filme peca pelo excesso de detalhamento na descrição dos procedimentos operacionais.
São explicações necessárias para dar credibilidade, mas em sua maioria são entediantes demais para o espectador comum que só queria mesmo é ver a plataforma ir pelos ares.
O Albergue: Parte II
2.9 557 Assista AgoraO filme praticamente repete a mesma estrutura e críticas sociais, ambientando a história logo após os acontecimentos do primeiro filme, tendo como diferencial a troca do trio de vítimas masculinas por protagonistas femininas.
Talvez devido às críticas recebidas pelo excesso de violência gráfica desta vez a carnificina é amenizada com mortes menos sangrentas e criativas, tendo como única exceção a excelente cena do banho de sangue, que faz referência à lendária Condessa Báthory.
O único aspecto que supera o antecessor é o desfecho, que traz uma reviravolta irônica com a vítima usando as próprias regras do jogo a seu favor para conseguir ao mesmo tempo sobreviver e se vingar do seu algoz.
Mesmo mantendo parte da essência é uma sequência inferior ao filme de 2005 que foi mais ousado e impactante pela ideia original, mas ainda é um passatempo divertido e não vai desapontar quem curtiu o primeiro.
Mussum: O Filmis
3.7 166 Assista AgoraNão é a obra prima que todo o hype fez parecer mas é um filme que cumpre o propósito de resgatar uma nostalgia boa para todos aqueles que puderam ter o privilégio de acompanhar os Trapalhões aos domingos antes do Fantástico, em seus áureos tempos.
Além do bom trabalho de caracterização não apenas do Mussum como de todos os demais protagonistas, as reencenações das esquetes do programa são bastante próximas das originais. E mostram como o que hoje seria considerado racismo, homofobia ou xenofobia antes era visto e entendido pelo público apenas como zoação entre amigos.
Ailton Graça incorpora com precisão o comediante, não apenas nos trejeitos como na personalidade de Mussum, que sempre foi uma pessoa conciliadora que não buscava atritos ou enriquecimento à todo custo. Se dedicando na maior parte das vezes em fazer simplesmente o que amava, seja no samba ou na comédia.
Do lado negativo, parece que a produção tenta amenizar alguns fatos mais espinhosos como os momentos de conflitos internos entre os 4 Trapalhões e as questões contratuais que nitidamente eram mais favoráveis ao Renato do que aos outros. O filme dá uma pincelada nesses atritos mas não se aprofunda, deixando uma certa frustração em quem gostaria de entender melhor essas tretas.
Ainda aguardamos pacientemente que surja um documentário decente e corajoso sobre como foram, de fato, os bastidores desse programa icônico da TV brasileira chamado "Os Trapalhões". Provavelmente isso só ocorrerá quando o Dr. Renato Aragão morrer...
Indiana Jones e a Relíquia do Destino
3.2 328 Assista AgoraApesar de todos os temores o filme não decepcionou e trouxe tudo aquilo que os fãs se acostumaram desde as primeiras aventuras da década de 80. Com muita correria, perseguições insanas, pancadaria bem coreografada, nazistas se dando mal e a busca por algum artefato lendário servindo como pano de fundo para a trama. Além disso ainda tivemos o retorno nostálgico de vários personagens icônicos que passaram pela franquia ao longo dos anos.
A praga do ativismo feminista em Hollywood, que já descaracterizou várias boas franquias, era uma preocupação para este filme. Mas felizmente a presença da coadjuvante Helena Shaw não chega a incomodar, pois a direção soube respeitar a hierarquia de um personagem do porte do Indiana Jones. Com isso Helena em nenhum momento compete com Ford pelo protagonismo nas cenas. Ela soube se colocar no seu lugar e se limita a exercer um papel similar ao que a Marion teve em filmes anteriores.
A cenografia e os efeitos visuais mantêm a essência old school dos primeiros filmes, com destaque para a qualidade da computação gráfica. Desta vez conseguiram atingir um realismo espantoso no rejuvenescimento do Harrison Ford, sem causar aquela estranheza comum de se ver nesse tipo de CGI.
O roteiro traz uma história inteligente, criativa, instigante e bem elaborada envolvendo o mítico Mecanismo de Antikythera e seu inventor Arquimedes. A trama por mais mirabolante que seja com suas viagens no tempo é bem estruturada, misturando realidade histórica e ficção na dose certa.
Em última análise podemos afirmar que o filme atendeu às expectativas e não desrespeitou o legado do Indiana Jones, dando um encerramento respeitável tanto para a franquia quanto para o seu icônico protagonista. E além de tudo foi um privilégio ainda termos a oportunidade de em 2023 assistirmos a mais um filme inédito do Indiana Jones PROTAGONIZADO pelo Harrison Ford (não fez só "ponta"). O cara merece respeito pois mesmo com seus 81 anos não passou vergonha, conseguindo dar seu "último gás" com excelência num filme frenético como esse.
Momento Crítico
3.1 99 Assista AgoraEsse filme era um clássico da "Temperatura Máxima" e "Domingo Maior" nos anos 90. Um daqueles blockbuster que segue a manual clássico dos filmes de ação para não decepcionar o público, fazendo valer o preço do ingresso.
De cara um elenco formado por Kurt Russell, Steven Seagal e Halle Berry já chama a atenção. Steven Seagal teve sua participação abreviada devido à desavenças internas, chegando a agredir fisicamente John Leguizamo durante os ensaios.
A trama é bem simples e linear, envolvendo a ameaça terrorista de extremistas islâmicos a borde de um Boing carregado de gás neurotóxico soviético. A partir disso um plano é organizado para se infiltrar agentes militares no avião e neutralizar a ameaça.
É justamente nessa parte que o filme cresce. Destaque para a famosa sequência onde um avião experimental chamado "Remora F117x" intercepta e atraca um Boing 747 em pleno ar.
O procedimento improvisado utilizando um palito de pirulito para desarmar a bomba prestes a explodir também é um dos momentos mais tensos e memoráveis do filme. E quando tudo parecia resolvido ainda encaixam um desfecho eletrizante com a aterrissagem forçada do Boing.
Além de tudo o filme ainda foi profético ao antecipar a possibilidade de atentados terroristas com sequestro de aviões, apenas 5 anos antes do famoso 11 de Setembro.
Quebra de Sigilo
3.5 23 Assista AgoraO enredo envolvendo espionagem, hackers e um dispositivo mirabolante capaz de fornecer informações preciosas para quem o possuir é muito pouco plausível e em alguns momentos chega até a ofender a inteligência de quem assiste. Mas apesar disso é um filme que diverte e tem seu valor, principalmente pelo ritmo movimentado da trama e suas várias reviravoltas que conseguem manter o interesse até o final.
Pode ser considerado um precursor da franquia "Missão Impossível" são vários aspectos que lembram muito a dinâmica dos filmes do Tom Cruise, principalmente com relação aos preparativos de invasão e o uso de equipamentos de alta tecnologia para a época.
Vale mencionar também o grande elenco, que conseguiu reunir estrelas do porte de Robert Redford ,Sidney Poitier, Ben Kingsley, Dan Ackroyd e River Phoenix. Uma turma dessas já vale o ingresso e dentro do possível conseguiram dar charme e credibilidade o suficiente para salvar esse roteiro mediano.
A Sociedade da Neve
4.2 717 Assista AgoraO filme conseguiu retratar com muito realismo todo o drama que envolveu este evento mundialmente conhecido. Através de um trabalho muito cuidadoso e sensível a produção conseguiu dar ao público uma noção bastante aproximada do que foi aquela experiência traumática vivida pelos sobreviventes. E tudo isso sem precisar apelar para o sensacionalismo ou focar na polêmica do canibalismo.
Entre os destaques do filme podemos citar o comprometimento dos atores que chegaram ao extremo de perder peso gradativamente como realmente tinha acontecido com os sobreviventes. Para se contar a história com o maior realismo possível foi feita uma consultoria com os sobreviventes reais para que a história contada trouxesse o máximo de detalhamento sobre o ocorrido e também pudesse servir como uma homenagem a todos os envolvidos no desastre e seus familiares.
Vale citar também a opção do diretor por usar o mínimo de computação gráfica nas impressionantes cenas do acidente e da avalanche para proporcionar ao público uma experiência o mais próximo possível do que aconteceu na realidade. A escolha do título foi muito acertada pois simboliza como os sobreviventes tiveram que se organizar em uma espécie de sociedade improvisada durante aqueles 72 dias e assim decidirem sobre quais opções extremas adotariam para que pelo menos alguns deles pudessem sobreviver para contar a história.
Um ponto negativo foi que em quase 2 horas e meia de filme a direção falhou em dar um aprofundamento maior na personalidade dos protagonistas para se gerar uma conexão emocional mais forte com o público. Ao invés disso focaram demais na rotina estabelecida após o desastre, deixando o filme tedioso em alguns momentos. Com isso o público chega ao final do filme praticamente sem saber sequer os nomes da maioria dos personagens principais ou suas histórias de vida...
Apesar disso, pela sua qualidade técnica e alto nível de realismo esse é um filme que poderá ser considerado a partir de agora como a obra definitiva sobre o famoso "Milagre dos Andes".
O Albergue
3.0 1,2K Assista AgoraA premissa é boa e causa ainda mais impacto pelo fato de ser bastante plausível. É até fácil imaginar que organizações desse tipo possam realmente estar atuando clandestinamente em vários lugares do mundo neste momento.
O nível de violência gráfica e a sanguinolência nas cenas de tortura atende às expectativas e não decepcionam, dentro do orçamento limitado da produção. No entanto algumas cenas parecem deslocadas dando um toque de "terrir" desnecessário ao filme, como a cena do olho pendurado e o ataque da gangue de crianças.
Apesar de ter causado polêmica e repúdio nos países europeus que foram retratados, o filme foi um sucesso de público arrecadando US$ 82 milhões em todo o mundo contra um orçamento de apenas US$ 4,8 milhões. Esse sucesso ainda deu fôlego para o lançamento de mais dois filmes da franquia.
Curiosidade: Existe um final alternativo onde Paxton acompanha o empresário holandês e sua filha até o banheiro público de uma estação de trem. Depois de encontrar seu ursinho de pelúcia no banheiro feminino, o empresário holandês procura freneticamente na multidão por sua filha desaparecida. Paxton é então visto a bordo de um trem com a filha sequestrada do holandês.
Espíritos: A Morte Está ao Seu Lado
3.5 833O filme soube pegar carona na moda das fotos com supostos espíritos ao fundo que faziam sucesso na época da internet movida à manivela (algumas das fotos mostradas são clássicas da época). Essa bobagem é misturada com a já saturada fórmula dos espíritos vingativos asiáticos que deram origem a várias franquias de sucesso nos anos 2000.
Dentro dessa proposta o filme começa entediante parecendo que se limitaria a mostrar uma simples vingança de um fantasma causada por um atropelamento irresponsável, mas ao longo da trama são acrescentadas novas camadas mostrando que o envolvimento entre a assombração e o assombrado eram mais sinistras, deixando com isso o acerto de contas mais satisfatório e merecido.
Em termos de sustos o filme não surpreende mostrando mais do mesmo, com aqueles jump scares bem manjados e previsíveis, além do estilo visual do fantasma estereotipado seguindo o padrão típico do gênero.
Melhor parte é o desfecho que foge do previsível com a vítima permanecendo viva e tendo que conviver com as consequências dos seus atos. E a imagem do fantasma nas costas representa metaforicamente alguém tendo que carregar o peso da culpa nas costas.
A Casa do Lago
3.6 1,6K Assista AgoraA proposta foi boa mas é inegável que o resultado final ao se misturar romance e viagem no tempo ficou meio confuso.
A lógica das linhas do tempo não se conecta devidamente e nem mesmo o próprio casal separado por essa bizarrice temporal parece se esforçar para entender o enigma, apenas aceitam sem questionar muito (isso que se espera também de quem for assistir). Faltaram também explicações básicas sobre as causas do distúrbio temporal que causaram aqueles eventos e o papel da casa misteriosa na história, essas inconsistências incomodam e vão prejudicando a experiência.
Algumas incoerências: Porque a Kate não reconheceu que o cara atropelado era o mesmo que ela tinha beijado 2 anos antes? Assim como Alex encontrou a versão anterior da Kate em 2004 será que da mesma forma a Kate do futuro não poderia ter procurado ele em 2006? Provavelmente o número do celular dele seria o mesmo em 2006, será que uma simples ligação dela não resolveria a questão?
Mesmo assim em termos melodramáticos é um filme simpático principalmente pela presença da dupla Keanu Reeves e Sandra Bullock que nasceram pra esse tipo de papel. Mas para a história poder funcionar é necessária muito boa vontade do espectador para desligar a mente racional das inconsistências lógicas e embarcar na fantasia proposta sem questionar muito.
Vovó... Zona 2
2.6 256 Assista AgoraA sequência decepcionou ao apostar num tom mais familiar e uma Vovozona mais comportada. Ao contrário do filme original que trazia um humor mais escrachado, ofensivo e sem filtros.
A trama sobre um esquema envolvendo um vírus de computador que poderia fornecer acesso ao bancos de dados do governo é inverossímil e genérica. Mas num filme desse tipo não dá mesmo pra esperar uma história muito bem desenvolvida ou inteligente.
O povo pagou ingresso mesmo foi pra ver a Vovozona mais uma vez em ação e neste ponto o filme até cumpre bem seu propósito. Martin Lawrence reprisa o papel com eficiência e mesmo sem um bom enredo que ajudasse ele tem seus bons momentos. Além disso o trabalho de maquiagem melhorou e deu mais realismo ao disfarce da Hattie Mae Pierce. Mesmo assim foi muito pouco para tirar essa sequência da mediocridade...
16 Quadras
3.4 327 Assista AgoraÓtimo filme de ação raiz, com muita correria e tiroteios lembrando os bons filmes do gênero dos anos 90. O diretor Richard Donner (falecido em 2021) inclusive foi o responsável pela franquia "Máquina Mortífera".
Bruce Willis, mesmo já envelhecido, manda bem e dá conta do recado lembrando o saudoso "John McClane" em seus melhores momentos. O personagem é o tipo de anti-herói que busca alguma redenção após uma carreira corrupta na polícia, encontrando essa chance em uma improvável missão onde precisa conduzir uma testemunha com urgência ao tribunal, percorrendo 16 quadras.
Com uma boa direção, roteiro interessante e trama dinâmica o filme pode não ser brilhante mas atende às expectativas. E ainda hoje se destaca entre tantas produções de ação genéricas que são lançadas aos montes rotineiramente no mercado.
Shade: Nos Bastidores do Jogo
3.2 32Filme mediano, vai agradar principalmente quem curte esse gênero de filmes sobre vigaristas, pôquer ou cassinos. Para os demais poderá parecer entediante.
Podemos citar como destaque algumas boas reviravoltas que acontecem pelo caminho, principalmente o surpreendente plot twist onde o telespectador se sente como um dos jogadores que foram tapeados. E esse deve ser mesmo o intuito principal de um filme sobre trapaças, deixar quem assiste meio perdido sobre o que está sendo mostrado e em qual dos personagens se deve ou não confiar.
Mas como o filme é curto, fica uma sensação de que 95 minutos foi pouco para se desenvolver melhor algumas tramas e deixar mais claros o envolvimento entre os personagens. Várias explicações são dadas apenas nos instantes finais do filme e de forma apressada.
De negativo também temos a Melanie Griffith desperdiçada num papel totalmente irrelevante. Por outro lado temos Sylvester Stallone que mesmo como um coadjuvante de luxo não compromete em seus 10 minutos de tela, interpretando uma mistura de gangster com trambiqueiro profissional.
Com seus altos e baixos é um filme interessante e no geral vale uma conferida, até por ser um dos mais obscuros da carreira do Sylvester Stallone.
Os Mercenários 4
2.4 149 Assista AgoraSempre foi um padrão da franquia os roteiros medíocres e diálogos constrangedores, mas pelo menos tinham o atrativo de satirizar os clichês dos filmes de ação e principalmente trazer atores renomados para o elenco.
Desta vez não teve nem isso pra salvar. O próprio Stallone que foi o idealizador do projeto parece ter se cansado da brincadeira, fazendo apenas uma ponta de coadjuvante no filme. Outros nomes famosos que marcaram presença desde o início da franquia tb abandonaram o barco, restando praticamente apenas o Statham pra passar vergonha sozinho.
Os efeitos visuais também decepcionam. Anteriormente haviam mais efeitos práticos agora praticamente só se vê um CGI bem vagabundo deixando evidente a queda de orçamento da produção.
No final só fica mistério do porque ainda insistem com isso...
P.s. Ganha 1 estrela só pela presença da deliciosa Megan Fox.
O Retorno do Talentoso Ripley
3.1 63 Assista AgoraContinuação desnecessária e sem a mínima inspiração do famoso filme de 1999 com Matt Damon.
O filme não tem o mesmo charme nem as várias camadas psicológicas inteligentes que se viram antes, o personagem agora é um mero mercenário com motivações genéricas e desinteressantes que nem se comparam ao personagem complexo do Ripley anterior.
John Malkovich, quase como coadjuvante de luxo, até se esforça com sua versão mais tosca do Hannibal Lecter, mas infelizmente o roteiro medíocre que recebe não ajuda. Esse "retorno" de Ripley é quase uma ofensa para um dos personagens mais instigantes do cinema...
A Freira 2
2.6 424 Assista AgoraApesar de não inovar, essa sequência consegue pelo menos dar uma continuação decente ao filme de 2018 ao acrescentar alguns novos elementos ao universo da franquia.
Neste ponto o enredo se esforça para trazer algum aprofundamento sobre a mitologia de Valak e ainda fornecer respostas sobre o passado e descendência da Irene, algo que havia ficado mal explicado no primeiro filme.
Por outro lado o filme pouco surpreende, perdendo em originalidade com a repetição da fórmula de uma nova relíquia imprestável que serve apenas para espantar provisoriamente o demônio. Resultando naquele desfecho pirotécnico e exagerado, basicamente reeditando o que foi visto anteriormente.
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraEsse é um dos filmes mais polêmicos da carreira do Ridley Scott que foi criticado e recebeu pedradas de todos os lados, sendo chamado até de antissemita. O filme chegou até a ser proibido no Egito e nos Emirados Árabes Unidos por "imprecisões históricas".
Como não se trata de um documentário, Ridley Scott realmente pode ter tomado algumas liberdades poéticas com relação ao material original.
Mas ainda sim ele soube captar a essência da lenda e o resultado não é desrespeitoso, a menos que seja assistido por um bitolado religioso.
Além disso é difícil acusar um filme de imprecisão histórica quando a fonte é um livro que afirma que o Mar Vermelho foi aberto magicamente por uma divindade para poder ser atravessado por 400 mil fugitivos, ou que Moisés levou 40 anos para atravessar um deserto de apenas 200 quilômetros de extensão. O próprio Christian Bale alfinetou sobre o personagem que interpretou: "Acho que Moisés provavelmente era esquizofrênico e foi um dos indivíduos mais bárbaros sobre os quais já li em minha vida."
Na parte técnica Ridley Scott soube usar o orçamento de blockbuster que teve a disposição, os efeitos especiais são de alto nível com destaque para as sequências de batalhas e para o realismo nas cenas das pragas, sempre tentando (dentro do possível) trazer uma abordagem mais científica aos eventos. A ambientação do Egito antigo também é recriada com alto grau de realismo.
O ponto alto do filme foi a forma sarcástica da representação do deus judaico-cristão como uma criança pirracenta. O diretor, que é ateu declarado, soube captar com precisão a personalidade infantil da divindade que não sabe direito o que quer e nem se preocupa com coerência em suas decisões. Como por exemplo a parte onde Moisés questiona o onipotente do motivo de ele ter demorado 400 anos pra se incomodar com o sofrimento dos seus escolhidos, contradição que inclusive se repetiria mais tarde durante o holocausto. A parte onde deus usa sua ira contra para matar os filhos dos egípcios ao invés de eliminar o próprio faraó e seu exército também mostram o senso de humor macabro do todo-poderoso...
Enfim o filme é bom épico, mas deve ser assistido com o distanciamento necessário e com bom senso para não se misturar crenças pessoais com cinema, afinal essas mesmas pessoas não perderiam tempo criticando "Thor", "A Múmia", ou personagens de outras mitologias por "imprecisões históricas".
Monster Hunter
2.4 407 Assista AgoraA premissa até que não é tão ruim e poderia render uma boa ficção científica mas o problema foi terem apostado em construir uma franquia sem estabelecer corretamente as bases da história.
Assim o filme ficou muito vazio, com um enredo sem conteúdo nem desenvolvimento suficientes. Apesar das várias boas cenas de ação e um CGI respeitável, apenas na reta final é que são dadas algumas respostas apressadas sobre o universo mitológico que inspirou o filme.
Essa foi o motivo do fracasso pois o que foi apresentado é muito pouco pra gerar um engajamento com o universo do jogo e pior ainda para motivar a criação de uma franquia inteira. A produção devia ter se dedicado mais nesse primeiro filme e deixado o público responder se as sequências seriam ou não viáveis.
Um Bom Ano
3.5 328 Assista AgoraComédia romântica desajeitada, cheia de personagens caricatos e situações baseadas em estereótipos europeus cafonas. Só se salva a fotografia e locações francesas. De resto não diverte nem emociona é apenas constrangedor, chega até a dar saudades do Woody Allen...
Não é surpresa que o filme tenha sido uma bomba nas bilheterias, arrecadando US$ 42 milhões contra seu orçamento de US$ 35 milhões e resultando em uma perda de mais US$ 20 milhões para o estúdio.
Diante dessa experiência fracassada Ridley Scott entendeu o recado e logo aceitou que não levava jeito pra esse gênero. Tanto que nunca mais quis se arriscar fora de sua zona de conforto que são os épicos e dramas biográficos. Ainda bem, o cinema agradece!
Curiosidades: Ridley Scott era dono de uma casa na Provença e queria fazer um filme lá, para isso encomendou um livro para seu amigo pessoal Peter Mayle que pudesse servir como base para um roteiro de comédia romântica.