O filme é excelente por retratar com precisão a realidade de muitos relacionamentos, onde a falta de amor próprio e reciprocidade nos sentimentos é o principal motivo pra falência da relação.
Na história vemos claramente que desde o início o principal interessado em fazer o relacionamento dar certo é o Dean. Ele que demonstra interesse, apanha por ela, incentiva e apoia a carreira da mulher, acolhe nos momentos difíceis e até assume o papel de pai de uma filha que nem é dele.
Do outro lado a mulher não demonstra a mínima gratidão ou reconhecimento pelo esforço do cara, que mesmo com seus defeitos faz de tudo pra tentar resgatar um casamento fracassado, em grande parte pelo egoísmo dela. Pelo contrário, ela não perde uma oportunidade de humilhar ou desprezar o cara. Como na cena do carro onde após demonstrar uma recaída pelo antigo namorado, ela sadicamente zomba ao insinuar que ele é um fracassado.
No final a grande mensagem que fica é que como diz o provérbio popular: "bonzinho só se ferra mesmo". Os homens desde cedo devem saber identificar esse tipo de fêmea escrota pra só usar e descartar logo, sem peso na consciência. Mulher como a Cindy merece mesmo é se ferrar na mão daquele tipo de babaca que engravidou ela, pra depois passar o resto da vida resmungando que homem é tudo igual e nenhum presta....
Apesar do clima depressivo do filme pelo menos o desfecho é otimista, quando mostra o Dean caminhando em direção à celebração com fogos, simbolizando que um futuro mais feliz o aguardava na direção oposta daquela mulher.
Sequência infeliz, tentaram inovar ao aprofundar a mitologia da Kayako mostrando sua infância e a participação da mãe dela na origem da maldição. Mas tudo é tão mal explicado e confuso que não presta pra esclarecer nada, só piora.
Mantendo a estrutura do primeiro filme são várias histórias acontecendo ao mesmo tempo, o que só serve para quebrar o ritmo da história e tirar o foco do que interessa. E o pior é que existe uma subtrama que se passa em Chicago que é totalmente descartável dentro do filme com os personagens sofrendo a consequência da maldição sem nem terem tido contato com a casa maldita no Japão. Ou seja, só foram encaixados no filme pra atrair mais público americano.
Tecnicamente o filme também mostra piora com relação ao primeiro. Os personagens são mais caricatos, os efeitos são piores com mortes menos violentas e impactantes. O único ponto positivo no filme é que são finalmente explicados os motivos para os barulhos e jeito de andar torto da Kayako.
No final das contas é um filme que se mostra totalmente sem inspiração e desnecessário, sendo produzido exclusivamente como um caça níqueis descarado.
O documentário é bem produzido e cumpre seu propósito de contar um caso complexo com clareza e coerência. Além disso traz entrevistas relevantes tanto dos envolvidos na administração do bunker como dos investigadores.
Chama a atenção o descaso das autoridades que durante anos pouca relevância deram a essa operação criminosa que desde o início já se mostrava suspeita, tendo inclusive o envolvimento de hackers já conhecidos da polícia por crimes cometidos de forma semelhante. Não dá pra entender a dificuldade dos policiais em conseguir um mandado e chegarem arrombando tudo, com os criminosos com a mão na massa.
Mesmo com um roteiro de qualidade duvidosa o filme agrada pelas cenas de ação, que contam com uma edição acelerada que combina bem com a proposta de corrida contra o tempo da história.
A premissa inicial do recibo valioso sendo entregue por um mensageiro é inverossímil e até idiota, deixando uma primeira impressão bastante negativa. Mas a partir do momento em que se aceita essa bobagem é possível se divertir com a correria desenfreada do entregador desavisado sendo perseguido por um policial corrupto pelas ruas de Nova York.
E essas cenas de perseguição de bicicleta sem dúvidas são o ponto alto do filme, as sequências são muito bem produzidas e editadas dando um ritmo eletrizante ao filme. É como se fosse uma versão de "Velozes e Furiosos" das bikes.
Curiosidade: Durante as gravações Gordon-Levitt sofreu um acidente real que o levou a precisar de suturas no braço. E durante os créditos é exibida uma filmagem do momento do acidente com o ator mostrando o braço sangrando.
O filme é uma mistura de drama com comédia de Natal, como não consegue se decidir entre um e outro acaba falhando nos dois sentidos.
A narrativa não linear, com várias subtramas separadas que vão se conectando no final é bem executada, apesar de não ser tão original. Como de costume algumas tramas são mais interessantes que outras e mereciam mais tempo no filme, outras são apenas descartáveis e pouco acrescentam no final.
Mesmo contando com um elenco de respeito com vários nomes de alto escalão o filme não empolga tanto. De qualquer forma ainda consegue deixar algumas boas reflexões e mensagens no estilo natalino, como valorizar a família e não julgar para não ser julgado...
Um filme de qualidade bastante duvidosa e que provavelmente pode ter sido o último trabalho do Liam Neeson em filmes de ação, que declarou que já está velho demais pra essas coisas.
Desde o início fica evidente o baixíssimo orçamento da produção, principalmente pela baixo nível do CGI nas cenas com os caminhões. O roteiro também é medíocre com uma corrida contra o tempo mal executada e cheia de furos, além do vilão pífio, índia militante e reviravoltas risíveis.
O coitado do Laurence Fishburne deve ter ficado com tanta vergonha daquilo que pediu pra pular fora mais cedo dessa bomba. E nem a presença do idoso Liam Neeson numa atuação claramente desinteressada foi capaz de retirar o filme das profundezas da mediocridade.
Uma comédia que se tornou parte da memória afetiva de muita gente pelas inúmeras vezes que foi exibida na TV aberta. Difícil encontrar alguém que não se lembre com carinho desse filme.
O roteiro não é grande coisa e nem se esforça para se levar mais a sério. É só um pastelão escrachado, cheio de piadas politicamente incorretas e de gosto duvidoso. E era justamente esse humor despreocupado e leve que fazia esses tipos de comédias cairem no gosto popular.
O trabalho de maquiagem não é perfeito e a velha de Lawrence não parece tão convincente quanto os personagens feitos pelo Eddie Murphy, por exemplo. Mas isso não tira a graça do filme, muitas vezes até deixa as coisas mais insanas pela capacidade de improviso do Martin Lawrence em tentar dar veracidade à Vovó.
As cenas mais divertidas são quando Malcolm tenta controlar seus impulsos perto da Sherry pra não dar bandeira, a cena da lanterna na cama é clássica. A sequência do basquete também é famosa, nesta cena Lawrence chegou a passar mal devido ao esforço físico e ao calor intenso dentro da fantasia. Ele entrou em coma e ficou hospitalizado por três dias. As gravações só foram retomadas após sua recuperação e a criação de uma nova fantasia mais confortável.
É uma comédia divertida que entrega o esperado pra quem curte esse estilo de besteirol. E devido ao sucesso de público o filme acabou gerando uma trilogia de sucesso.
Filme foi baseado no livro autobiográfico "The Pianist" (1946), que conta as memórias do Holocausto do pianista e compositor judeu Wladyslaw Szpilman. No Oscar de 2003 o filme ganhou os prêmios de Melhor Diretor (Polanski), Melhor Roteiro Adaptado (Harwood) e Melhor Ator (Brody). Além disso ainda foi indicado a outros quatro, incluindo Melhor Filme que perdeu inacreditavelmente para "Chicago".
Chama a atenção como conseguiram, através de um trabalho incrível de cenografia, recriar com fidelidade a Polônia dos anos 40 com seu infame Gueto de Varsóvia. Com isso foi possível mostrar sem filtros o ambiente deprimente de destruição e caos que se seguiu à invasão da Polônia pela Alemanha nazista em 1940, onde pilhas de cadáveres faziam parte do cenário das cidades e execuções passaram a ser feitas arbitrariamente, apenas para saciar o sadismo dos nazistas.
São várias cenas de brutalidade capazes de marcar para sempre a memória de quem assiste. Como por exemplo a parte onde um velho é arremessado pela janela em sua cadeira de rodas é impressionante pelo realismo e choca ao representar como os judeus deixaram de ser vistos como seres humanos pelos nazistas.
A produção porém faz questão de deixar claro que nem todos os não-judeus compactuavam com aquele genocídio. Roman Polanski conseguiu com isso evitar os excessos e generalização que muitas vezes são vistas em filmes sobre o Holocausto. Manter essa imparcialidade deve ter sido ainda mais complexo para alguém que sofreu na própria pele os efeitos dessa barbárie. O polonês Roman Polanski é filho de judeus e na infância escapou do Gueto de Cracóvia após a morte de sua mãe, tendo que morar no celeiro de um fazendeiro polonês até o fim da guerra.
Por toda a qualidade técnica, grandes atuações e seu simbolismo histórico o filme fez por merecer aclamação da crítica e a quantidade de Oscars que recebeu. É o tipo de filme atemporal que ainda hoje, após mais de 20 anos de seu lançamento, causa impacto e comove quem assiste.
O filme é uma refilmagem hollywoodiana do japonês Ju-on (2003) trazendo como diretor Takashi Shimizu, que foi mesmo diretor do original. E ainda contou com o famoso Sam Raimi na produção.
De início já chama a atenção a opção do diretor pela sequência não linear dos eventos, o que acaba dando um rumo mais imprevisível e enigmático à história, apesar de deixá-la mais confusa. Mas no final quando as subtramas que se cruzam tudo fica devidamente esclarecido sem muitas pontas soltas.
Porém uma situação que pareceu mal explicada e meio deslocada foi a parte da mulher que é perseguida no prédio em que trabalhava, é uma subtrama que não se encaixou bem na história e dá a sensação de estar ali só pra gerar mais uns sustos gratuitos.
Mesmo com seus defeitos, pra quem curte esse tipo de filme sobre casas mal-assombradas com espíritos vingativos esse ainda é uma ótima opção. E não foi por acaso que ele se tornou tão famoso, com várias cenas que tiraram o sono de muita gente e são lembradas até hoje.
Essa é uma das melhores comédias sexuais do início dos anos 2000, passou até enjoar na Globo e com certeza tem cenas que ficaram na memória de muita gente.
A trama é boba mas é daquele tipo que quem começa a assistir vai querer saber como termina aquela história do cara que envia sem querer um fita comprometedora pra namorada e tem que viajar às pressas com os amigos para impedir que o pior aconteça. E durante a road trip é que o besteirol rola solto com muitas situações que até hoje arrancam boas risadas.
O elenco conta com figuras conhecidas do besteirol americano como o Seann William Scott (eterno Stifler de American Pie) e o DJ Qualls que era o ator com mais cara de virgem do mercado naqueles tempos. Merece destaque também a inspirada escalação do elenco feminino com aquelas gostosas que não podiam faltar nesse tipo de filme e sempre garantiam bons nudes para os descascadores de plantão da época.
E além de tudo o filme teve seu papel educativo, servindo pra ensinar para todos que assistiram o motivo de NUNCA se pedir pra trocar a comida nos restaurantes!
Pode não ser memorável mas é um filme que agrada principalmente pelo tom reflexivo. A história é simples e linear mas bem conduzida, apresentando um ritmo propositalmente lento para representar a frieza e calma que um assassino profissional deve manter em sua mente, mesmo nas situações mais críticas.
E neste ponto o maior destaque do filme fica por conta da construção do personagem principal e pela excelente atuação do Michael Fassbender. Ele consegue dar bastante credibilidade ao seu mercenário que de modo frio e calculista está sempre no controle do seu próprio destino, fiel aos seus métodos até quando seus planos saem errado.
quando o assassino deixa o cliente Claybourne viver fica claro que ele coloca em prática sua cartilha, deixando a razão acima das emoções e não se colocando em risco desnecessário. Ele entende que matar aquele "figurão" colocaria sua cabeça à prêmio em vão pois aquilo não serviria para sua vingança pessoal. Afinal o cliente realmente não sabia do envolvimento dos demais participantes no ataque ao seu esconderijo.
Mas infelizmente esse desfecho não é o ponto alto do filme. Com David Fincher na direção se esperava alguma reviravolta mais impactante como geralmente fazia no auge da carreira, mas desta vez ele deixou a desejar...
Excelente filme biográfico que de forma bem humorada conta a história de Roger Sharpe, jornalista que em 1976 ajudou a derrubar a proibição de 35 anos do pinball na cidade de Nova York. Para isso, mostrou ao vivo em uma audiência que o pinball era um jogo de habilidade e não de azar.
Por ser baseado em fatos reais a história se torna ainda mais interessante trazendo várias curiosidades não apenas sobre o jogo como sobre a politicagem envolvida no caso. Como por exemplo ao mostrar a hipocrisia do sistema jurídico que ao mesmo tempo em que proibia o Pinball por supostamente ser considerado um jogo azar deixava liberado o bilhar, como se este não pudesse ser usado para apostas.
Outra curiosidade trazida pelo filme foi desvendar o mistério em volta do termo "zerar". Nunca imaginei que isso teria origem no pinball e era usado quando se alcançava uma pontuação tão alta que os números automaticamente voltavam ao zero.
No geral o filme é ótimo e vale muito a pena por todas a informações que mostra, a única ressalva é pelo excesso de romance na história, algo que inclusive foi até motivo de piada dentro do filme. Isso muitas vezes tirou o ritmo e o foco do que realmente interessa, que são os acontecimentos e curiosidades em torno do jogo.
O filme tem seus problemas mas no geral foi uma boa tentativa de parodiar os principais clichês da comédia romântica, com referências à vários filmes do gênero e personagens conhecidos. Entre os principais "homenageados" estão os filmes "O Diário de Bridget Jones" e "Casamento Grego".
Nem todas as piadas funcionam e muitas são mais nojentas do que engraçadas, mas no geral o filme tira algumas boas risadas pelas situações absurdas e pela falta de filtros. O filme tabmém peca pelo excesso de paródias, muitos filmes escolhidos nem sequer fazem parte do gênero e fogem da proposta do filme como "O Senhor dos Anéis" e até "Star Wars", com isso são várias piadas que ficam desconectadas dentro da trama sem qualquer propósito útil.
O filme tem os mesmos roteiristas de "Todo Mundo em Pânico" então já se percebe que não é indicado pra todos os paladares, os mais mimizentos vão torcer o nariz para o estilo politicamente incorreto das piadas. Isso já está dentro do esperado pois não são o público alvo do filme, mas pra quem curte um bom besteirol não vai decepcionar com este.
Filme mediano, mesmo não comprometendo era de se esperar uma produção de mais impacto para encerrar a trilogia.
A mudança de cenário para o interior da Itália não trouxe grandes ganhos à história nem ao personagem, servindo meramente para locações mais exóticas. A trama envolvendo a máfia italiana, gangues e CIA é genérica e superficial, com personagens e vilões que não se conectam tão bem na trama.
Se o roteiro não é dos empolgantes, a direção aposta tudo no aumento da violência gráfica em relação aos anteriores. A carnificina corre solta durante a pancadaria, com mutilações e fraturas sendo exibidas sem pudores. Vale destacar a incrível sequência de abertura na vinícola com o já inesquecível tiro por dentro do crânio, que é sem dúvidas o momento mais impactante do filme.
Muitas vezes parecendo quase um super herói indestrutível da Marvel, Denzel Washington mantêm seus métodos de espancar sem piedade a bandidagem que encontra pelo caminho, sem fazer grande esforço e dentro dos 9 segundos de costume. Apesar de ainda dar seus sopapos mesmo na faixa dos 70 anos, Denzel já mostra uma certa limitação nas cenas mais intensas e talvez seja sensato já ir abandonando esse tipo de filme pra não cair no ridículo.
O desfecho do filme é bem intencionado simbolizando que o personagem que sempre procurou proteger os indefesos, encontra a felicidade com uma cidade inteira de oprimidos para poder oferecer seus "serviços". Mesmo assim fica uma sensação que faltou um algo a mais para que Robert McCall pudesse finalmente se aposentar em grande estilo.
A tentativa em misturar ficção e faroeste no mesmo filme foi válida, mas a execução deixa muito a desejar. O filme começa bem com uma premissa intrigante sobre invasão e abduções alienígenas no velho oeste. Mas a medida que a história avança vamos percebendo que a boa impressão inicial vai ficando pelo caminho.
Principalmente pelo roteiro que não é dos mais bem elaborados, fica muita coisa mal explicada principalmente com relação a instalação da base mineradora dos aliens, que pelo visto já estava extraindo ouro naquele lugar há muito tempo sem chamar a atenção. Não fica claro a finalidade dos humanos serem abduzidos nem da presença da extraterrestre que apareceu perdida na Terra só para convenientemente alertar os humanos dos planos malignos dos invasores. E o pior é que nem fazem muito esforço pra explicar nada...
Se a trama não convence pelo menos na parte de ação o filme agrada, os efeitos são de boa qualidade e o ritmo acelerado não deixa o filme cair no tédio. As atuações de Daniel Craig e Harrison Ford também não comprometem.
Mas mesmo com seus defeitos é um filme que até oferece uma diversão razoável, principalmente se o espectador estiver disposto a desabilitar o cérebro por 2 horas e curtir a viagem.
Já fizeram muita porcaria em filmes de tubarões mas este aqui merece destaque entre os piores. O roteiro é bagunçado cheio de situações absurdas envolvendo tráfico de drogas em alto mar e imigrantes. Com essa trama tão mal feita e genérica a atração principal que deveria ser o tubarão acaba ficando em segundo plano.
E quando ele finalmente dá as caras o resultado é pior ainda do que se esperava. Os efeitos são amadores e não conseguem chegar nem perto de causar algum tipo de tensão ou suspense, chamando mais a atenção pelos defeitos do CGI de fundo de quintal.
Por sorte escalaram uma protagonista gostosa, servindo pelo menos como uma motivação extra pro pobre espectador terminar o filme. Mas tirando isso, ser dilacerado por um tubarão chapado de cocaína não parece tão doloroso do que a experiência de passar 85 assistindo essa bomba.
A vantagem de se escolher o universo canabinóide como premissa de um filme é a liberdade que se tem para usar os temas mais aleatórios na trama e nada parecer absurdo ou fora de contexto. Neste sentido vale tudo, desde citações a Karl Marx até reflexões existenciais baseadas na lasanha do Garfield.
A Anna Faris parece que nasceu para a personagem, mostrando intimidade com relação ao uso da "erva maldita" e seus efeitos. Certamente ela não precisou fazer muito esforço para entrar na personagem e não seria surpresa se tivesse dado uns "tapas" durante as filmagens...
E pra quem não pegou a referência o nome Jane F. serve como uma homenagem à famosa Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída.
Apesar de meio bagunçado e ter poucos sustos é um bom filme com uma premissa intrigante. Os efeitos visuais são excelentes mostrando boa dose de violência gráfica e a atuação do elenco não compromete.
A trama é meio confusa, é preciso esforço para entender a real utilidade do 13º fantasma e o esquema que foi feito para atrair ele para a casa.
Ótimo thriller psicológico que demonstra que não é preciso orçamento milionário pra se produzir um filme que prenda a atenção do início ao final, com uma história simples mas bem contada.
Tanto a história do julgamento do policial quanto da ligação que ele está atendendo são muito bem conduzidas. Os detalhes vão sendo revelados aos poucos e as peças vão se encaixando com coerência no decorrer do filme, que ainda solta um surpreendente plot twist para finalizar.
Destaque também para o Jake Gyllenhaal numa atuação muito consistente no papel do policial desequilibrado. Sem mudanças de cenário (devido às restrições da pandemia) Gyllenhaal consegue levar nas costas o filme inteiro, e isso não é tarefa pra qualquer ator.
Além de toda dose de tensão o filme ainda deixa boas reflexões sobre encarar as consequências de seus atos e como cada um lida com o peso da culpa.
Curiosidade: A inspiração para o filme surgiu quando o diretor ouviu uma ligação de 20 minutos entre a vítima de um sequestro e a emergência. Na ocasião a mulher conseguiu falar por códigos com os policiais para ajudar na resolução do caso.
Thriller psicológico meia boca, cheio de cenas arrastadas que falham ao tentar gerar sensação de suspense e só conseguem ser entediantes.
A direção é preguiçosa e desleixada. Muitas situações vistas durante o filme são risíveis pelo absurdo, principalmente pela atuação da polícia e falta de informações sobre as investigações. Não são apresentados detalhes sobre o que levou à prisão do "Aranha" e fica mal explicada a presença do verdadeiro assassino nas cenas dos crimes.
A intenção da direção foi colocar a mulher como sendo ignorada nas suas denúncias, mas a própria trama não ajuda. Durante o filme todo só vemos uma mulher amedrontada sem conseguir apontar nenhuma evidência para comprovar suas suspeitas. Desta forma, a reação normal de qualquer um que estivesse ao lado de uma pessoa nesta situação seria não levar a sério mesmo e desconfiar.
Qualquer um que vá numa delegacia (homem ou mulher) fazer alguma denúncia de ameaça e não apresentar nenhuma evidência será ignorado, é a conduta normal. Chegar e falar simplesmente que se sentiu ameaçada por não ir com a cara de alguém não é o suficiente para se abrir investigação no mundo real.
Por isso o filme fracassa em sua proposta pois ele mesmo coloca a mulher como uma desequilibrada, por não dar a ela ferramentas para que pudesse embasar suas denúncias e não se passar por neurótica.
Mesmo cheio de situações exageradas e pouco verossímeis é um bom thriller de ação nos seus melhores momentos.
Os vários detalhes técnicos sobre táticas e rotina dos snipers são bem inseridos e servem para dar mais credibilidade ao personagem do Mark Wahlberg, que diga-se de passagem entrega mais uma atuação bastante sólida. O filme contou com a consultoria do ex-atirador da Marinha dos EUA, Patrick Garrity.
De forma geral o filme se destaca pelas boas sequências de ação e perseguições bem executadas, apesar da duração excessiva de mais de 2 horas. De negativo podemos citar a resolução do conflito, com um acerto de contas meio desajeitado. A tentativa da solução diplomática foi anticlimática e dispensável, mas felizmente nos últimos momentos o filme volta ao rumo correto e encerra de maneira satisfatória.
Filme horroroso que mostra como a Netflix segue a tendência de focar mais na quantidade do que na qualidade de suas produções.
O roteiro é fraquíssimo, pode até haver uma certa boa intenção em trazer mensagens natalinas de valorização da família, aceitação e solidariedade mas tudo é tão artificial e mal feito que no final só deixa sentimentos de vergonha alheia e tempo perdido.
A cena do trenó rebocado por um balão que todo mundo finge não ver é tão ridícula que serve para simbolizar perfeitamente o nível do filme todo.
Nesta nova saga do Poirot o diferencial é a utilização do componente místico na investigação do racional detetive bigodudo. Essa dualidade é bem explorada no filme ao tirar o foco dos suspeitos tradicionais e insinuar o envolvimento do sobrenatural no crime.
Neste ponto merece destaque a ambientação sombria do castelo que favorece bastante o clima macabro do filme e o desempenho do elenco também não decepciona, cumprindo bem seu papel.
O roteiro, inspirado em um livro de Agatha Christie, é bem estruturado com as clássicas pistas falsas sendo utilizadas de forma eficiente para manter a solução do mistério oculta até o final da história. E quando os segredos finalmente são revelados pelos bons plot twists no ato final tudo fica devidamente esclarecido, fechando a trama sem furos nem pontas soltas.
Mesmo não tendo relação com a qualidade do filme em si, não dá pra deixar de citar a péssima opção do título em português que não tem nada a ver com o filme, que sequer tem bruxas na história. Se inventassem menos e fizessem uma simples tradução do inglês o resultado seria menos tosco.
Pra quem curte uma boa história de detetive não irá se decepcionar com o filme, a história é instigante e vai estimular o raciocínio dos detetives de sofá (com seus palpites sempre furados). Tomara que essa franquia tenha vida longa e que o velho Poirot não se aposente tão cedo!
O filme é quase uma versão feminina de "Se Beber, Não Case!" de 2009. Apesar dessa falta de originalidade é um filme que agrada pelo humor politicamente incorreto e sujo que apresenta, além de mostrar com honestidade a inveja, falsidade e crueldade que existe nas relações femininas.
É o tipo de comédia que não é para todos os paladares, pois abusa da gordofobia, bullying, apologia às drogas e obscenidades em geral. Mas chama a atenção que essa gordofobia apresentada acaba sendo relativa, pois no final a personagem gorda é a que demonstra ter o melhor caráter entre todas.
As atuações do trio principal merecem elogios. As atrizes entendem a proposta do filme e se jogam sem qualquer medo do ridículo nas cenas mais constrangedoras e insanas possíveis. É difícil imaginar que um filme desses pudesse ser lançado nos dias de hoje, onde a patrulha dos bons costumes não perderia a chance de cancelar os envolvidos.
foi previsível e tradicional demais, contrariando a teor subversivo do filme. Poderiam ter ousado com um desfecho mais fora do comum mas faltou coragem.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraO filme é excelente por retratar com precisão a realidade de muitos relacionamentos, onde a falta de amor próprio e reciprocidade nos sentimentos é o principal motivo pra falência da relação.
Na história vemos claramente que desde o início o principal interessado em fazer o relacionamento dar certo é o Dean. Ele que demonstra interesse, apanha por ela, incentiva e apoia a carreira da mulher, acolhe nos momentos difíceis e até assume o papel de pai de uma filha que nem é dele.
Do outro lado a mulher não demonstra a mínima gratidão ou reconhecimento pelo esforço do cara, que mesmo com seus defeitos faz de tudo pra tentar resgatar um casamento fracassado, em grande parte pelo egoísmo dela. Pelo contrário, ela não perde uma oportunidade de humilhar ou desprezar o cara. Como na cena do carro onde após demonstrar uma recaída pelo antigo namorado, ela sadicamente zomba ao insinuar que ele é um fracassado.
No final a grande mensagem que fica é que como diz o provérbio popular: "bonzinho só se ferra mesmo". Os homens desde cedo devem saber identificar esse tipo de fêmea escrota pra só usar e descartar logo, sem peso na consciência. Mulher como a Cindy merece mesmo é se ferrar na mão daquele tipo de babaca que engravidou ela, pra depois passar o resto da vida resmungando que homem é tudo igual e nenhum presta....
Apesar do clima depressivo do filme pelo menos o desfecho é otimista, quando mostra o Dean caminhando em direção à celebração com fogos, simbolizando que um futuro mais feliz o aguardava na direção oposta daquela mulher.
O Grito 2
2.5 412 Assista AgoraSequência infeliz, tentaram inovar ao aprofundar a mitologia da Kayako mostrando sua infância e a participação da mãe dela na origem da maldição. Mas tudo é tão mal explicado e confuso que não presta pra esclarecer nada, só piora.
Mantendo a estrutura do primeiro filme são várias histórias acontecendo ao mesmo tempo, o que só serve para quebrar o ritmo da história e tirar o foco do que interessa. E o pior é que existe uma subtrama que se passa em Chicago que é totalmente descartável dentro do filme com os personagens sofrendo a consequência da maldição sem nem terem tido contato com a casa maldita no Japão. Ou seja, só foram encaixados no filme pra atrair mais público americano.
Tecnicamente o filme também mostra piora com relação ao primeiro. Os personagens são mais caricatos, os efeitos são piores com mortes menos violentas e impactantes. O único ponto positivo no filme é que são finalmente explicados os motivos para os barulhos e jeito de andar torto da Kayako.
No final das contas é um filme que se mostra totalmente sem inspiração e desnecessário, sendo produzido exclusivamente como um caça níqueis descarado.
Cyberbunker: Crimes na Internet
3.2 6 Assista AgoraO documentário é bem produzido e cumpre seu propósito de contar um caso complexo com clareza e coerência. Além disso traz entrevistas relevantes tanto dos envolvidos na administração do bunker como dos investigadores.
Chama a atenção o descaso das autoridades que durante anos pouca relevância deram a essa operação criminosa que desde o início já se mostrava suspeita, tendo inclusive o envolvimento de hackers já conhecidos da polícia por crimes cometidos de forma semelhante. Não dá pra entender a dificuldade dos policiais em conseguir um mandado e chegarem arrombando tudo, com os criminosos com a mão na massa.
Perigo por Encomenda
3.3 493 Assista AgoraMesmo com um roteiro de qualidade duvidosa o filme agrada pelas cenas de ação, que contam com uma edição acelerada que combina bem com a proposta de corrida contra o tempo da história.
A premissa inicial do recibo valioso sendo entregue por um mensageiro é inverossímil e até idiota, deixando uma primeira impressão bastante negativa. Mas a partir do momento em que se aceita essa bobagem é possível se divertir com a correria desenfreada do entregador desavisado sendo perseguido por um policial corrupto pelas ruas de Nova York.
E essas cenas de perseguição de bicicleta sem dúvidas são o ponto alto do filme, as sequências são muito bem produzidas e editadas dando um ritmo eletrizante ao filme. É como se fosse uma versão de "Velozes e Furiosos" das bikes.
Curiosidade: Durante as gravações Gordon-Levitt sofreu um acidente real que o levou a precisar de suturas no braço. E durante os créditos é exibida uma filmagem do momento do acidente com o ator mostrando o braço sangrando.
O Natal dos Coopers
3.2 90 Assista AgoraO filme é uma mistura de drama com comédia de Natal, como não consegue se decidir entre um e outro acaba falhando nos dois sentidos.
A narrativa não linear, com várias subtramas separadas que vão se conectando no final é bem executada, apesar de não ser tão original. Como de costume algumas tramas são mais interessantes que outras e mereciam mais tempo no filme, outras são apenas descartáveis e pouco acrescentam no final.
Mesmo contando com um elenco de respeito com vários nomes de alto escalão o filme não empolga tanto. De qualquer forma ainda consegue deixar algumas boas reflexões e mensagens no estilo natalino, como valorizar a família e não julgar para não ser julgado...
Missão Resgate
2.8 76 Assista AgoraUm filme de qualidade bastante duvidosa e que provavelmente pode ter sido o último trabalho do Liam Neeson em filmes de ação, que declarou que já está velho demais pra essas coisas.
Desde o início fica evidente o baixíssimo orçamento da produção, principalmente pela baixo nível do CGI nas cenas com os caminhões. O roteiro também é medíocre com uma corrida contra o tempo mal executada e cheia de furos, além do vilão pífio, índia militante e reviravoltas risíveis.
O coitado do Laurence Fishburne deve ter ficado com tanta vergonha daquilo que pediu pra pular fora mais cedo dessa bomba. E nem a presença do idoso Liam Neeson numa atuação claramente desinteressada foi capaz de retirar o filme das profundezas da mediocridade.
Vovó... Zona
2.6 442 Assista AgoraUma comédia que se tornou parte da memória afetiva de muita gente pelas inúmeras vezes que foi exibida na TV aberta. Difícil encontrar alguém que não se lembre com carinho desse filme.
O roteiro não é grande coisa e nem se esforça para se levar mais a sério. É só um pastelão escrachado, cheio de piadas politicamente incorretas e de gosto duvidoso. E era justamente esse humor despreocupado e leve que fazia esses tipos de comédias cairem no gosto popular.
O trabalho de maquiagem não é perfeito e a velha de Lawrence não parece tão convincente quanto os personagens feitos pelo Eddie Murphy, por exemplo. Mas isso não tira a graça do filme, muitas vezes até deixa as coisas mais insanas pela capacidade de improviso do Martin Lawrence em tentar dar veracidade à Vovó.
As cenas mais divertidas são quando Malcolm tenta controlar seus impulsos perto da Sherry pra não dar bandeira, a cena da lanterna na cama é clássica. A sequência do basquete também é famosa, nesta cena Lawrence chegou a passar mal devido ao esforço físico e ao calor intenso dentro da fantasia. Ele entrou em coma e ficou hospitalizado por três dias. As gravações só foram retomadas após sua recuperação e a criação de uma nova fantasia mais confortável.
É uma comédia divertida que entrega o esperado pra quem curte esse estilo de besteirol. E devido ao sucesso de público o filme acabou gerando uma trilogia de sucesso.
O Pianista
4.4 1,8K Assista AgoraFilme foi baseado no livro autobiográfico "The Pianist" (1946), que conta as memórias do Holocausto do pianista e compositor judeu Wladyslaw Szpilman. No Oscar de 2003 o filme ganhou os prêmios de Melhor Diretor (Polanski), Melhor Roteiro Adaptado (Harwood) e Melhor Ator (Brody). Além disso ainda foi indicado a outros quatro, incluindo Melhor Filme que perdeu inacreditavelmente para "Chicago".
Chama a atenção como conseguiram, através de um trabalho incrível de cenografia, recriar com fidelidade a Polônia dos anos 40 com seu infame Gueto de Varsóvia. Com isso foi possível mostrar sem filtros o ambiente deprimente de destruição e caos que se seguiu à invasão da Polônia pela Alemanha nazista em 1940, onde pilhas de cadáveres faziam parte do cenário das cidades e execuções passaram a ser feitas arbitrariamente, apenas para saciar o sadismo dos nazistas.
São várias cenas de brutalidade capazes de marcar para sempre a memória de quem assiste. Como por exemplo a parte onde um velho é arremessado pela janela em sua cadeira de rodas é impressionante pelo realismo e choca ao representar como os judeus deixaram de ser vistos como seres humanos pelos nazistas.
A produção porém faz questão de deixar claro que nem todos os não-judeus compactuavam com aquele genocídio. Roman Polanski conseguiu com isso evitar os excessos e generalização que muitas vezes são vistas em filmes sobre o Holocausto. Manter essa imparcialidade deve ter sido ainda mais complexo para alguém que sofreu na própria pele os efeitos dessa barbárie. O polonês Roman Polanski é filho de judeus e na infância escapou do Gueto de Cracóvia após a morte de sua mãe, tendo que morar no celeiro de um fazendeiro polonês até o fim da guerra.
Por toda a qualidade técnica, grandes atuações e seu simbolismo histórico o filme fez por merecer aclamação da crítica e a quantidade de Oscars que recebeu. É o tipo de filme atemporal que ainda hoje, após mais de 20 anos de seu lançamento, causa impacto e comove quem assiste.
O Grito
2.8 999 Assista AgoraO filme é uma refilmagem hollywoodiana do japonês Ju-on (2003) trazendo como diretor Takashi Shimizu, que foi mesmo diretor do original. E ainda contou com o famoso Sam Raimi na produção.
De início já chama a atenção a opção do diretor pela sequência não linear dos eventos, o que acaba dando um rumo mais imprevisível e enigmático à história, apesar de deixá-la mais confusa. Mas no final quando as subtramas que se cruzam tudo fica devidamente esclarecido sem muitas pontas soltas.
Porém uma situação que pareceu mal explicada e meio deslocada foi a parte da mulher que é perseguida no prédio em que trabalhava, é uma subtrama que não se encaixou bem na história e dá a sensação de estar ali só pra gerar mais uns sustos gratuitos.
Mesmo com seus defeitos, pra quem curte esse tipo de filme sobre casas mal-assombradas com espíritos vingativos esse ainda é uma ótima opção. E não foi por acaso que ele se tornou tão famoso, com várias cenas que tiraram o sono de muita gente e são lembradas até hoje.
Caindo na Estrada
3.0 219 Assista AgoraEssa é uma das melhores comédias sexuais do início dos anos 2000, passou até enjoar na Globo e com certeza tem cenas que ficaram na memória de muita gente.
A trama é boba mas é daquele tipo que quem começa a assistir vai querer saber como termina aquela história do cara que envia sem querer um fita comprometedora pra namorada e tem que viajar às pressas com os amigos para impedir que o pior aconteça. E durante a road trip é que o besteirol rola solto com muitas situações que até hoje arrancam boas risadas.
O elenco conta com figuras conhecidas do besteirol americano como o Seann William Scott (eterno Stifler de American Pie) e o DJ Qualls que era o ator com mais cara de virgem do mercado naqueles tempos. Merece destaque também a inspirada escalação do elenco feminino com aquelas gostosas que não podiam faltar nesse tipo de filme e sempre garantiam bons nudes para os descascadores de plantão da época.
E além de tudo o filme teve seu papel educativo, servindo pra ensinar para todos que assistiram o motivo de NUNCA se pedir pra trocar a comida nos restaurantes!
O Assassino
3.3 515Pode não ser memorável mas é um filme que agrada principalmente pelo tom reflexivo. A história é simples e linear mas bem conduzida, apresentando um ritmo propositalmente lento para representar a frieza e calma que um assassino profissional deve manter em sua mente, mesmo nas situações mais críticas.
E neste ponto o maior destaque do filme fica por conta da construção do personagem principal e pela excelente atuação do Michael Fassbender. Ele consegue dar bastante credibilidade ao seu mercenário que de modo frio e calculista está sempre no controle do seu próprio destino, fiel aos seus métodos até quando seus planos saem errado.
Análise do desfecho:
quando o assassino deixa o cliente Claybourne viver fica claro que ele coloca em prática sua cartilha, deixando a razão acima das emoções e não se colocando em risco desnecessário. Ele entende que matar aquele "figurão" colocaria sua cabeça à prêmio em vão pois aquilo não serviria para sua vingança pessoal. Afinal o cliente realmente não sabia do envolvimento dos demais participantes no ataque ao seu esconderijo.
Mas infelizmente esse desfecho não é o ponto alto do filme. Com David Fincher na direção se esperava alguma reviravolta mais impactante como geralmente fazia no auge da carreira, mas desta vez ele deixou a desejar...
Pinball: O Homem que Salvou o Jogo
3.7 4Excelente filme biográfico que de forma bem humorada conta a história de Roger Sharpe, jornalista que em 1976 ajudou a derrubar a proibição de 35 anos do pinball na cidade de Nova York. Para isso, mostrou ao vivo em uma audiência que o pinball era um jogo de habilidade e não de azar.
Por ser baseado em fatos reais a história se torna ainda mais interessante trazendo várias curiosidades não apenas sobre o jogo como sobre a politicagem envolvida no caso. Como por exemplo ao mostrar a hipocrisia do sistema jurídico que ao mesmo tempo em que proibia o Pinball por supostamente ser considerado um jogo azar deixava liberado o bilhar, como se este não pudesse ser usado para apostas.
Outra curiosidade trazida pelo filme foi desvendar o mistério em volta do termo "zerar". Nunca imaginei que isso teria origem no pinball e era usado quando se alcançava uma pontuação tão alta que os números automaticamente voltavam ao zero.
No geral o filme é ótimo e vale muito a pena por todas a informações que mostra, a única ressalva é pelo excesso de romance na história, algo que inclusive foi até motivo de piada dentro do filme. Isso muitas vezes tirou o ritmo e o foco do que realmente interessa, que são os acontecimentos e curiosidades em torno do jogo.
Uma Comédia Nada Romântica
2.2 566 Assista AgoraO filme tem seus problemas mas no geral foi uma boa tentativa de parodiar os principais clichês da comédia romântica, com referências à vários filmes do gênero e personagens conhecidos. Entre os principais "homenageados" estão os filmes "O Diário de Bridget Jones" e "Casamento Grego".
Nem todas as piadas funcionam e muitas são mais nojentas do que engraçadas, mas no geral o filme tira algumas boas risadas pelas situações absurdas e pela falta de filtros. O filme tabmém peca pelo excesso de paródias, muitos filmes escolhidos nem sequer fazem parte do gênero e fogem da proposta do filme como "O Senhor dos Anéis" e até "Star Wars", com isso são várias piadas que ficam desconectadas dentro da trama sem qualquer propósito útil.
O filme tem os mesmos roteiristas de "Todo Mundo em Pânico" então já se percebe que não é indicado pra todos os paladares, os mais mimizentos vão torcer o nariz para o estilo politicamente incorreto das piadas. Isso já está dentro do esperado pois não são o público alvo do filme, mas pra quem curte um bom besteirol não vai decepcionar com este.
O Protetor: Capítulo Final
3.5 221Filme mediano, mesmo não comprometendo era de se esperar uma produção de mais impacto para encerrar a trilogia.
A mudança de cenário para o interior da Itália não trouxe grandes ganhos à história nem ao personagem, servindo meramente para locações mais exóticas. A trama envolvendo a máfia italiana, gangues e CIA é genérica e superficial, com personagens e vilões que não se conectam tão bem na trama.
Se o roteiro não é dos empolgantes, a direção aposta tudo no aumento da violência gráfica em relação aos anteriores. A carnificina corre solta durante a pancadaria, com mutilações e fraturas sendo exibidas sem pudores. Vale destacar a incrível sequência de abertura na vinícola com o já inesquecível tiro por dentro do crânio, que é sem dúvidas o momento mais impactante do filme.
Muitas vezes parecendo quase um super herói indestrutível da Marvel, Denzel Washington mantêm seus métodos de espancar sem piedade a bandidagem que encontra pelo caminho, sem fazer grande esforço e dentro dos 9 segundos de costume. Apesar de ainda dar seus sopapos mesmo na faixa dos 70 anos, Denzel já mostra uma certa limitação nas cenas mais intensas e talvez seja sensato já ir abandonando esse tipo de filme pra não cair no ridículo.
O desfecho do filme é bem intencionado simbolizando que o personagem que sempre procurou proteger os indefesos, encontra a felicidade com uma cidade inteira de oprimidos para poder oferecer seus "serviços". Mesmo assim fica uma sensação que faltou um algo a mais para que Robert McCall pudesse finalmente se aposentar em grande estilo.
Cowboys & Aliens
2.8 1,4K Assista AgoraA tentativa em misturar ficção e faroeste no mesmo filme foi válida, mas a execução deixa muito a desejar. O filme começa bem com uma premissa intrigante sobre invasão e abduções alienígenas no velho oeste. Mas a medida que a história avança vamos percebendo que a boa impressão inicial vai ficando pelo caminho.
Principalmente pelo roteiro que não é dos mais bem elaborados, fica muita coisa mal explicada principalmente com relação a instalação da base mineradora dos aliens, que pelo visto já estava extraindo ouro naquele lugar há muito tempo sem chamar a atenção. Não fica claro a finalidade dos humanos serem abduzidos nem da presença da extraterrestre que apareceu perdida na Terra só para convenientemente alertar os humanos dos planos malignos dos invasores. E o pior é que nem fazem muito esforço pra explicar nada...
Se a trama não convence pelo menos na parte de ação o filme agrada, os efeitos são de boa qualidade e o ritmo acelerado não deixa o filme cair no tédio. As atuações de Daniel Craig e Harrison Ford também não comprometem.
Mas mesmo com seus defeitos é um filme que até oferece uma diversão razoável, principalmente se o espectador estiver disposto a desabilitar o cérebro por 2 horas e curtir a viagem.
Terror nas Profundezas
1.7 32 Assista AgoraJá fizeram muita porcaria em filmes de tubarões mas este aqui merece destaque entre os piores. O roteiro é bagunçado cheio de situações absurdas envolvendo tráfico de drogas em alto mar e imigrantes. Com essa trama tão mal feita e genérica a atração principal que deveria ser o tubarão acaba ficando em segundo plano.
E quando ele finalmente dá as caras o resultado é pior ainda do que se esperava. Os efeitos são amadores e não conseguem chegar nem perto de causar algum tipo de tensão ou suspense, chamando mais a atenção pelos defeitos do CGI de fundo de quintal.
Por sorte escalaram uma protagonista gostosa, servindo pelo menos como uma motivação extra pro pobre espectador terminar o filme. Mas tirando isso, ser dilacerado por um tubarão chapado de cocaína não parece tão doloroso do que a experiência de passar 85 assistindo essa bomba.
Smiley Face: Louca de Dar Nó
3.3 216A vantagem de se escolher o universo canabinóide como premissa de um filme é a liberdade que se tem para usar os temas mais aleatórios na trama e nada parecer absurdo ou fora de contexto. Neste sentido vale tudo, desde citações a Karl Marx até reflexões existenciais baseadas na lasanha do Garfield.
A Anna Faris parece que nasceu para a personagem, mostrando intimidade com relação ao uso da "erva maldita" e seus efeitos. Certamente ela não precisou fazer muito esforço para entrar na personagem e não seria surpresa se tivesse dado uns "tapas" durante as filmagens...
E pra quem não pegou a referência o nome Jane F. serve como uma homenagem à famosa Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída.
13 Fantasmas
2.9 658 Assista AgoraApesar de meio bagunçado e ter poucos sustos é um bom filme com uma premissa intrigante. Os efeitos visuais são excelentes mostrando boa dose de violência gráfica e a atuação do elenco não compromete.
A trama é meio confusa, é preciso esforço para entender a real utilidade do 13º fantasma e o esquema que foi feito para atrair ele para a casa.
Quando se entende isso fica mais claro que a função do 13º fantasma não era parar a máquina como Kalina havia afirmado, mas desencadear sua ativação.
O problema é que isso só é devidamente explicado nos últimos momentos do filme, exigindo paciência extra do espectador até lá.
O Culpado
3.0 453 Assista AgoraÓtimo thriller psicológico que demonstra que não é preciso orçamento milionário pra se produzir um filme que prenda a atenção do início ao final, com uma história simples mas bem contada.
Tanto a história do julgamento do policial quanto da ligação que ele está atendendo são muito bem conduzidas. Os detalhes vão sendo revelados aos poucos e as peças vão se encaixando com coerência no decorrer do filme, que ainda solta um surpreendente plot twist para finalizar.
Destaque também para o Jake Gyllenhaal numa atuação muito consistente no papel do policial desequilibrado. Sem mudanças de cenário (devido às restrições da pandemia) Gyllenhaal consegue levar nas costas o filme inteiro, e isso não é tarefa pra qualquer ator.
Além de toda dose de tensão o filme ainda deixa boas reflexões sobre encarar as consequências de seus atos e como cada um lida com o peso da culpa.
Curiosidade: A inspiração para o filme surgiu quando o diretor ouviu uma ligação de 20 minutos entre a vítima de um sequestro e a emergência. Na ocasião a mulher conseguiu falar por códigos com os policiais para ajudar na resolução do caso.
Observador
3.4 283 Assista AgoraThriller psicológico meia boca, cheio de cenas arrastadas que falham ao tentar gerar sensação de suspense e só conseguem ser entediantes.
A direção é preguiçosa e desleixada. Muitas situações vistas durante o filme são risíveis pelo absurdo, principalmente pela atuação da polícia e falta de informações sobre as investigações. Não são apresentados detalhes sobre o que levou à prisão do "Aranha" e fica mal explicada a presença do verdadeiro assassino nas cenas dos crimes.
A intenção da direção foi colocar a mulher como sendo ignorada nas suas denúncias, mas a própria trama não ajuda. Durante o filme todo só vemos uma mulher amedrontada sem conseguir apontar nenhuma evidência para comprovar suas suspeitas. Desta forma, a reação normal de qualquer um que estivesse ao lado de uma pessoa nesta situação seria não levar a sério mesmo e desconfiar.
Qualquer um que vá numa delegacia (homem ou mulher) fazer alguma denúncia de ameaça e não apresentar nenhuma evidência será ignorado, é a conduta normal. Chegar e falar simplesmente que se sentiu ameaçada por não ir com a cara de alguém não é o suficiente para se abrir investigação no mundo real.
Por isso o filme fracassa em sua proposta pois ele mesmo coloca a mulher como uma desequilibrada, por não dar a ela ferramentas para que pudesse embasar suas denúncias e não se passar por neurótica.
Atirador
3.7 393 Assista AgoraMesmo cheio de situações exageradas e pouco verossímeis é um bom thriller de ação nos seus melhores momentos.
Os vários detalhes técnicos sobre táticas e rotina dos snipers são bem inseridos e servem para dar mais credibilidade ao personagem do Mark Wahlberg, que diga-se de passagem entrega mais uma atuação bastante sólida. O filme contou com a consultoria do ex-atirador da Marinha dos EUA, Patrick Garrity.
De forma geral o filme se destaca pelas boas sequências de ação e perseguições bem executadas, apesar da duração excessiva de mais de 2 horas. De negativo podemos citar a resolução do conflito, com um acerto de contas meio desajeitado. A tentativa da solução diplomática foi anticlimática e dispensável, mas felizmente nos últimos momentos o filme volta ao rumo correto e encerra de maneira satisfatória.
O Melhor. Natal. de Todos!
2.3 41 Assista AgoraFilme horroroso que mostra como a Netflix segue a tendência de focar mais na quantidade do que na qualidade de suas produções.
O roteiro é fraquíssimo, pode até haver uma certa boa intenção em trazer mensagens natalinas de valorização da família, aceitação e solidariedade mas tudo é tão artificial e mal feito que no final só deixa sentimentos de vergonha alheia e tempo perdido.
A cena do trenó rebocado por um balão que todo mundo finge não ver é tão ridícula que serve para simbolizar perfeitamente o nível do filme todo.
A Noite das Bruxas
3.2 188Nesta nova saga do Poirot o diferencial é a utilização do componente místico na investigação do racional detetive bigodudo. Essa dualidade é bem explorada no filme ao tirar o foco dos suspeitos tradicionais e insinuar o envolvimento do sobrenatural no crime.
Neste ponto merece destaque a ambientação sombria do castelo que favorece bastante o clima macabro do filme e o desempenho do elenco também não decepciona, cumprindo bem seu papel.
O roteiro, inspirado em um livro de Agatha Christie, é bem estruturado com as clássicas pistas falsas sendo utilizadas de forma eficiente para manter a solução do mistério oculta até o final da história. E quando os segredos finalmente são revelados pelos bons plot twists no ato final tudo fica devidamente esclarecido, fechando a trama sem furos nem pontas soltas.
Mesmo não tendo relação com a qualidade do filme em si, não dá pra deixar de citar a péssima opção do título em português que não tem nada a ver com o filme, que sequer tem bruxas na história. Se inventassem menos e fizessem uma simples tradução do inglês o resultado seria menos tosco.
Pra quem curte uma boa história de detetive não irá se decepcionar com o filme, a história é instigante e vai estimular o raciocínio dos detetives de sofá (com seus palpites sempre furados). Tomara que essa franquia tenha vida longa e que o velho Poirot não se aposente tão cedo!
Quatro Amigas e um Casamento
2.5 790 Assista AgoraO filme é quase uma versão feminina de "Se Beber, Não Case!" de 2009. Apesar dessa falta de originalidade é um filme que agrada pelo humor politicamente incorreto e sujo que apresenta, além de mostrar com honestidade a inveja, falsidade e crueldade que existe nas relações femininas.
É o tipo de comédia que não é para todos os paladares, pois abusa da gordofobia, bullying, apologia às drogas e obscenidades em geral. Mas chama a atenção que essa gordofobia apresentada acaba sendo relativa, pois no final a personagem gorda é a que demonstra ter o melhor caráter entre todas.
As atuações do trio principal merecem elogios. As atrizes entendem a proposta do filme e se jogam sem qualquer medo do ridículo nas cenas mais constrangedoras e insanas possíveis. É difícil imaginar que um filme desses pudesse ser lançado nos dias de hoje, onde a patrulha dos bons costumes não perderia a chance de cancelar os envolvidos.
Pena que o ato final
com o final feliz do casamento