Orgulhosamente queimei minha língua com o novo do Cláudio Assis . Se "Baixio das Bestas" e "Amarelo Manga" tinham sido filmes péssimos, esse "Febre do Rato" surpreendeu no talento. Claúdio Assis sabe transitar entre genialidade e estupidez como poucos. Um belo filme, e um belo atentado a essa prisão oficialmente institucionalizada que é o bom gosto (de todos nós, afinal).
O garotão lá tendo uma epifania à Grande Gatsby (que sempre observava de longe, absordo, as festanças que dava pra pessoas que mal conhecia) é um dos grandes momentos do cinema de 2012.
Deve ser minha cisma com o Kerouac - endeusado por uma centena de hipster mundo à fora. Mas essa coisa oca, onde cada imagem não condiz com um mínimo de significância, é um filme dos mais rasteiros possíveis na carreira de um diretor conhecido pela falta de plausibilidade, falta de um "estilo" de filmar, um projeto estético etc.
Tudo tá errado. Trilha sonora, atores (quem diabos era aquele playboy interpretando o Moriaty???), fotografia. Um tremendo de um fracasso.
Burton abusa do humor escatológico nessa inusual matinê. Interessante homenagem aos trashs de outrora. Divertido demais o passeio pelos tipos americanos e suas paranoias respectivas. Tim Burton tece uma contundente critica ao american way of life
O humor absurdamente vulgar de Verhoeven se junta a essa crítica belicista (muitos veem o contrário...) e ao caráter da propaganda (o filme desconstrói tudo o que o prólogo exalta). Muita coisa não funciona, especialmente após o começo pra lá de interessante, quando o filme começa a parecer algo do Rambo, sei lá.
No fundo o conflito de gerações que o filme aborda é até o do próprio antigo cinema. O sonoro tava definindo sua linguagem ainda, os traços antigos do cinema mudo são perceptíveis ainda nesse filme que como bem o Welles disse: "faria até uma pedra chorar". Lindo demais.
a citação à Murnau é excelente e diz muito da obra. É no fundo, sobre personagens em transição, já que o Maio de 68 invade à obra e vemos personagens que parecem mostrar uma geração que não é mais a mesma.
Os diálogos te levam quase que há uma hipnose, quando você vai ver, se depara que é apenas o cinema e que as citações e que o ser cinematográfico por excelência que é o Leaud nesse filme não é real. Embora todos aqueles sentimentos sejam tão nossos, é um filme. E uma obra-prima.
acho que no cinema contemporâneo o país que mais me decepciona é a Coréia do Sul. "Casa Vazia", do Ki-duk Kim, perdoem o trocadilho, mas é um filme vazio e com o tipo de manipulação mais fácil.
esse filme é pura picaretagem que se passa como cinema de arte vampirizando o cinema de Tsai Ming Liang.
Acho que o que mais me agradou no (primeiro filme que vejo do Zhang-Ke é a forma como ele lança os olhares, o como ele dialoga os olhares com o passado. Dar voz a quem não teve é um ato político, ainda mais em um filme como esse.
E a forma como ele descreve a cidade, com a Rebecca Pan quase que como um fantasma a observar aqueles sinais de uma modernidade que trás traumas que as cores brancas do filme talvez não evoquem.
É como se a Xangai atual fosse um céu branco, mas que por trás dessa aparente paz há inúmeros silêncios de pessoas que foram "modernizadas" à força com a Revolução Cultural.
Assombroso e gigante filme de Kalatozov. Que panos-sequência eram aqueles?! que cena era aquela do ataque aéreo em que os vidros da casa onde Veronika se despedaçam junto com a consciência dela.
No fim, parece uma saga moralista....
Cinema gigante no uso de técnicas avançadas demais para época.
Caminho para a desconfiança. Para o quebrar expectativas. O cinema de Hellman não me desce, mas me instiga demais. A cada aparente solução da trama, um nó metalinguístico radical.
Um sensualidade forte em toda a trama. Um elenco espetacular. E um estudo categórico sobre a maldade e a Imprensa. Talvez muito fechado nas locações. Nova York deveria ser melhor explorada, como foi na cena do metrô, fantástica...
Lang em 56 com planos e cortes típicos do cinema-mudo. O que é genial.
diria Tim Buckley: "Humans weep at human death All the talkers lose their breath Movies paint a chaos tale Singers see and poets wail All the world knows the score But no man can find the war"
Conquista da Honra é uma obra-prima imortal sobre o conceito de herói, sobre a desmistificação da dita História Oficial. Grande Clint Eastwood!!!!
Febre do Rato
4.0 657Orgulhosamente queimei minha língua com o novo do Cláudio Assis . Se "Baixio das Bestas" e "Amarelo Manga" tinham sido filmes péssimos, esse "Febre do Rato" surpreendeu no talento. Claúdio Assis sabe transitar entre genialidade e estupidez como poucos. Um belo filme, e um belo atentado a essa prisão oficialmente institucionalizada que é o bom gosto (de todos nós, afinal).
Projeto X: Uma Festa Fora de Controle
3.5 2,2K Assista AgoraO garotão lá tendo uma epifania à Grande Gatsby (que sempre observava de longe, absordo, as festanças que dava pra pessoas que mal conhecia) é um dos grandes momentos do cinema de 2012.
Na Estrada
3.3 1,9KDeve ser minha cisma com o Kerouac - endeusado por uma centena de hipster mundo à fora. Mas essa coisa oca, onde cada imagem não condiz com um mínimo de significância, é um filme dos mais rasteiros possíveis na carreira de um diretor conhecido pela falta de plausibilidade, falta de um "estilo" de filmar, um projeto estético etc.
Tudo tá errado. Trilha sonora, atores (quem diabos era aquele playboy interpretando o Moriaty???), fotografia. Um tremendo de um fracasso.
Virgínia
2.3 256 Assista AgoraFiquei constrangido com a ruindade do filme. Poucas vezes eu vi um CGI (ou sei lá que diabos era aquilo) tão ruim.
Killer Joe: Matador de Aluguel
3.6 880 Assista AgoraKiller Joe, o novo do Friedkin é tipo um "Veludo Azul", só que 1000 vezes mais doido. Não lembro se vi um filme mais interessante do que esse em 2012.
Marte Ataca!
3.2 660 Assista AgoraBurton abusa do humor escatológico nessa inusual matinê. Interessante homenagem aos trashs de outrora. Divertido demais o passeio pelos tipos americanos e suas paranoias respectivas. Tim Burton tece uma contundente critica ao american way of life
Tropas Estelares
3.5 464 Assista AgoraO humor absurdamente vulgar de Verhoeven se junta a essa crítica belicista (muitos veem o contrário...) e ao caráter da propaganda (o filme desconstrói tudo o que o prólogo exalta). Muita coisa não funciona, especialmente após o começo pra lá de interessante, quando o filme começa a parecer algo do Rambo, sei lá.
A Cruz dos Anos
4.3 55No fundo o conflito de gerações que o filme aborda é até o do próprio antigo cinema. O sonoro tava definindo sua linguagem ainda, os traços antigos do cinema mudo são perceptíveis ainda nesse filme que como bem o Welles disse: "faria até uma pedra chorar". Lindo demais.
A Mãe e a Puta
4.3 95a citação à Murnau é excelente e diz muito da obra. É no fundo, sobre personagens em transição, já que o Maio de 68 invade à obra e vemos personagens que parecem mostrar uma geração que não é mais a mesma.
Os diálogos te levam quase que há uma hipnose, quando você vai ver, se depara que é apenas o cinema e que as citações e que o ser cinematográfico por excelência que é o Leaud nesse filme não é real. Embora todos aqueles sentimentos sejam tão nossos, é um filme. E uma obra-prima.
Casa Vazia
4.2 409acho que no cinema contemporâneo o país que mais me decepciona é a Coréia do Sul. "Casa Vazia", do Ki-duk Kim, perdoem o trocadilho, mas é um filme vazio e com o tipo de manipulação mais fácil.
esse filme é pura picaretagem que se passa como cinema de arte vampirizando o cinema de Tsai Ming Liang.
Memórias de Xangai
3.8 8 Assista AgoraAcho que o que mais me agradou no (primeiro filme que vejo do Zhang-Ke é a forma como ele lança os olhares, o como ele dialoga os olhares com o passado. Dar voz a quem não teve é um ato político, ainda mais em um filme como esse.
E a forma como ele descreve a cidade, com a Rebecca Pan quase que como um fantasma a observar aqueles sinais de uma modernidade que trás traumas que as cores brancas do filme talvez não evoquem.
É como se a Xangai atual fosse um céu branco, mas que por trás dessa aparente paz há inúmeros silêncios de pessoas que foram "modernizadas" à força com a Revolução Cultural.
Quando Voam as Cegonhas
4.3 72Assombroso e gigante filme de Kalatozov. Que panos-sequência eram aqueles?! que cena era aquela do ataque aéreo em que os vidros da casa onde Veronika se despedaçam junto com a consciência dela.
No fim, parece uma saga moralista....
Cinema gigante no uso de técnicas avançadas demais para época.
Mala Noche
3.4 35Desde seu primeiro filme as nuvens passam na vida dos garotos perdidos de Van Sant. Não tem como não amar seus filmes...
Millennium Mambo
4.0 44http://www.youtube.com/watch?v=8ubt8JvykiQ
e quem diria que com dois minutos eu iria estar aplaudindo um filme de pé (às 3 horas da madrugada...)
4:44: O Fim Do Mundo
2.6 99 Assista AgoraSó mesmo Ferrara pra acabar o mundo ao som de Tom Waits.
GENIAL
Tóquio Violenta
3.7 29Suzuki é o mestre da abstração. O que não seria aquele cenário final???
gênio !!
A Sombra da Guilhotina
3.9 8Poucos filmes na história da humanidade criaram imagens em p&b tão impregnantes quanto essa obra-prima macabra de Mann. Espetacular.
O Homem do Oeste
3.8 46 Assista AgoraAmargurado e sombrio western de Mann, é ao mesmo tempo um testemunho do fim de um tempo, o epitáfio do western?
Obra-prima é pouco...
Caminho para o Nada
3.1 24Caminho para a desconfiança. Para o quebrar expectativas. O cinema de Hellman não me desce, mas me instiga demais. A cada aparente solução da trama, um nó metalinguístico radical.
No Silêncio de uma Cidade
3.8 22Um sensualidade forte em toda a trama. Um elenco espetacular. E um estudo categórico sobre a maldade e a Imprensa. Talvez muito fechado nas locações. Nova York deveria ser melhor explorada, como foi na cena do metrô, fantástica...
Lang em 56 com planos e cortes típicos do cinema-mudo. O que é genial.
A Conquista da Honra
3.6 224 Assista Agoradiria Tim Buckley: "Humans weep at human death
All the talkers lose their breath
Movies paint a chaos tale
Singers see and poets wail
All the world knows the score
But no man can find the war"
Conquista da Honra é uma obra-prima imortal sobre o conceito de herói, sobre a desmistificação da dita História Oficial. Grande Clint Eastwood!!!!
Guerra Sem Cortes
3.7 28 Assista AgoraUm dos filmes mais humanos já feitos. O que aqui se fez é algo raro demais de se conseguir. Certamente, um dos grandes filmes da década passada.
Taxi Driver
4.2 2,5K Assista AgoraCresceu demais mesmo com a revisão dessa ficção que se quer documentário. Nova York é um mito através da direção de Scorsese.
Ainda me impressiona todo o talento de Foster e De Niro, além da beleza estonteante de Sybil Shepard.
Cloverfield: Monstro
3.2 1,4K Assista AgoraEsse tipo de metalinguagem é tão fascinante quanto lembrar que desde os meus 5 anos eu era sempre um dos guris que se metia a fotógrafo, filmador.
O olhar da câmera é tudo nesse filme: seduz, amedronta, intermedia um caso de amor fugar, testemunha, documenta.
Embora lembre demais o igualmente poderoso "Diário dos Mortos", Cloverfield continua sendo um dos grandes filmes sobre o dispositivo.
Visionário.