"A imprensa deve servir aos governados e não as governantes", essa é uma das frases de efeito de The Post- A guerra secreta, indicado a melhor filme do Oscar 2018 e se alguém pensa que essa afirmação servia para aquela época e não mais, se engana. Regionalmente falando, a operação estado de emergência da PF está aí para nos mostrar que a imprensa continua a servir os governantes e que em tempos de redes sociais e notícias rápidas, a censura e o poder nunca estiveram tão presente, ou estiveram!?
Voltando ao que é bom, o novo longa de Steven Spielberg retrata o governo e a imprensa travando uma luta na tentativa de que não se divulgue um relatório confidencial sobre a guerra do Vietnã, onde mostrava que três ex-presidentes dos Estados Unidos estavam errados e foram culpados das mortes de pessoas inocentes. Dentro da trama, a editora chefe do The Washington Post, interpretada pela irreverente, porém no modo automático Maryl Streep representando uma mulher no comando de uma grande industria, normalmente comandada por homens e sendo julgada pelos mesmos (algo me soa familiar hahaha) tentando lidar com a pressão e também com seu repórter sangue quente Ben Bradlee (Tom Hanks). Com direito a cenas bem dirigidas, roteiro redondinho, uma linda fotografia e belas mise-en-scène, The Post é um filme digno de indicação ao Oscar e quanto mais a história vai se desenrolando, mais você percebe o motivo disso. Spielberg não só toca na questão da mulher como ser inferior (vejo esse ponto até como defeito apelativo pela estatueta), mas como faz questão de casar cenas bem fotografadas, cenários impecáveis, a sempre presente luz amarela (significando a verdade *palavras de professor*) com contra-plongée quase que esfregando na nossa cara tamanha essa diferença de poder entre os sexos. Em certo ponto, achei o filme longo e em algum momento se arrasta, mas não considero um defeito, achei a montagem na medida certa. O roteiro é muito parecido com ponte dos espiões, isso é verdade, mas The Post não perde seu brilho. Tirando alguns problemas com atuações e até tons didáticos do filme, eu considero esse o primeiro do ano a me deixar quase em pé no cinema, mas deve ser pelo tema. Nota 9.
Quando li que iria estrear nos cinemas um filme sobre o pintor pós-impressionista Vincent Van Gogh e que seria retratado em pintura a óleo, fiquei no mínimo curiosa. Quase seis anos de trabalho insano dos diretores Dorota Kobiela e Hugh Welchman com a ajuda de 100 pintores, foram feitas as mais de 60 mil frames de Com amor, Van Gogh e o filme vale cada segundo pela história em si, pelo show de cores e de arte. O longa começa retratando um ano após a morte do artista holandês que se suicidou com um tiro na barriga. No começo, o roteiro de forma quase didática conta um pouco da vida e trajetória do pintor que era conhecido por suas paixões e depressão. O que prende no filme são os detalhes das pinturas, de como cada cena foi feita, com cores e sombras perfeitamente colocadas. A trama em si não foge do comum, onde nos apresenta Armand Roulin (Douglas Booth), filho do carteiro Joseph Roulin (Chris O’Dowd), grande amigo de Van Gogh, que na desculpa de entregar a última carta feita pelo artista, acaba iniciando uma busca pelos relatos das últimas semanas de vida de Van Gogh. Em meio a sua busca, Armand tenta descobrir a real motivação da morte do pintor e se realmente se tratou de um suicídio. Confesso que os flashbacks se tornam cansativos do meio para o final, mas a dúvida do questionamento inicial vai nos fazendo compor possíveis desfechos e quando ele vem, não me alegra muito. Gosto de como existe trilha sonora em alguns momentos do filme, mas ela não é tratada como figura principal, ficando o foco mesmo nas interpretações e na arte.Acho que o filme poderia ter mostrado mais o lado passional e sofredor de Van Gogh, e acredito que essa falta não deu a devida profundidade ao mestre. Porém, tudo isso se torna mero detalhe, pois loving Vincent merece ser visto, de preferência na tela grande. Nota 8.
Senhores do crime é um filme que fala de máfia, tráfico humano entre outros que segue uma linha arrastada, porém densa. Gosto muito de como o diretor conduz a câmera, dos planos fechados e de detalhe que fazem o telespectador não querer piscar para não perder os detalhes. A cena de luta na sauna com toda certeza é a mais bonita do filme, bem dirigida. Nota 10 para as atuações de Viggo e Naomi, excelentes. Vucent Cassel como sempre maravilhoso. Tenho problema com o final, aquele beijo me incomoda e acho que ficaria melhor sem ele, sem aquela tentativa de cena dramática. Nota 9.
Em termos visuais e técnicos o filme realmente é muito bom, de encher os olhos. A mise-en-scéne muito bem executada, os falsos planos sequências que dão uma dinâmica muito interessante ao filme, além dos plongée nos ambientes fechados, uma escolha interessante do diretor de filmar as cenas dando a impressão de dúvida e de como o personagem Branagh estava "perdido" em meio as informações. As atuações são muito boas, como era de se esperar. As cores vivas, maquiagem e figurino muito bem utilizados. O roteiro porém não apresenta muitas surpresas, embora tente um plot do meio para o final, mas com pouca força. Acho que o assassinato no expresso do oriente é um filme interessante, mas não excelente. Não vi o filme original e não li o livro, então não sei como é a qualidade de ambos. Nota 7,5.
Um filme tão lindo, tão sensível e sem muitas pretensões. A química entre Anton e Bérénice é latente e o que é o sorriso da atriz francesa? Simplesmente de tirar o fôlego. Fotografia, planos e montagem perfeitos. A maneira como o diretor filme o casal como se fosse o próprio expectador, de longe. A história de amor que nasceu para não durar, mas para ser eterno no coração do casal. Simplesmente maravilhoso o filme. Chorei litros do meio para o final com aquela carta dela, com as declarações dele. cinco estrelinhas.
Quem nunca viveu um amor tão lindo, tão intenso que acabou por um acontecimento trágico ou por puro erro humano do casal? A história em si não é única e muito já foi retratado no cinema em romances clichês, histórias açucaradas ou dramáticas. Blue Jay tem esse roteiro, mas não cai na rede do "mais do mesmo". Um drama em preto e branco, quase como se fosse um filtro do instagram, conta a história de Jim (Mark Duplass) e Amanda (a talentosíssima Sarah Paulson) que formaram um casal apaixonado no colégio, mas se separaram. Eles se reencontram em um supermercado e aí então a história começa a ser contada em um tom delicado, cheio de nostalgia que conta com o carisma e as belíssimas atuações de Duplass (que assina o roteiro) e Paulson.
É interessante notar que na curtíssima uma hora e 20 minutos de filme, o roteiro se dedica a contar somente a história de Amanda e Jim sem a interrupção de nenhum outro personagem de fora, com exceção de Clu Gulager que faz uma rápida aparição como um old comerciante que fez parte da juventude do casal.
O filme foi todo filmado em cores, mas no período de pós produção, Alexander Lehmann converteu para preto e branco que tem a função narrativa de tornar explícito o vazio dos personagens, a vida monótona e triste que levam e também mostrar como o acontecimento que os levou a separação tirou a cor de suas vidas. A fotografia de Lehmann é uma beleza a ser contemplada com todo o conjunto da obra e a trilha sonora de Julian Wass é tão triste e bela quanto.
E o que falar da cena do jantar e da dança? é de partir o coração de tão bonita, de tão simples. Gosto de como o diretor decide filmar o ex-casal logo no início,os planos e os enquadramentos unindo o ex-casal, mas ao mesmo tempo dando a dinâmica de distancia. No final, Blue Jay é um drama/ romântico que faz a gente refletir sobre aquela velha e batida questão: E se fosse diferente? Acredito que o que mais prende no filme é pensar que talvez jamais tenhamos a chance de viver um reencontro assim e, se caso acontecer, não saberíamos o que fazer, igual ao casal de protagonistas. É no fim que a realidade nos alcança e nos entrega um desfecho digno de suposições. Nota 10.
Fui ver o filme com a esperança que ele fosse o clichê bem contado, mas nem isso ele consegue ser. A premissa é interessante, as atuações são medianas, o roteiro é bom, mas a montagem estragou quase que completamente todo o filme. É percebível que ele foi todo picotado, em algumas cenas acho completamente sem necessidade a excessividade de cortes em tentativas de planos dinâmicos que são comprometidos pelos cortes. Gosto da história, mas foi desenvolvida muito rapidamente, não dando profundidade aos personagens que ficaram à deriva da história. Nota 4.
Me atrevo a dizer que se filmes de tribunais do júri existem e tem uma narrativas e desenvolvimentos "uniformes" é graças a clássicos como este. Testemunha de acusação (Billy Wilder) é uma ópera para os amantes do gênero, onde combinam cenas memoráveis, mise-en-scène de brilhar os olhos e arrepiar os braços, atuações monstruosas de Charles Laughton como Sir Wilfrid Robarts, um advogado doente e implacável e também de Marlene Dietrich como a esposa misteriosa que passa de mocinha e vilã em um piscar de olhos. O clássico atemporal conta a história de Leonard Steven Vole (Tyrone Power), acusado de matar Emily Jane French (Norma Varden) para ficar com a herança. Vole então conta com a defesa do experiente personagem de Laughton, dando um show no plenário. A história em si não apresenta nenhum fator extraordinário, mas a forma como Wilder conduz a narrativa nos dá a sensação de estarmos sendo enganados a todo momento, esperando pela reviravolta, mas ao mesmo tempo acreditando nos personagens, convincentes demais. O filme conta com somente uma música como trilha sonora que sobe em duas cenas, nada mais. No decorrer, o que ouvimos são somente sons diegéticos. O preto e branco do longa é o que faz ele ser tão bonito e as feições dos atores, tão bem encenadas, ganham um toque teatral. Os cortes são perfeitos, a montagem dá fluidez a narrativa sem torná-la chata ou clichê. O único ponto negativo que vejo na trama são os últimos 10 minutos de filme, pois se torna apressado demais, sem a carga emocional necessário para um momento de surpresa tão aguardada. Nesse final, é possível nota de onde Gregory Hoblit tirou seu "As duas faces de um crime". Filme bebe da fonte de Wilder a todo momento. O final problemático acaba se tornando um mero detalhe que não tira em momento algum o brilho da trama. Nota 9,4.
É impossível assistir Two Lovers (Amantes) e não pensar na obra Amor Líquido de Zygmunt Bauman sobre a fragilidade dos laços humanos. James Gray nos trás aqui uma reflexão de como o ser humano é movido pela procura de amar e ser amado, na busca de ser aceito pelo dono desse amor, além da vil diferença entre gostar e se apaixonar. Two Lovers mistura isso com um grande toque de drama, deficiência emocional e desespero quando nos trás Leonard, interpretado pelo talentoso e melancólico Joaquin Phoenix, recém separado da ex-noiva, que não consegue lidar com o término e tenta se matar mais de uma vez. A história é simples e logo desperta no público a empatia, até porque Leonard tem pais comuns e preocupados com o filho solteirão e tentam a todo custo desencalhar o homem e dar-lhe alguma alegria de vida, isso não soa familiar? É nesse momento que Leonard conhece Sandra ( a apática Vinessa Shaw) e em uma situação completamente diferente, conhece a problemática Michelle (Gwyneth paltrow). Neste momento, a história se desenvolve e despertando mais uma vez a afinidade de quem assiste, pois os dramas vividos pelos personagens se assemelha ao que, ao menos uma vez na vida, já vivemos ou acompanhamos nossos amigos viverem. Engana-se quem pensa que exista algum romance bobinho e meloso aqui, pois essa não é a intenção do diretor. Notei o uso excessivo do amarelo, verde e tons frios para exemplificar a melancolia dos personagens. O figurino de Leonard é despojado, simples, com um quarto que a todo tempo está uma bagunça, claramente uma metáfora para seu emocional, pois ao longo do desenvolvimento do personagem, percebemos que nem ele sabe o que sente. O final é algo esperado, apesar de não concordar, mas as atuações de Gwyneth e Joaquin são o que dão força ao melodrama. Nota 7.
"Não tenho outra escolha". Esse pensamento costuma passar pelas mentes das pessoas em alguns momentos críticos da vida e as ações que elas cometem após isso, determinam uma série de acontecimentos seja para o bem ou para o mal. Psicopatas costumam escolher as piores coisas, dentre elas, o assassinato frio e calculista e é isso que 1922 retrata. Um longa que mistura drama e terror-psicológico dos bons, trás uma história inspirada em Crime e Castigo, que por si só já é batida, mas engana-se quem pensa que esse filme cai no erro por conta disso. Com uma ótima interpretação de Thomas Janes como o caipira Wilfred James, 1922 nos trás uma bela fotografia, trilha sonora sutil, figurino interessante (detalhe para as roupas vermelhas e azuis da personagem de Molly Parker que vem cheia de significado do feminino e do alvo em suas costas), cores vivas do campo e do vermelho da casa no início do filme que se tornam completamente apagadas depois do assassinato. A trama em si não é uma surpresa, mas as atuações são a cereja do bolo. A série de eventos catastróficos que acontecem no decorrer do longa ajudam a manter a atenção e a frieza de Wilfred e Henry impressionam. Em tempos que questionamos a educação dos filhos, a perda do valor de uma vida, 1922 vem como um bom exemplo de como somos responsáveis pelo desenvolvimento dos filhos e de como nossas escolhas só incentivam a torná-los adultos piores (isso quando crescem), mas que também, psicopatas já nascem psicopatas. Em questão de planos e montagem achei bem feitos, nada surreal. O final é meio que esperado, mas as surpresas no meio do caminho valem uma hora e quarenta minutos, ao acompanharmos a degradação de um ser humano que fez péssimas escolhas. Nota 9.
Com uma hora de filme, eu estava declinada a não indicar este longa que é uma mistura de drama, suspense e terror psicológico. No entanto, com o desenrolar da história que vem em uma narrativa lenta com uma atmosfera fria, que causa desconforto e completa sensação de paranoia durante o filme, tudo isso graças a atuação do protagonista e os movimentos de câmera intencionados a causar esse sentimento, acabei gostando do filme e me envolvendo na história. Apesar da narrativa ser lenta, como já disse, que pode causar naqueles que não são muito fãs do gênero, um certo tédio, é preciso admitir que The Invitation prende a atenção pelo clima de dúvida que fica se ele é um filme que fala sobre luto, extremismo, relações interrompidas ou loucura em si e de como nosso cérebro nos trai, ou não. Nos últimos 25 minutos, o climax, o filme ganha força e sentido e vem com os plots twists que já esperávamos, mas essas cenas são problemáticas, beiram ao grotesco e são mal executadas. Mas, gostei do filme e gostei da mensagem dele, pois é interessante sem ser apelativo. A trilha sonora só acrescenta para criar a atmosfera que algo ruim vai acontecer e as cores frias são bem utilizadas para tornar explicito a estranheza daquela casa que é onde todo o filme se passa. Nota 7,2.
Que filmão da p*rra! Se ainda existe alguém nesse mundo de meu Deus que não sabe o que é um plottwist bem feito, precisa ver esse filme. Um puta filme de terror psicológico, misturado com espiritismo. Ao vê-lo, percebi de onde A Bruxa tirou algumas de suas referências em atuação, roteiro e fotografia, esses sem dúvidas, divinos. Adorei! Nota 9,8.
Tenho um sentimento ambíguo por esse filme, pois o achei tão bom, mas ao mesmo tempo tão previsível! Vamos as justificativas: primeiro, o que me chamou atenção foi as cores frias e a fotografia, sobre elas, não há o que reclamar. Os planos gerais muito bem feito, a escolha das roupas e assessórios dos personagens casam bastante com a características deles e só acrescentam a trama. Quanto ao roteio, eu não tenho muitas reclamações, achei ele bem amarrado na maior parte do tempo, as pontas soltas ficaram mesmo nos 15 minutos finais, mas não me atrapalharam na conclusão. Os personagens transmitem sim uma carga dramática boa, mas é claro que se comparado a outros filmes do gêneros, os coitados dos atores espanhóis vão sempre apanhar do público. A história em si é muito daquilo que já se viu nas produções de Hollywood. O que mais gostei foi o plot twist do começo do filme, maravilhoso e é aí que a trama ganha força. O desenrolar da história que é problemático, por oferecer tudo que já vimos em produções anteriores, quanto vai passando, mesmo com algumas dúvidas, você já vai sabendo o que vai acontecer. A revelação do final não tem um impacto de um plot, não para mim e acho que isso foi que me decepcionou no filme. Eu esperava mais das investigações da morte do menino e não veio, mas de alguma maneira, vi esse filme como um júri popular cinematográfico, onde as versões das partes, quando bem montadas, se tornam tão plausíveis. Nota 8.
Não entendo essas críticas e essas notas baixas. O filme é simplesmente gostoso de assistir. É intenso, simples e nos traz Adam e Eve que são a personificação do amor, a sua maneira. Acho lindo a maneira como o diretor filma o casal, como eles se comunicam, como se fossem um só apesar das diferenças plausíveis. É um filme sobre vampiros cansados, deprimidos com o rumo da humanidade e com as próprias vidas e Adam mostra isso da melhor maneira. Um músico imortal, apaixonado e com pensamentos suicidas, nada poderia ser mais contraditório. Os diálogos são interessantíssimos, as cores, fotografia e os planos tudo fazem para ajudar na imersão do telespectador que funciona muito bem. Penso que se o filme tivesse somente os amantes eternos como personagens, ainda assim não seria ruim. Nota 9. PS: Tom Hiddleston, que vampiro mais gato meu Deus! rsrsrs
Qualquer nota abaixo de 10 para esse filme seria um erro de minha parte. Depois de ler um elogio do mestre Ivanildo sobre O Lutador, fiquei curiosa e fui assistir. É sublime, depressivo e intenso. O que falar da atuação de Mickey Rourke? Sensacional como o decadente Randy “The Ram” Robinson. Aronofsky nos trás a usual steadicam, dando ao público a sensação de seguir os caminhos do personagem, passando por seu sofrimento, auto-destruição e e poucos momentos de alegrias e tentativa de redenção. A cena dele com a filha e com a amante é de cortar o coração. E o desfecho? É mais que o esperado e colocar Guns como trilha foi de arrepiar os cabelos do braço. O diretor tão conhecido por seus filmes cheio de metáforas, nos traz uma produção mais "simples" que não deixa de ser bela e de emocionar, além da mensagem final.
Um filme lindo e sensível para quem gosta de drama e música. Há algum tempo vinha protelando a tarefa de ver o filme, pois sabia que ele me faria escorrer água salgada pelos olhos, até porque a temática tem um apelo pessoal. O interessante nele é como o diretor cuida bastante do som, da trilha sonora e acaba deixando de lado o roteiro que fica cheio de furos. As atuações são aquilo que se espera e o final atropelado é o que mais incomoda. Mas não deixa de ser um filme que os apaixonados pelo gênero, como eu, dão quatro estrelas sem dar muitos pitacos. hahaha Nota 7,8.
É impossível não assistir Assassino: o primeiro alvo e não lembrar de outros filmes do gênero e isso, não é algo ruim! O longa nos entrega o que promete: muita ação, tiros, porradas e bombas, literalmente. hahaha O que gostei no filme foram os planos e as referências, sem dúvida! Quando o diretor prefere fazer quebras da quarta parede a um comum 180 graus, isso nos prende, torna mais interessante. Gostei bastante da trilha sonora, que me fez lembrar de Sicário (Denis Villeneuve). As cenas de ação são bem executadas, a fotografia, cores me fizeram lembrar de 007 operação Skyfall (meu amorzinho), esse, por sinal, muito bem representado na parte em que o soldado ferido reencontra seu mentor, toda aquele drama, as revelações, as marcas da traição, mas é claro que em Skyfall é mais bem executado. O ponto fraco mesmo são as atuações e o roteiro. Dylan O'Brien não oferece a carga emocional que o personagem precisa e Michael Keaton ligou o piloto automático e foi gravar. A superficialidade em falar sobre as questões de terrorismo e relacionamento dos Estados Unidos com a Rússia é o ponto que tira o brilho do longa. Muitas pontas soltas e um final clichê prejudica o filme que deu a impressão que terá um segundo, que talvez venha mais maduro e sombrio. Nota 6,5.
Aqui vai a opinião super humilde desta aspirante a cinéfila que vós fala: Que filme perturbador e extasiante! Que atuação de Jennifer Lawrence que consegue nos perturbar somente com aquela expressão consternada, mansa, desesperada e obsessiva. Um filme que nos faz sair da sala de cinema pensando sobre o que vimos, nos perguntando se deixamos algo escapar, se entendemos todas as metáforas. Mãe é sem dúvida um filme que nem todo mundo vai gostar ou entender, quando saí do cinema, vi um grupo de mulheres quarentonas reclamando que não tinham gostado e nem entendido nada, outras saíram rindo e outros extasiados, como eu. Quanto as técnicas, achei a narrativa linear muito bem construída. As cores verde e amarelo se sobressaem sempre no cenário, mostrando a melancolia do casal, o cinza usado até no cabelo de Lawrence demonstra o quão frio é aquela relação, em contra ponto ao amor beirando a obsessão que ela tem pelo personagem de Bardem, esse por sinal, divino como sempre. Interessante como os personagens não tem nomes, como não há de nenhuma maneira trilha sonora no filme, somente muito som ambiente bem utilizados, o silêncio, até mesmo da personagem em muitos pontos que você acredita que ela irá falar, mas somente as expressões falam por si. Os movimentos de câmera sempre ao redor de Lawrence ajudam na atmosfera perturbadora. A fotografia está muito bonita. A simbologia da casa, o significado por trás das "crises" da personagem, a metáfora do cristal, o distúrbio por trás dos acontecimentos, é tudo tão interessante! E o que dizer da cena final? Beirando ao grotesco e ao sublime. Considerei a revelação do final um verdadeiro plot twist . Nota 9,5 PS: perdoem se escrevi besteira e me corrijam os entendedores, por favor. Essa é tão somente uma percepção.
Que filme sensacional!! Que atuações, que planos impecáveis, cortes quase invisíveis e uma narrativa que te manipula até o fim! Lindo! Vale cada segundo das mais de duas horas de filme. Aquele final, nossa! Que virada perfeita!
Que filme maravilhoso!! Acabei de assistir e chorei na cena da cremação do corpo da mãe. Totalmente injustiçado pelo Oscar. Viggo Mortensen merecia demais uma indicação pela brilhante atuação assim como George Mackay. Uma linda fotografia, roteiro fantástico e trilha sonora sensível e bela. Amei esse filme! Vale a pena cada segundo e faz a gente refletir demais sobre criação, educação e cultura.
Achei um filme muito bom! Um drama com atores fortes, mas faltou alguns detalhes. Faltou ter sido uma grande obra. Mas mesmo assim dei quatro estrelas.
Eu simplesmente me apaixonei por esse filme. Logo no começo pensei ser infantil e com a básica história de amor. Mas o filme me prendeu do começo ao fim, e no final eu queria que tivesse continuação. Lindo filme e a história contada nas duas visões é muito boa. Eu já assisti umas quatro vezes e ainda quero ver mais.
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista Agora"A imprensa deve servir aos governados e não as governantes", essa é uma das frases de efeito de The Post- A guerra secreta, indicado a melhor filme do Oscar 2018 e se alguém pensa que essa afirmação servia para aquela época e não mais, se engana. Regionalmente falando, a operação estado de emergência da PF está aí para nos mostrar que a imprensa continua a servir os governantes e que em tempos de redes sociais e notícias rápidas, a censura e o poder nunca estiveram tão presente, ou estiveram!?
Voltando ao que é bom, o novo longa de Steven Spielberg retrata o governo e a imprensa travando uma luta na tentativa de que não se divulgue um relatório confidencial sobre a guerra do Vietnã, onde mostrava que três ex-presidentes dos Estados Unidos estavam errados e foram culpados das mortes de pessoas inocentes. Dentro da trama, a editora chefe do The Washington Post, interpretada pela irreverente, porém no modo automático Maryl Streep representando uma mulher no comando de uma grande industria, normalmente comandada por homens e sendo julgada pelos mesmos (algo me soa familiar hahaha) tentando lidar com a pressão e também com seu repórter sangue quente Ben Bradlee (Tom Hanks).
Com direito a cenas bem dirigidas, roteiro redondinho, uma linda fotografia e belas mise-en-scène, The Post é um filme digno de indicação ao Oscar e quanto mais a história vai se desenrolando, mais você percebe o motivo disso. Spielberg não só toca na questão da mulher como ser inferior (vejo esse ponto até como defeito apelativo pela estatueta), mas como faz questão de casar cenas bem fotografadas, cenários impecáveis, a sempre presente luz amarela (significando a verdade *palavras de professor*) com contra-plongée quase que esfregando na nossa cara tamanha essa diferença de poder entre os sexos.
Em certo ponto, achei o filme longo e em algum momento se arrasta, mas não considero um defeito, achei a montagem na medida certa. O roteiro é muito parecido com ponte dos espiões, isso é verdade, mas The Post não perde seu brilho. Tirando alguns problemas com atuações e até tons didáticos do filme, eu considero esse o primeiro do ano a me deixar quase em pé no cinema, mas deve ser pelo tema.
Nota 9.
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Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraQuando li que iria estrear nos cinemas um filme sobre o pintor pós-impressionista Vincent Van Gogh e que seria retratado em pintura a óleo, fiquei no mínimo curiosa. Quase seis anos de trabalho insano dos diretores Dorota Kobiela e Hugh Welchman com a ajuda de 100 pintores, foram feitas as mais de 60 mil frames de Com amor, Van Gogh e o filme vale cada segundo pela história em si, pelo show de cores e de arte.
O longa começa retratando um ano após a morte do artista holandês que se suicidou com um tiro na barriga. No começo, o roteiro de forma quase didática conta um pouco da vida e trajetória do pintor que era conhecido por suas paixões e depressão. O que prende no filme são os detalhes das pinturas, de como cada cena foi feita, com cores e sombras perfeitamente colocadas. A trama em si não foge do comum, onde nos apresenta Armand Roulin (Douglas Booth), filho do carteiro Joseph Roulin (Chris O’Dowd), grande amigo de Van Gogh, que na desculpa de entregar a última carta feita pelo artista, acaba iniciando uma busca pelos relatos das últimas semanas de vida de Van Gogh. Em meio a sua busca, Armand tenta descobrir a real motivação da morte do pintor e se realmente se tratou de um suicídio. Confesso que os flashbacks se tornam cansativos do meio para o final, mas a dúvida do questionamento inicial vai nos fazendo compor possíveis desfechos e quando ele vem, não me alegra muito. Gosto de como existe trilha sonora em alguns momentos do filme, mas ela não é tratada como figura principal, ficando o foco mesmo nas interpretações e na arte.Acho que o filme poderia ter mostrado mais o lado passional e sofredor de Van Gogh, e acredito que essa falta não deu a devida profundidade ao mestre. Porém, tudo isso se torna mero detalhe, pois loving Vincent merece ser visto, de preferência na tela grande. Nota 8.
Senhores do Crime
3.9 446 Assista AgoraSenhores do crime é um filme que fala de máfia, tráfico humano entre outros que segue uma linha arrastada, porém densa. Gosto muito de como o diretor conduz a câmera, dos planos fechados e de detalhe que fazem o telespectador não querer piscar para não perder os detalhes. A cena de luta na sauna com toda certeza é a mais bonita do filme, bem dirigida. Nota 10 para as atuações de Viggo e Naomi, excelentes. Vucent Cassel como sempre maravilhoso. Tenho problema com o final, aquele beijo me incomoda e acho que ficaria melhor sem ele, sem aquela tentativa de cena dramática. Nota 9.
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Assassinato no Expresso do Oriente
3.4 938 Assista AgoraEm termos visuais e técnicos o filme realmente é muito bom, de encher os olhos. A mise-en-scéne muito bem executada, os falsos planos sequências que dão uma dinâmica muito interessante ao filme, além dos plongée nos ambientes fechados, uma escolha interessante do diretor de filmar as cenas dando a impressão de dúvida e de como o personagem Branagh estava "perdido" em meio as informações. As atuações são muito boas, como era de se esperar. As cores vivas, maquiagem e figurino muito bem utilizados. O roteiro porém não apresenta muitas surpresas, embora tente um plot do meio para o final, mas com pouca força. Acho que o assassinato no expresso do oriente é um filme interessante, mas não excelente. Não vi o filme original e não li o livro, então não sei como é a qualidade de ambos. Nota 7,5.
Encontro Marcado
3.7 185Um filme tão lindo, tão sensível e sem muitas pretensões. A química entre Anton e Bérénice é latente e o que é o sorriso da atriz francesa? Simplesmente de tirar o fôlego. Fotografia, planos e montagem perfeitos. A maneira como o diretor filme o casal como se fosse o próprio expectador, de longe. A história de amor que nasceu para não durar, mas para ser eterno no coração do casal. Simplesmente maravilhoso o filme. Chorei litros do meio para o final com aquela carta dela, com as declarações dele. cinco estrelinhas.
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Blue Jay
3.8 265 Assista AgoraQuem nunca viveu um amor tão lindo, tão intenso que acabou por um acontecimento trágico ou por puro erro humano do casal? A história em si não é única e muito já foi retratado no cinema em romances clichês, histórias açucaradas ou dramáticas. Blue Jay tem esse roteiro, mas não cai na rede do "mais do mesmo". Um drama em preto e branco, quase como se fosse um filtro do instagram, conta a história de Jim (Mark Duplass) e Amanda (a talentosíssima Sarah Paulson) que formaram um casal apaixonado no colégio, mas se separaram. Eles se reencontram em um supermercado e aí então a história começa a ser contada em um tom delicado, cheio de nostalgia que conta com o carisma e as belíssimas atuações de Duplass (que assina o roteiro) e Paulson.
É interessante notar que na curtíssima uma hora e 20 minutos de filme, o roteiro se dedica a contar somente a história de Amanda e Jim sem a interrupção de nenhum outro personagem de fora, com exceção de Clu Gulager que faz uma rápida aparição como um old comerciante que fez parte da juventude do casal.
O filme foi todo filmado em cores, mas no período de pós produção, Alexander Lehmann converteu para preto e branco que tem a função narrativa de tornar explícito o vazio dos personagens, a vida monótona e triste que levam e também mostrar como o acontecimento que os levou a separação tirou a cor de suas vidas. A fotografia de Lehmann é uma beleza a ser contemplada com todo o conjunto da obra e a trilha sonora de Julian Wass é tão triste e bela quanto.
E o que falar da cena do jantar e da dança? é de partir o coração de tão bonita, de tão simples. Gosto de como o diretor decide filmar o ex-casal logo no início,os planos e os enquadramentos unindo o ex-casal, mas ao mesmo tempo dando a dinâmica de distancia.
No final, Blue Jay é um drama/ romântico que faz a gente refletir sobre aquela velha e batida questão: E se fosse diferente? Acredito que o que mais prende no filme é pensar que talvez jamais tenhamos a chance de viver um reencontro assim e, se caso acontecer, não saberíamos o que fazer, igual ao casal de protagonistas. É no fim que a realidade nos alcança e nos entrega um desfecho digno de suposições. Nota 10.
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[spoiler]
Póstumo
3.0 46 Assista AgoraFui ver o filme com a esperança que ele fosse o clichê bem contado, mas nem isso ele consegue ser. A premissa é interessante, as atuações são medianas, o roteiro é bom, mas a montagem estragou quase que completamente todo o filme. É percebível que ele foi todo picotado, em algumas cenas acho completamente sem necessidade a excessividade de cortes em tentativas de planos dinâmicos que são comprometidos pelos cortes. Gosto da história, mas foi desenvolvida muito rapidamente, não dando profundidade aos personagens que ficaram à deriva da história. Nota 4.
Testemunha de Acusação
4.5 354 Assista AgoraMe atrevo a dizer que se filmes de tribunais do júri existem e tem uma narrativas e desenvolvimentos "uniformes" é graças a clássicos como este. Testemunha de acusação (Billy Wilder) é uma ópera para os amantes do gênero, onde combinam cenas memoráveis, mise-en-scène de brilhar os olhos e arrepiar os braços, atuações monstruosas de Charles Laughton como Sir Wilfrid Robarts, um advogado doente e implacável e também de Marlene Dietrich como a esposa misteriosa que passa de mocinha e vilã em um piscar de olhos.
O clássico atemporal conta a história de Leonard Steven Vole (Tyrone Power), acusado de matar Emily Jane French (Norma Varden) para ficar com a herança. Vole então conta com a defesa do experiente personagem de Laughton, dando um show no plenário. A história em si não apresenta nenhum fator extraordinário, mas a forma como Wilder conduz a narrativa nos dá a sensação de estarmos sendo enganados a todo momento, esperando pela reviravolta, mas ao mesmo tempo acreditando nos personagens, convincentes demais.
O filme conta com somente uma música como trilha sonora que sobe em duas cenas, nada mais. No decorrer, o que ouvimos são somente sons diegéticos. O preto e branco do longa é o que faz ele ser tão bonito e as feições dos atores, tão bem encenadas, ganham um toque teatral. Os cortes são perfeitos, a montagem dá fluidez a narrativa sem torná-la chata ou clichê. O único ponto negativo que vejo na trama são os últimos 10 minutos de filme, pois se torna apressado demais, sem a carga emocional necessário para um momento de surpresa tão aguardada. Nesse final, é possível nota de onde Gregory Hoblit tirou seu "As duas faces de um crime". Filme bebe da fonte de Wilder a todo momento. O final problemático acaba se tornando um mero detalhe que não tira em momento algum o brilho da trama. Nota 9,4.
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Amantes
3.5 340É impossível assistir Two Lovers (Amantes) e não pensar na obra Amor Líquido de Zygmunt Bauman sobre a fragilidade dos laços humanos. James Gray nos trás aqui uma reflexão de como o ser humano é movido pela procura de amar e ser amado, na busca de ser aceito pelo dono desse amor, além da vil diferença entre gostar e se apaixonar. Two Lovers mistura isso com um grande toque de drama, deficiência emocional e desespero quando nos trás Leonard, interpretado pelo talentoso e melancólico Joaquin Phoenix, recém separado da ex-noiva, que não consegue lidar com o término e tenta se matar mais de uma vez.
A história é simples e logo desperta no público a empatia, até porque Leonard tem pais comuns e preocupados com o filho solteirão e tentam a todo custo desencalhar o homem e dar-lhe alguma alegria de vida, isso não soa familiar?
É nesse momento que Leonard conhece Sandra ( a apática Vinessa Shaw) e em uma situação completamente diferente, conhece a problemática Michelle (Gwyneth paltrow). Neste momento, a história se desenvolve e despertando mais uma vez a afinidade de quem assiste, pois os dramas vividos pelos personagens se assemelha ao que, ao menos uma vez na vida, já vivemos ou acompanhamos nossos amigos viverem. Engana-se quem pensa que exista algum romance bobinho e meloso aqui, pois essa não é a intenção do diretor.
Notei o uso excessivo do amarelo, verde e tons frios para exemplificar a melancolia dos personagens. O figurino de Leonard é despojado, simples, com um quarto que a todo tempo está uma bagunça, claramente uma metáfora para seu emocional, pois ao longo do desenvolvimento do personagem, percebemos que nem ele sabe o que sente. O final é algo esperado, apesar de não concordar, mas as atuações de Gwyneth e Joaquin são o que dão força ao melodrama. Nota 7.
1922
3.2 798 Assista Agora"Não tenho outra escolha". Esse pensamento costuma passar pelas mentes das pessoas em alguns momentos críticos da vida e as ações que elas cometem após isso, determinam uma série de acontecimentos seja para o bem ou para o mal. Psicopatas costumam escolher as piores coisas, dentre elas, o assassinato frio e calculista e é isso que 1922 retrata. Um longa que mistura drama e terror-psicológico dos bons, trás uma história inspirada em Crime e Castigo, que por si só já é batida, mas engana-se quem pensa que esse filme cai no erro por conta disso.
Com uma ótima interpretação de Thomas Janes como o caipira Wilfred James, 1922 nos trás uma bela fotografia, trilha sonora sutil, figurino interessante (detalhe para as roupas vermelhas e azuis da personagem de Molly Parker que vem cheia de significado do feminino e do alvo em suas costas), cores vivas do campo e do vermelho da casa no início do filme que se tornam completamente apagadas depois do assassinato. A trama em si não é uma surpresa, mas as atuações são a cereja do bolo. A série de eventos catastróficos que acontecem no decorrer do longa ajudam a manter a atenção e a frieza de Wilfred e Henry impressionam.
Em tempos que questionamos a educação dos filhos, a perda do valor de uma vida, 1922 vem como um bom exemplo de como somos responsáveis pelo desenvolvimento dos filhos e de como nossas escolhas só incentivam a torná-los adultos piores (isso quando crescem), mas que também, psicopatas já nascem psicopatas. Em questão de planos e montagem achei bem feitos, nada surreal. O final é meio que esperado, mas as surpresas no meio do caminho valem uma hora e quarenta minutos, ao acompanharmos a degradação de um ser humano que fez péssimas escolhas. Nota 9.
O Convite
3.3 1,1KCom uma hora de filme, eu estava declinada a não indicar este longa que é uma mistura de drama, suspense e terror psicológico. No entanto, com o desenrolar da história que vem em uma narrativa lenta com uma atmosfera fria, que causa desconforto e completa sensação de paranoia durante o filme, tudo isso graças a atuação do protagonista e os movimentos de câmera intencionados a causar esse sentimento, acabei gostando do filme e me envolvendo na história. Apesar da narrativa ser lenta, como já disse, que pode causar naqueles que não são muito fãs do gênero, um certo tédio, é preciso admitir que The Invitation prende a atenção pelo clima de dúvida que fica se ele é um filme que fala sobre luto, extremismo, relações interrompidas ou loucura em si e de como nosso cérebro nos trai, ou não. Nos últimos 25 minutos, o climax, o filme ganha força e sentido e vem com os plots twists que já esperávamos, mas essas cenas são problemáticas, beiram ao grotesco e são mal executadas. Mas, gostei do filme e gostei da mensagem dele, pois é interessante sem ser apelativo. A trilha sonora só acrescenta para criar a atmosfera que algo ruim vai acontecer e as cores frias são bem utilizadas para tornar explicito a estranheza daquela casa que é onde todo o filme se passa. Nota 7,2.
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O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraSimplesmente apaixonada por esse filme! Que história mais triste! Aquela reviravolta no final, nossa! Amei!
Os Outros
4.1 2,5K Assista AgoraQue filmão da p*rra! Se ainda existe alguém nesse mundo de meu Deus que não sabe o que é um plottwist bem feito, precisa ver esse filme. Um puta filme de terror psicológico, misturado com espiritismo. Ao vê-lo, percebi de onde A Bruxa tirou algumas de suas referências em atuação, roteiro e fotografia, esses sem dúvidas, divinos. Adorei! Nota 9,8.
Um Contratempo
4.2 2,0KTenho um sentimento ambíguo por esse filme, pois o achei tão bom, mas ao mesmo tempo tão previsível! Vamos as justificativas: primeiro, o que me chamou atenção foi as cores frias e a fotografia, sobre elas, não há o que reclamar. Os planos gerais muito bem feito, a escolha das roupas e assessórios dos personagens casam bastante com a características deles e só acrescentam a trama. Quanto ao roteio, eu não tenho muitas reclamações, achei ele bem amarrado na maior parte do tempo, as pontas soltas ficaram mesmo nos 15 minutos finais, mas não me atrapalharam na conclusão. Os personagens transmitem sim uma carga dramática boa, mas é claro que se comparado a outros filmes do gêneros, os coitados dos atores espanhóis vão sempre apanhar do público. A história em si é muito daquilo que já se viu nas produções de Hollywood. O que mais gostei foi o plot twist do começo do filme, maravilhoso e é aí que a trama ganha força. O desenrolar da história que é problemático, por oferecer tudo que já vimos em produções anteriores, quanto vai passando, mesmo com algumas dúvidas, você já vai sabendo o que vai acontecer. A revelação do final não tem um impacto de um plot, não para mim e acho que isso foi que me decepcionou no filme. Eu esperava mais das investigações da morte do menino e não veio, mas de alguma maneira, vi esse filme como um júri popular cinematográfico, onde as versões das partes, quando bem montadas, se tornam tão plausíveis. Nota 8.
Amantes Eternos
3.8 782 Assista AgoraNão entendo essas críticas e essas notas baixas. O filme é simplesmente gostoso de assistir. É intenso, simples e nos traz Adam e Eve que são a personificação do amor, a sua maneira. Acho lindo a maneira como o diretor filma o casal, como eles se comunicam, como se fossem um só apesar das diferenças plausíveis. É um filme sobre vampiros cansados, deprimidos com o rumo da humanidade e com as próprias vidas e Adam mostra isso da melhor maneira. Um músico imortal, apaixonado e com pensamentos suicidas, nada poderia ser mais contraditório. Os diálogos são interessantíssimos, as cores, fotografia e os planos tudo fazem para ajudar na imersão do telespectador que funciona muito bem. Penso que se o filme tivesse somente os amantes eternos como personagens, ainda assim não seria ruim. Nota 9.
PS: Tom Hiddleston, que vampiro mais gato meu Deus! rsrsrs
O Lutador
4.0 912Qualquer nota abaixo de 10 para esse filme seria um erro de minha parte. Depois de ler um elogio do mestre Ivanildo sobre O Lutador, fiquei curiosa e fui assistir. É sublime, depressivo e intenso. O que falar da atuação de Mickey Rourke? Sensacional como o decadente Randy “The Ram” Robinson. Aronofsky nos trás a usual steadicam, dando ao público a sensação de seguir os caminhos do personagem, passando por seu sofrimento, auto-destruição e e poucos momentos de alegrias e tentativa de redenção. A cena dele com a filha e com a amante é de cortar o coração. E o desfecho? É mais que o esperado e colocar Guns como trilha foi de arrepiar os cabelos do braço. O diretor tão conhecido por seus filmes cheio de metáforas, nos traz uma produção mais "simples" que não deixa de ser bela e de emocionar, além da mensagem final.
O Som do Coração
3.9 1,5K Assista AgoraUm filme lindo e sensível para quem gosta de drama e música. Há algum tempo vinha protelando a tarefa de ver o filme, pois sabia que ele me faria escorrer água salgada pelos olhos, até porque a temática tem um apelo pessoal. O interessante nele é como o diretor cuida bastante do som, da trilha sonora e acaba deixando de lado o roteiro que fica cheio de furos. As atuações são aquilo que se espera e o final atropelado é o que mais incomoda. Mas não deixa de ser um filme que os apaixonados pelo gênero, como eu, dão quatro estrelas sem dar muitos pitacos. hahaha
Nota 7,8.
O Assassino: O Primeiro Alvo
3.2 217 Assista AgoraÉ impossível não assistir Assassino: o primeiro alvo e não lembrar de outros filmes do gênero e isso, não é algo ruim! O longa nos entrega o que promete: muita ação, tiros, porradas e bombas, literalmente. hahaha
O que gostei no filme foram os planos e as referências, sem dúvida! Quando o diretor prefere fazer quebras da quarta parede a um comum 180 graus, isso nos prende, torna mais interessante. Gostei bastante da trilha sonora, que me fez lembrar de Sicário (Denis Villeneuve). As cenas de ação são bem executadas, a fotografia, cores me fizeram lembrar de 007 operação Skyfall (meu amorzinho), esse, por sinal, muito bem representado na parte em que o soldado ferido reencontra seu mentor, toda aquele drama, as revelações, as marcas da traição, mas é claro que em Skyfall é mais bem executado. O ponto fraco mesmo são as atuações e o roteiro. Dylan O'Brien não oferece a carga emocional que o personagem precisa e Michael Keaton ligou o piloto automático e foi gravar. A superficialidade em falar sobre as questões de terrorismo e relacionamento dos Estados Unidos com a Rússia é o ponto que tira o brilho do longa. Muitas pontas soltas e um final clichê prejudica o filme que deu a impressão que terá um segundo, que talvez venha mais maduro e sombrio. Nota 6,5.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraAqui vai a opinião super humilde desta aspirante a cinéfila que vós fala: Que filme perturbador e extasiante! Que atuação de Jennifer Lawrence que consegue nos perturbar somente com aquela expressão consternada, mansa, desesperada e obsessiva. Um filme que nos faz sair da sala de cinema pensando sobre o que vimos, nos perguntando se deixamos algo escapar, se entendemos todas as metáforas. Mãe é sem dúvida um filme que nem todo mundo vai gostar ou entender, quando saí do cinema, vi um grupo de mulheres quarentonas reclamando que não tinham gostado e nem entendido nada, outras saíram rindo e outros extasiados, como eu. Quanto as técnicas, achei a narrativa linear muito bem construída. As cores verde e amarelo se sobressaem sempre no cenário, mostrando a melancolia do casal, o cinza usado até no cabelo de Lawrence demonstra o quão frio é aquela relação, em contra ponto ao amor beirando a obsessão que ela tem pelo personagem de Bardem, esse por sinal, divino como sempre. Interessante como os personagens não tem nomes, como não há de nenhuma maneira trilha sonora no filme, somente muito som ambiente bem utilizados, o silêncio, até mesmo da personagem em muitos pontos que você acredita que ela irá falar, mas somente as expressões falam por si. Os movimentos de câmera sempre ao redor de Lawrence ajudam na atmosfera perturbadora. A fotografia está muito bonita. A simbologia da casa, o significado por trás das "crises" da personagem, a metáfora do cristal, o distúrbio por trás dos acontecimentos, é tudo tão interessante! E o que dizer da cena final? Beirando ao grotesco e ao sublime. Considerei a revelação do final um verdadeiro plot twist . Nota 9,5
PS: perdoem se escrevi besteira e me corrijam os entendedores, por favor. Essa é tão somente uma percepção.
As Duas Faces de um Crime
4.1 1,0K Assista AgoraQue filme sensacional!! Que atuações, que planos impecáveis, cortes quase invisíveis e uma narrativa que te manipula até o fim! Lindo! Vale cada segundo das mais de duas horas de filme. Aquele final, nossa! Que virada perfeita!
Una
3.0 139 Assista AgoraQUERO!
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraQue filme maravilhoso!! Acabei de assistir e chorei na cena da cremação do corpo da mãe. Totalmente injustiçado pelo Oscar. Viggo Mortensen merecia demais uma indicação pela brilhante atuação assim como George Mackay. Uma linda fotografia, roteiro fantástico e trilha sonora sensível e bela. Amei esse filme! Vale a pena cada segundo e faz a gente refletir demais sobre criação, educação e cultura.
Suite Francesa
3.6 259 Assista AgoraAchei um filme muito bom! Um drama com atores fortes, mas faltou alguns detalhes. Faltou ter sido uma grande obra. Mas mesmo assim dei quatro estrelas.
O Primeiro Amor
4.1 1,3K Assista AgoraEu simplesmente me apaixonei por esse filme. Logo no começo pensei ser infantil e com a básica história de amor. Mas o filme me prendeu do começo ao fim, e no final eu queria que tivesse continuação. Lindo filme e a história contada nas duas visões é muito boa. Eu já assisti umas quatro vezes e ainda quero ver mais.