A trama de O PROSCRITO junta duas lendas do oeste, Pat Garret e Billy The Kidd com o não menos famoso Doc Holliday, interpretado no filme por Walter Huston. No filme, Doc é amigão de Garrett. Mas quando Billy surge na cidade, Doc esquece um pouco o amigo Garrett para estabelecer um vínculo de amizade com o jovem pistoleiro. Em certos momentos, dá a entender que há uma espécie de atração entre os dois. Isso, vindo de Hughes, é até normal - dizem que ele era bissexual. Talvez pra não desconfiarem muito, o filme foca a atenção na personagem de Jane Russell, atriz que foi escolhida por causa de seu busto grande. Ela interpreta a mulher de Doc Hollyday, que acaba por se apaixonar por Billy. Fortemente censurado pelo código Hayes, existe uma versão integral do diretor, que somente agora vem a publico, com 35 Min a mais que as versões anteriores. Um Western Sexy onde o busto da estrela tornou-se destaque principal, sendo feito um sutiã especial para levantar e ressaltar ainda mais os já generosos seios da moça. O lançamento do filme demorou três anos por causa dessa briga de Hughes com a censura. A briga durou tanto que Hughes finalmente decidiu lançar o filme sem o selo de aprovação do Motion Picture Code, marcando o início do fim da censura em Hollywood. O filme está em meu blog.
Ei! espera, não... (Bang, bang, bang) Silêncio, apenas o uivo do vento, um corpo estirado no deserto e a poeira do cavaleiro que atirou... Não, não! Tem abutres... Ahhhh, os faroestes clássicos. Eles tiveram seu auge nos anos 60, com o magistral diretor italiano Sergio Leone, responsável por Era Uma Vez no Oeste ou Três Homens em Conflito, entre vários outros filmes inesquecíveis. Mas desde os anos 30, com diretores como John Ford e seu No Tempo das Diligências, por exemplo, a magia de um dos gêneros mais famosos do cinema foi vivida por atores como John Wayne. Este, aliás, é o ator com mais papéis principais da sétima arte, dizem as estatísticas. Rio Vermelho, de 1948, embora não seja seu maior clássico, está entre seus melhores filmes. E posso ir mais além, dizendo que está entre os melhores filmes do gênero, disputando com obras mais populares como Rastros de Ódio e Matar ou Morrer. Mas esses são filmes para serem discutidos em outra ocasião... E as coisas do cinema ainda hoje espanta... Originalmente lançado em preto-e-branco, mas hoje disponível em cores vivas, Rio Vermelho possui uma ambientação impressionante. Filmado tanto em estúdios quanto em locações é um filme que traz uma atmosfera incrível do velho-oeste americano, ainda no tempo das diligências, quando os primeiros grandes criadores de gado estavam trabalhando duro para fortalecer a economia do Sul dos Estados Unidos. A sensação que o filme passa é a de que você está lá, junto com aqueles desbravadores de terra, quando a justiça era feita por quem sacava o revólver mais rápido. Há um sentimento maravilhoso de liberdade ecoando por todo o filme, ainda que a jornada de seus personagens seja violenta e difícil. Precisava nem falar da direção precisa de Howard Hawks e Arthur Rosson (o filme geralmente é somente creditado a Hawks, diretor de outros clássicos como Jejum de Amor, de 1940) faz com que o filme torne-se uma verdadeira e graciosa aventura. Acompanhamos Dunson (John Wayne), Matthew (o galã Montgomery Clift, que morreu cedo, aos 46 anos, em 1966) e uma equipe de vaqueiros contratados em uma jornada para transportar 10 mil cabeças de gado por 1000 milhas de um deserto monótono (ainda que lindo) e cheio de perigos (mais precisamente os índios Comanche). O roteiro, cheio de reviravoltas interessantes e feliz por conseguir manter o suspense (e conseqüentemente a atenção) até o minuto final, cria diversos empecilhos para esta viagem que durará meses. Não são só os índios que poderão incomodar. Os conflitos entre os personagens são muito mais interessantes que as cenas de ação (e é aí que o filme se destaca entre dezenas, talvez centenas, de faroestes ordinários existentes naquela época), embora os duelos – as cenas-clímax de todo o gênero faroeste – estejam presentes de maneira muito intensa. Não há grandes elementos que venham a tirar o brilho deste clássico. O maior é talvez a inclusão de uma mocinha irritante (embora essa opinião seja muito subjetiva) por causa de sua arrogância e auto-confiança. Creio que seja um estereótipo forçado do gênero, já que na segunda metade do século XIX as mulheres praticamente não tinham voz entre os homens, e isso é fato. Há, claro, várias outras forçadas de barra na história, algumas bem estúpidas (o motivo que levou ao estouro de uma boiada, por exemplo) tudo para encaixar mais emoção e suspense à jornada desses homens. Mas isso pode ser “ignorado”, em prol da apreciação do filme como entretenimento. Obviamente, as interpretações são incríveis. John Wayne, que muitas vezes não fazia exatamente o papel de “mocinho simpático”, possui outro de seus personagens ambíguos, que pode ser visto como sendo o mocinho ou o bandido. E Clift, uma espécie de filho adotivo de Wayne dentro do filme, mesmo sendo ainda bastante jovem, encara com grande qualidade as várias cenas difíceis que o filme possui. Como Rio Vermelho é uma espécie de épico do velho-oeste, o número de cenas difíceis realmente é grandioso. Curiosamente, fora das gravações os dois atores possuíam diferentes idéias relacionadas à política, e ambos tiveram de concordar que não tocariam nesse assunto para poderem gravar sem atritos. Parece que deu certo, já que o relacionamento é totalmente natural. A trilha sonora é também destaque nesse clássico. A música-tema, “Settle Down”, dá uma força imensa às imagens, e toda a trilha funciona perfeitamente, alavancando o sentimento de liberdade e grandiosidade do velho-oeste. O filme concorreu a dois Oscars: edição (realmente bem executada, principalmente se comparada a outros filmes da década) e roteiro (praticamente sem deslizes). Acabou não levando nenhum, mas hoje o filme se mostra acima de qualquer premiação, como todos os verdadeiros clássicos. Infeliz do filme que precisa de prêmios para ser lembrado. Rio Vermelho não chega a ser tão conhecido como Rastros de Ódio ou Matar ou Morrer, só para citar dois exemplos. Mesmo assim, considero-o um dos melhores faroestes de todos os tempos, principalmente por causa da sua ambientação e espírito livre, em uma história de grandes proporções e objetivos (e se você não gostar, pelo menos fica conhecendo um pouco mais de História). John Wayne mostra porque é a lenda que ainda vive forte no cinema, e não vai morrer tão cedo. Recomendado a qualquer amante da sétima arte, não para o público casual. Ufa! Ta'í, disse tudo e só falta dizer que o filme está em meu blog (legendado, o que é melhor).
Vejamos! Filmes baseados em fatos reais sempre têm um atrativo extra. Se os fatos mostrados na produção realmente aconteceram, a aura de fascínio sobre a história aumenta e - consequentemente - a bilheteria cresce. Entretanto, é do cinema hollywoodiano que estamos falando... e fidelidade aos fatos não é exatamente o forte por lá. Embelezar as aventuras e engrandecer a nobreza e coragem dos protagonistas é parte integrante do papel dos produtores, sempre de olho no que o "general audience", o famoso "grande público", gosta de ver nas telonas. A discussão fica mais interessante ainda quando o suposto fato real pode nunca ter acontecido. E esse é o caso em Mar de fogo (Hidalgo, de Joe Johnston, 2004). Historiadores garantem que os eventos mostrados na aventura são totalmente imaginados pelo homem que supostamente os viveu, o caubói Frank T. Hopkins. Para completar, segundo a imprensa árabe, nem mesmo a corrida que dá título ao filme no Brasil aconteceu. Na história, o vaqueiro torna-se o primeiro americano a competir na "mar de fogo", um perigosíssima corrida de cavalos puro-sangue com 3 mil milhas de extensão através dos desertos da Arábia. Montado em seu fiel Hidalgo, um mustangue (raça considerada impura na época), o cavaleiro enfrenta as agruras das areias escaldantes, enfrenta bandidos, encanta uma princesa, fica amigo do Sheik dos Sheiks e realiza atos de bondade incomensurável para os índios Sioux na sua terra natal. Mas, deixando de lado essas "mentirinhas" roliudianas, não há como não gostar desse filme com uma história (antigamente seria estória) bem urdida levada à telona por um elenco de peso que deu conta do recado. Sim, em tempo. Caso você queira assisti-lo dê um pulinho em meu blog!
É um filme tão bom que vou deixar Marcelo Janot, crítico da TeleCine, falar isso para você: http://youtu.be/W1M-MPbJvbk E se você ainda não assistiu dê uma espiada em meu blog (link em minha área filmow)
Anthony Mann recicla mais uma vez seu protagonista predileto (o homem amargurado que tenta fugir de um passado condenável), em uma trama que enfoca, mais uma vez, embates entre ex-amigos, que agora se encontram em lados distintos da lei. "O Homem do Oeste" é um western de atmosfera fúnebre e depressiva, que tem um protagonista muito distante do protótipo do herói clássico, e está pontuado de sequências estranhas, que o transformam num filme completamente atípico. Dos chamados westerns crepusculares, este filme já seria um marco obrigatório na cinematografia do gênero. Assista em meu blog.
Quem diria que o diretor Sam Raimi dirigiria um westen e principalmente com Sharon Stone? Pois é, isso aconteceu sim. Rápida e Mortal é um daqueles faroestes descartáveis, que diverte, mas você só assiste uma vez. Está a milhões da anos de ser uma obra-prima. Mas o pior que o filme diverte mesmo, prepare-se para tiroteios rápidos, vilões cruéis e caricatos, e mortes mais que dramáticas, o filme em si é exagerado, mas esta é a fórmula certa, o exagero para divertir. Sam Raimi conduziu a brincadeira direitinho, Miss Stone estava bem à vontade, até porquê o filme teve poder de barganha da louraça, ela mandava em Hollywood nesta época. Coadjuvantes de luxo do porte de Leonardo de Caprio e Russel Crowe, mas mesmo assim o filme não decolou e caiu no esquecimento. O que fica de reflexão é porque Hollywood é tão injusto com seus mitos, De caprio e Crowe nesta época eram quase desconhecidos e Sharon era a rainha, hoje Crowe e De caprio figuram como os maiores astros de holywood enquanto a estrela de Sharon se apagou. Enquanto ao filme assista sem compromisso, você poderá até se divertir. Mas antes é bom saber que... ● Foi Sharon Stone quem insistiu na contratação de Russell Crowe. Na época os produtores estavam inseguros com a escolha, pelo ator ser completamente desconhecido na época. ● Foi gravada uma cena de sexo entre Sharon Stone e Russell Crowe, mas esta não foi incluída no filme. O diretor Sam Raimi e a própria atriz consideraram que ela não era necessária à história. ● É o primeiro filme americano estrelado pelo neozelandês Russell Crowe. ● Sharon Stone pagou o salário de Leonardo DiCaprio de seu próprio cachê, para que ele pudesse ser incluído no elenco. ● Durante as filmagens John Sayles escreveu algumas alterações no roteiro. ● A cena em que Gene Hackman dá um tapa em Sharon Stone não estava prevista no roteiro. A reação da atriz vista em cena foi real. ● Bruce Campbell fez uma ponta em uma cena de casamento, mas esta foi retirada na versão final do filme. Apesar disto o nome do ator consta nos créditos finais. ● Gene Hackman era o gatilho mais rápido do elenco. ● É o último filme de Woody Strode. ● As filmagens ocorreram entre 21 de novembro de 1993 e 27 de fevereiro de 1994. Ainda não assistiu ou quer assistir novamente? http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/11/279-b.html
Segundo e último longa-metragem com os personagens de "The Lone Ranger" (no Brasil chamado de "O Zorro") e seu amigo Tonto. Na verdade, é um perfeito exemplo de faroeste à moda antiga, muito bem feitinho, com boa cópia colorida, com ação, perseguições, tiroteios, tudo no lugar certo, sem exageros ou violência demais. A trama, nem chega a ser ingênua, é mais típica que outra coisa. Tem uma mensagem anti-racista muito forte para a época (inclusive com um médico de origem mestiça que se assume como índio, fato raro e ousado). E permite que Clayton Moore, que faz o herói, tire a máscara e revele seu rosto (quando se faz passar por um caçador de recompensas e assim investigar o caso, se aproximando da mulher mais rica do local). Também é uma delícia ouvir a música-tema na abertura seguida depois pela música clássica do Cavalaria Ligeira. Uma pena que o gênero e esse tipo de filme já foram a delícia das matinês Ainda não assistiu? Assista! http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/11/280-e.html
Agradeço a Deus pela InterNet pois, sem ele, não teria como assistir esse filme, não, não um simples filme e sim um verdadeiro épico da era silenciosa que narra a construção da primeira ferrovia transcontinental nos Estados Unidos. Uma representação romantizada da expansão para o oeste, em que os “heróis brancos” devem lutar contra todas as probabilidades. Mas não se trata de uma visão histórica e sim um filme que mistura drama, história, vingança e comédia, tendo uma visão claramente racista de índios, imigrantes e negros, o que era bastante comum no cinema de 1924. Foi o primeiro sucesso na carreira de um dos maiores diretores de Hollywood - John Ford – que também dirigiu The Searchers, Stagecoach, The Quiet Man, She Wore a Yellow Ribbon, Fort Apache, entre outros. Filme de números grandiosos que contou com mais de seis mil figurantes além da construção de duas "cidades" para acomodar todos os envolvidos na produção. Eram mais de cem cozinheiros que preparavam as refeições. As filmagens foram feitas no México, Novo México, Nevada e Arizona. Foram gastos U$ 250.000,00 na produção e arrecadou-se mais de U$ 2.000.000,00 nas bilheterias. Um recorde para a época. Atualmente existem duas versões que foram restauradas, uma para os EUA e outra denominada "internacional" que foi lançada em DVD para Europa. E não poderia deixar de fazer o que fiz: coloquei em meu blog, Cine Rialto. A versão on line é a européia que além de alguns minutos a mais teve a imagem um pouco alterada. Para os puristas isso é um sacrilégio mas segundo pude apurar (não vi a outra versão) várias falhas na imagem foram trabalhadas o que melhorou a qualidade do material. http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/11/270-e.html
Está bem, está bem! O enredo é nojento, pedofilia maldita, mas não devo apenas falar sobre o que fala o filme e sim sobre o filme em si e, separando isso daquilo, é um filme bem feito com bons interpretes que deram vida às vidas que assistimos. Não recordo haver assistido um trabalho vindo do México tão bom, é claro não ser uma maravilha, mas é um bom filme. Quer saber, assista: http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/05/Fear.html
É uma situação estranha apenas afirmar - escrever - em um site de cinema que "não gostei" de um certo filme sem dizer o motivo. Não gostar não afirma nem confirma nada, nem mesmo que não tenha gostado, estranho ainda quando esse filme é para dar susto, para fazer eclodir o que de mais primitivo existe dentro de cada um: o medo. Esse filme não pode ser considerado não gostado quando o vemos pela ótica da realização artística, pelo caminhar das imagens e pelos caminhos, estreitos e tortuosos, que leva o espectador ao medo do que há por vir, e por essa nova visão, por esse prisma, é um filme bom: dá medo, assusta, angustia! E o que falar da trilha sonora? Muito boa, faz a gente esperar e saber que alguma coisa de ruim estar a vir, e vem arrebatadoramente ruim e horripilante. Os ângulos, a cor sombria, o respirar,os closes maléficos, os corpos impuros e a imagem que arrepia, que dá medo. Já escrevi aqui que não gosto do gênero, mas isso não quer dizer - taxativamente - que não gosto do filme. Se não gosto do gênero é simplesmente por odiar "levar sustos" - minha família que o diga - e não suporto sentir medo, alguém se atreve a gostar? Não se deve colocar tudo em um lugar comum, isso é idiotice. Esse não é um filme ruim e, se não gostei, já falei o motivo. http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/04/Resurrection.html
Já tenho repetido incontáveis vezes não ser meu gênero predileto, nem de longe é apesar de alguns títulos serem muito bons - aqui Alfred Hitchcock, Ingmar Bergman, Billy Wilder - por obra da genialidade de seus diretores e/ou fotógrafos. Mas não posso colocar esse espanhol na relação de grandes realizadores, só que muitos gostam e é por isso, e apenas por isso, que me obrigo assistir antes de colocar em meu blog. Mas convenhamos, é muito ruim! http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/04/180Graus.html
Olhe aqui, esse não é um daqueles filmes arrumadinhos saídos das prateleiras de roliúde apesar da Coréia (do Sul) ser estranhamente a mais americanizada dentre os povos de olhinhos puxados. E olhe que não é minha seara esse gênero de dar medo principalmente os filmes "paridos" pelas bandas de lá e esse é uma mistura louca de vários gêneros do terror: meio jogos mortais, meio espíritos, meio aqui e acolá. Mas até que deu certo no contexto do filme. É bem feito, tem algumas mortes inusitadas e, reservadas as devidas proporções - se é que exista isso nesse sei lá o que - é um filme, vamos dizer, criativo. com enredo bem desenvolvido fotografado com mãos firmes. E, que me perdoem as daqui, as coreanas são lindas. Sim, um último lembrete: o filme continua pouco depois dos créditos. Se ainda não assistiu aproveite... http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/04/Charade.html
Hoje, passado tanto tempo, resolvi encarar esse filme e gostei muito do que vi. Convenhamos "colegas" que o filme tem grandes momentos de suspense, algumas cenas são claustrofóbicas e se você estiver esparramado no sofá vai se ajeitar e não perder um segundo desse thriller alucinante. A trama é aquele feijão com arroz de sempre... “Um grupo de amigos em férias decide se aventurar em uma trilha no alto das montanhas que está fechada. No meio da escalada, eles descobrem que a subida é mais perigosa do que o previsto, principalmente porque logo percebem que não estão sozinhos. A partir desse momento, o que era para ser uma aventura radical se transforma em um terrível pesadelo...” Porém há um "que" que destoa, o assassino em si é um dos piores da história do cinema, o filme é muito melhor até ele aparecer o que deixa o clima menos “claustrofóbico” e mais “americanizado” digamos assim. Mas deixemos de lado essa borrada, o assassino estragou o suspense, não o filme. Nos primeiros 40 minutos é puro suspense e as cenas de escalada são de arrepiar para quem tem medo ou qualquer tipo de problema com altura e se você não tem vai sentir um pouco da “vertigem” que o filme tenta passar. E o que dizer de quando os alpinistas tem de atravessar uma ponte de madeira que está só o cacareco? Os passos curtos dos personagem atravessando, um a um, numa cena longa em que o diretor Abel Ferry aproveita bem os takes que privilegiam a alta tensão e o temor na expressão dos alpinistas. Está bom, está bom! Depois que assassino surge, começam as banalidades comuns do gênero, mas não vou dar mais detalhes para não estragar a surpresa. E deixemos de ser tacanhos, o filme é muito bom e caso você ainda não tenha assistido e queira assistir, sugiro que sente confortavelmente, apague as luzes (não faça pipoca, pois não haverá tempo para ela e há o perigo de entornar a bacia - se é que você use isso - nos momentos de susto) e clique aí em baixo: http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/10/TheEast.html
Não li o livro e nunca havia ouvido algo sobre esse filme estranhamente e eletrizantemente gostoso, dá arrepios somente lembrar e não há como não afirmar ser um filme com uma história interessante repleto de imagens fortes bem urdidas estranhamente límpidas no ambiente seco e escuro que nos faz sentir o medo pavoroso em estar ali. Essa menina espanhola (Laura Mañá), que a Catalhuna viu nascer em 12 de Janeiro de 1968 de beleza típica das mulheres de seu país, conseguiu me fazer tremer e temer minha falta de coragem em ter que resistir às imagens bem trabalhadas, aos cortes precisos em precisos e preciosos momentos onde já não havia mais nervos – e nem coragem – para continuar resistindo ao bombardeio de adrenalina inundando minhas veias ao som terrificante de um jogo macabro. As idas e vindas aqui e acolá permitem um adocicar nesses oitenta e sete minutos do sofrer sôfrego do eu vítima incapaz de piscar afogado, vez por outra, na falta de fôlego pela respiração dolorosamente interrompida como se mergulhado em um mar aberto e insano longe de todo, e de todos, na minha busca interna de uma, uma qualquer, tábua de salvação: a palavra que falta! Não são dignas as notas estrelas que pontuamos essa maravilha, mas se você quiser também mergulhar nesse filme de dar arrepios clique aí em baixo... http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/03/Northwest.html
Ultimamente tenho preferido, e me deparado, com o que de melhor foi feito na sétima arte como esse clássico do “film noir” protagonizado por Edmond O’Brien, com música de Dimitri Tiomkin e realizado por Rudolph Maté, um diretor de fotografia que se tornou realizador, numa de suas melhores obras. O filme possui amplas cenas nas ruas de São Francisco e Los Angeles. O clima tenso intensifica-se a cada descoberta do protagonista, além da ansiedade constante pelo tempo de vida que se esvai. Cenas noturnas e diurnas também estão presentes, não diminuindo o suspense da trama, e a violência é outro elemento frequente, demonstrando que Bigelow está cada vez mais perto em descobrir os fatos. Todos os acontecimentos são descritos em flashback, pois Frank inicia em um departamento de polícia onde descreve seu assassinato. Atenção desde a aparição dos letreiros junto a sequência onde Frank Bigelow segue pelos corredores até a sala do oficial que o ouvirá até o momento fatal. A tensão apresenta-se desde então. Vale lembrar que entre os arquétipos presentes no Noir (o perseguido, a femme fatale e o que procura a verdade), Bigelow representa o terceiro arquétipo, pois em momento algum busca ajuda mas aproveita o tempo que lhe resta para descobrir a verdade. Ele é o homem comum que desenganado dos médicos, não volta correndo para os braços da noiva Paula que o espera na Califórnia ou decide aproveitar seus últimos momentos em algo desejável. Ele busca freneticamente cada detalhe e o que o levou a um destino fatal. Para quem quer saber o que significa a sigla D.O.A.(Dead on arrival), o título original do filme, trata-se de um termo médico aplicado às pessoas que chegam ao hospital já falecidas, mas neste caso pode ser interpretado também como um carimbo sobre o dossiê de um caso que fora encerrado devido a morte da testemunha. Seria algo como "morto ao chegar", e ao que parece o crime será arquivado como se não houvesse mais nada a ser investigado. Assim como o julgamento do "mensalão" ou outros tantos casos que não interessa à justiça. Dane-se o processo. Arquiva-se! Quer assistir? ● http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/01/Forgotten.html
Finalmente me debrucei sob esse filme que, ao assistir pela primeira vez (legendado, é claro, odiei a versão dublada) achei enfadonho e indaguei (a mim mesmo, pois a solidão de eu só ainda não me permitiu criar uma personagem com quem dialogue): Poderia uma obra de ficção fazer alguém perder o senso da realidade? Até que ponto a arte destitui o artista de sua vida, apropriando-se dela? Dentro da Casa tenta responder essas questões por meio da história de um jovem com potencial para literatura, cuja vontade de escrever ultrapassa conceitos éticos e morais. No longa de François Ozon, Claude (Ernst Umhauer) precisa fazer uma redação por semana como exercício proposto por seu professor de literatura, Germain (Fabrice Luchini). O aluno começa a retratar a vida do colega de classe, Rapha, de maneira muito íntima, revelando pormenores de seu cotidiano com o pai (que também chama-se Rapha) e com a mãe Esther (Emmanuelle Seigner). Em termos literários, constrói uma obra. Em termos éticos, começa a destruir uma família. Esse é o grande dilema do filme e do professor Germain: o certo seria dar asas à imaginação de um adolescente com grande potencial, mesmo pressentindo consequências nefastas, ou restringir suas atitudes? Na medida em que aprende literatura, Claude começa a escrever sua “ficção” com primor e o longa ganha descrições poéticas sob seu ponto de vista. E com o estímulo de criar “personagens” mais convincentes, deixa todos em dúvida sobre a realidade das situações narradas. Apesar de não ser completamente original, o roteiro bem desenvolvido prende a atenção até o desenlace. O filme funciona bem com tomadas simples e diretas, prezando mais pelas palavras do que pela forma. O primeiro e dramático desfecho escrito para Rapha Jr. e a reação do professor mostram o nível de influência da ficção sob o leitor ou espectador em uma das melhores sequências do filme. Consequências reais começam a ficar em segundo plano em prol de uma boa história. Aqui surge outra questão, dessa vez sobre a arte: Ela deveria ter limites? Quem os define? Nessa trama, o jovem protagonista tem destaque absoluto. É bem provável que daqui a alguns anos muitos assistam Dentro da Casa para ver o início da carreira de Ernst Umhauer. Além disso, os personagens coadjuvantes são pertinentes e tem profundidade nas mãos de um ótimo elenco. As cenas da desanimada Esther em seu vazio de classe média e a interação com o amigo adolescente do filho criam grandes momentos da narrativa. O desfecho deixa a sensação de que Claude poderia muito bem ser uma metáfora, a idealização do futuro bem-sucedido na perspectiva de um professor frustrado. Vários filmes já usaram a metalinguagem para expressar o dilema entre real e ilusão na era da imagem, das verdades editadas. O Show de Truman e o recente Holy Motors são exemplos. Dentro da Casa entra discretamente para essa lista criando uma infinidade de perguntas do melhor tipo - aquelas que pairam no ar por tempos, até o próprio espectador encontrar (ou não) alguma resposta. E quer saber de uma coisa? Não é tão enfadonho quando se assiste querendo assistir e é por isso que coloquei em meu blog nas duas versões - legendado e dublado, mas se alguém decidir assistir lá, aconselho esquecer a dublada! http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/03/DansLaMaison.html
Um dos mais emblemáticos filmes da era do cinema mudo, Aurora é, mais que um tocante filme com uma história de amor, um filme que discute mudanças sociais. Ainda que seja do início do século passado, debate questões que estão muito presentes no mundo atual, como a do êxodo rural e a sociedade de consumo – afinal, recentemente a população urbana, pela primeira vez na humanidade, ultrapassou em quantidade a população rural. Lançado em 1927 e dirigido pelo alemão F. W. Murnau, esta produção norte-americana é peculiar em diversos aspectos. Primeiro, por ser um filme que contém elementos da estética do cinema expressionista alemão, malgrado seja baseado em uma história de amor melodramática. Foi bastante significativo para a o cinema na época (apesar da baixa bilheteria), sendo considerado também o primeiro filme do Oscar - ainda que não tenha levado o principal prêmio, é a obra mais lembrada da primeira cerimônia da festa mais midiática do cinema. Entretanto, a grande contribuição de Aurora deve-se a sua narrativa simbólica, a sua mensagem que era um prenúncio das mudanças iminentes na sociedade do séc. XX. O ponto de partida da trama tem início quando um casal do campo tem a vida abalada pela chegada de uma estranha da cidade, que passa a ser amante do homem campestre, formando um triângulo amoroso. Até aí, nada excepcional. Porém, é certo que, entendido como uma obra de arte, um filme jamais será meramente uma narrativa literal, mas sim um discurso simbólico que lida com valores e concepções de mundo. Esteticamente, Aurora revolucionou o cinema americano, até então predominantemente um cinema de câmera estática e plano fixo. Logo nas sequencias iniciais, a câmera passeia em tomadas sem cortes pelo ambiente rural em pleno luar, uma movimentação de câmera primorosa que fez escola e maravilhou os cineastas da época. Os contrastes de claro e escuro, não somente a grande característica visual do filme, também uma herança do cinema alemão da década de 20, atribuem um significado à dualidade entre campo e cidade, mas também a consciência cindida de um homem diante de tentações. Aqui um tom melancólico de despedida de uma época que marca Aurora. A revolução industrial, a velocidade dos trens, o automatismo das máquinas, o estabelecimento do capitalismo e o consumo crescente são postos no filme como agentes transformadores, elementos que agem no sentido de romper, em um caminho sem volta, valores como honestidade, integridade e fidelidade. A mulher urbana, bem caracterizada com cabelos negros e curtos, parece interessada em dinheiro sem enxergar obstáculos que não possam ser superados pela quebra da moral – nem que para tanto seja necessário trair e matar. E, se nos aprofundarmos um pouco mais vislumbra-se um fenômeno de intertextualidade com o livro de Gênesis, presente na Bíblia. A transgressão, o pecado e a quebra de conduta (no livro) são propostas pela mulher, que, em Aurora, da mesma forma, parte da personagem da mulher urbana que, sorrateiramente, propõe o assassinato da esposa ao homem do campo. Inegavelmente, há um tom religioso forte em Aurora. Em momento de arrependimento, ouvem-se os sinos badalando na Igreja (Aurora já contava com efeitos sonoros). Do mesmo modo, sua esposa suplica pela vida fazendo o gesto da oração com suas mãos. Assim como personagens bíblicos, o camponês interiorano parte em uma jornada de provação e redenção, na busca por absolvição dos pecados ao longo do filme. Não por acaso, o momento onde o homem cai em si, resgata seus valores originais (antes da intervenção do simbolismo da cidade), é justamente dentro da Igreja, ao presenciar um juramento de casamento. Ao ouvir badalar dos sinos ao longo de todo o filme, é possível sentir uma espécie de presença metafísica pontuando todo o longa. O próprio afogamento da esposa, a tormenta na volta, o arrependimento, tudo isso parece surgir como um castigo dos céus, uma força natural punitiva, justamente como em uma provação de personagem bíblico. Se doze anos antes, D. W. Griffith, pai da linguagem cinematográfica, trazia para o cinema mudo uma produção que abordava a guerra de secessão, como fez em O Nascimento de uma Nação, aqui, num campo muito mais sutil e simbólico, o entrave permanece. Com o final feliz, aparentemente há um triunfo da vida serena, do trabalho honesto, a vitória do amor sobre as tentações. No entanto, é possível que o final feliz tenha sido construído mais no intuito de agradar o massivo público feminino da época, uma realização do gosto burguês pelo equilíbrio e harmonia do lar do que uma constatação premonitória dos rumos dos novos tempos. Hoje é mais que evidente que o ambiente urbano e seus valores, sua lógica do espetáculo e do conforto triunfaram sobre o ambiente rural, haja visto o êxodo rural, o inchaço da população urbana e a galopante massificação do consumo. Depois de 1927 o cinema passou a ter som, houve a quebra da bolsa, a Segunda Guerra Mundial, as transformações sociais dos anos 60, e muito da ingenuidade, dos valores morais e da relação do homem com a religião mudou. E não há dúvidas de que Aurora era um cinema à frente de seu tempo. http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/12/753-e12.html
Se existe um único filme que traduza em imagens o milagre de uma declaração e expresse um súbito desejo de viver dos seus personagens, este é Chikamatsu monogatari: todo ele é muito bom, mas da cena do barco em diante se torna uma jornada inesquecivel. http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/12/628-b.html
● O filme foi originalmente intitulado Deadly (literalmente traduzido como Mortal), porém os cineastas anunciaram que o título seria alterado, em uma aparente tentativa de maior sensibilidade. ● O roteiro é totalmente baseado nas transcrições da corte, entrevistas e vídeos dos ataques, filmados pelos próprios Homolka e Bernardo. ● O longa foi totalmente filmado nos Estados Unidos, com um elenco e equipe estadunidense, pois ninguém da indústria canadense queria estar envolvido com este projeto devido o clamor do público. ● Exceto por Tammy Homolka, os nomes das vítimas foram alterados devido as poucas idades das adolescentes, embora as circunstâncias de suas mortes continuem a mesma. ● Bastante fiel à história real, o filme é narrado no ponto de vista de Karla, e com perplexidade o público vê os fatos acontecerem sem nenhum remorso de Paul, um estuprador psicopata que pode se passar facilmente por um rapaz muito adorável. ● O filme causou polêmica e furor no Canadá, onde as famílias de Kristen French e Leslie Mahaffy, as vitimas de Homolka e Bernado, alegaram que o filme exploraria a memória das adolescentes . Os membros das famílias das vitímas, iniciaram uma campanha para a censura do filme e, vários patrocinadores do festival, também ameaçaram eliminar o patrocínio caso o filme fosse exibido. ● Os políticos da Assembleia Legislativa de Ontário, incluindo o procurador-geral Michael Bryant, pediram o boicote do filme e, a cadeia de teatro canadense, a Cineplex Odeon, afirmou que exibiria o filme somente em seus principais mercados urbanos, Toronto, Montreal e Ottawa ● O filme foi planejado para estrear em 2005 no Festival de Montreal, mas Serge Losique, fundador e presidente do festival, anunciou que Karla seria retirado do festival, reconhecendo publicamente que ele estava fazendo isso apenas como resultado direto da pressão de um de seus principais patrocinadores, a Air Canada. ● Em março de 2005, O advogado Tim Danson, que representava as famílias France e Mahaffy, juntamente com as fmaílias das vitímas, assistiram o filme em uma exibição privada. Em outubro de 2005, ele anunciou que as famílias não se oporiam à liberação do filme no Canadá. Com um comunicado à imprensa, o festival defendeu sua decisão de ainda exibir o filme, alegando que muitos criminosos famosos já foram mostrados no cinema, desde Adolf Hitler até o Estrangulador de Boston. (Fonte: Wikipédia) http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/12/590-b.html
Alguns mistérios são difíceis de decifrar. Não, não se trata do mistério envolto na história de Halloween - A Noite do Terror (Halloween, 1978), filme de terror dirigido por John Carpenter. Afinal, por que esse filme ganhou reconhecimento e chegou ao status de um dos clássicos do gênero? Nem a comum explicação para acobertar possíveis falhas do filme consegue desviar os incontáveis defeitos que ele possui. Normalmente, dizer que o filme é antigo e que a época de sua produção era diferente e os recursos eram bem mais escassos, soa fácil para justificar possíveis deslizes. Ora, 1978 é logo ali, dá pra citar obras realmente emblemáticas do cinema que foram feitas em momentos bem mais difíceis. Uma das possíveis – e raras – justificativas para entender a fama que ele ainda carrega, é comparar a sua produção no gênero do horror com os demais exemplares do gênero produzidos até então. Mas, aí, entendendo que esse argumento realmente justificaria o seu sucesso, seria automaticamente reconhecer que seus antecessores são de qualidade altamente duvidosa. É, até certo ponto – apenas –, complicado analisar um filme deste nível quando se já assistiu muitas das suas excelentes obras sucessoras. Facilmente, quem hoje assiste a Halloween, acaba por julgá-lo com uma quantidade de clichês que talvez ainda não tenha se visto. Porém, o filme é datado do ano de 78, e essa história do clichê dificilmente irá fazer sentido. Como os defeitos são muitos, prefiro citar, de imediato, uma qualidade importante: a trilha sonora – embora clássica e, por isso, até certo ponto, fácil de agradar – marca as principais e repetidas cenas de suspense/terror que o filme desenvolve; ainda que fique uma dúvida no ar se essa trilha é realmente boa ou se o seu mérito mais se deve ao fato de ser inconfundível, é possível, mesmo assim, classificá-la como interessante, mesmo que a dúvida ainda persista. Contudo, é triste e curioso perceber, que não é de grande facilidade compreender se os recorrentes tons trash são propositais ou não. As péssimas escolhas para definir o fim dos personagens nos momentos mais importantes do filme, deixam a entender que essas cenas gore, de um trash mal conduzido, foram de péssima direção. O pior, claro, é perceber que se trata de um terror que era para ser levado a sério e, no fim, se mostrou trash; não um trash que simplesmente queria ser trash. Como se não bastasse o principal elemento negativo de uma obra de horror, Carpenter ainda é infeliz ao não sustentar boas justificativas aos atos de seu antagonista. Não explica de onde veio, o que quer, ou a razão de suas atitudes. É um serial killer que se aproveitou do espírito da tradição do halloween para voltar a sua cidade e aterrorizá-la; é uma desculpa muito questionável para se satisfazer como razão aos problemas. Dessa forma, o diretor pauta-se unicamente a apresentar seu vilão em cenas clássicas de aparecimento. Depois de três oportunidades que o antagonista aparece, todas as próximas cenas perdem a graça, é facílimo perceber onde e em que momento ele irá aparecer, ajudado, ainda, por enquadramentos que só faltam apontar para a posição que irá ocupar em cena. Broxante. Talvez seja necessário conhecer algumas curiosidades para tentar entender o porque de tanto sucesso:
Curiosidades e Informações extras: ● Como não havia um grande orçamento para rodar Halloween - A Noite do Terror, a máscara escolhida para ser a utilizada pelo psicopata Michael Myers foi a mais barata encontrada numa loja próxima ao local de filmagens, que era exatamente a utilizada por William Shatner no filme The Devil's Rain. Entretanto, a máscara sofreu algumas mudanças, tendo sido pintada de branco, com os cabelos retirados e o contorno dos olhos sofrendo modificações. ● Os atores usaram suas próprias roupas durante as filmagens de Halloween - A Noite do Terror, já que o orçamento do filme não permitia que fosse contratado um figurinista e fossem compradas roupas específicas para os personagens. ● A atriz Jamie Lee Curtis apenas foi escalada para Halloween - A Noite do Terror por causa da publicidade em torno de seu nome, já que ela é filha de Janet Leigh, que atuou em Psicose. ● Halloween - A Noite do Terror é o primeiro de uma série de 10 filmes baseados no personagem Michael Myers. Os demais foram: Halloween 2 (1981), Halloween 3 - A Noite das Bruxas (1983), Halloween 4 - O Dia das Bruxas (1988), Halloween 5 - A Vingança de Michael Myers (1989), Halloween 6 - A Última Vingança (1995), Halloween H20 - 20 Anos Depois (1998), Halloween - Ressurreição (2002), Halloween - O Início (2007) e Halloween II (2009). Esta história também foi refilmada com o título Halloween - O Início (2007). ● Logo no início do filme aparece uma cena em que as crianças assistem na TV à exibição do filme The Thing From Another World, de 1951, que posteriormente o próprio diretor John Carpenter refilmaria como O Enigma de Outro Mundo (1982). ● O nome do personagem de Donald Pleasence em Halloween - A Noite do Terror foi uma homenagem ao filme Psicose, que tem um personagem de mesmo nome. Já a personagem Laurie Strode recebeu este nome por ser na realidade o nome da primeira namorada do diretor John Carpenter, de acordo com a produtora e roteirista Debra Will. ● Halloween - A Noite do Terror foi rodado em 21 dias, durante a primavera de 1978.
Pode até ser um clássico, mas não gosto de ter que não gostar. Mas (sempre um mas a mais) não posso negar os números astronômicos das bilheterias mundo afora e esse montão de continuações a partir daquele chute no escuro de 1978. Quer saber? Se já assistiu que fique com suas impressões e, se ainda não, sugiro que dê uma espiada em meu blog (Cine Rialto) e tire suas conclusões.
O Proscrito
3.3 16 Assista AgoraA trama de O PROSCRITO junta duas lendas do oeste, Pat Garret e Billy The Kidd com o não menos famoso Doc Holliday, interpretado no filme por Walter Huston. No filme, Doc é amigão de Garrett. Mas quando Billy surge na cidade, Doc esquece um pouco o amigo Garrett para estabelecer um vínculo de amizade com o jovem pistoleiro. Em certos momentos, dá a entender que há uma espécie de atração entre os dois. Isso, vindo de Hughes, é até normal - dizem que ele era bissexual. Talvez pra não desconfiarem muito, o filme foca a atenção na personagem de Jane Russell, atriz que foi escolhida por causa de seu busto grande. Ela interpreta a mulher de Doc Hollyday, que acaba por se apaixonar por Billy.
Fortemente censurado pelo código Hayes, existe uma versão integral do diretor, que somente agora vem a publico, com 35 Min a mais que as versões anteriores. Um Western Sexy onde o busto da estrela tornou-se destaque principal, sendo feito um sutiã especial para levantar e ressaltar ainda mais os já generosos seios da moça.
O lançamento do filme demorou três anos por causa dessa briga de Hughes com a censura. A briga durou tanto que Hughes finalmente decidiu lançar o filme sem o selo de aprovação do Motion Picture Code, marcando o início do fim da censura em Hollywood.
O filme está em meu blog.
Rio Vermelho
4.0 81 Assista AgoraEi! espera, não... (Bang, bang, bang) Silêncio, apenas o uivo do vento, um corpo estirado no deserto e a poeira do cavaleiro que atirou... Não, não! Tem abutres...
Ahhhh, os faroestes clássicos. Eles tiveram seu auge nos anos 60, com o magistral diretor italiano Sergio Leone, responsável por Era Uma Vez no Oeste ou Três Homens em Conflito, entre vários outros filmes inesquecíveis. Mas desde os anos 30, com diretores como John Ford e seu No Tempo das Diligências, por exemplo, a magia de um dos gêneros mais famosos do cinema foi vivida por atores como John Wayne. Este, aliás, é o ator com mais papéis principais da sétima arte, dizem as estatísticas. Rio Vermelho, de 1948, embora não seja seu maior clássico, está entre seus melhores filmes. E posso ir mais além, dizendo que está entre os melhores filmes do gênero, disputando com obras mais populares como Rastros de Ódio e Matar ou Morrer. Mas esses são filmes para serem discutidos em outra ocasião...
E as coisas do cinema ainda hoje espanta... Originalmente lançado em preto-e-branco, mas hoje disponível em cores vivas, Rio Vermelho possui uma ambientação impressionante. Filmado tanto em estúdios quanto em locações é um filme que traz uma atmosfera incrível do velho-oeste americano, ainda no tempo das diligências, quando os primeiros grandes criadores de gado estavam trabalhando duro para fortalecer a economia do Sul dos Estados Unidos. A sensação que o filme passa é a de que você está lá, junto com aqueles desbravadores de terra, quando a justiça era feita por quem sacava o revólver mais rápido. Há um sentimento maravilhoso de liberdade ecoando por todo o filme, ainda que a jornada de seus personagens seja violenta e difícil.
Precisava nem falar da direção precisa de Howard Hawks e Arthur Rosson (o filme geralmente é somente creditado a Hawks, diretor de outros clássicos como Jejum de Amor, de 1940) faz com que o filme torne-se uma verdadeira e graciosa aventura. Acompanhamos Dunson (John Wayne), Matthew (o galã Montgomery Clift, que morreu cedo, aos 46 anos, em 1966) e uma equipe de vaqueiros contratados em uma jornada para transportar 10 mil cabeças de gado por 1000 milhas de um deserto monótono (ainda que lindo) e cheio de perigos (mais precisamente os índios Comanche). O roteiro, cheio de reviravoltas interessantes e feliz por conseguir manter o suspense (e conseqüentemente a atenção) até o minuto final, cria diversos empecilhos para esta viagem que durará meses. Não são só os índios que poderão incomodar. Os conflitos entre os personagens são muito mais interessantes que as cenas de ação (e é aí que o filme se destaca entre dezenas, talvez centenas, de faroestes ordinários existentes naquela época), embora os duelos – as cenas-clímax de todo o gênero faroeste – estejam presentes de maneira muito intensa.
Não há grandes elementos que venham a tirar o brilho deste clássico. O maior é talvez a inclusão de uma mocinha irritante (embora essa opinião seja muito subjetiva) por causa de sua arrogância e auto-confiança. Creio que seja um estereótipo forçado do gênero, já que na segunda metade do século XIX as mulheres praticamente não tinham voz entre os homens, e isso é fato. Há, claro, várias outras forçadas de barra na história, algumas bem estúpidas (o motivo que levou ao estouro de uma boiada, por exemplo) tudo para encaixar mais emoção e suspense à jornada desses homens. Mas isso pode ser “ignorado”, em prol da apreciação do filme como entretenimento.
Obviamente, as interpretações são incríveis. John Wayne, que muitas vezes não fazia exatamente o papel de “mocinho simpático”, possui outro de seus personagens ambíguos, que pode ser visto como sendo o mocinho ou o bandido. E Clift, uma espécie de filho adotivo de Wayne dentro do filme, mesmo sendo ainda bastante jovem, encara com grande qualidade as várias cenas difíceis que o filme possui. Como Rio Vermelho é uma espécie de épico do velho-oeste, o número de cenas difíceis realmente é grandioso. Curiosamente, fora das gravações os dois atores possuíam diferentes idéias relacionadas à política, e ambos tiveram de concordar que não tocariam nesse assunto para poderem gravar sem atritos. Parece que deu certo, já que o relacionamento é totalmente natural.
A trilha sonora é também destaque nesse clássico. A música-tema, “Settle Down”, dá uma força imensa às imagens, e toda a trilha funciona perfeitamente, alavancando o sentimento de liberdade e grandiosidade do velho-oeste. O filme concorreu a dois Oscars: edição (realmente bem executada, principalmente se comparada a outros filmes da década) e roteiro (praticamente sem deslizes). Acabou não levando nenhum, mas hoje o filme se mostra acima de qualquer premiação, como todos os verdadeiros clássicos. Infeliz do filme que precisa de prêmios para ser lembrado.
Rio Vermelho não chega a ser tão conhecido como Rastros de Ódio ou Matar ou Morrer, só para citar dois exemplos. Mesmo assim, considero-o um dos melhores faroestes de todos os tempos, principalmente por causa da sua ambientação e espírito livre, em uma história de grandes proporções e objetivos (e se você não gostar, pelo menos fica conhecendo um pouco mais de História). John Wayne mostra porque é a lenda que ainda vive forte no cinema, e não vai morrer tão cedo. Recomendado a qualquer amante da sétima arte, não para o público casual.
Ufa! Ta'í, disse tudo e só falta dizer que o filme está em meu blog (legendado, o que é melhor).
Mar de Fogo
3.6 163 Assista AgoraVejamos! Filmes baseados em fatos reais sempre têm um atrativo extra. Se os fatos mostrados na produção realmente aconteceram, a aura de fascínio sobre a história aumenta e - consequentemente - a bilheteria cresce.
Entretanto, é do cinema hollywoodiano que estamos falando... e fidelidade aos fatos não é exatamente o forte por lá. Embelezar as aventuras e engrandecer a nobreza e coragem dos protagonistas é parte integrante do papel dos produtores, sempre de olho no que o "general audience", o famoso "grande público", gosta de ver nas telonas.
A discussão fica mais interessante ainda quando o suposto fato real pode nunca ter acontecido. E esse é o caso em Mar de fogo (Hidalgo, de Joe Johnston, 2004). Historiadores garantem que os eventos mostrados na aventura são totalmente imaginados pelo homem que supostamente os viveu, o caubói Frank T. Hopkins. Para completar, segundo a imprensa árabe, nem mesmo a corrida que dá título ao filme no Brasil aconteceu.
Na história, o vaqueiro torna-se o primeiro americano a competir na "mar de fogo", um perigosíssima corrida de cavalos puro-sangue com 3 mil milhas de extensão através dos desertos da Arábia. Montado em seu fiel Hidalgo, um mustangue (raça considerada impura na época), o cavaleiro enfrenta as agruras das areias escaldantes, enfrenta bandidos, encanta uma princesa, fica amigo do Sheik dos Sheiks e realiza atos de bondade incomensurável para os índios Sioux na sua terra natal.
Mas, deixando de lado essas "mentirinhas" roliudianas, não há como não gostar desse filme com uma história (antigamente seria estória) bem urdida levada à telona por um elenco de peso que deu conta do recado.
Sim, em tempo. Caso você queira assisti-lo dê um pulinho em meu blog!
Quando Explode a Vingança
4.1 133 Assista AgoraÉ um filme tão bom que vou deixar Marcelo Janot, crítico da TeleCine, falar isso para você:
http://youtu.be/W1M-MPbJvbk
E se você ainda não assistiu dê uma espiada em meu blog (link em minha área filmow)
O Homem do Oeste
3.8 46 Assista AgoraAnthony Mann recicla mais uma vez seu protagonista predileto (o homem amargurado que tenta fugir de um passado condenável), em uma trama que enfoca, mais uma vez, embates entre ex-amigos, que agora se encontram em lados distintos da lei. "O Homem do Oeste" é um western de atmosfera fúnebre e depressiva, que tem um protagonista muito distante do protótipo do herói clássico, e está pontuado de sequências estranhas, que o transformam num filme completamente atípico. Dos chamados westerns crepusculares, este filme já seria um marco obrigatório na cinematografia do gênero.
Assista em meu blog.
Rápida e Mortal
3.1 180 Assista AgoraQuem diria que o diretor Sam Raimi dirigiria um westen e principalmente com Sharon Stone?
Pois é, isso aconteceu sim. Rápida e Mortal é um daqueles faroestes descartáveis, que diverte, mas você só assiste uma vez. Está a milhões da anos de ser uma obra-prima. Mas o pior que o filme diverte mesmo, prepare-se para tiroteios rápidos, vilões cruéis e caricatos, e mortes mais que dramáticas, o filme em si é exagerado, mas esta é a fórmula certa, o exagero para divertir. Sam Raimi conduziu a brincadeira direitinho, Miss Stone estava bem à vontade, até porquê o filme teve poder de barganha da louraça, ela mandava em Hollywood nesta época. Coadjuvantes de luxo do porte de Leonardo de Caprio e Russel Crowe, mas mesmo assim o filme não decolou e caiu no esquecimento. O que fica de reflexão é porque Hollywood é tão injusto com seus mitos, De caprio e Crowe nesta época eram quase desconhecidos e Sharon era a rainha, hoje Crowe e De caprio figuram como os maiores astros de holywood enquanto a estrela de Sharon se apagou. Enquanto ao filme assista sem compromisso, você poderá até se divertir.
Mas antes é bom saber que...
● Foi Sharon Stone quem insistiu na contratação de Russell Crowe. Na época os produtores estavam inseguros com a escolha, pelo ator ser completamente desconhecido na época.
● Foi gravada uma cena de sexo entre Sharon Stone e Russell Crowe, mas esta não foi incluída no filme. O diretor Sam Raimi e a própria atriz consideraram que ela não era necessária à história.
● É o primeiro filme americano estrelado pelo neozelandês Russell Crowe.
● Sharon Stone pagou o salário de Leonardo DiCaprio de seu próprio cachê, para que ele pudesse ser incluído no elenco.
● Durante as filmagens John Sayles escreveu algumas alterações no roteiro.
● A cena em que Gene Hackman dá um tapa em Sharon Stone não estava prevista no roteiro. A reação da atriz vista em cena foi real.
● Bruce Campbell fez uma ponta em uma cena de casamento, mas esta foi retirada na versão final do filme. Apesar disto o nome do ator consta nos créditos finais.
● Gene Hackman era o gatilho mais rápido do elenco.
● É o último filme de Woody Strode.
● As filmagens ocorreram entre 21 de novembro de 1993 e 27 de fevereiro de 1994.
Ainda não assistiu ou quer assistir novamente?
http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/11/279-b.html
Zorro e a Cidade de Ouro Perdida
2.8 5 Assista AgoraSegundo e último longa-metragem com os personagens de "The Lone Ranger" (no Brasil chamado de "O Zorro") e seu amigo Tonto. Na verdade, é um perfeito exemplo de faroeste à moda antiga, muito bem feitinho, com boa cópia colorida, com ação, perseguições, tiroteios, tudo no lugar certo, sem exageros ou violência demais. A trama, nem chega a ser ingênua, é mais típica que outra coisa.
Tem uma mensagem anti-racista muito forte para a época (inclusive com um médico de origem mestiça que se assume como índio, fato raro e ousado). E permite que Clayton Moore, que faz o herói, tire a máscara e revele seu rosto (quando se faz passar por um caçador de recompensas e assim investigar o caso, se aproximando da mulher mais rica do local).
Também é uma delícia ouvir a música-tema na abertura seguida depois pela música clássica do Cavalaria Ligeira. Uma pena que o gênero e esse tipo de filme já foram a delícia das matinês
Ainda não assistiu? Assista!
http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/11/280-e.html
O Cavalo de Ferro
3.8 14Agradeço a Deus pela InterNet pois, sem ele, não teria como assistir esse filme, não, não um simples filme e sim um verdadeiro épico da era silenciosa que narra a construção da primeira ferrovia transcontinental nos Estados Unidos.
Uma representação romantizada da expansão para o oeste, em que os “heróis brancos” devem lutar contra todas as probabilidades.
Mas não se trata de uma visão histórica e sim um filme que mistura drama, história, vingança e comédia, tendo uma visão claramente racista de índios, imigrantes e negros, o que era bastante comum no cinema de 1924.
Foi o primeiro sucesso na carreira de um dos maiores diretores de Hollywood - John Ford – que também dirigiu The Searchers, Stagecoach, The Quiet Man, She Wore a Yellow Ribbon, Fort Apache, entre outros.
Filme de números grandiosos que contou com mais de seis mil figurantes além da construção de duas "cidades" para acomodar todos os envolvidos na produção. Eram mais de cem cozinheiros que preparavam as refeições.
As filmagens foram feitas no México, Novo México, Nevada e Arizona.
Foram gastos U$ 250.000,00 na produção e arrecadou-se mais de U$ 2.000.000,00 nas bilheterias. Um recorde para a época.
Atualmente existem duas versões que foram restauradas, uma para os EUA e outra denominada "internacional" que foi lançada em DVD para Europa.
E não poderia deixar de fazer o que fiz: coloquei em meu blog, Cine Rialto. A versão on line é a européia que além de alguns minutos a mais teve a imagem um pouco alterada. Para os puristas isso é um sacrilégio mas segundo pude apurar (não vi a outra versão) várias falhas na imagem foram trabalhadas o que melhorou a qualidade do material.
http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/11/270-e.html
O Quinto Mandamento
2.6 50Está bem, está bem!
O enredo é nojento, pedofilia maldita, mas não devo apenas falar sobre o que fala o filme e sim sobre o filme em si e, separando isso daquilo, é um filme bem feito com bons interpretes que deram vida às vidas que assistimos.
Não recordo haver assistido um trabalho vindo do México tão bom, é claro não ser uma maravilha, mas é um bom filme.
Quer saber, assista:
http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/05/Fear.html
Mata-me de Prazer
3.0 249http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/05/KillingMeSoftly.html
Renascido do Inferno
1.4 28 Assista AgoraÉ uma situação estranha apenas afirmar - escrever - em um site de cinema que "não gostei" de um certo filme sem dizer o motivo. Não gostar não afirma nem confirma nada, nem mesmo que não tenha gostado, estranho ainda quando esse filme é para dar susto, para fazer eclodir o que de mais primitivo existe dentro de cada um: o medo.
Esse filme não pode ser considerado não gostado quando o vemos pela ótica da realização artística, pelo caminhar das imagens e pelos caminhos, estreitos e tortuosos, que leva o espectador ao medo do que há por vir, e por essa nova visão, por esse prisma, é um filme bom: dá medo, assusta, angustia!
E o que falar da trilha sonora? Muito boa, faz a gente esperar e saber que alguma coisa de ruim estar a vir, e vem arrebatadoramente ruim e horripilante. Os ângulos, a cor sombria, o respirar,os closes maléficos, os corpos impuros e a imagem que arrepia, que dá medo.
Já escrevi aqui que não gosto do gênero, mas isso não quer dizer - taxativamente - que não gosto do filme. Se não gosto do gênero é simplesmente por odiar "levar sustos" - minha família que o diga - e não suporto sentir medo, alguém se atreve a gostar?
Não se deve colocar tudo em um lugar comum, isso é idiotice. Esse não é um filme ruim e, se não gostei, já falei o motivo.
http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/04/Resurrection.html
Morada do Perigo
2.4 102Já tenho repetido incontáveis vezes não ser meu gênero predileto, nem de longe é apesar de alguns títulos serem muito bons - aqui Alfred Hitchcock, Ingmar Bergman, Billy Wilder - por obra da genialidade de seus diretores e/ou fotógrafos. Mas não posso colocar esse espanhol na relação de grandes realizadores, só que muitos gostam e é por isso, e apenas por isso, que me obrigo assistir antes de colocar em meu blog.
Mas convenhamos, é muito ruim!
http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/04/180Graus.html
Sino da Morte
3.3 57Olhe aqui, esse não é um daqueles filmes arrumadinhos saídos das prateleiras de roliúde apesar da Coréia (do Sul) ser estranhamente a mais americanizada dentre os povos de olhinhos puxados.
E olhe que não é minha seara esse gênero de dar medo principalmente os filmes "paridos" pelas bandas de lá e esse é uma mistura louca de vários gêneros do terror: meio jogos mortais, meio espíritos, meio aqui e acolá. Mas até que deu certo no contexto do filme. É bem feito, tem algumas mortes inusitadas e, reservadas as devidas proporções - se é que exista isso nesse sei lá o que - é um filme, vamos dizer, criativo. com enredo bem desenvolvido fotografado com mãos firmes.
E, que me perdoem as daqui, as coreanas são lindas. Sim, um último lembrete: o filme continua pouco depois dos créditos.
Se ainda não assistiu aproveite...
http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/04/Charade.html
Vertigem
2.7 195Hoje, passado tanto tempo, resolvi encarar esse filme e gostei muito do que vi.
Convenhamos "colegas" que o filme tem grandes momentos de suspense, algumas cenas são claustrofóbicas e se você estiver esparramado no sofá vai se ajeitar e não perder um segundo desse thriller alucinante.
A trama é aquele feijão com arroz de sempre...
“Um grupo de amigos em férias decide se aventurar em uma trilha no alto das montanhas que está fechada. No meio da escalada, eles descobrem que a subida é mais perigosa do que o previsto, principalmente porque logo percebem que não estão sozinhos. A partir desse momento, o que era para ser uma aventura radical se transforma em um terrível pesadelo...”
Porém há um "que" que destoa, o assassino em si é um dos piores da história do cinema, o filme é muito melhor até ele aparecer o que deixa o clima menos “claustrofóbico” e mais “americanizado” digamos assim. Mas deixemos de lado essa borrada, o assassino estragou o suspense, não o filme.
Nos primeiros 40 minutos é puro suspense e as cenas de escalada são de arrepiar para quem tem medo ou qualquer tipo de problema com altura e se você não tem vai sentir um pouco da “vertigem” que o filme tenta passar.
E o que dizer de quando os alpinistas tem de atravessar uma ponte de madeira que está só o cacareco? Os passos curtos dos personagem atravessando, um a um, numa cena longa em que o diretor Abel Ferry aproveita bem os takes que privilegiam a alta tensão e o temor na expressão dos alpinistas.
Está bom, está bom! Depois que assassino surge, começam as banalidades comuns do gênero, mas não vou dar mais detalhes para não estragar a surpresa.
E deixemos de ser tacanhos, o filme é muito bom e caso você ainda não tenha assistido e queira assistir, sugiro que sente confortavelmente, apague as luzes (não faça pipoca, pois não haverá tempo para ela e há o perigo de entornar a bacia - se é que você use isso - nos momentos de susto) e clique aí em baixo:
http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/10/TheEast.html
Jogo de Palavras
2.9 13 Assista AgoraNão li o livro e nunca havia ouvido algo sobre esse filme estranhamente e eletrizantemente gostoso, dá arrepios somente lembrar e não há como não afirmar ser um filme com uma história interessante repleto de imagens fortes bem urdidas estranhamente límpidas no ambiente seco e escuro que nos faz sentir o medo pavoroso em estar ali. Essa menina espanhola (Laura Mañá), que a Catalhuna viu nascer em 12 de Janeiro de 1968 de beleza típica das mulheres de seu país, conseguiu me fazer tremer e temer minha falta de coragem em ter que resistir às imagens bem trabalhadas, aos cortes precisos em precisos e preciosos momentos onde já não havia mais nervos – e nem coragem – para continuar resistindo ao bombardeio de adrenalina inundando minhas veias ao som terrificante de um jogo macabro. As idas e vindas aqui e acolá permitem um adocicar nesses oitenta e sete minutos do sofrer sôfrego do eu vítima incapaz de piscar afogado, vez por outra, na falta de fôlego pela respiração dolorosamente interrompida como se mergulhado em um mar aberto e insano longe de todo, e de todos, na minha busca interna de uma, uma qualquer, tábua de salvação: a palavra que falta!
Não são dignas as notas estrelas que pontuamos essa maravilha, mas se você quiser também mergulhar nesse filme de dar arrepios clique aí em baixo...
http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/03/Northwest.html
Com as Horas Contadas
3.7 8 Assista AgoraUltimamente tenho preferido, e me deparado, com o que de melhor foi feito na sétima arte como esse clássico do “film noir” protagonizado por Edmond O’Brien, com música de Dimitri Tiomkin e realizado por Rudolph Maté, um diretor de fotografia que se tornou realizador, numa de suas melhores obras.
O filme possui amplas cenas nas ruas de São Francisco e Los Angeles. O clima tenso intensifica-se a cada descoberta do protagonista, além da ansiedade constante pelo tempo de vida que se esvai. Cenas noturnas e diurnas também estão presentes, não diminuindo o suspense da trama, e a violência é outro elemento frequente, demonstrando que Bigelow está cada vez mais perto em descobrir os fatos.
Todos os acontecimentos são descritos em flashback, pois Frank inicia em um departamento de polícia onde descreve seu assassinato. Atenção desde a aparição dos letreiros junto a sequência onde Frank Bigelow segue pelos corredores até a sala do oficial que o ouvirá até o momento fatal. A tensão apresenta-se desde então.
Vale lembrar que entre os arquétipos presentes no Noir (o perseguido, a femme fatale e o que procura a verdade), Bigelow representa o terceiro arquétipo, pois em momento algum busca ajuda mas aproveita o tempo que lhe resta para descobrir a verdade. Ele é o homem comum que desenganado dos médicos, não volta correndo para os braços da noiva Paula que o espera na Califórnia ou decide aproveitar seus últimos momentos em algo desejável. Ele busca freneticamente cada detalhe e o que o levou a um destino fatal. Para quem quer saber o que significa a sigla D.O.A.(Dead on arrival), o título original do filme, trata-se de um termo médico aplicado às pessoas que chegam ao hospital já falecidas, mas neste caso pode ser interpretado também como um carimbo sobre o dossiê de um caso que fora encerrado devido a morte da testemunha. Seria algo como "morto ao chegar", e ao que parece o crime será arquivado como se não houvesse mais nada a ser investigado.
Assim como o julgamento do "mensalão" ou outros tantos casos que não interessa à justiça. Dane-se o processo. Arquiva-se!
Quer assistir?
● http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/01/Forgotten.html
Dentro da Casa
4.1 554 Assista AgoraFinalmente me debrucei sob esse filme que, ao assistir pela primeira vez (legendado, é claro, odiei a versão dublada) achei enfadonho e indaguei (a mim mesmo, pois a solidão de eu só ainda não me permitiu criar uma personagem com quem dialogue): Poderia uma obra de ficção fazer alguém perder o senso da realidade? Até que ponto a arte destitui o artista de sua vida, apropriando-se dela? Dentro da Casa tenta responder essas questões por meio da história de um jovem com potencial para literatura, cuja vontade de escrever ultrapassa conceitos éticos e morais.
No longa de François Ozon, Claude (Ernst Umhauer) precisa fazer uma redação por semana como exercício proposto por seu professor de literatura, Germain (Fabrice Luchini). O aluno começa a retratar a vida do colega de classe, Rapha, de maneira muito íntima, revelando pormenores de seu cotidiano com o pai (que também chama-se Rapha) e com a mãe Esther (Emmanuelle Seigner). Em termos literários, constrói uma obra. Em termos éticos, começa a destruir uma família.
Esse é o grande dilema do filme e do professor Germain: o certo seria dar asas à imaginação de um adolescente com grande potencial, mesmo pressentindo consequências nefastas, ou restringir suas atitudes?
Na medida em que aprende literatura, Claude começa a escrever sua “ficção” com primor e o longa ganha descrições poéticas sob seu ponto de vista. E com o estímulo de criar “personagens” mais convincentes, deixa todos em dúvida sobre a realidade das situações narradas. Apesar de não ser completamente original, o roteiro bem desenvolvido prende a atenção até o desenlace. O filme funciona bem com tomadas simples e diretas, prezando mais pelas palavras do que pela forma.
O primeiro e dramático desfecho escrito para Rapha Jr. e a reação do professor mostram o nível de influência da ficção sob o leitor ou espectador em uma das melhores sequências do filme. Consequências reais começam a ficar em segundo plano em prol de uma boa história. Aqui surge outra questão, dessa vez sobre a arte: Ela deveria ter limites? Quem os define?
Nessa trama, o jovem protagonista tem destaque absoluto. É bem provável que daqui a alguns anos muitos assistam Dentro da Casa para ver o início da carreira de Ernst Umhauer. Além disso, os personagens coadjuvantes são pertinentes e tem profundidade nas mãos de um ótimo elenco. As cenas da desanimada Esther em seu vazio de classe média e a interação com o amigo adolescente do filho criam grandes momentos da narrativa.
O desfecho deixa a sensação de que Claude poderia muito bem ser uma metáfora, a idealização do futuro bem-sucedido na perspectiva de um professor frustrado. Vários filmes já usaram a metalinguagem para expressar o dilema entre real e ilusão na era da imagem, das verdades editadas. O Show de Truman e o recente Holy Motors são exemplos. Dentro da Casa entra discretamente para essa lista criando uma infinidade de perguntas do melhor tipo - aquelas que pairam no ar por tempos, até o próprio espectador encontrar (ou não) alguma resposta.
E quer saber de uma coisa? Não é tão enfadonho quando se assiste querendo assistir e é por isso que coloquei em meu blog nas duas versões - legendado e dublado, mas se alguém decidir assistir lá, aconselho esquecer a dublada!
http://cinerialto.blogspot.com.br/2013/03/DansLaMaison.html
Aurora
4.4 205 Assista AgoraPelamordedeus, tenho que escrever...
Um dos mais emblemáticos filmes da era do cinema mudo, Aurora é, mais que um tocante filme com uma história de amor, um filme que discute mudanças sociais. Ainda que seja do início do século passado, debate questões que estão muito presentes no mundo atual, como a do êxodo rural e a sociedade de consumo – afinal, recentemente a população urbana, pela primeira vez na humanidade, ultrapassou em quantidade a população rural. Lançado em 1927 e dirigido pelo alemão F. W. Murnau, esta produção norte-americana é peculiar em diversos aspectos. Primeiro, por ser um filme que contém elementos da estética do cinema expressionista alemão, malgrado seja baseado em uma história de amor melodramática. Foi bastante significativo para a o cinema na época (apesar da baixa bilheteria), sendo considerado também o primeiro filme do Oscar - ainda que não tenha levado o principal prêmio, é a obra mais lembrada da primeira cerimônia da festa mais midiática do cinema.
Entretanto, a grande contribuição de Aurora deve-se a sua narrativa simbólica, a sua mensagem que era um prenúncio das mudanças iminentes na sociedade do séc. XX. O ponto de partida da trama tem início quando um casal do campo tem a vida abalada pela chegada de uma estranha da cidade, que passa a ser amante do homem campestre, formando um triângulo amoroso. Até aí, nada excepcional. Porém, é certo que, entendido como uma obra de arte, um filme jamais será meramente uma narrativa literal, mas sim um discurso simbólico que lida com valores e concepções de mundo. Esteticamente, Aurora revolucionou o cinema americano, até então predominantemente um cinema de câmera estática e plano fixo. Logo nas sequencias iniciais, a câmera passeia em tomadas sem cortes pelo ambiente rural em pleno luar, uma movimentação de câmera primorosa que fez escola e maravilhou os cineastas da época. Os contrastes de claro e escuro, não somente a grande característica visual do filme, também uma herança do cinema alemão da década de 20, atribuem um significado à dualidade entre campo e cidade, mas também a consciência cindida de um homem diante de tentações.
Aqui um tom melancólico de despedida de uma época que marca Aurora. A revolução industrial, a velocidade dos trens, o automatismo das máquinas, o estabelecimento do capitalismo e o consumo crescente são postos no filme como agentes transformadores, elementos que agem no sentido de romper, em um caminho sem volta, valores como honestidade, integridade e fidelidade. A mulher urbana, bem caracterizada com cabelos negros e curtos, parece interessada em dinheiro sem enxergar obstáculos que não possam ser superados pela quebra da moral – nem que para tanto seja necessário trair e matar.
E, se nos aprofundarmos um pouco mais vislumbra-se um fenômeno de intertextualidade com o livro de Gênesis, presente na Bíblia. A transgressão, o pecado e a quebra de conduta (no livro) são propostas pela mulher, que, em Aurora, da mesma forma, parte da personagem da mulher urbana que, sorrateiramente, propõe o assassinato da esposa ao homem do campo. Inegavelmente, há um tom religioso forte em Aurora. Em momento de arrependimento, ouvem-se os sinos badalando na Igreja (Aurora já contava com efeitos sonoros). Do mesmo modo, sua esposa suplica pela vida fazendo o gesto da oração com suas mãos. Assim como personagens bíblicos, o camponês interiorano parte em uma jornada de provação e redenção, na busca por absolvição dos pecados ao longo do filme.
Não por acaso, o momento onde o homem cai em si, resgata seus valores originais (antes da intervenção do simbolismo da cidade), é justamente dentro da Igreja, ao presenciar um juramento de casamento. Ao ouvir badalar dos sinos ao longo de todo o filme, é possível sentir uma espécie de presença metafísica pontuando todo o longa. O próprio afogamento da esposa, a tormenta na volta, o arrependimento, tudo isso parece surgir como um castigo dos céus, uma força natural punitiva, justamente como em uma provação de personagem bíblico.
Se doze anos antes, D. W. Griffith, pai da linguagem cinematográfica, trazia para o cinema mudo uma produção que abordava a guerra de secessão, como fez em O Nascimento de uma Nação, aqui, num campo muito mais sutil e simbólico, o entrave permanece. Com o final feliz, aparentemente há um triunfo da vida serena, do trabalho honesto, a vitória do amor sobre as tentações. No entanto, é possível que o final feliz tenha sido construído mais no intuito de agradar o massivo público feminino da época, uma realização do gosto burguês pelo equilíbrio e harmonia do lar do que uma constatação premonitória dos rumos dos novos tempos.
Hoje é mais que evidente que o ambiente urbano e seus valores, sua lógica do espetáculo e do conforto triunfaram sobre o ambiente rural, haja visto o êxodo rural, o inchaço da população urbana e a galopante massificação do consumo. Depois de 1927 o cinema passou a ter som, houve a quebra da bolsa, a Segunda Guerra Mundial, as transformações sociais dos anos 60, e muito da ingenuidade, dos valores morais e da relação do homem com a religião mudou. E não há dúvidas de que Aurora era um cinema à frente de seu tempo.
http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/12/753-e12.html
Os Amantes Crucificados
4.4 14Se existe um único filme que traduza em imagens o milagre de uma declaração e expresse um súbito desejo de viver dos seus personagens, este é Chikamatsu monogatari: todo ele é muito bom, mas da cena do barco em diante se torna uma jornada inesquecivel.
http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/12/628-b.html
Karla: Paixão Assassina
3.2 114● O filme foi originalmente intitulado Deadly (literalmente traduzido como Mortal), porém os cineastas anunciaram que o título seria alterado, em uma aparente tentativa de maior sensibilidade.
● O roteiro é totalmente baseado nas transcrições da corte, entrevistas e vídeos dos ataques, filmados pelos próprios Homolka e Bernardo.
● O longa foi totalmente filmado nos Estados Unidos, com um elenco e equipe estadunidense, pois ninguém da indústria canadense queria estar envolvido com este projeto devido o clamor do público.
● Exceto por Tammy Homolka, os nomes das vítimas foram alterados devido as poucas idades das adolescentes, embora as circunstâncias de suas mortes continuem a mesma.
● Bastante fiel à história real, o filme é narrado no ponto de vista de Karla, e com perplexidade o público vê os fatos acontecerem sem nenhum remorso de Paul, um estuprador psicopata que pode se passar facilmente por um rapaz muito adorável.
● O filme causou polêmica e furor no Canadá, onde as famílias de Kristen French e Leslie Mahaffy, as vitimas de Homolka e Bernado, alegaram que o filme exploraria a memória das adolescentes . Os membros das famílias das vitímas, iniciaram uma campanha para a censura do filme e, vários patrocinadores do festival, também ameaçaram eliminar o patrocínio caso o filme fosse exibido.
● Os políticos da Assembleia Legislativa de Ontário, incluindo o procurador-geral Michael Bryant, pediram o boicote do filme e, a cadeia de teatro canadense, a Cineplex Odeon, afirmou que exibiria o filme somente em seus principais mercados urbanos, Toronto, Montreal e Ottawa
● O filme foi planejado para estrear em 2005 no Festival de Montreal, mas Serge Losique, fundador e presidente do festival, anunciou que Karla seria retirado do festival, reconhecendo publicamente que ele estava fazendo isso apenas como resultado direto da pressão de um de seus principais patrocinadores, a Air Canada.
● Em março de 2005, O advogado Tim Danson, que representava as famílias France e Mahaffy, juntamente com as fmaílias das vitímas, assistiram o filme em uma exibição privada. Em outubro de 2005, ele anunciou que as famílias não se oporiam à liberação do filme no Canadá. Com um comunicado à imprensa, o festival defendeu sua decisão de ainda exibir o filme, alegando que muitos criminosos famosos já foram mostrados no cinema, desde Adolf Hitler até o Estrangulador de Boston.
(Fonte: Wikipédia)
http://cinerialto.blogspot.com.br/2012/12/590-b.html
Os Sobreviventes
2.6 4http://cinerialto.blogspot.com.br/2014/01/2420.html
Adolescentes em Fúria
1.8 102Me responda: Será que alguém consegue, de livre vontade, assistir esse LIXO até o fim? Eu não consegui resistir nem a um quinto... Esqueça!
O Ataque das Formigas Gigantes
2.8 87 Assista AgoraPutz! Vai ser ruim assim na terra das formigas nanicas!!!
Halloween: A Noite do Terror
3.7 1,2K Assista AgoraAlguns mistérios são difíceis de decifrar. Não, não se trata do mistério envolto na história de Halloween - A Noite do Terror (Halloween, 1978), filme de terror dirigido por John Carpenter. Afinal, por que esse filme ganhou reconhecimento e chegou ao status de um dos clássicos do gênero? Nem a comum explicação para acobertar possíveis falhas do filme consegue desviar os incontáveis defeitos que ele possui. Normalmente, dizer que o filme é antigo e que a época de sua produção era diferente e os recursos eram bem mais escassos, soa fácil para justificar possíveis deslizes. Ora, 1978 é logo ali, dá pra citar obras realmente emblemáticas do cinema que foram feitas em momentos bem mais difíceis.
Uma das possíveis – e raras – justificativas para entender a fama que ele ainda carrega, é comparar a sua produção no gênero do horror com os demais exemplares do gênero produzidos até então. Mas, aí, entendendo que esse argumento realmente justificaria o seu sucesso, seria automaticamente reconhecer que seus antecessores são de qualidade altamente duvidosa.
É, até certo ponto – apenas –, complicado analisar um filme deste nível quando se já assistiu muitas das suas excelentes obras sucessoras. Facilmente, quem hoje assiste a Halloween, acaba por julgá-lo com uma quantidade de clichês que talvez ainda não tenha se visto. Porém, o filme é datado do ano de 78, e essa história do clichê dificilmente irá fazer sentido.
Como os defeitos são muitos, prefiro citar, de imediato, uma qualidade importante: a trilha sonora – embora clássica e, por isso, até certo ponto, fácil de agradar – marca as principais e repetidas cenas de suspense/terror que o filme desenvolve; ainda que fique uma dúvida no ar se essa trilha é realmente boa ou se o seu mérito mais se deve ao fato de ser inconfundível, é possível, mesmo assim, classificá-la como interessante, mesmo que a dúvida ainda persista.
Contudo, é triste e curioso perceber, que não é de grande facilidade compreender se os recorrentes tons trash são propositais ou não. As péssimas escolhas para definir o fim dos personagens nos momentos mais importantes do filme, deixam a entender que essas cenas gore, de um trash mal conduzido, foram de péssima direção. O pior, claro, é perceber que se trata de um terror que era para ser levado a sério e, no fim, se mostrou trash; não um trash que simplesmente queria ser trash.
Como se não bastasse o principal elemento negativo de uma obra de horror, Carpenter ainda é infeliz ao não sustentar boas justificativas aos atos de seu antagonista. Não explica de onde veio, o que quer, ou a razão de suas atitudes. É um serial killer que se aproveitou do espírito da tradição do halloween para voltar a sua cidade e aterrorizá-la; é uma desculpa muito questionável para se satisfazer como razão aos problemas. Dessa forma, o diretor pauta-se unicamente a apresentar seu vilão em cenas clássicas de aparecimento. Depois de três oportunidades que o antagonista aparece, todas as próximas cenas perdem a graça, é facílimo perceber onde e em que momento ele irá aparecer, ajudado, ainda, por enquadramentos que só faltam apontar para a posição que irá ocupar em cena. Broxante.
Talvez seja necessário conhecer algumas curiosidades para tentar entender o porque de tanto sucesso:
Curiosidades e Informações extras:
● Como não havia um grande orçamento para rodar Halloween - A Noite do Terror, a máscara escolhida para ser a utilizada pelo psicopata Michael Myers foi a mais barata encontrada numa loja próxima ao local de filmagens, que era exatamente a utilizada por William Shatner no filme The Devil's Rain. Entretanto, a máscara sofreu algumas mudanças, tendo sido pintada de branco, com os cabelos retirados e o contorno dos olhos sofrendo modificações.
● Os atores usaram suas próprias roupas durante as filmagens de Halloween - A Noite do Terror, já que o orçamento do filme não permitia que fosse contratado um figurinista e fossem compradas roupas específicas para os personagens.
● A atriz Jamie Lee Curtis apenas foi escalada para Halloween - A Noite do Terror por causa da publicidade em torno de seu nome, já que ela é filha de Janet Leigh, que atuou em Psicose.
● Halloween - A Noite do Terror é o primeiro de uma série de 10 filmes baseados no personagem Michael Myers. Os demais foram: Halloween 2 (1981), Halloween 3 - A Noite das Bruxas (1983), Halloween 4 - O Dia das Bruxas (1988), Halloween 5 - A Vingança de Michael Myers (1989), Halloween 6 - A Última Vingança (1995), Halloween H20 - 20 Anos Depois (1998), Halloween - Ressurreição (2002), Halloween - O Início (2007) e Halloween II (2009). Esta história também foi refilmada com o título Halloween - O Início (2007).
● Logo no início do filme aparece uma cena em que as crianças assistem na TV à exibição do filme The Thing From Another World, de 1951, que posteriormente o próprio diretor John Carpenter refilmaria como O Enigma de Outro Mundo (1982).
● O nome do personagem de Donald Pleasence em Halloween - A Noite do Terror foi uma homenagem ao filme Psicose, que tem um personagem de mesmo nome. Já a personagem Laurie Strode recebeu este nome por ser na realidade o nome da primeira namorada do diretor John Carpenter, de acordo com a produtora e roteirista Debra Will.
● Halloween - A Noite do Terror foi rodado em 21 dias, durante a primavera de 1978.
Pode até ser um clássico, mas não gosto de ter que não gostar. Mas (sempre um mas a mais) não posso negar os números astronômicos das bilheterias mundo afora e esse montão de continuações a partir daquele chute no escuro de 1978.
Quer saber? Se já assistiu que fique com suas impressões e, se ainda não, sugiro que dê uma espiada em meu blog (Cine Rialto) e tire suas conclusões.