Como sempre, Arnold Schwarzenegger tem o arcabouço de falas bem reduzido, o que não faz tanta diferença para seu personagem. O problema é que fica a cargo do mesmo fazer algumas tentativas de ser o alívio cômico do longa-metragem. Infelizmente, nem mesmo o sorriso e os chistes simples do modelo T-800 parecem ser capazes de salvar o longa de ser taxado como um filme indigesto. Mesmo que as cenas de ação sejam bem conduzidas por Alan Taylor, há algo que incomoda e torna cansativo as cerca de duas horas de filme: a argumentação do longa.
Por ser um longa que se apresenta como uma continuação direta do primeiro filme, já era de se esperar que as referências a obra de Spielberg aparecessem ao decorrer da trama. Desde os temas clássicos de John Williams, as imagens e logomarcas espalhadas, até a condução de determinadas sequências, há um reavivar do longa de 1993. De fato, essas referências diretas carregam consigo uma gostosa sensação de nostalgia. É como assisti-lo pela primeira vez. Porém, nem só do passado pode viver um longa-metragem e as extensas repetições se tornam cansativas, como se o filme vivesse as sombras de seu clássico antecessor.
Miller deu algumas manotas na hora de fazer esse reboot da série. Na trilogia original, o Guerreiro da estrada é apresentado de uma forma muito mias protagonista do que nessa nova versão, e muito do personagem só pode ser entendido por quem conhece a história. Como assim vamos reescrever uma história e não vamos, na mesma, apresentar o personagem sem a necessidade de uma leitura “extra-campo”?
O que quero dizer é que não vejo ainda de uma boa forma todos esses reboots de grandiosas obras (principalmente dos anos 70 e 80) para o cinema de hoje e esperar a agregação do novo e antigo público. Se a pretensão é mostrar uma nova forma de contar uma mesma história, se prender a ganchos da anterior é um fiasco. Em Mad Max Fury Road, o que se tem em primeiro plano é sempre a personagem de Charlize Theron e o seu conflito a ser envolvido, Max é apenas um fugitivo que foi pego de surpresa no meio de uma guerra que não era sua e resolveu ajudar.
Mas não se engane, fora o enredo, o filme é visualmente atraente, com belas temperaturas de correr e muita ação.
Na primeira parte do filme, toda aparição da personagem é carregada de significação de poder e ganancia, essas características, aqui confesso, são retratadas de formas não óbvias sutis , como o figurino, a disposição de sua mesa perante os outros funcionários – Sua fala, postura e a forma de tratar os projetistas em destaque da empresa Deon e Vincent (Hugh Jackman).
Bem, os detalhes dessa construção que é feita tanto na disposição dos atores perante a câmera, como o figurino e cenário vou deixar para vocês verem o filme, que já vi que liguei o modo prolixo.
O novo filme de Paul Thomas Anderson (Boogie Nights, Magnolia), tem Joaquim Phoenix no papel principal e cartilha de atores pouco requisitados no cinema norte americano, tirando alguns, como por exemplo Owen Wilson. Como Magnolia, o filme segue a linha de vários histórias entrelaçadas que se juntam à trama do filme, e é preciso se manter atento à história para que o espectador não se perca durante a apresentação delas. Todas as pequenas histórias fazem parte da trama central, sendo esta uma premissa muito simples: a ex namorada de Doc (Phoenix) planeja um golpe contra o atual (e rico) marido juntamente com sua ex esposa e o amante dessa ex esposa. Ela então busca a ajuda de Doc, um detetive particular hippie que cumpre todos os estereótipos da época. Uma coisa legal no filme de Paul Thomas Anderson é que, apesar de seguir esses estereótipos de época, jamais o personagem se torna caricato; muito pelo contrário. O personagem é redondo e por vezes você questiona se ele é o bonzinho, o louco, o hippie maconheiro, etc.
É claro que Hollywood não ia se abster de engrandecer a história, que na Bíblia é contada de forma simples e bastante ingênua. Não houveram promessas de fidelidade literária, o espetacular predominou do início ao final, com cenas que facilmente poderiam ser confundidas com as batalhas épicas de O Senhor dos Anéis. Há gigantes de pedra que realizaram cenas dignas de “Transformers”, mas também há um interessante drama familiar produnfamente (bem) explorado, com Jennifer Connelly fazendo o papel da esposa sofrida de Noé, e com o popular Logan Lerman interpretando Cam, o filho do meio que foi proibido de levar uma esposa para a arca, entrando em embate com o pai.
Bem, para começar, algo que gostei bastante no filme e que não foi tão explorado em Os Vingadores foi o começo, onde demonstram Steve Rogers ainda tentando se acostumar a esse mundo novo após ficar tanto tempo congelado. Não somente temos uma maior aproximação com o Capitão América, como também nos é mostrado mais sobre Nick Fury e Natasha Romanoff, a Viúva Negra. Para completar, temos o personagem novo: Sam Wilson, o Falcão, que também não é deixado de lado durante a trama. Ou seja, nesse filme todos os personagens tem o seu destaque e, se não gostava de algum deles antes, é muito provável que vá gostar agora. Diferente de muitos filmes de ação ou até mesmo de super-herói (*coff coff* Thor *coff coff*), os personagens de suporte, aqueles que ajudam o herói principal, não são completamente inúteis aqui, e em diversos momentos todos eles ajudam, e muito, o Capitão América. O único personagem que ficou um tanto quanto esquecido foi o próprio Soldado Invernal, já que mal o vemos (e também quase não o desenvolvem) mesmo que o nome dele esteja até no título do filme.
Muita gente considera Pulp Fiction, o filme seguinte do cineasta, como a obra-prima de Tarantino. Outros sugerem que o diretor se reinventou em Kill Bill, alguns anos após o subestimado Jackie Brown. Obviamente, dentro uma filmografia tão linear, é difícil para qualquer fã do diretor definir qual seria seu melhor trabalho. Mas é inegável que Cães de Aluguel é um belo exercício de estilo para um diretor de primeira viagem. Talvez o que mais torne Cães de Aluguel original seja a naturalidade com que Tarantino injeta as características que definiriam sua obras posteriormente, tornando-o um filme descompromissado, mas nem por isso de qualidade duvidosa. Com sutileza e talento, Tarantino apresenta ao público todo seu estilo, revelando um cineasta competente e passível de admiração logo à primeira exibição.
Num geral, não mudou muita coisa do primeiro filme para esse, com exceção dos personagens e do cenário. Nem mesmo a história chega a avançar, como já disse antes, já que a grande batalha contra Xerxes acontecerá apenas na próxima continuação, que com certeza está por vir a qualquer momento. No fim das contas, o filme ainda é capaz de lhe entreter, e se você gostou do primeiro, provavelmente vai se divertir com esse também.
Apesar de ser um tema que já encontramos no cinema em outros filmes – inclusive em Django Livre, do ano passado – este novo longa de McQueen traz consigo uma sensibilidade e uma abordagem bem diferente do filme de Tarantino. Em 12 anos de escravidão temos, além do tema “escravo-branco” e sua relação de opressão – que apesar de já existir no cinema se faz uma importante discussão, visto que em pleno 2014 ainda temos milhares de atos de preconceito contra negros – toda uma construção psicológica dos personagens, o que nos deixa não só mais próximos deles, como também torna o filme muito mais interessante. Isso sem contar que, o tempo inteiro, as cenas de agressão contra os negros é contraposta com a beleza dos campos de algodão, o que traz um justaposição feita pela equipe de montagem muito interessante.
Honoré adapta o romance de La Fayette para os dias atuais, em um mundo contemporâneo onde não há muitos interditos. Tema frequente na obra de Honoré, aqui as paixões da juventude são vividas de forma muito mais intensa do que em seus filmes anteriores – ainda que idealizadas. O deslumbre do professor quando enxerga Junie pela primeira vez – em uma cena quase operística – é uma ode à paixão romântica. No entanto, enquanto diversas histórias são desenvolvidas por outros personagens, é Junie a personagem mais racional do longa: o amor não é algo eterno. Esse distanciamento do amor (e do relacionamento) é acentuado pela atuação quase inexpressiva de Léa Seydoux, distante o suficiente para despertar o interesse e a curiosidade de qualquer homem que a observe.
A proposta do filme é uma sátira enorme a intromissão dos EUA em todos os assuntos de ordem mundial, e aqui tiro meu chapéu para os rapazes, apesar dos pesares, é realmente algo a se considerar, que dentro de uma comédia com a repercussão mundial que vem tendo, ainda acharem pequenas brechas para zoar com a própria casa, começando pelo personagem de James franco, uma sincope do “jornalismo predatório” de programas de fofocas e seus paparazzi.
O futuro retratado no filme, é bem plausível, nada de carros ou CIDADES flutuantes. Bem coeso para a realidade que vivemos agora. Sim, o filme de 87 era uma paródia a situação que aquela década precisa apresentava. Muita corrupção, violência gratuita, necessidade de mais força do estado para com a população... Aqui, além desses mesmos termos ainda presentes no nosso tempo, temos um fator novo, o controle da mídia sobre o que é mostrado para o espectador.
eu não sou exatamente um ávido recebedor do tipo de proposta que tanto o filme de 1987, tanto o filme de 2014 trazem, por isso acho que devo deixar claro que a minha opinião é formada em cima de tentativas de imparcialidade. É um filme que cumpre a sua proposta, e remonta uma estrutura que já fez sucesso em sua década de origem, para fazer sucesso quase trinta anos depois.
Nebraska não é um filme que eu consideraria “Obrigatório” (mesmo por que, quem sou eu pra chegar a tamanha pretensão?) mas um dos mais belos e bem construídos filmes dos últimos anos. Que é claro, permanecerá em uma categoria injusta, as dos filmes “cult”. Produções com forte apelo critico e psicológico, de cunho artístico e socioeconômico, que por não conter demasiada carga ilusória e recreativa como caríssimas produções de Hollywood que são facilmente tragadas pelo senso comum.
apesar de ser uma história baseada em fatos reais, a imaginação e colhimento de relatos de pessoas próximas a Oscar Grant, proporcionaram um roteiro bem montado, que deixam o filme tão bem estruturado, que em pequenos momentos nos esquecemos que é real a história.
O filme aborda muitas temáticas que ainda estamos enfrentando (não somente nos estados unidos) pela falta de instrutura e participação do governo, como a segregação étnica e racial, a brutalidade da policia... São temas muito delicados que valem uma interpretação maior, além dessa que o Critica Rasa costuma fazer mas alguns pontos são fáceis de ser levantados aqui, pequenas falhas, como deixar sempre claro, através da filha de Oscar, que o fi, do pai estava iminente, com pequenas despedidas quase imperceptíveis. Como se já não bastasse o vídeo real da noite do acontecido abrindo o filme (diga-se de passagem, GENIAL para prender a atenção logo no primeiro ato)
Mesmo se tratando de uma história real sendo recontada, muito do talento dos atores e da equipe que auxilia a direção conta em uma produção como essa. A forma como um roteiro é adaptado ou mesmo a escolha das locações, são tão importantes para o desenvolvimento, e é tão desconsiderados em algumas produções, que quando a equipe consegue fazer isso, sem mesmo mostrar aparente esforço, esquecemos que é apenas obrigação de uma boa obra(...) Stephen Frears (Direção) e Steve Coogan (Roteiro) fizeram uma mise-en-scéne invejável ao apresentar os personagens na ordem em que foram apresentados. Vemos primeiro Martin Sixmith decaindo em sua carreira por conta de um comentário pessoal, se vendo obrigado a escrever "Interesse humano", quando a história de Philomena é apresentada, ele vê a oportunidade de se manter no mercado.
Pois bem, é um filme demasiadamente grande, para se contar do caso real que aconteceu com o Capitão Phillips, mas não é somente disso que o filme fala, é claro. Algumas passagens bem sagazes, sobre a ironia que é, os Somalianos saqueando um navio que supostamente estaria levando alimentos para a própria Somália. Como são feitas as negociações totalmente preocupadas com a imagem dos governos, e como a vida que os próprios piratas levam, não os deixam ter nenhuma outra opção cabível como escolha, a não ser o caminho que escolheram. Tom Hanks está sim, muito bem no papel, mas deixa rolar duas exaustivas horas de filmes para ter A cena, que provavelmente será a que o levará a concorrer ao Oscar.
Excetuando uma ou outra cena, o remake de 2013 é bem fiel à obra de 1976. Tem lá suas novas incursões (nessa versão, por exemplo, a diretora Kimberly Peirce opta por iniciar o filme com o nascimento perturbador de Carrie), mas no geral o filme segue a mesma linha narrativa da versão original. Ainda assim, a nova versão é, infinitamente, inferior à obra de Brian de Palma. O principal erro de Kimberly – que dirigiu Meninos Não Choram – foi o uso demasiado de efeitos especiais. A tentativa foi dar ênfase aos poderes telecinéticos de Carrie, obviamente; mas o exagero fica evidente e tornam algumas cenas bizarras ou desnecessárias. A sequencia em que Carrie
é um momento de profundo desgosto no filme – confesso que ri em diversos momentos tamanha a bizarrice das situações. Brian, na versão original, demonstra os poderes de Carrie de maneira sutil e equilibrada. Isso contribui para que a primeira versão soe muito mais como assustadora do que a atual.
Embora a produção tenha elementos interessantes, como a fotografia bem elaborada, além da trilha sonora densa e impactante, produzida por Howard Shore, a projeção não se sustenta durante suas quase três longas horas. Essa sensação de insatisfação em relação à longa duração do filme pode ser explicada por meio da falta de foco da trama nos objetivos principais dos personagens, principalmente a partir da hora em que os anões chegam a cidade dos elfos. Ali, naquele momento, uma série de enrolações desnecessárias é lançada sobre o espectador. Isto é, plots secundários são inseridos, então, numa tentativa de colocar maior carga dramática ao filme. Isso, no entanto, não é feito de maneira sensata, visto que Peter Jackson ousou encaixar, até mesmo, um romance entre uma elfa e um anão.
Tim não é um jovem bobão virgem qualquer. Ele extrapola o que é esperado de significância de personagens como ele em filmes assim. É um jovem introvertido, que não sabe se espessar em publico, que tem um apego a família enorme e que deseja desesperadamente arranjar uma namorada. Aqui, eu pude ver uma inversão de papeis divertidíssima, em somente um personagem. Tim está aqui fazendo a representação da busca do amor, que geralmente é pertencente a uma visão pequena, de que, geralmente, só mulheres simples com uma pitada de futilidade possuem em comédias românticas. Não obstante, é um personagem muito bem montado, que extrapola essa busca por um amor que o levaria a se casar, ter filhos e constituir uma nova família, mas um amor maior que o próprio personagem, englobando outros núcleos do filme, como o amor aos seus próximos, seus amigos que são feitos no decorrer do filme e a própria vida.
Enfim, depois de um bom tempo dedicado ao filme que estava esperando há bons anos, me deparo com essa adaptação que ao mesmo tempo que me agradou muito, confesso que me decepcionou bastante também. Não pelas escolhas de mudança no argumento original para esse roteiro, mas também para a caracterização dos personagens que no livro nos remetem coisas completamente diferentes.(...)O filme é sim muito bom, mas devido a uma série de pequenos pecados cometidos no elenco e na escolha de takes e ambientação, o filme não chegou nem perto do que realmente poderia ter chegado nas mãos de alguém com mais afinco. http://cafecomwhisky.com.br/critica-rasa-a-menina-que-roubava-livros/
O que te prende são as atuações das Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux. Essas sim, valem cada minuto preso na poltrona do cinema. Abdellatif Kechiche faz uso em demasia de closes e supercloses para aumentar ainda mais o foco no que está sendo contado. Todos os personagens secundários são deixados apagados e não são bem trabalhados, mas o que seria um trabalho pífio em montagem de quadros e de personagens, se mostra mais uma ferramenta para explicitar ainda mais as duas personagens centrais, o que a meu ver, se mostrou algo pleonástico e completamente desnecessário, sendo que o próprio enredo e roteiros deixam que isso aconteça de uma forma totalmente natural, sem nenhuma necessidade de empurrões ao espectador. http://cafecomwhisky.com.br/azul-e-a-cor-mais-quente/
O filme é maçante e não condiz com o que é apresentado, uma história com um imenso buraco no segundo ato, e com um terceiro ato aberto demais para um final conciliador com tudo que foi passado no decorrer do filme. Enfim, mais um filme mostrando que o Oscar não é nada mais do que um premio de Lobby e não de qualidade de uma obra.
O mundo aqui parece ser totalmente dependente de seus sistemas Operacionais com inteligencia artificial, e suas personalidades únicas são o conforto de pessoas solitárias e desesperadas precisam. É sim uma história de amor apesar das aparências, e incrivelmente bela em sua construção. http://cafecomwhisky.com.br/critica-rasa-23/
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraComo sempre, Arnold Schwarzenegger tem o arcabouço de falas bem reduzido, o que não faz tanta diferença para seu personagem. O problema é que fica a cargo do mesmo fazer algumas tentativas de ser o alívio cômico do longa-metragem. Infelizmente, nem mesmo o sorriso e os chistes simples do modelo T-800 parecem ser capazes de salvar o longa de ser taxado como um filme indigesto. Mesmo que as cenas de ação sejam bem conduzidas por Alan Taylor, há algo que incomoda e torna cansativo as cerca de duas horas de filme: a argumentação do longa.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraPor ser um longa que se apresenta como uma continuação direta do primeiro filme, já era de se esperar que as referências a obra de Spielberg aparecessem ao decorrer da trama. Desde os temas clássicos de John Williams, as imagens e logomarcas espalhadas, até a condução de determinadas sequências, há um reavivar do longa de 1993. De fato, essas referências diretas carregam consigo uma gostosa sensação de nostalgia. É como assisti-lo pela primeira vez. Porém, nem só do passado pode viver um longa-metragem e as extensas repetições se tornam cansativas, como se o filme vivesse as sombras de seu clássico antecessor.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraMiller deu algumas manotas na hora de fazer esse reboot da série. Na trilogia original, o Guerreiro da estrada é apresentado de uma forma muito mias protagonista do que nessa nova versão, e muito do personagem só pode ser entendido por quem conhece a história. Como assim vamos reescrever uma história e não vamos, na mesma, apresentar o personagem sem a necessidade de uma leitura “extra-campo”?
O que quero dizer é que não vejo ainda de uma boa forma todos esses reboots de grandiosas obras (principalmente dos anos 70 e 80) para o cinema de hoje e esperar a agregação do novo e antigo público. Se a pretensão é mostrar uma nova forma de contar uma mesma história, se prender a ganchos da anterior é um fiasco. Em Mad Max Fury Road, o que se tem em primeiro plano é sempre a personagem de Charlize Theron e o seu conflito a ser envolvido, Max é apenas um fugitivo que foi pego de surpresa no meio de uma guerra que não era sua e resolveu ajudar.
Mas não se engane, fora o enredo, o filme é visualmente atraente, com belas temperaturas de correr e muita ação.
http://cafecomwhisky.com.br/category/filmes-2/
Chappie
3.6 1,1K Assista AgoraNa primeira parte do filme, toda aparição da personagem é carregada de significação de poder e ganancia, essas características, aqui confesso, são retratadas de formas não óbvias sutis , como o figurino, a disposição de sua mesa perante os outros funcionários – Sua fala, postura e a forma de tratar os projetistas em destaque da empresa Deon e Vincent (Hugh Jackman).
Bem, os detalhes dessa construção que é feita tanto na disposição dos atores perante a câmera, como o figurino e cenário vou deixar para vocês verem o filme, que já vi que liguei o modo prolixo.
http://cafecomwhisky.com.br/chappie/
Vício Inerente
3.5 554 Assista AgoraO novo filme de Paul Thomas Anderson (Boogie Nights, Magnolia), tem Joaquim Phoenix no papel principal e cartilha de atores pouco requisitados no cinema norte americano, tirando alguns, como por exemplo Owen Wilson. Como Magnolia, o filme segue a linha de vários histórias entrelaçadas que se juntam à trama do filme, e é preciso se manter atento à história para que o espectador não se perca durante a apresentação delas. Todas as pequenas histórias fazem parte da trama central, sendo esta uma premissa muito simples: a ex namorada de Doc (Phoenix) planeja um golpe contra o atual (e rico) marido juntamente com sua ex esposa e o amante dessa ex esposa. Ela então busca a ajuda de Doc, um detetive particular hippie que cumpre todos os estereótipos da época. Uma coisa legal no filme de Paul Thomas Anderson é que, apesar de seguir esses estereótipos de época, jamais o personagem se torna caricato; muito pelo contrário. O personagem é redondo e por vezes você questiona se ele é o bonzinho, o louco, o hippie maconheiro, etc.
http://cafecomwhisky.com.br/vicio-inerente/
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraÉ claro que Hollywood não ia se abster de engrandecer a história, que na Bíblia é contada de forma simples e bastante ingênua. Não houveram promessas de fidelidade literária, o espetacular predominou do início ao final, com cenas que facilmente poderiam ser confundidas com as batalhas épicas de O Senhor dos Anéis. Há gigantes de pedra que realizaram cenas dignas de “Transformers”, mas também há um interessante drama familiar produnfamente (bem) explorado, com Jennifer Connelly fazendo o papel da esposa sofrida de Noé, e com o popular Logan Lerman interpretando Cam, o filho do meio que foi proibido de levar uma esposa para a arca, entrando em embate com o pai.
http://cafecomwhisky.com.br/noe-noah-darren-aronofsky-2014/
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraBem, para começar, algo que gostei bastante no filme e que não foi tão explorado em Os Vingadores foi o começo, onde demonstram Steve Rogers ainda tentando se acostumar a esse mundo novo após ficar tanto tempo congelado. Não somente temos uma maior aproximação com o Capitão América, como também nos é mostrado mais sobre Nick Fury e Natasha Romanoff, a Viúva Negra. Para completar, temos o personagem novo: Sam Wilson, o Falcão, que também não é deixado de lado durante a trama. Ou seja, nesse filme todos os personagens tem o seu destaque e, se não gostava de algum deles antes, é muito provável que vá gostar agora. Diferente de muitos filmes de ação ou até mesmo de super-herói (*coff coff* Thor *coff coff*), os personagens de suporte, aqueles que ajudam o herói principal, não são completamente inúteis aqui, e em diversos momentos todos eles ajudam, e muito, o Capitão América. O único personagem que ficou um tanto quanto esquecido foi o próprio Soldado Invernal, já que mal o vemos (e também quase não o desenvolvem) mesmo que o nome dele esteja até no título do filme.
http://cafecomwhisky.com.br/soldado-invernal/
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraMuita gente considera Pulp Fiction, o filme seguinte do cineasta, como a obra-prima de Tarantino. Outros sugerem que o diretor se reinventou em Kill Bill, alguns anos após o subestimado Jackie Brown. Obviamente, dentro uma filmografia tão linear, é difícil para qualquer fã do diretor definir qual seria seu melhor trabalho. Mas é inegável que Cães de Aluguel é um belo exercício de estilo para um diretor de primeira viagem. Talvez o que mais torne Cães de Aluguel original seja a naturalidade com que Tarantino injeta as características que definiriam sua obras posteriormente, tornando-o um filme descompromissado, mas nem por isso de qualidade duvidosa. Com sutileza e talento, Tarantino apresenta ao público todo seu estilo, revelando um cineasta competente e passível de admiração logo à primeira exibição.
http://cafecomwhisky.com.br/caes-de-aluguel-1992/
[/spoiler]
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300: A Ascensão do Império
3.2 1,6K Assista AgoraNum geral, não mudou muita coisa do primeiro filme para esse, com exceção dos personagens e do cenário. Nem mesmo a história chega a avançar, como já disse antes, já que a grande batalha contra Xerxes acontecerá apenas na próxima continuação, que com certeza está por vir a qualquer momento. No fim das contas, o filme ainda é capaz de lhe entreter, e se você gostou do primeiro, provavelmente vai se divertir com esse também.
http://cafecomwhisky.com.br/300-ascensao-imperio/
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KApesar de ser um tema que já encontramos no cinema em outros filmes – inclusive em Django Livre, do ano passado – este novo longa de McQueen traz consigo uma sensibilidade e uma abordagem bem diferente do filme de Tarantino. Em 12 anos de escravidão temos, além do tema “escravo-branco” e sua relação de opressão – que apesar de já existir no cinema se faz uma importante discussão, visto que em pleno 2014 ainda temos milhares de atos de preconceito contra negros – toda uma construção psicológica dos personagens, o que nos deixa não só mais próximos deles, como também torna o filme muito mais interessante. Isso sem contar que, o tempo inteiro, as cenas de agressão contra os negros é contraposta com a beleza dos campos de algodão, o que traz um justaposição feita pela equipe de montagem muito interessante.
http://cafecomwhisky.com.br/12-anos-de-escravidao-12-years-slave/
A Bela Junie
3.7 826Honoré adapta o romance de La Fayette para os dias atuais, em um mundo contemporâneo onde não há muitos interditos. Tema frequente na obra de Honoré, aqui as paixões da juventude são vividas de forma muito mais intensa do que em seus filmes anteriores – ainda que idealizadas. O deslumbre do professor quando enxerga Junie pela primeira vez – em uma cena quase operística – é uma ode à paixão romântica. No entanto, enquanto diversas histórias são desenvolvidas por outros personagens, é Junie a personagem mais racional do longa: o amor não é algo eterno. Esse distanciamento do amor (e do relacionamento) é acentuado pela atuação quase inexpressiva de Léa Seydoux, distante o suficiente para despertar o interesse e a curiosidade de qualquer homem que a observe.
http://cafecomwhisky.com.br/bela-junie-2008/
A Entrevista
3.1 1,0K Assista AgoraA proposta do filme é uma sátira enorme a intromissão dos EUA em todos os assuntos de ordem mundial, e aqui tiro meu chapéu para os rapazes, apesar dos pesares, é realmente algo a se considerar, que dentro de uma comédia com a repercussão mundial que vem tendo, ainda acharem pequenas brechas para zoar com a própria casa, começando pelo personagem de James franco, uma sincope do “jornalismo predatório” de programas de fofocas e seus paparazzi.
http://cafecomwhisky.com.br/a-entrevista-the-interview-2014/
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraO futuro retratado no filme, é bem plausível, nada de carros ou CIDADES flutuantes. Bem coeso para a realidade que vivemos agora. Sim, o filme de 87 era uma paródia a situação que aquela década precisa apresentava. Muita corrupção, violência gratuita, necessidade de mais força do estado para com a população... Aqui, além desses mesmos termos ainda presentes no nosso tempo, temos um fator novo, o controle da mídia sobre o que é mostrado para o espectador.
eu não sou exatamente um ávido recebedor do tipo de proposta que tanto o filme de 1987, tanto o filme de 2014 trazem, por isso acho que devo deixar claro que a minha opinião é formada em cima de tentativas de imparcialidade. É um filme que cumpre a sua proposta, e remonta uma estrutura que já fez sucesso em sua década de origem, para fazer sucesso quase trinta anos depois.
http://cafecomwhisky.com.br/critica-rasa-35-robocop-2014/
Nebraska
4.1 1,0K Assista AgoraNebraska não é um filme que eu consideraria “Obrigatório” (mesmo por que, quem sou eu pra chegar a tamanha pretensão?) mas um dos mais belos e bem construídos filmes dos últimos anos. Que é claro, permanecerá em uma categoria injusta, as dos filmes “cult”. Produções com forte apelo critico e psicológico, de cunho artístico e socioeconômico, que por não conter demasiada carga ilusória e recreativa como caríssimas produções de Hollywood que são facilmente tragadas pelo senso comum.
http://cafecomwhisky.com.br/critica-rasa-31-nebraska/
Fruitvale Station - A Última Parada
3.9 332 Assista Agoraapesar de ser uma história baseada em fatos reais, a imaginação e colhimento de relatos de pessoas próximas a Oscar Grant, proporcionaram um roteiro bem montado, que deixam o filme tão bem estruturado, que em pequenos momentos nos esquecemos que é real a história.
O filme aborda muitas temáticas que ainda estamos enfrentando (não somente nos estados unidos) pela falta de instrutura e participação do governo, como a segregação étnica e racial, a brutalidade da policia... São temas muito delicados que valem uma interpretação maior, além dessa que o Critica Rasa costuma fazer mas alguns pontos são fáceis de ser levantados aqui, pequenas falhas, como deixar sempre claro, através da filha de Oscar, que o fi, do pai estava iminente, com pequenas despedidas quase imperceptíveis. Como se já não bastasse o vídeo real da noite do acontecido abrindo o filme (diga-se de passagem, GENIAL para prender a atenção logo no primeiro ato)
http://cafecomwhisky.com.br/fruitvalestation/
Philomena
4.0 925 Assista AgoraMesmo se tratando de uma história real sendo recontada, muito do talento dos atores e da equipe que auxilia a direção conta em uma produção como essa. A forma como um roteiro é adaptado ou mesmo a escolha das locações, são tão importantes para o desenvolvimento, e é tão desconsiderados em algumas produções, que quando a equipe consegue fazer isso, sem mesmo mostrar aparente esforço, esquecemos que é apenas obrigação de uma boa obra(...) Stephen Frears (Direção) e Steve Coogan (Roteiro) fizeram uma mise-en-scéne invejável ao apresentar os personagens na ordem em que foram apresentados. Vemos primeiro Martin Sixmith decaindo em sua carreira por conta de um comentário pessoal, se vendo obrigado a escrever "Interesse humano", quando a história de Philomena é apresentada, ele vê a oportunidade de se manter no mercado.
http://cafecomwhisky.com.br/critica-rasa-28-philomena/
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraPois bem, é um filme demasiadamente grande, para se contar do caso real que aconteceu com o Capitão Phillips, mas não é somente disso que o filme fala, é claro. Algumas passagens bem sagazes, sobre a ironia que é, os Somalianos saqueando um navio que supostamente estaria levando alimentos para a própria Somália. Como são feitas as negociações totalmente preocupadas com a imagem dos governos, e como a vida que os próprios piratas levam, não os deixam ter nenhuma outra opção cabível como escolha, a não ser o caminho que escolheram. Tom Hanks está sim, muito bem no papel, mas deixa rolar duas exaustivas horas de filmes para ter A cena, que provavelmente será a que o levará a concorrer ao Oscar.
http://cafecomwhisky.com.br/critica-rasa-09-capitao-phillips/
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraExcetuando uma ou outra cena, o remake de 2013 é bem fiel à obra de 1976. Tem lá suas novas incursões (nessa versão, por exemplo, a diretora Kimberly Peirce opta por iniciar o filme com o nascimento perturbador de Carrie), mas no geral o filme segue a mesma linha narrativa da versão original. Ainda assim, a nova versão é, infinitamente, inferior à obra de Brian de Palma. O principal erro de Kimberly – que dirigiu Meninos Não Choram – foi o uso demasiado de efeitos especiais. A tentativa foi dar ênfase aos poderes telecinéticos de Carrie, obviamente; mas o exagero fica evidente e tornam algumas cenas bizarras ou desnecessárias. A sequencia em que Carrie
levita sua mãe e a lança sobre o chão
http://cafecomwhisky.com.br/carrie-a-estranha-2013/
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraEmbora a produção tenha elementos interessantes, como a fotografia bem elaborada, além da trilha sonora densa e impactante, produzida por Howard Shore, a projeção não se sustenta durante suas quase três longas horas. Essa sensação de insatisfação em relação à longa duração do filme pode ser explicada por meio da falta de foco da trama nos objetivos principais dos personagens, principalmente a partir da hora em que os anões chegam a cidade dos elfos. Ali, naquele momento, uma série de enrolações desnecessárias é lançada sobre o espectador. Isto é, plots secundários são inseridos, então, numa tentativa de colocar maior carga dramática ao filme. Isso, no entanto, não é feito de maneira sensata, visto que Peter Jackson ousou encaixar, até mesmo, um romance entre uma elfa e um anão.
http://cafecomwhisky.com.br/o-hobbit-a-desolacao-de-smaug/
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraTim não é um jovem bobão virgem qualquer. Ele extrapola o que é esperado de significância de personagens como ele em filmes assim. É um jovem introvertido, que não sabe se espessar em publico, que tem um apego a família enorme e que deseja desesperadamente arranjar uma namorada. Aqui, eu pude ver uma inversão de papeis divertidíssima, em somente um personagem. Tim está aqui fazendo a representação da busca do amor, que geralmente é pertencente a uma visão pequena, de que, geralmente, só mulheres simples com uma pitada de futilidade possuem em comédias românticas. Não obstante, é um personagem muito bem montado, que extrapola essa busca por um amor que o levaria a se casar, ter filhos e constituir uma nova família, mas um amor maior que o próprio personagem, englobando outros núcleos do filme, como o amor aos seus próximos, seus amigos que são feitos no decorrer do filme e a própria vida.
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A Menina que Roubava Livros
4.0 3,4K Assista AgoraEnfim, depois de um bom tempo dedicado ao filme que estava esperando há bons anos, me deparo com essa adaptação que ao mesmo tempo que me agradou muito, confesso que me decepcionou bastante também. Não pelas escolhas de mudança no argumento original para esse roteiro, mas também para a caracterização dos personagens que no livro nos remetem coisas completamente diferentes.(...)O filme é sim muito bom, mas devido a uma série de pequenos pecados cometidos no elenco e na escolha de takes e ambientação, o filme não chegou nem perto do que realmente poderia ter chegado nas mãos de alguém com mais afinco.
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Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraO que te prende são as atuações das Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux. Essas sim, valem cada minuto preso na poltrona do cinema. Abdellatif Kechiche faz uso em demasia de closes e supercloses para aumentar ainda mais o foco no que está sendo contado. Todos os personagens secundários são deixados apagados e não são bem trabalhados, mas o que seria um trabalho pífio em montagem de quadros e de personagens, se mostra mais uma ferramenta para explicitar ainda mais as duas personagens centrais, o que a meu ver, se mostrou algo pleonástico e completamente desnecessário, sendo que o próprio enredo e roteiros deixam que isso aconteça de uma forma totalmente natural, sem nenhuma necessidade de empurrões ao espectador.
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Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraO filme é maçante e não condiz com o que é apresentado, uma história com um imenso buraco no segundo ato, e com um terceiro ato aberto demais para um final conciliador com tudo que foi passado no decorrer do filme. Enfim, mais um filme mostrando que o Oscar não é nada mais do que um premio de Lobby e não de qualidade de uma obra.
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Ela
4.2 5,8K Assista AgoraO mundo aqui parece ser totalmente dependente de seus sistemas Operacionais com inteligencia artificial, e suas personalidades únicas são o conforto de pessoas solitárias e desesperadas precisam. É sim uma história de amor apesar das aparências, e incrivelmente bela em sua construção.
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