Eduardo

Esse show só comprova o quão preparada para o cenário pop Lady Gaga está. Se forem colocadas em questão todas as competências que reverberam a indústria musical, tais como potência vocal, capacidade de realizar coreografias e carisma, a cantora mostra que consegue realizá-las com êxito durante todo o desenlace do show. Destaco aqui os vocais de Lady Gaga em "Speechless", a sua performance em "Telephone" e todo o seu discurso e carisma em "LoveGame". Inclusive, muito mais é entregue ao público, já que é perceptível que a cantora se doa por completo, não se desligando da persona criada para os palcos e portanto revelando a cada ato um posicionamento bem construído e consistente. É isso, na verdade, que separa Lady Gaga de outras cantoras pop: o seu comprometimento com sua arte.

A maior surpresa que tive quando vi Alien veio assim que os créditos começaram a subir na tela da televisão, quando meu pai me falou que o longa era de 1979. Lembro que não acreditei e precisei confirmar essa informação na parte de trás do DVD, afinal na minha cabeça de 13 anos um filme da década de 70 não podia ter os efeitos especiais com a qualidade que eu tinha acabado de assistir. Mas, sim. Alien é de 1979 e é incrível como ele deixa essa marca atemporal nas nossas mentes, seja pela ótima produção ou pela história original que quase não mostra a criatura que nomeia o longa, deixando-a onipresente e fortalecendo o clima de tensão e angústia nas quase 2h em que o filme é construído. É incrível, aliás, como o diretor Ridley Scott não se fez valer de táticas usuais para ocasionar medo, em Alien não encontramos excesso de mutilações e nem o aumento exorbitante da trilha sonora para que tomemos sustos. Na verdade nos deparamos com a simplicidade, que se provou muito eficiente no fim das contas e pode ser resumida no próprio slogan do filme : No espaço ninguém pode ouvir você gritar.