Como o conflito principal gira em torno da morte da jovem, se fosse um filme comum, teria quase a obrigação de revelar o mistério ou no mínimo dar pistas para que o público chegue a resposta. Mas nesse caso, como é um gênero que faz referência aos documentários e muitos documentários abordam justamente casos que são mistérios até hoje, o desfecho é compreensível. É um bom filme, intenso, complexo, bem montado e com boas reviravoltas.
A história é bem simples e o roteiro se arrasta por alguns momentos, principalmente no início com excessos de falas longas. Mas as atuações, alguns diálogos e a cena final são memoráveis.
O legal do filme é a capacidade que ele tem de pegar uma história meio clichê e dramática e fugir do melodrama o tempo inteiro. O Casey Affleck é tipo um anti-herói que desconstrói totalmente a imagem de um protagonista tradicional de um filme de drama. Mas a densidade que deram a história acabou tornando o filme um pouco chato e entediante, principalmente a partir da segunda hora.. Uma coisa que me chamou a atenção foram alguns erros de edição, e cenas curtas totalmente descartáveis, que deixa a sensação até de algo meio amador. É um bom filme, a inserção dos flashbacks foram bem trabalhadas, mas pelo que se vem comentando e pela indicação ao Oscar, esperava mais. Lembra muito Boyhood, que se sustenta em cima de uma proposta diferenciada, mas o enredo em si não tem nada de especial..
O legal do filme é a desconstrução de gênero que ele faz. O terror, por exemplo, precisa de uma produção com esse mesmo conceito, com mais densidade e detalhismo (se é que é possível) pra conseguir se reinventar e fugir dos clichês. Mas ao mesmo tempo que é ponto positivo do filme, essa complexidade torna-se algo negativo justamente por pesar a mão. Na reta final, se você se distrair um pouco, pode se perder inteiro e não compreender o desfecho. Mas é um excelente filme. Ótima direção, fotografia e atuação quase impecável da Amy Adams. E é importante que quem assistiu ou ainda vai assistir, saiba que não é simplesmente um filme sobre alienígenas, é uma reflexão sobre a humanidade.
A melhor definição pra esse filme é: tem um início estranho, fica realista no meio e termina emocionante. Beleza Americana é um bom exemplo de que filme não precisa incorporar o estilo enfadonho do cinema de arte pra fazer uma boa crítica social.
O filme traz uma boa reflexão. O problema é que foca demais nisso e esquece de oferecer um bom entretenimento, o que chega a torná-lo chato. Pra mim, o ideal é um longa que não alcance os extremos, nem possua tanto entretenimento e nem se preocupe apenas em abordar um tema. "Entre Nós" alcança esse extremo. Também faltou carisma aos personagens. A personagem da Carolina Dieckmann é o esteriótipo da "depressiva" (passa o filme inteiro isolada com cara de choro); o Caio Blat é o "dramático"; o Júlio Andrade é o "chato e inconveniente" (só dá bola fora) e o Paulo Vilhena é o "bobalhão". Talvez a única que se salve é a Maria Ribeiro. Enfim, cada um tem um conceito diferente sobre cinema. Pra mim, é entretenimento. É legal e importante um filme provocar uma reflexão e passar uma mensagem social, mas não dá pra focar somente nisso. De ponto positivo, a fotografia contemplativa e as belíssimas locações.
A censura que houve na época realmente atrapalha o filme. A relação física entre Humbert e Lolita é bem mais sugerida do que prática, e isso se torna uma coisa meio fria, tipo uma "amizade estranha" ou um amor platônico. Achei a versão de 97 melhor por não sofrer com esse tipo de censura e mostrar a relação entre os dois de uma maneira mais profunda.
Lake Mungo
3.2 290Como o conflito principal gira em torno da morte da jovem, se fosse um filme comum, teria quase a obrigação de revelar o mistério ou no mínimo dar pistas para que o público chegue a resposta. Mas nesse caso, como é um gênero que faz referência aos documentários e muitos documentários abordam justamente casos que são mistérios até hoje, o desfecho é compreensível. É um bom filme, intenso, complexo, bem montado e com boas reviravoltas.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraA história é bem simples e o roteiro se arrasta por alguns momentos, principalmente no início com excessos de falas longas. Mas as atuações, alguns diálogos e a cena final são memoráveis.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraO legal do filme é a capacidade que ele tem de pegar uma história meio clichê e dramática e fugir do melodrama o tempo inteiro. O Casey Affleck é tipo um anti-herói que desconstrói totalmente a imagem de um protagonista tradicional de um filme de drama. Mas a densidade que deram a história acabou tornando o filme um pouco chato e entediante, principalmente a partir da segunda hora.. Uma coisa que me chamou a atenção foram alguns erros de edição, e cenas curtas totalmente descartáveis, que deixa a sensação até de algo meio amador. É um bom filme, a inserção dos flashbacks foram bem trabalhadas, mas pelo que se vem comentando e pela indicação ao Oscar, esperava mais. Lembra muito Boyhood, que se sustenta em cima de uma proposta diferenciada, mas o enredo em si não tem nada de especial..
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraO legal do filme é a desconstrução de gênero que ele faz. O terror, por exemplo, precisa de uma produção com esse mesmo conceito, com mais densidade e detalhismo (se é que é possível) pra conseguir se reinventar e fugir dos clichês. Mas ao mesmo tempo que é ponto positivo do filme, essa complexidade torna-se algo negativo justamente por pesar a mão. Na reta final, se você se distrair um pouco, pode se perder inteiro e não compreender o desfecho. Mas é um excelente filme. Ótima direção, fotografia e atuação quase impecável da Amy Adams. E é importante que quem assistiu ou ainda vai assistir, saiba que não é simplesmente um filme sobre alienígenas, é uma reflexão sobre a humanidade.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraA melhor definição pra esse filme é: tem um início estranho, fica realista no meio e termina emocionante. Beleza Americana é um bom exemplo de que filme não precisa incorporar o estilo enfadonho do cinema de arte pra fazer uma boa crítica social.
Entre Nós
3.6 619 Assista AgoraO filme traz uma boa reflexão. O problema é que foca demais nisso e esquece de oferecer um bom entretenimento, o que chega a torná-lo chato. Pra mim, o ideal é um longa que não alcance os extremos, nem possua tanto entretenimento e nem se preocupe apenas em abordar um tema. "Entre Nós" alcança esse extremo. Também faltou carisma aos personagens. A personagem da Carolina Dieckmann é o esteriótipo da "depressiva" (passa o filme inteiro isolada com cara de choro); o Caio Blat é o "dramático"; o Júlio Andrade é o "chato e inconveniente" (só dá bola fora) e o Paulo Vilhena é o "bobalhão". Talvez a única que se salve é a Maria Ribeiro. Enfim, cada um tem um conceito diferente sobre cinema. Pra mim, é entretenimento. É legal e importante um filme provocar uma reflexão e passar uma mensagem social, mas não dá pra focar somente nisso. De ponto positivo, a fotografia contemplativa e as belíssimas locações.
Lolita
3.7 632 Assista AgoraA censura que houve na época realmente atrapalha o filme. A relação física entre Humbert e Lolita é bem mais sugerida do que prática, e isso se torna uma coisa meio fria, tipo uma "amizade estranha" ou um amor platônico. Achei a versão de 97 melhor por não sofrer com esse tipo de censura e mostrar a relação entre os dois de uma maneira mais profunda.