Na primeira temporada falei que a série era boa e carismática, mas faltava algo a mais e um pouco mais de criatividade pra se tornar diferenciada. Mas depois do quinto episódio e dessa season finale, não falta mais.
A série é carismática e com os episódios curtos dá pra assistir de boa. O problema é que apesar da premissa ser inusitada (um assassino de aluguel que vira ator de teatro), faltou um pouco mais de ousadia ao enredo e à narrativa. É bem convencional nesse sentido, não chegou a me surpreender. Pra quem curte essa proposta de humor negro, recomendo Fargo e Patriot.
Criei muitas expectativas sobre essa segunda temporada e me decepcionei. O diferencial de Trapped era o clima de frio extremo, com as nevascas na cidadezinha pequena, que causava transtornos na investigação e era quase que uma personagem extra na história. Mas nessa segunda temporada isso não foi explorado, o que tornou a série apenas mais uma produção policial nórdica.
Já falei na primeira temporada que Making a Murder tem o essencial de todo bom documentário, que é apresentar uma história tão surreal que parece ficção, mas não é. E esse caso do Steven Avery realmente é abismal. Também fiquei admirado com o empenho e a inteligência da Kathleen na defesa do caso.
O grande problema dessa temporada é o mesmo da primeira e da maioria das séries de documentários da Netflix: a encheção de linguiça. As grandes reviravoltas do caso ficaram concentradas no início da primeira temporada. Então não tinha necessidade nenhuma de se fazer dez episódios de mais de uma hora. Dava pra produzir somente metade dessa duração tranquilamente e sem perder nada.
Excelente documentário! Bem editado, bem dirigido, imparcial, com um ótimo acervo de imagens pra ilustrar a narrativa e com uma trilha sonora que dá um toque diferente ao tom do projeto.
Revelou dois grandes personagens da vida real, o Osho e a Sheela. Impressionante a personalidade dos dois, principalmente a da Sheela, uma tipo de vilã carismática, líder, astuta, cruel e debochada.
A história é tão surreal e tão bem conduzida, com viradas e tudo mais, que parece até ficção. Não precisou daquela enrolação que as séries de documentário da Netflix costumam ter. Aliás, Making a Murder e Starcaise o caramba, essa é a melhor produção do gênero na Netflix. Deveria ter mais relevância.
Só vejo que muita gente, infelizmente, está usando o documentário pra tirar uma conclusão preconceituosa da religião. Então deixo aqui uma frase do Mario Sergio Cortella que acho perfeita pra esse caso: "o problema não é a religião, são as pessoas, aliás, algumas delas. Religião não é coisa de gente tonta, é coisa de gente. Só que nesse meio existe gente tonta, mas da mesma maneira que existe gente tonta em todos os meios e em todos os lugares. Então é ignorância e tolice concluir algo sobre a religião baseado apenas nas atitudes de algumas pessoas que se corrompem através dela".
É desnecessariamente longo, e isso parece ser um problema crônico dos documentários da Netflix, como se quisessem esticar e encher linguiça pra amarrar o público sem ter material suficiente pra gerar envolvimento em todos os episódios.
Por ter poucas viradas, o documentário poderia ter tido só metade da duração, até porque os acontecimentos mais relevantes se concentram nos primeiros episódios. O restante fica apenas dando volta na história e prolongando julgamentos que não trouxeram reviravoltas pro caso.
De qualquer forma, cumpre o requisito principal de um bom documentário, que é abordar um história inacreditavel, que de tão absurda parece ficção, mas é real.
O Matthew Weiner sofreu um pouco com aquela maldição do "pós-sucesso", que se cria uma expectativa enorme pela próxima obra de um cara que foi aclamado na sua estreia e ele acaba não correspondendo.
Romanoffs até tem alguns episódios interessantes, como o 2, o 3 e o 7, nessa mesma ordem pra mim, mas nada de novo ou pelo menos próximo do patamar de Mad Men.
Faltou à série um pouco mais de sutileza e metáforas ao tratar dos temas de cada episódio, evitando todo aquele ditadismo. Também faltou um senso de propósito e de significado de modo geral. Os Romanovs, que na teoria são base e dão título à série, e em tese seria aquilo que ligaria todos os episódios, acaba se tornando apenas um detalhe nas histórias. Não tem nada a dizer sobre isso. "Ah, mas é só uma desculpa pros personagens se sentirem importantes e justificar as suas personalidades complexas". Eu é que peço desculpas, mas essa explicação não cola, principalmente quando se dá tamanha importância a esse tema na teoria, a ponto de nomear a própria série com ele. Virou uma coisa aleatória e somente uma alegoria nas tramas, não há nenhuma mensagem por trás disso.
Mad Men foi um marco na história das séries. Já The Romanoffs é uma apenas razoável, com histórias independentes que não trazem nenhuma novidade. Nada que já não tenha se visto antes. É pretensiosa e pouco criativa.
Os spin-offs geralmente servem apenas pra se sustentar em cima da fama da série original, mas Better Call Saul está conseguindo superar demais as expectativas, e depois dessa terceira e quarta temporada, já dá pra falar sem medo que é o melhor spin-off de série da história. É impressionante como ela consegue fazer referências ao universo de Breaking Bad, mas sem abrir mão de um estilo próprio e com muita qualidade. As peças estão se juntando no tempo certo até chegar ao ponto em que o Jimmy virará o Saul Goodman e finalmente alcançará a trama da série original.
É pra ser exaltada a inteligência que o Vince Gilligan tem pra fazer um desenvolvimento de personagens complexos e bastante sútil, e aqueles planos mirabolantes e milimetricamente pensados, sem dispensar o tom de humor negro.
Apesar de eu ainda gostar mais da pegada de Breaking Bad, e principalmente do Walter White, não acho exagero quem fala que BCS já está conseguindo superar a série original em termos de qualidade. É uma obra brilhante e muito madura.
Essa série é uma das produções mais geniais e criativas lançadas nos últimos anos. A ideia foi pegar uma premissa absurda e satírica e tratar como uma coisa séria: "vamos falar sobre uma investigação boba envolvendo desenhos de pint*s, mas mantendo um suspense intenso, e no final, transmitir uma mensagem importante, principalmente sobre o pré-julgamento". E por mais absurda que seja essa proposta, ela funcionou perfeitamente. A série consegue te prender do começo ao fim, com suas reviravoltas que apontam em diversas direções e que te deixam ansioso pela revelação final. Só não leva nota máxima porque o desfecho, apesar de inteligente, ainda me incomodou um pouco.
Eu não sou a favor de "finais abertos", onde fica a critério do público definir o que aconteceu, principalmente quando a história gira completamente em torno de um mistério como aqui. Mas sou a favor de finais complexos, onde definem um final e deixam as pistas suficientes pra que o público monte o quebra-cabeça com uma única solução. Mesmo nesses finais complexos, dificilmente todo mundo vai chegar à mesma conclusão, mas já conta a iniciativa de ter um final definido. Então fiquei na dúvida se o final foi de fato aberto ou se a série deixou as pistas para se descobrir o único culpado.
Pelo que eu conclui, a o verdadeiro vândalo foi a Christa. O treinador deve realmente ter falado algo de cunho machista pra ela, do tipo "esse esporte é só pra quem tem pint*", e como ela foi apresentada desde o início como uma militante bastante ativa, deve ter feito isso realmente por vingança. É o que mais se encaixa, até mesmo para a proposta de reflexão da série sobre pré-julgamentos, porque a princípio todo mundo acusou o Dylan pelo seu estilo "zoeiro" e inconsequente, mas nunca desconfiariam de "certinhos" como a Christa.
Além disso, foi muito bem trabalhada a ideia do Dylan ter sofrido com as consequências das falsas acusações a ponto de no final ter se entregado ao mesmo delito que ele não tinha cometido. Foi um crítica bem impactante.
Pra falar a verdade, Bates Motel, como um todo, foi uma série 7.5, mas que teve o seu nível elevado pelas grandes atuações da Vera Farmiga e do Freddie. Nas primeiras temporadas, insistiu demais em tramas paralelas muito aleatórias e fora de contexto. Somente a partir da quarta temporada que tudo foi realmente ficando mais compacto e dentro de contexto, conforme a história foi se afunilando.
O desfecho não foi dos melhores. Muitos fãs de Psicose podem acabar se decepcionando, porque a série sempre se vendeu como um prelúdio da história original, mas acabou se revelando uma adaptação.
Mesmo sendo uma série mediana nos aspectos técnicos, e ficando de fora da minha listinha de melhores séries que eu já vi, quando finalizou o último episódio ficou aquele sentimento de saudade, e isso é um sinal de que valeu a pena acompanhar.
Apesar de não ser uma produção americanizada, a série é muito genérica e clichê, principalmente pra quem já está acostumado com as séries policiais da Netflix. A narrativa também se estende demais, poderia ter sido contada com metade dos episódios. Vale um destaque apenas pra fotografia.
Pra quem curte essas séries policiais estilo noir nórdicos, recomendo Trapped, outra produção filandesa, que também tem uma história clichê, mas que consegue tirar mais proveito dos cenários onde se passa.
É uma série adulta com conflitos quase infantis e que não funcionam nem pra comédia. Chegou a dar vergonha alheia em alguns momentos. As referências aos anos 80 são legais e alguns personagens têm carisma, mas a trama em si é fraca, mesmo na tentativa de fazer críticas sociais. Não consegue nem o básico, que é ser realmente engraçada, e muito menos traz algo de novo.
É uma mistura de The OA com Dark e séries de investigação genérica.
Não senti a série arrastada, até pelo número reduzido de episódios que dá pra ver de uma tacada só. Não é sobre o crime em si, mas sim sobre a Eve que tenta descobrir o seu passado, que está ligado a outros acontecimentos da história. Mas poderiam ter trabalhado melhor as motivações e o desfecho do assassino, que foi até meio forçado.
No geral, a série não é lá muito original, mas conseguiu me prender.
O final ainda gera muita controvérsia, mas é o melhor desfecho de uma série na história, e NÃO é um final aberto. É só uma questão de observar os detalhe e perceber a genialidade de tudo. Durante toda a temporada, e principalmente no último episódio, existem várias pistas sobre o que aconteceu na última sequência, e é justamente por essas pistas que o final é uma obra-prima. Vou citar algumas aqui:
- A última sequência do último episódio é vista pela perspectiva do Tony. Isso torna-se até óbvio quando você assiste pela segunda vez com mais atenção. Sempre que o Tony levanta a cabeça e olha para a entrada do restaurante, a câmera corta e mostra o que ele vê. Essa proposta foi colocada pra evidenciar que quando aquele homem misterioso volta do banheiro e dá um tiro na cabeça de Tony, ele não enxerga e não ouve mais nada. Ali é a morte para o Tony. Quando ele levanta a cabeça pela última vez, é o momento em que leva o tiro, e fica tudo escuro. E ainda passam dez segundos antes de subir os créditos pra tornar essa ideia mais clara. Em outros momentos da série, tiveram cenas em que alguns personagens discutiam sobre a morte com um tiro na cabeça, e eles especulam que não se ouve e nem se vê nada quando se leva o tiro.
- O primeiro episódio da última temporada chama-se "Members Only", e nesse mesmo episódio, Eugene mata um homem gordo chamado Teddy Spiradokis (iniciais TS = Tony Soprano) em um restaurante e com um tiro na cabeça. Members Only é uma marca de jaqueta, e no último episódio, o homem misterioso que aparece no restaurante onde Tony está com a família é creditado como Man in Members Only Jacket (Homem da jaqueta Members Only). Coincidência?
- Em um episódio da última temporada, quando Tony está em coma, ele tem uma visão onde chega até uma mansão iluminada, que representa um limite entre a vida e a morte. Lá dentro da mansão, inclusive, ele chega a ver a mãe. O Tony segura uma maleta, e o seu primo tenta pegar essa maleta para que ele pudesse entrar na mansão, e assim, acabasse se entregando e morrendo. Mas o Tony não consegue entregar a maleta para o primo, e é nesse momento que ele desperta do coma. No último episódio, um dos primeiros planos da última sequência mostra um quadro com a imagem da mesma mansão que representa a morte para Tony.
- Quando o Phil é morto com um tiro na cabeça, no último episódio, a câmera corta para um grupo de jovens negros que presenciam a morte. Na última cena, a câmera também corta para um grupo de negros que entra no restaurante onde Tony está. Qual o sentido da câmera cortar para eles senão para sugerir que um grupo de negros também presenciou a morte do Tony?
- Ainda no último episódio, quando Tony visita o tio no asilo, a câmera corta para uma TV que mostra uma cena do filme Pequena Miss Sunshine, onde a protagonista dá um grito histérico. Isso poderia ter adiantado a reação que a Meadow teve quando entrou no restaurante e viu o pai depois de levar o tiro. Ainda sobre a Meadow, a reação dela correndo em direção ao restaurante é de desespero, o que pode significar que naquele momento o Tony já havia levado o tiro. Outra pista é que enquanto ela corre, um carro SUV bem parecido com a da mulher do Phil, passa rapidamente por trás dela, como se o assassino, o Man in Members Only Jacket, estivesse fugindo nele naquele momento.
- O último episódio também faz diversas referências ao assassinato de Abraham Lincoln, que foi morto por um atirador solitário no Teatro Ford após vencer a Guerra Civil. O Tony foi assassinado por um atirador solitário depois de vencer a guerra contra a máfia de Nova York. Durante o episódio, há vários close-ups no logo da Ford em carros, incluindo durante a morte de Phil.
Ainda existem diversas outras referências. O fato genial desse desfecho foi justamente que o David Chase bolou algo criativo, complexo, mas dentro de todo o contexto da série. Cada um pode tirar suas próprias conclusões, mas com todas essas pistas, referências e a reflexão espiritual de que a série propõe, em relação a lei do karma budista (que também aparece na última temporada, durante a visão do Tony em coma), que diz que tudo que você faz um dia volta pra você, não resta dúvidas de que o Tony foi assassinado, provavelmente a mando da máfia de NY. O próprio David Chase confirmou que o final da série aborda uma questão de cunho espiritual.
O caso é interessante, bem documentado, mas a série é muito longa. Ficou arrastada em alguns momentos e poderia ter funcionado melhor somente com metade dos episódios.
Já vi muitos documentários onde a equipe tem bastante acesso aos envolvidos, mas fiquei surpreso com a liberdade que a produção teve aqui pra entrar na intimidade da família no meio de um caso tão sério e polêmico. Eles discutiam abertamente sobre o crime e as estratégias de defesa diante das câmeras. Algumas vezes chegava até a parecer encenação.
Não sei se essa liberdade toda que a equipe recebeu da família pode ter tido alguma relação também com uma suposta parcialidade do documentário, que não mostra o caso por óticas diferentes, e chega a ocultar alguns fatos da investigação que poderiam levantar mais suspeitas sobre o Michael.
A história já havia se fechado, e essa segunda temporada se apoiou demais no sucesso da primeira. Só serviu pra encher linguiça. Pouca história pra 13 episódios, muita enrolação e exagero nas mensagens de auto-ajuda pra compensar às críticas negativas do primeiro ano.
Conflitos sem graça e clichês, e a solução que encontraram pra encaixar a Hannah nos novos episódios chega a ser engraçada de tão absurda.
onde o Cadu coloca fogo na prancha NO MEIO DO LAGO e consegue nadar e fugir sem ser pego pela polícia.
Também subestima um pouco a inteligência do público e cria tensão gratuita, do tipo: um personagem chega no Cadu e fala "Eu sei exatamente o que você é" TENSÃO... "Você é um homem bom!"
Apesar de tudo isso, é divertida e envolvente em muitos momentos, tem personagens carismáticos, e o Júlio Andrade faz um ótimo trabalho. Pra quem não é tão exigente, pode servir como um bom passatempo.
Trapped me surpreendeu muito. Quem diria que uma série islandesa pudesse atingir essa qualidade.
Os cenários de uma cidadezinha gelada são bem agradáveis e foge do convencional. É um série que não tenta inventar a roda, faz o arroz com feijão de um drama policial, mas faz muito bem feito. As atuações, direção e fotografia são bem trabalhadas, e a história, apesar de abordar temas que já são clichês, é bem redondinha, com começo, meio e fim.
Dá pra notar que é uma produção limitada e de baixo orçamento. A tipografia é amadora e a falta de figuração nas cenas é um pouco surreal (os personagens atiram no meio do vilarejo tranquilamente e não aparece ninguém nas ruas, mesmo com várias casas ao redor).
A montagem é muito ruim, os flashbacks são mal posicionados e fica um pouco difícil de identificar quem é quem no passado e no presente. A proposta de fazer um suspense que não apela pros jump scares é interessante, mas foi mal executada pela série, e boa parte dos episódios são sonolentos, sem ritmo.
É uma série apenas OK, com cenários bonitos, uma produção barata e um enredo extremamente lento e clichê.
A série tem seus furos, situações absurdas que parecem ter saído de uma novela, mas é muito chato você ficar diminuindo a obra por causa disso, sabendo que ela não tem nenhuma pretenção de ser a nova Breaking Bad ou Sopranos. Às vezes o importante é somente se divertir, é isso que a série propõe e consegue em muitos momentos.
O elenco tem carisma, e personagens como o do Professor já podem entrar pra um grupo seleto na história recente das séries.
Tem muita produção genérica e de entretenimento barato por aí, mas La Casa de Papel, mesmo com seus problemas, não dá pra ser classificada assim. Tem o seu valor.
A temporada começa bem, mas perde o prumo. O terceiro episódio é o melhor disparado. A série até retrata bem o luto e a transformação das pessoas após o sumiço.
Tá claro que a série é sobre os que ficaram, e não sobre o mistério dos que partiram. Mas tomando essa decisão, a trama ficou muito dispersa e pouco objetiva. Tem alguns núcleos, como o dos adolescentes, que é bem irritante. Assim como em Lost, o Damon Lindelof aposta numa viagem bem louca e surrealista, mas não dá pra comparar as duas as séries. O tom é completamente diferente. Apesar da fantasia, The Leftovers tem a marca de drama cru e pesado da HBO.
A nota é mais pelo conceito espiritual, mas a trama podia ter sido melhor executada.
A série é intensa, tensa e com muita ação. A história é interessante e tem personagens carismáticos, que podem até entrar pra cultura pop, como a Tóquio e o Professor. O problema é que o enredo traz muitas situações irreais, que acontecem de forma absurda apenas pra trama avançar e causar reviravoltas forçadas, subestimando a inteligência do público. Às vezes parece até novela das nove da Globo.
Faltou originalidade e renovação nesta temporada, com aquele poder maior de reflexão social e imprevisibilidade que Black Mirror sabe fazer bem. Somente um ou dois episódios foram realmente bons. O restante pareceu mais um recicladão das outras temporadas, com pouca criatividade, histórias fracas e até previsíveis.
Talvez seja um sinal de que a série esteja se desgastando criativamente, o que é estranho, porque os temas principais de Black Mirror (sociedade e tecnologia) nunca foram tão oportunos pra serem abordados e debatidos como atualmente. Achei que essa temporada chegaria com os pés na porta justamente por todos os problemas sociais do mundo nos dias de hoje, mas decepcionou.
Barry (2ª Temporada)
4.3 122Na primeira temporada falei que a série era boa e carismática, mas faltava algo a mais e um pouco mais de criatividade pra se tornar diferenciada. Mas depois do quinto episódio e dessa season finale, não falta mais.
Barry (1ª Temporada)
4.1 118 Assista AgoraA série é carismática e com os episódios curtos dá pra assistir de boa. O problema é que apesar da premissa ser inusitada (um assassino de aluguel que vira ator de teatro), faltou um pouco mais de ousadia ao enredo e à narrativa. É bem convencional nesse sentido, não chegou a me surpreender. Pra quem curte essa proposta de humor negro, recomendo Fargo e Patriot.
Trapped (2ª Temporada)
3.8 43 Assista AgoraCriei muitas expectativas sobre essa segunda temporada e me decepcionei. O diferencial de Trapped era o clima de frio extremo, com as nevascas na cidadezinha pequena, que causava transtornos na investigação e era quase que uma personagem extra na história. Mas nessa segunda temporada isso não foi explorado, o que tornou a série apenas mais uma produção policial nórdica.
Making a Murderer (2ª Temporada)
4.1 71Já falei na primeira temporada que Making a Murder tem o essencial de todo bom documentário, que é apresentar uma história tão surreal que parece ficção, mas não é. E esse caso do Steven Avery realmente é abismal. Também fiquei admirado com o empenho e a inteligência da Kathleen na defesa do caso.
O grande problema dessa temporada é o mesmo da primeira e da maioria das séries de documentários da Netflix: a encheção de linguiça. As grandes reviravoltas do caso ficaram concentradas no início da primeira temporada. Então não tinha necessidade nenhuma de se fazer dez episódios de mais de uma hora. Dava pra produzir somente metade dessa duração tranquilamente e sem perder nada.
Wild Wild Country
4.3 265 Assista AgoraExcelente documentário! Bem editado, bem dirigido, imparcial, com um ótimo acervo de imagens pra ilustrar a narrativa e com uma trilha sonora que dá um toque diferente ao tom do projeto.
Revelou dois grandes personagens da vida real, o Osho e a Sheela. Impressionante a personalidade dos dois, principalmente a da Sheela, uma tipo de vilã carismática, líder, astuta, cruel e debochada.
A história é tão surreal e tão bem conduzida, com viradas e tudo mais, que parece até ficção. Não precisou daquela enrolação que as séries de documentário da Netflix costumam ter. Aliás, Making a Murder e Starcaise o caramba, essa é a melhor produção do gênero na Netflix. Deveria ter mais relevância.
Só vejo que muita gente, infelizmente, está usando o documentário pra tirar uma conclusão preconceituosa da religião. Então deixo aqui uma frase do Mario Sergio Cortella que acho perfeita pra esse caso: "o problema não é a religião, são as pessoas, aliás, algumas delas. Religião não é coisa de gente tonta, é coisa de gente. Só que nesse meio existe gente tonta, mas da mesma maneira que existe gente tonta em todos os meios e em todos os lugares. Então é ignorância e tolice concluir algo sobre a religião baseado apenas nas atitudes de algumas pessoas que se corrompem através dela".
Making a Murderer (1ª Temporada)
4.4 282 Assista AgoraÉ desnecessariamente longo, e isso parece ser um problema crônico dos documentários da Netflix, como se quisessem esticar e encher linguiça pra amarrar o público sem ter material suficiente pra gerar envolvimento em todos os episódios.
Por ter poucas viradas, o documentário poderia ter tido só metade da duração, até porque os acontecimentos mais relevantes se concentram nos primeiros episódios. O restante fica apenas dando volta na história e prolongando julgamentos que não trouxeram reviravoltas pro caso.
De qualquer forma, cumpre o requisito principal de um bom documentário, que é abordar um história inacreditavel, que de tão absurda parece ficção, mas é real.
The Romanoffs (1ª Temporada)
3.8 24O Matthew Weiner sofreu um pouco com aquela maldição do "pós-sucesso", que se cria uma expectativa enorme pela próxima obra de um cara que foi aclamado na sua estreia e ele acaba não correspondendo.
Romanoffs até tem alguns episódios interessantes, como o 2, o 3 e o 7, nessa mesma ordem pra mim, mas nada de novo ou pelo menos próximo do patamar de Mad Men.
Faltou à série um pouco mais de sutileza e metáforas ao tratar dos temas de cada episódio, evitando todo aquele ditadismo. Também faltou um senso de propósito e de significado de modo geral. Os Romanovs, que na teoria são base e dão título à série, e em tese seria aquilo que ligaria todos os episódios, acaba se tornando apenas um detalhe nas histórias. Não tem nada a dizer sobre isso. "Ah, mas é só uma desculpa pros personagens se sentirem importantes e justificar as suas personalidades complexas". Eu é que peço desculpas, mas essa explicação não cola, principalmente quando se dá tamanha importância a esse tema na teoria, a ponto de nomear a própria série com ele. Virou uma coisa aleatória e somente uma alegoria nas tramas, não há nenhuma mensagem por trás disso.
Mad Men foi um marco na história das séries. Já The Romanoffs é uma apenas razoável, com histórias independentes que não trazem nenhuma novidade. Nada que já não tenha se visto antes. É pretensiosa e pouco criativa.
Better Call Saul (4ª Temporada)
4.4 231 Assista AgoraOs spin-offs geralmente servem apenas pra se sustentar em cima da fama da série original, mas Better Call Saul está conseguindo superar demais as expectativas, e depois dessa terceira e quarta temporada, já dá pra falar sem medo que é o melhor spin-off de série da história. É impressionante como ela consegue fazer referências ao universo de Breaking Bad, mas sem abrir mão de um estilo próprio e com muita qualidade. As peças estão se juntando no tempo certo até chegar ao ponto em que o Jimmy virará o Saul Goodman e finalmente alcançará a trama da série original.
É pra ser exaltada a inteligência que o Vince Gilligan tem pra fazer um desenvolvimento de personagens complexos e bastante sútil, e aqueles planos mirabolantes e milimetricamente pensados, sem dispensar o tom de humor negro.
Apesar de eu ainda gostar mais da pegada de Breaking Bad, e principalmente do Walter White, não acho exagero quem fala que BCS já está conseguindo superar a série original em termos de qualidade. É uma obra brilhante e muito madura.
Vândalo Americano (1ª Temporada)
4.1 97 Assista AgoraEssa série é uma das produções mais geniais e criativas lançadas nos últimos anos. A ideia foi pegar uma premissa absurda e satírica e tratar como uma coisa séria: "vamos falar sobre uma investigação boba envolvendo desenhos de pint*s, mas mantendo um suspense intenso, e no final, transmitir uma mensagem importante, principalmente sobre o pré-julgamento". E por mais absurda que seja essa proposta, ela funcionou perfeitamente. A série consegue te prender do começo ao fim, com suas reviravoltas que apontam em diversas direções e que te deixam ansioso pela revelação final. Só não leva nota máxima porque o desfecho, apesar de inteligente, ainda me incomodou um pouco.
Eu não sou a favor de "finais abertos", onde fica a critério do público definir o que aconteceu, principalmente quando a história gira completamente em torno de um mistério como aqui. Mas sou a favor de finais complexos, onde definem um final e deixam as pistas suficientes pra que o público monte o quebra-cabeça com uma única solução. Mesmo nesses finais complexos, dificilmente todo mundo vai chegar à mesma conclusão, mas já conta a iniciativa de ter um final definido. Então fiquei na dúvida se o final foi de fato aberto ou se a série deixou as pistas para se descobrir o único culpado.
Pelo que eu conclui, a o verdadeiro vândalo foi a Christa. O treinador deve realmente ter falado algo de cunho machista pra ela, do tipo "esse esporte é só pra quem tem pint*", e como ela foi apresentada desde o início como uma militante bastante ativa, deve ter feito isso realmente por vingança. É o que mais se encaixa, até mesmo para a proposta de reflexão da série sobre pré-julgamentos, porque a princípio todo mundo acusou o Dylan pelo seu estilo "zoeiro" e inconsequente, mas nunca desconfiariam de "certinhos" como a Christa.
Além disso, foi muito bem trabalhada a ideia do Dylan ter sofrido com as consequências das falsas acusações a ponto de no final ter se entregado ao mesmo delito que ele não tinha cometido. Foi um crítica bem impactante.
Bates Motel (5ª Temporada)
4.4 757Pra falar a verdade, Bates Motel, como um todo, foi uma série 7.5, mas que teve o seu nível elevado pelas grandes atuações da Vera Farmiga e do Freddie. Nas primeiras temporadas, insistiu demais em tramas paralelas muito aleatórias e fora de contexto. Somente a partir da quarta temporada que tudo foi realmente ficando mais compacto e dentro de contexto, conforme a história foi se afunilando.
O desfecho não foi dos melhores. Muitos fãs de Psicose podem acabar se decepcionando, porque a série sempre se vendeu como um prelúdio da história original, mas acabou se revelando uma adaptação.
Mesmo sendo uma série mediana nos aspectos técnicos, e ficando de fora da minha listinha de melhores séries que eu já vi, quando finalizou o último episódio ficou aquele sentimento de saudade, e isso é um sinal de que valeu a pena acompanhar.
Deadwind (1ª Temporada)
3.6 48 Assista AgoraApesar de não ser uma produção americanizada, a série é muito genérica e clichê, principalmente pra quem já está acostumado com as séries policiais da Netflix. A narrativa também se estende demais, poderia ter sido contada com metade dos episódios. Vale um destaque apenas pra fotografia.
Pra quem curte essas séries policiais estilo noir nórdicos, recomendo Trapped, outra produção filandesa, que também tem uma história clichê, mas que consegue tirar mais proveito dos cenários onde se passa.
Samantha! (1ª Temporada)
3.6 141 Assista AgoraÉ uma série adulta com conflitos quase infantis e que não funcionam nem pra comédia. Chegou a dar vergonha alheia em alguns momentos. As referências aos anos 80 são legais e alguns personagens têm carisma, mas a trama em si é fraca, mesmo na tentativa de fazer críticas sociais. Não consegue nem o básico, que é ser realmente engraçada, e muito menos traz algo de novo.
O Bosque (1ª Temporada)
3.6 182 Assista AgoraÉ uma mistura de The OA com Dark e séries de investigação genérica.
Não senti a série arrastada, até pelo número reduzido de episódios que dá pra ver de uma tacada só. Não é sobre o crime em si, mas sim sobre a Eve que tenta descobrir o seu passado, que está ligado a outros acontecimentos da história. Mas poderiam ter trabalhado melhor as motivações e o desfecho do assassino, que foi até meio forçado.
No geral, a série não é lá muito original, mas conseguiu me prender.
Família Soprano (6ª Temporada)
4.7 308 Assista AgoraO final ainda gera muita controvérsia, mas é o melhor desfecho de uma série na história, e NÃO é um final aberto. É só uma questão de observar os detalhe e perceber a genialidade de tudo. Durante toda a temporada, e principalmente no último episódio, existem várias pistas sobre o que aconteceu na última sequência, e é justamente por essas pistas que o final é uma obra-prima. Vou citar algumas aqui:
- A última sequência do último episódio é vista pela perspectiva do Tony. Isso torna-se até óbvio quando você assiste pela segunda vez com mais atenção. Sempre que o Tony levanta a cabeça e olha para a entrada do restaurante, a câmera corta e mostra o que ele vê. Essa proposta foi colocada pra evidenciar que quando aquele homem misterioso volta do banheiro e dá um tiro na cabeça de Tony, ele não enxerga e não ouve mais nada. Ali é a morte para o Tony. Quando ele levanta a cabeça pela última vez, é o momento em que leva o tiro, e fica tudo escuro. E ainda passam dez segundos antes de subir os créditos pra tornar essa ideia mais clara. Em outros momentos da série, tiveram cenas em que alguns personagens discutiam sobre a morte com um tiro na cabeça, e eles especulam que não se ouve e nem se vê nada quando se leva o tiro.
- O primeiro episódio da última temporada chama-se "Members Only", e nesse mesmo episódio, Eugene mata um homem gordo chamado Teddy Spiradokis (iniciais TS = Tony Soprano) em um restaurante e com um tiro na cabeça. Members Only é uma marca de jaqueta, e no último episódio, o homem misterioso que aparece no restaurante onde Tony está com a família é creditado como Man in Members Only Jacket (Homem da jaqueta Members Only). Coincidência?
- Em um episódio da última temporada, quando Tony está em coma, ele tem uma visão onde chega até uma mansão iluminada, que representa um limite entre a vida e a morte. Lá dentro da mansão, inclusive, ele chega a ver a mãe. O Tony segura uma maleta, e o seu primo tenta pegar essa maleta para que ele pudesse entrar na mansão, e assim, acabasse se entregando e morrendo. Mas o Tony não consegue entregar a maleta para o primo, e é nesse momento que ele desperta do coma. No último episódio, um dos primeiros planos da última sequência mostra um quadro com a imagem da mesma mansão que representa a morte para Tony.
- Quando o Phil é morto com um tiro na cabeça, no último episódio, a câmera corta para um grupo de jovens negros que presenciam a morte. Na última cena, a câmera também corta para um grupo de negros que entra no restaurante onde Tony está. Qual o sentido da câmera cortar para eles senão para sugerir que um grupo de negros também presenciou a morte do Tony?
- Ainda no último episódio, quando Tony visita o tio no asilo, a câmera corta para uma TV que mostra uma cena do filme Pequena Miss Sunshine, onde a protagonista dá um grito histérico. Isso poderia ter adiantado a reação que a Meadow teve quando entrou no restaurante e viu o pai depois de levar o tiro. Ainda sobre a Meadow, a reação dela correndo em direção ao restaurante é de desespero, o que pode significar que naquele momento o Tony já havia levado o tiro. Outra pista é que enquanto ela corre, um carro SUV bem parecido com a da mulher do Phil, passa rapidamente por trás dela, como se o assassino, o Man in Members Only Jacket, estivesse fugindo nele naquele momento.
- O último episódio também faz diversas referências ao assassinato de Abraham Lincoln, que foi morto por um atirador solitário no Teatro Ford após vencer a Guerra Civil. O Tony foi assassinado por um atirador solitário depois de vencer a guerra contra a máfia de Nova York. Durante o episódio, há vários close-ups no logo da Ford em carros, incluindo durante a morte de Phil.
Ainda existem diversas outras referências. O fato genial desse desfecho foi justamente que o David Chase bolou algo criativo, complexo, mas dentro de todo o contexto da série. Cada um pode tirar suas próprias conclusões, mas com todas essas pistas, referências e a reflexão espiritual de que a série propõe, em relação a lei do karma budista (que também aparece na última temporada, durante a visão do Tony em coma), que diz que tudo que você faz um dia volta pra você, não resta dúvidas de que o Tony foi assassinado, provavelmente a mando da máfia de NY. O próprio David Chase confirmou que o final da série aborda uma questão de cunho espiritual.
The Staircase (1ª Temporada)
3.8 89 Assista AgoraO caso é interessante, bem documentado, mas a série é muito longa. Ficou arrastada em alguns momentos e poderia ter funcionado melhor somente com metade dos episódios.
Já vi muitos documentários onde a equipe tem bastante acesso aos envolvidos, mas fiquei surpreso com a liberdade que a produção teve aqui pra entrar na intimidade da família no meio de um caso tão sério e polêmico. Eles discutiam abertamente sobre o crime e as estratégias de defesa diante das câmeras. Algumas vezes chegava até a parecer encenação.
Não sei se essa liberdade toda que a equipe recebeu da família pode ter tido alguma relação também com uma suposta parcialidade do documentário, que não mostra o caso por óticas diferentes, e chega a ocultar alguns fatos da investigação que poderiam levantar mais suspeitas sobre o Michael.
13 Reasons Why (2ª Temporada)
3.2 587 Assista AgoraA história já havia se fechado, e essa segunda temporada se apoiou demais no sucesso da primeira. Só serviu pra encher linguiça. Pouca história pra 13 episódios, muita enrolação e exagero nas mensagens de auto-ajuda pra compensar às críticas negativas do primeiro ano.
Conflitos sem graça e clichês, e a solução que encontraram pra encaixar a Hannah nos novos episódios chega a ser engraçada de tão absurda.
1 Contra Todos (2ª Temporada)
4.0 24 Assista AgoraA série tem um problema que é crônico nas produções nacionais e que parece que herdou das novelas: o roteiro. Tem furos absurdos como...
o assassinato do presidente da câmara, que leva um tiro nas COSTAS e a morte é definida como suicídio.
Tem muitas facilitações narrativas, como o fato do Pepe aparecer onde quer, fazer o que quer, quando quer e a hora que quer, além daquela cena...
onde o Cadu coloca fogo na prancha NO MEIO DO LAGO e consegue nadar e fugir sem ser pego pela polícia.
Também subestima um pouco a inteligência do público e cria tensão gratuita, do tipo: um personagem chega no Cadu e fala "Eu sei exatamente o que você é" TENSÃO... "Você é um homem bom!"
Apesar de tudo isso, é divertida e envolvente em muitos momentos, tem personagens carismáticos, e o Júlio Andrade faz um ótimo trabalho. Pra quem não é tão exigente, pode servir como um bom passatempo.
Trapped (1ª temporada)
4.1 87 Assista AgoraTrapped me surpreendeu muito. Quem diria que uma série islandesa pudesse atingir essa qualidade.
Os cenários de uma cidadezinha gelada são bem agradáveis e foge do convencional. É um série que não tenta inventar a roda, faz o arroz com feijão de um drama policial, mas faz muito bem feito. As atuações, direção e fotografia são bem trabalhadas, e a história, apesar de abordar temas que já são clichês, é bem redondinha, com começo, meio e fim.
Merecia mais destaque no catálogo da Netflix.
Le Chalet
3.5 110Dá pra notar que é uma produção limitada e de baixo orçamento. A tipografia é amadora e a falta de figuração nas cenas é um pouco surreal (os personagens atiram no meio do vilarejo tranquilamente e não aparece ninguém nas ruas, mesmo com várias casas ao redor).
A montagem é muito ruim, os flashbacks são mal posicionados e fica um pouco difícil de identificar quem é quem no passado e no presente. A proposta de fazer um suspense que não apela pros jump scares é interessante, mas foi mal executada pela série, e boa parte dos episódios são sonolentos, sem ritmo.
É uma série apenas OK, com cenários bonitos, uma produção barata e um enredo extremamente lento e clichê.
The Leftovers (2ª Temporada)
4.5 422 Assista AgoraAlguém podia fazer um spin off só com o personagem do Matt. O melhor episódio da primeira e dessa segunda temporada é com ele e a Mary.
La Casa de Papel (Parte 2)
4.2 942 Assista AgoraA série tem seus furos, situações absurdas que parecem ter saído de uma novela, mas é muito chato você ficar diminuindo a obra por causa disso, sabendo que ela não tem nenhuma pretenção de ser a nova Breaking Bad ou Sopranos. Às vezes o importante é somente se divertir, é isso que a série propõe e consegue em muitos momentos.
O elenco tem carisma, e personagens como o do Professor já podem entrar pra um grupo seleto na história recente das séries.
Tem muita produção genérica e de entretenimento barato por aí, mas La Casa de Papel, mesmo com seus problemas, não dá pra ser classificada assim. Tem o seu valor.
The Leftovers (1ª Temporada)
4.2 583 Assista AgoraA temporada começa bem, mas perde o prumo. O terceiro episódio é o melhor disparado. A série até retrata bem o luto e a transformação das pessoas após o sumiço.
Tá claro que a série é sobre os que ficaram, e não sobre o mistério dos que partiram. Mas tomando essa decisão, a trama ficou muito dispersa e pouco objetiva. Tem alguns núcleos, como o dos adolescentes, que é bem irritante. Assim como em Lost, o Damon Lindelof aposta numa viagem bem louca e surrealista, mas não dá pra comparar as duas as séries. O tom é completamente diferente. Apesar da fantasia, The Leftovers tem a marca de drama cru e pesado da HBO.
A nota é mais pelo conceito espiritual, mas a trama podia ter sido melhor executada.
La Casa de Papel (Parte 1)
4.2 1,3K Assista AgoraA série é intensa, tensa e com muita ação. A história é interessante e tem personagens carismáticos, que podem até entrar pra cultura pop, como a Tóquio e o Professor. O problema é que o enredo traz muitas situações irreais, que acontecem de forma absurda apenas pra trama avançar e causar reviravoltas forçadas, subestimando a inteligência do público. Às vezes parece até novela das nove da Globo.
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista AgoraFaltou originalidade e renovação nesta temporada, com aquele poder maior de reflexão social e imprevisibilidade que Black Mirror sabe fazer bem. Somente um ou dois episódios foram realmente bons. O restante pareceu mais um recicladão das outras temporadas, com pouca criatividade, histórias fracas e até previsíveis.
Talvez seja um sinal de que a série esteja se desgastando criativamente, o que é estranho, porque os temas principais de Black Mirror (sociedade e tecnologia) nunca foram tão oportunos pra serem abordados e debatidos como atualmente. Achei que essa temporada chegaria com os pés na porta justamente por todos os problemas sociais do mundo nos dias de hoje, mas decepcionou.