Essa idéia do Woody de cruzar uma mesma história contando-a de duas formas diferentes (e ao mesmo tempo, semelhantes) foi muito boa. Só ela vale um comentário positivo. Já o desenvolvimento não apresenta tanta inovação e atratividade quanto a idéia original. É um filme leve e permite uma certa reflexão, mas explora as relações humanas de forma bastante usual, sem nenhum elemento que se destaque. Eu recomendo, mas com um entusiasmo médio.
O filme é muitíssimo bem dirigido e foi isso que me chamou mais a atenção. Quanto à história é bem aquilo que já disseram aqui: o roteiro tende a favorecer um único lado da moeda. A crítica sobre o controle político e a manipulação da liberdade de escolha é muito válida, mas faltou a crítica sobre o mau uso que os indivíduos fazem de sua própria liberdade.
Alex, de hora para outra, passa a ser tratado como uma simples vítima do Sistema, como se ele não tivesse desvio de caráter algum. E o pior: seu desvio de caráter não tem motivo aparente. Seus pais o criam de forma correta e dão acesso à educação. Ele pratica a violência porque gosta, e praticar a contenção deste "instinto destrutivo" é errado. Se seu caráter contraventor fosse justificado por alguma falha externa, algum motivo social, tudo bem. Mas não é o caso.
Essa crítica pela metade, que pode muito bem abrir espaço (e abriu) a interpretações equivocadas (como a própria apologia à violência), fez o filme perder algo na minha avaliação. Mas, apesar disso, acho que os demais atributos ainda o tornam uma obra respeitável. Em outras palavras: Importante, mas não inquestionável.
É... é daqueles filmes que querem dizer tanta coisa que acabam dizendo nada. Começa bem, até. Achei que daria 4 estrelas até certo ponto. Mas depois percebi que a história caminhava para lugar algum... Não quero dizer que o filme não apresente uma boa crítica embutida sobre o estilo de vida contemporâneo e tudo mais, só que a idéia se desenvolveu de forma tão confusa e ao mesmo tempo tão rasa... Duas estrelas pela tentativa.
Não é MESMO um dos melhores do Woody Allen. Aliás, passa bem longe disso... Não pela idéia original, que é fantástica. Mas sim pela utilização de um humor depreciativo que, além de não ter graça nenhuma, também ofusca as qualidades do roteiro. Os primeiros 40 minutos do filme me irritaram: era uma luta entre a boa história e o humor apelativo que não combina com o conteúdo. É sério, nunca ouvi tanto as palavras "blowjob" e "fuck" em um espaço de tempo tão curto. Ainda estou sem entender o que há de tão engraçado nisso. Eu tenho absoluta certeza que Woody Allen consegue fazer textos muito, mas muito mais brilhantes e engraçados sem precisar dessas muletas de roteirista de besteirol para adolescentes. Passando dos 40 minutos iniciais, o filme engrena e a essência da história finalmente ganha do humor desbocado mequetrefe. Por este motivo, dou 3 estrelinhas para o filme. Em resumo: a direção é boa e a história é ótima, mas a maneira que o Woody escolheu para contá-la infelizmente foi deselegante. Não ri, mas ao menos pude refletir. O neurótico que ele encarnou dessa vez é chato até dizer chega. Porém, pelo que pude perceber, a intenção era justamente essa.
Três ótimos filmes em um só... Acho que o ritmo diferente das 3 partes distintas provoca uma sensação de que a história perde a dinâmica, mas isso deve ser porque as duas primeiras partes são comédia e a última fala de um momento bastante sério da vida do Nanni Moretti. Mas, como o título mesmo deixa evidente, é um diário. Ou seja, tem partes cômicas e partes nem tão cômicas assim. A vida não tem um gênero só e não segue ritmo de filme. Gostei da maneira escolhida para contar as histórias, priorizando o simples e o cotidiano como formas de percebermos a nossa existência no mundo.
A saga de Doinel finalizada com chave de ouro. Tudo muito coerente, muito sincronizado com os outros capítulos da história. Me deu a impressão de que o François Truffaut já tinha feito o roteiro deste filme antes mesmo de Os Incompreendidos, tamanha é a habilidade de juntar fatos tão distanciados pelo tempo para explicar uma coisa só. E rever a Colette foi ótimo também! Enfim, um final lindo e inspirado. Comédia romântica perfeita.
Gostei. Fiquei com a impressão de ser uma espécie de homenagem do Woody Allen a ele mesmo (rs), uma vez que parece fácil identificar semelhanças com o roteiro de filmes anteriores, como "Memórias" (o personagem do Woody Allen e seus questionamentos sobre o sentido da existência) e "Interiores" (a Hannah e as irmãs são quase um remake levemente cômico das três filhas da personagem da Geraldine Page. Os "rolos" familiares ali também são os mesmos. Comparem). Se trata de uma síntese bem elaborada, concatenando o melhor do universo dos filmes do Woody. A direção é bem simples mesmo, como de costume. Para quem gosta de filmes que priorizam o roteiro, é um prato cheio.
Ah, aquele finalzinho me pegou de surpresa e me deixou encucado... realmente permite mais de uma interpretação.
Sério que o título no Brasil é este? É bonitinho. Destaco os monólogos saudosistas de Harry para Tonto e o encontro com Jessie. E é bom também ver a Ellen Burstyn mais novinha... rsrs Além de bem raro aqui no Brasil (não foi lançado em DVD), também foi o filme que rendeu o Oscar de melhor ator para Art Carney em 1975 (desbancando Al Pacino em O Poderoso Chefão II e Jack Nicholson em Chinatown). Portanto, quem tiver oportunidade de ver no telecine cult quando estiver passando, veja!
Que filme ruim. Enredo fraco, feito dentro de uma fórmula de bolo manjada para encher sala de cinema. Juro que queria encontrar um mérito para justificar os cento e poucos minutos que eu gastei em frente à tv, mas não encontro. Ok, as atuações da Drica Moraes e da Fabiula Nascimento são boas até. Mas é só isso. Apelativo até dizer chega. Não é puritanismo, mas acho que há muito mais coisa a ser contada sobre a vida de uma garota de programa do que os tipos de homem que ela costumava atender ou as coisas que ela fazia na cama. A não ser que a idéia seja fazer um filme erótico. Enfim, perda de tempo. Pensei em parar de ver na metade algumas vezes.
Posso ser sincero? Me envolveu muito mais do que Os incompreendidos e entrou nos meus favoritos. Bem menos pretensioso do que o primeiro, e talvez isso tenha me encantado. Consegue dizer muito através do pouco... Aqui Antoine Doinel se estabelece como personagem absolutamente carismático que é. Fabienne Tabard também merece destaque. A personagem entra e fica de tal forma em cena que é impossível não concordar com o que Doinel pensava a respeito dela! rs
É interessante ver os filmes do Woody Allen na ordem cronológica. Você vai notando que cada filme da fase "pastelão" dele é mais representativo do que o outro. Aí chega em Annie Hall (Odeio o título brasileiro), que é um marco na carreira cinematográfica do Woody. É o filme que fez todo mundo olhar e pensar "esse cara tem futuro no cinema", justamente por ele ter abandonado de vez o estilo dos outros e ter mostrado aquilo que era só dele, a visão deliciosa sobre os relacionamentos humanos e os conflitos existenciais cercados de referências filosóficas e psicanalíticas. É impossível não se identificar com os personagens e não se deixar cativar por eles... os sentimentos humanos são muito bem representados. Ele sempre treinou tudo isso, é verdade. Mas Annie Hall é diamante lapidado! Não preciso nem citar as outras qualidades além do roteiro, né? Acho que os Oscars que o filme ganhou foram absolutamente merecidos. Destaque para a atuação da Diane Keaton, maravilhosa como sempre.
O filme denuncia de forma clara e profunda as falhas na estrutura familiar e no ensino tradicional, mostrando o anseio por liberdade da juventude da época retratada. Mas usando de toda minha sinceridade, vou discordar de alguns dos comentários: O filme não entra na esfera do "poético". Para mim, é mais do que claro que Truffaut não quis explorar o subjetivo e sim fazer uma mera reprodução da realidade que ele mesmo e outros viveram. E quanto ao final, tem o mérito de não ser clichê. Mesmo assim, achei abruto demais. Senti falta do bom e velho clímax. Não sou conhecedor da obra do diretor, mas pelo menos o curta "Antoine e Colette" (que também vi recentemente pela tv) possui um final mais interessante, na minha opinião.
Melinda e Melinda
3.5 230 Assista AgoraEssa idéia do Woody de cruzar uma mesma história contando-a de duas formas diferentes (e ao mesmo tempo, semelhantes) foi muito boa. Só ela vale um comentário positivo. Já o desenvolvimento não apresenta tanta inovação e atratividade quanto a idéia original. É um filme leve e permite uma certa reflexão, mas explora as relações humanas de forma bastante usual, sem nenhum elemento que se destaque. Eu recomendo, mas com um entusiasmo médio.
Laranja Mecânica
4.3 3,8K Assista AgoraO filme é muitíssimo bem dirigido e foi isso que me chamou mais a atenção. Quanto à história é bem aquilo que já disseram aqui: o roteiro tende a favorecer um único lado da moeda. A crítica sobre o controle político e a manipulação da liberdade de escolha é muito válida, mas faltou a crítica sobre o mau uso que os indivíduos fazem de sua própria liberdade.
Alex, de hora para outra, passa a ser tratado como uma simples vítima do Sistema, como se ele não tivesse desvio de caráter algum. E o pior: seu desvio de caráter não tem motivo aparente. Seus pais o criam de forma correta e dão acesso à educação. Ele pratica a violência porque gosta, e praticar a contenção deste "instinto destrutivo" é errado. Se seu caráter contraventor fosse justificado por alguma falha externa, algum motivo social, tudo bem. Mas não é o caso.
Essa crítica pela metade, que pode muito bem abrir espaço (e abriu) a interpretações equivocadas (como a própria apologia à violência), fez o filme perder algo na minha avaliação. Mas, apesar disso, acho que os demais atributos ainda o tornam uma obra respeitável. Em outras palavras: Importante, mas não inquestionável.
Visionários
3.3 35 Assista AgoraÉ...
é daqueles filmes que querem dizer tanta coisa que acabam dizendo nada. Começa bem, até. Achei que daria 4 estrelas até certo ponto. Mas depois percebi que a história caminhava para lugar algum... Não quero dizer que o filme não apresente uma boa crítica embutida sobre o estilo de vida contemporâneo e tudo mais, só que a idéia se desenvolveu de forma tão confusa e ao mesmo tempo tão rasa...
Duas estrelas pela tentativa.
Desconstruindo Harry
4.0 334 Assista AgoraNão é MESMO um dos melhores do Woody Allen. Aliás, passa bem longe disso... Não pela idéia original, que é fantástica. Mas sim pela utilização de um humor depreciativo que, além de não ter graça nenhuma, também ofusca as qualidades do roteiro. Os primeiros 40 minutos do filme me irritaram: era uma luta entre a boa história e o humor apelativo que não combina com o conteúdo. É sério, nunca ouvi tanto as palavras "blowjob" e "fuck" em um espaço de tempo tão curto. Ainda estou sem entender o que há de tão engraçado nisso. Eu tenho absoluta certeza que Woody Allen consegue fazer textos muito, mas muito mais brilhantes e engraçados sem precisar dessas muletas de roteirista de besteirol para adolescentes.
Passando dos 40 minutos iniciais, o filme engrena e a essência da história finalmente ganha do humor desbocado mequetrefe. Por este motivo, dou 3 estrelinhas para o filme.
Em resumo: a direção é boa e a história é ótima, mas a maneira que o Woody escolheu para contá-la infelizmente foi deselegante. Não ri, mas ao menos pude refletir. O neurótico que ele encarnou dessa vez é chato até dizer chega. Porém, pelo que pude perceber, a intenção era justamente essa.
Caro Diário
3.7 38Três ótimos filmes em um só... Acho que o ritmo diferente das 3 partes distintas provoca uma sensação de que a história perde a dinâmica, mas isso deve ser porque as duas primeiras partes são comédia e a última fala de um momento bastante sério da vida do Nanni Moretti. Mas, como o título mesmo deixa evidente, é um diário. Ou seja, tem partes cômicas e partes nem tão cômicas assim. A vida não tem um gênero só e não segue ritmo de filme. Gostei da maneira escolhida para contar as histórias, priorizando o simples e o cotidiano como formas de percebermos a nossa existência no mundo.
O Amor em Fuga
4.1 92 Assista AgoraA saga de Doinel finalizada com chave de ouro. Tudo muito coerente, muito sincronizado com os outros capítulos da história. Me deu a impressão de que o François Truffaut já tinha feito o roteiro deste filme antes mesmo de Os Incompreendidos, tamanha é a habilidade de juntar fatos tão distanciados pelo tempo para explicar uma coisa só. E rever a Colette foi ótimo também! Enfim, um final lindo e inspirado. Comédia romântica perfeita.
Nos Bastidores da Notícia
3.4 36Gostei mais do que a média.
Todos Dizem Eu Te Amo
3.5 270 Assista AgoraTambém não sou muito fã de musicais. Mas é bonitinho. A Natalie Portman era um bebê! haha
A Rosa Púrpura do Cairo
4.1 591 Assista Agora"Tom: - I love you. I’m honest, dependable, courageous, romantic and a great kisser.
Gil: - And I’m real."
Maravilhoso. A única coisa que eu posso dizer é que seria péssimo morrer sem ter visto este filme.
Obs: Não acredito que li comentários aqui criticando a atuação da Mia Farrow. Neste filme ninguém pode dizer que ela estava mal.
Hannah e Suas Irmãs
4.0 292Gostei. Fiquei com a impressão de ser uma espécie de homenagem do Woody Allen a ele mesmo (rs), uma vez que parece fácil identificar semelhanças com o roteiro de filmes anteriores, como "Memórias" (o personagem do Woody Allen e seus questionamentos sobre o sentido da existência) e "Interiores" (a Hannah e as irmãs são quase um remake levemente cômico das três filhas da personagem da Geraldine Page. Os "rolos" familiares ali também são os mesmos. Comparem). Se trata de uma síntese bem elaborada, concatenando o melhor do universo dos filmes do Woody. A direção é bem simples mesmo, como de costume. Para quem gosta de filmes que priorizam o roteiro, é um prato cheio.
Ah, aquele finalzinho me pegou de surpresa e me deixou encucado... realmente permite mais de uma interpretação.
Harry, o Amigo de Tonto
4.0 26Sério que o título no Brasil é este?
É bonitinho. Destaco os monólogos saudosistas de Harry para Tonto e o encontro com Jessie. E é bom também ver a Ellen Burstyn mais novinha... rsrs
Além de bem raro aqui no Brasil (não foi lançado em DVD), também foi o filme que rendeu o Oscar de melhor ator para Art Carney em 1975 (desbancando Al Pacino em O Poderoso Chefão II e Jack Nicholson em Chinatown). Portanto, quem tiver oportunidade de ver no telecine cult quando estiver passando, veja!
Bruna Surfistinha
2.9 3,0K Assista AgoraQue filme ruim. Enredo fraco, feito dentro de uma fórmula de bolo manjada para encher sala de cinema. Juro que queria encontrar um mérito para justificar os cento e poucos minutos que eu gastei em frente à tv, mas não encontro. Ok, as atuações da Drica Moraes e da Fabiula Nascimento são boas até. Mas é só isso.
Apelativo até dizer chega. Não é puritanismo, mas acho que há muito mais coisa a ser contada sobre a vida de uma garota de programa do que os tipos de homem que ela costumava atender ou as coisas que ela fazia na cama. A não ser que a idéia seja fazer um filme erótico.
Enfim, perda de tempo. Pensei em parar de ver na metade algumas vezes.
Beijos Proibidos
4.1 138 Assista AgoraPosso ser sincero? Me envolveu muito mais do que Os incompreendidos e entrou nos meus favoritos. Bem menos pretensioso do que o primeiro, e talvez isso tenha me encantado. Consegue dizer muito através do pouco...
Aqui Antoine Doinel se estabelece como personagem absolutamente carismático que é. Fabienne Tabard também merece destaque. A personagem entra e fica de tal forma em cena que é impossível não concordar com o que Doinel pensava a respeito dela! rs
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
4.1 1,1K Assista AgoraÉ interessante ver os filmes do Woody Allen na ordem cronológica. Você vai notando que cada filme da fase "pastelão" dele é mais representativo do que o outro. Aí chega em Annie Hall (Odeio o título brasileiro), que é um marco na carreira cinematográfica do Woody. É o filme que fez todo mundo olhar e pensar "esse cara tem futuro no cinema", justamente por ele ter abandonado de vez o estilo dos outros e ter mostrado aquilo que era só dele, a visão deliciosa sobre os relacionamentos humanos e os conflitos existenciais cercados de referências filosóficas e psicanalíticas. É impossível não se identificar com os personagens e não se deixar cativar por eles... os sentimentos humanos são muito bem representados. Ele sempre treinou tudo isso, é verdade. Mas Annie Hall é diamante lapidado! Não preciso nem citar as outras qualidades além do roteiro, né? Acho que os Oscars que o filme ganhou foram absolutamente merecidos. Destaque para a atuação da Diane Keaton, maravilhosa como sempre.
Os Incompreendidos
4.4 645O filme denuncia de forma clara e profunda as falhas na estrutura familiar e no ensino tradicional, mostrando o anseio por liberdade da juventude da época retratada. Mas usando de toda minha sinceridade, vou discordar de alguns dos comentários: O filme não entra na esfera do "poético". Para mim, é mais do que claro que Truffaut não quis explorar o subjetivo e sim fazer uma mera reprodução da realidade que ele mesmo e outros viveram. E quanto ao final, tem o mérito de não ser clichê. Mesmo assim, achei abruto demais. Senti falta do bom e velho clímax. Não sou conhecedor da obra do diretor, mas pelo menos o curta "Antoine e Colette" (que também vi recentemente pela tv) possui um final mais interessante, na minha opinião.