Iris

Pra quem leu o livro sabe que a relação entre Hans e Liesel se desenvolveu com a leitura, a cada palavra o afeto se tornava mais forte, a cada noite ela sentia a generosidade, simplicidade e bondade do pai adotivo. Depois temos a Rosa, que simplesmente parece ter se tornado alguém amável do nada. A relação com mulher do prefeito foi a mais complicada na adaptação. No livro existe uma grande sutilidade nela, um carinho que se desenvolve no silencio, a dor de perder um filho que amava ler, vista numa garota sentada no chão da biblioteca. Acredito que em uma adaptação captar essa essência seria complicado, mas acredito que um pouco mais de sofrimento ao falar do filho morto não faria mal a ninguém.
Ainda sim, realmente gostei do filme, ele foi fiel aos fatos narrados, teve uma escolha interessante de elenco, uma fotografia muito bonita e uma trilha sonora bastante agradável. Só uma ressalva no figurino que estava muito rico na minha opinião, é mais que claro que são roupas e sapatos caros, e considerando que eles nem tinham o que comer, não vejo como terem roupas tão caras e em perfeito estado (cade os furos e manchas?) kkkk.
Chorei no final, até porque a cena foi como eu imaginei, muito fiel ao livro e acredito que tão triste quanto. Não consegui avaliar esse final apenas pelo filme, já que não esqueço o sofrimento da Liesel descrito no livro, o como foi trágico e doloroso, e o como chorei com ela vendo os pais mortos e beijando o Rudy (lagrimas eternas).
Excelente filme e quem gostou da história, leia o livro (pra chorar mais ainda), pra conhecer bem todos os personagens, pra acompanhar a evolução de cada um (principalmente da Liesel), entender o sofrimento e a relação tão intensa desenvolvida entre os personagens, assim como a relação do leitor com eles, (como não se apaixonar pelo Rudy e não morrer junto quando ele morre? T^T). Sou uma terna suspeita para falar do livro, mas nem uma adaptação de 4 horas de duração poderia expressar (ao meu ver) a beleza do filme.