não acredito que gastei duas horas da minha vida com isso. o filme parece que tenta ser mil coisas e no fim não acaba sendo nenhuma delas com sucesso. infelizmente atuações e fotografia boas não salvam um roteiro ruim.
de alguma forma, eu já sabia que esse filme me destruiria. e foi exatamente o que aconteceu. vidas passadas me trouxe diversas emoções enquanto eu assistia: esperança, empolgação, expectativa, tensão, tristeza... e tudo isso foi intensificado depois que o filme acabou. exatamente como deveria acabar. todas as nuances
— o fato de eles se reencontrarem a cada 12 anos (que, no horóscopo chinês, representa o fim de um ciclo), de ela chorar apenas com/por ele, de essa vida que nos estar sendo mostrada ser a vida passada de pessoas que em alguma outra vida talvez em uma vida futura se reencontrem e fiquem juntas —
tornaram esse filme ainda mais especial e emblemático para mim. e apesar de eu não ter chorado enquanto assistia, quanto mais eu penso nele, mais sinto vontade de me acabar em lágrimas. foi o meu primeiro filme do ano, mas com certeza eu o carregarei comigo até o fim — de 2024 e da vida.
Interessante, dá para passar o tempo, mas é meio qualquer coisa. Na minha opinião, a maneira caricata como pintaram a URSS me tirou ótimas gargalhadas, e aquela cena de fuga de carro me pegou legal nesse sentido. Se não fosse por isso, acho que seria um pouco melhor. Ainda assim, é legal saber um pouco por trás de como o tetris surgiu.
Decision to Leave entrou na lista de um dos melhores filmes que já vi na vida. O típico nada acontece, tudo acontece: na superfície, a história parece irrelevante, mas quando analisamos de maneira mais profunda, a fotografia, os enquadramentos, os focos e desfoques, a trilha sonora, a ambientação... absolutamente tudo conta. A construção das personalidades das personagens, a montanha e o mar, carregam o filme inteiro, e sinto que eu precisaria reassistir a ele mais umas cinco vezes para começar a entender melhor cada um desses detalhes.
O que parece a princípio ser uma investigação acaba por se tornar uma história de amor, mas até onde é traição quando as duas pessoas mal se tocam? A intimidade aqui não é construída por beijos, não há qualquer luxúria envolvida, as personagens apenas se envolvem naturalmente a ponto de o espectador começar a achar estranho demais para ser apenas uma amizade. E o fato de ele tê-la deixado escapar foi a prova do quanto ele a amava. A cena final, a montanha construída de areia sendo destruída pela água, ele procurando por ela na praia, foi de partir o coração e alugou um triplex na minha cabeça.
Passei semanas pensando nesse filme, não sabia falar sobre outra coisa, e voltar aqui para finalmente escrever esse 0,5% do que Decision to Leave representou para mim traz de volta tudo o que senti do começo ao fim do filme – e além.
Minha vontade é de socar quem me indicou esse filme. Chato, entediante, muitas coisas jogadas e sem sentido, personagens com uma falta de carisma sem fim. Edgar Wright deve ter visto Drive e pensado, "Vou fazer o que esse filme jamais poderia ter feito", e aí nasceu Baby Driver, um filme bom de verdade.
Não é o tipo de filme de que eu gosto, mas depois de ter visto Kunfusão, já estava mais preparada para o que me esperava. Apesar de tudo, até que não foi de todo ruim e até que me diverti. Eu só não veria de propósito.
Um filme típico dos anos 2000: bobinho, com um uso de CGI totalmente duvidoso, mas passa uma mensagem bacana. A experiência de ter visto com o meu namorado foi divertidíssima. Não é um filme incrível, mas também não é tenebroso. Vi que é um remake de outro filme dos anos 60, eu acho, e o original tem avaliações mais positivas. Quero ver qual é que é...
Sinto que tenho muito a falar sobre esse filme, mas não sei direito como, então vou dialogar aqui comigo mesma. Fiquei muito estressada por ter lido que Samuel D. Hunter e Darren Aronofsky fizeram um péssimo trabalho porque o filme é gordofóbico e tem como intuito menosprezar pessoas obesas. Esse tipo de análise, além de ser extremamente simplista, não faz nenhum sentido. Quer dizer, não se você de fato assistiu ao filme. A Baleia conta com cenas fortes de compulsão alimentar e uma destilação de ódio extrema para com o protagonista, mas não dá para resumi-lo à obesidade. Sim, o fato de o protagonista ter obesidade mórbida é importante para a trama, mas a história não é só isso.
Charlie, interpretado por Brendan Fraser, chegou a um estado depressivo tão baixo que ele come para morrer. Ele come para afogar todos os sentimentos que o sufocam, porque a morte de seu parceiro por causa da religião foi algo com que ele não soube lidar. Enquanto seu parceiro se deteriorou aos poucos pela falta de comida, Charlie fez o oposto: encontrou na compulsão alimentar uma válvula de escape, e isso acabou se tornando um problema. Agora, com obesidade mórbida e à espera da morte iminente, tudo o que ele deseja é consertar as coisas que ficaram por aberto em sua vida.
E é aí que entra Ellie, sua filha, que vai até a casa dele e o menospreza de todas as formas possíveis ao longo de uma semana, um pouco menos do que isso. Essa é a forma que a garota encontrou para expressar seus sentimentos, sua dor. Charlie a abandonou aos oito anos para viver seu verdadeiro amor, e Ellie se ressente por causa disso, porque tudo o que ela queria era o pai presente em sua vida, e nos últimos anos ele nunca esteve lá. Agora, em seus últimos dias, Charlie tenta recuperar o tempo perdido. Quando acha que vai morrer, pede para lerem a redação de Ellie a respeito de Moby Dick, o texto mais sincero a respeito da obra que ele já lera em sua vida, e morre de orgulho da filha por isso. Ellie não sabia que Charlie tinha visto essa redação, e aquele pedaço de papel traz mais significado para a história do que qualquer coisa que eu diga – não só pelo que está escrito, mas pelo que ele representa.
"No incrível livro Moby Dick, do autor Herman Melville, o narrador conta a história de quando esteve no mar. Na primeira parte do livro, o protagonista, que se chama de Ishmael, está em uma pequena cidade litorânea, dividindo uma cama com um homem chamado Queequeg. (...) E eu sentia uma enorme tristeza ao ler os capítulos entediantes que eram apenas descrições de baleias, porque sabia que o narrador só estava tentando nos livrar de sua própria história triste, só por um tempinho."
Em muitas cenas, personagens demonstram desprezo por Charlie por causa de seu corpo. Embora argumentem que isso pode tornar o filme gordofóbico, acredito que seja apenas a representação da gordofobia na obra. Porque sim, pessoas desprezam outras por causa de seus corpos, é a realidade; e não deveria a realidade, portanto, ser retratada? Há um estigma relacionado a pessoas com obesidade, e há casos e casos. Não acho que seja simplesmente um estereótipo. Charlie não chegou a essa condição porque gostava de comer e ponto, ele tinha problemas que não foram tratados como deveriam. Com o luto veio a depressão, e com ela veio a compulsão; o resultado foi se afundar cada vez mais nisso. Ele passou a sentir vergonha, afinal, todos o julgavam, porque todos viam seu corpo, mas ninguém sabia o que Charlie estava sentindo ou como ele chegou àquela condição, e ninguém parecia se importar em saber, até o momento em que ele liga o foda-se, abre a câmera do notebook para que seus alunos consigam vê-lo e depois taca o computador no chão.
A questão que estão reclamando a respeito da gordofobia que me incomoda é que, assim... obesidade é uma doença. E, assim como todas as doenças, essa também precisa ser tratada. O problema é como as pessoas que têm obesidade são tratadas por conta disso. Isso sim eu chamaria de gordofobia. Não colocar um fat suit no cara ou dizer que ele tem uma doença, porque... ele tem. Faz sentido? Uma coisa não anula a outra. Enfim, vida que segue.
O que eu queria mesmo falar é que achei muito interessante a forma como, ao longo do filme, sempre está chovendo quando a porta é aberta. No mínimo, o céu está cinza. E, no fim, não. Foi uma das coisas que mais pegou por ser tão simples e, ao mesmo tempo, cheio de significado. A cena final, da porta aberta, a luz lá fora, ele subindo e, em seguida, a lembrança... ele finalmente conseguindo colocar o pé no mar... bom, foi muito marcante no meu entendimento do filme.
No mais, queria dizer que não entendi nada em relação ao Thomas, qual o lance da religião, etc. Eu sou realmente muito burra em relação a tudo isso e algo me diz que há muitas analogias envolvidas. O Aronofsky gosta mais de falar da religião cristã do que crente. E eu, como uma ótima cristã, entendi bulhufas. Talvez algum dia alguém grave um video essay bem completo e cheio de opiniões para eu começar a ter uma noção disso tudo.
A Baleia é definitivamente um dos filmes já feitos. Preciso ver mais algumas vezes para compreender melhor, mas com certeza vale a pena. Entender um pouco da história por trás do filme – a peça, o autor – também ajuda a colocá-lo em perspectiva, não que isso seja necessário para analisar a obra, mas enfim. A questão é que tudo tem contexto, e acho que algumas coisas fazem mais sentido quando se tem um olhar mais completo sobre a obra.
Deus que me perdoe, mas esse é meu filme preferido de Harry Potter. É o melhor dos livros e o melhor dos filmes na minha opinião. Tem muita coisa meio nada a ver, mas eu nem ligo. Na real, tenho muita história com esse sexto filme em geral, e isso também acaba pesando um pouco, mas, sério, é a parte da história que conecta as coisas que aconteceram e as que vão acontecer. É diferente dos outros cinco primeiros filmes, cada um com seu próprio arco super repetitivo (pega a pedra, encontra Voldemort; pega o diário, encontra o Voldemort; pega a taça, encontra o Voldemort; pega a bola de cristal, encontra o Voldemort), e diferente também dos dois últimos, que encerram a saga Harry Potter. O Enigma do Príncipe é uma ponte e deixa várias pontas soltas, e isso é uma das coisas de que gosto mais nele. Também adoro o fato de sair um pouco da fórmula e mostrar coisas um tanto quanto mais cotidianas. Sei que sou voto vencido quanto a essa opinião e que a maioria das pessoas acha esse filme um lixo, mas eu... eu amo. E seu lá, não estou aqui para mudar a opinião de ninguém, então é isso aí.
Um típico clichê de comédia romântica. Nada muito impressionante, mas não chega a ser um dos piores do gênero. Despretensioso, até que prende a atenção, mas é fácil não se importar. Gostei dos elementos relacionados a livros e tudo o mais, e por um momento achei que fosse focar mais nessa parte. Não rolou. Enfim, dá para se divertir em uma tarde sem usar dois neurônios, e era exatamente disso que eu estava precisando.
Já faz um tempo que filmes de romance em geral não me deixam animada, mas gosto muito da proposta desse, porque já tentei escrever uma história no estilo e... bom, não achei que deu certo. E aqui eu acho que funcionou muito bem. Gostei muito do roteiro, da montagem e da fotografia, achei que tudo casou muito bem com o estilo do filme.
O que mais me surpreendeu foi a forma como ela ficou bem no final – nas duas realidades, encontrou o amor em pessoas diferentes e conseguiu fazer o que ama de formas diferentes. Além disso, os pontos em que as histórias se conectam foram muito bem escolhidos, e é muito interessante ver a vida dela se cruzando com as das mesmas pessoas nas realidades paralelas. Foi uma surpresa para mim não ser um filme estritamente sobre romance e sobre como ela ficou com o mesmo cara nas duas realidades, mas que dá para encontrar a felicidade mesmo quando parece que você fez tudo errado e o mundo vai desabar na sua cabeça e todas as escolhas que você fez foram erradas.
Eu costumo ser bastante pessimista em todas as histórias que crio, e esse filme me deu uma perspectiva diferente a respeito das coisas. Através de Como seria se...?, acho que recuperei um pouco dos sentimentos que tinha quando era apaixonada por comédias românticas mais do que qualquer outra coisa. Apesar de ter achado algumas coisas meio rasas, esse filme, de alguma forma, foi um conforto. Me deu esperança. E, como uma boa e velha amiga, me disse que vai ficar tudo bem. No fim do dia, não existe um caminho certo e nem uma escolha estupidamente errada. Há mais de um caminho até o fim do arco-íris, e os dois podem parar no bendito pote de ouro.
Vi mais ou menos ano passado em um momento meio complicado da minha vida e não consegui assistir prestando atenção porque ficava triste sempre que dava play. Mas hoje esse filme só me fez sorrir. A vibe de O serviço de entregas da Kiki é muito gostosa, e é uma delícia acompanhar a evolução da personagem, as amizades que ela faz e a descoberta de quem ela é. Tudo nesse filme dá um quentinho no coração. Quero muito ler o livro agora para ver se é tão bom quanto a animação, e pode ter certeza de que vou rever a história da Kiki várias e várias vezes.
Nada de novo no front mostra as crueldades da guerra de uma forma ainda mais impactante do que diversos outros filmes do gênero, como 1917 e Até o último homem. No começo eu fiquei chocada, e no final parecia que eu estava no começo, só que era ainda pior. A cena final... não dá para acreditar, sabe? Para mim, esse filme claramente mostra como na guerra ninguém ganha e como as pessoas que fazem a guerra são totalmente diferente das que lutam nela; é uma filhadaputice descarada. Ainda estou tentando digerir tudo o que assisti.
Não engulo que os caras sobreviveram um ano inteiro naquela porra para acabarem morrendo dias, horas, minutos antes do fim da guerra. Mas que caralho. Enfim.
Em relação às questões técnicas, acho que esse filme precisava ser mais valorizado na temporada de premiações. Atuações, design de produção, cabelo e maquiagem, trilha sonora – foi tudo incrível.
Menos aqueles ratos de CGI, mas a cena durou dois segundos, então eu perdoo.
A forma como as personagens aparecem ao longo das cenas, as mudanças nas expressões e nos olhares e nos rostos antes, durante e depois da guerra, a diferenciação óbvia de uma pessoa que acabou de chegar na guerra e uma que está nela há um ano, o modo como meros quinze minutos daquele horror impactam alguém. Esse é um filme de muitos acertos, mas doloroso demais de se ver, porque no final não é simplesmente sobre a guerra, e sim sobre como a guerra mudava e acabava com a vida das pessoas que lutavam, muitas vezes sem querer lutar, sem saber o que os estava esperando no campo de batalha. A honra, afinal, não serve para nada quando se está morto, é apenas uma forma de as pessoas que ficaram acreditarem que as mortes dos que amavam não foram em vão.
Demorei um tempão para ver esse filme, mas valeu a pena. Gostei muito de toda a ideia e da elaboração da história. Acredito que há mais camadas para serem entendidas, e eu precisaria, portanto, revê-lo algumas vezes para pegar. Aliás, acho que é o tipo de filme que a cada vez que você assistir, dependendo do momento em que você está, vai interpretar de uma forma diferente. Esses são os melhores tipos de filme. Ah, gosto muito desse lance que tem surgido nos filmes mais recentes de
Não esperava nada desse filme, mas fui surpreendida. Adorei a jornada do Gato de Botas e gostei que no final ficou uma coisa meio aberta caso queiram fazer mais histórias. Previsível? Sim. Odeio quando inventam esse lance de lição de moral no final das histórias, porém é um filme infantil e acho que, num geral, casou bem com a narrativa, por isso não me incomodei. Aliás, as cenas do Gato tendo crises de ansiedade foram ótimas. Curti muito mesmo! A animação em si está muito boa, apesar das quedas de fps quando o estilo muda durante as lutas, e fiquei muito feliz pelo fato de a DreamWorks estar com um forte concorrente nessa temporada de premiações (mesmo que provavelmente os prêmios vão para a Disney ou para a Netflix).
me pareceu tão raso que, no contexto geral, ficou até meio besta. Caricato, acho. Não sei. Queria muito ter gostado mais, porque amo o elenco, as atuações estão ótimas, a fotografia e a trilha sonora estão no ponto certo para criar todo aquele cenário... só que o diretor parece que perdeu a mão. Aliás, o filme me lembrou muito um livro de contos chamado Acrescente cianureto a gosto, da Karmen Špiljak, que é incrível e eu recomendo demais! Se tivesse uma pegada mais parecida com a desse livro, eu teria achado melhor.
Para mim, o problema de Avatar é querer inventar história demais. Todo mundo sabe que é um projeto de amor do James Cameron por causa do interesse por mar, filmes e tecnologia, mas para mostrar tudo o que ele conhece e inventa, precisa inventar um roteiro. É aí que ele tenta enfiar coisa demais na história e acaba tirando parte do brilho do filme. Às vezes eu acho que a galera encrenca demais com acontecer coisas o tempo todo, mas algumas histórias não precisam de plot twists ou grandes acontecimentos; algumas narrativas podem ser apenas viagens, desenvolvimentos, conflitos internos e tudo o mais. Em suma, eu amei esse segundo filme de Avatar e me marcou muito, mas achei que ficou coisa demais para desenvolver em pouco tempo e esse lance do vilão ficou muito repetitivo, o que eu não curti — mais uma vez, a história não era para ser sobre ele, mas ele está lá porque precisava de uma batalha final. No mais, efeitos impecáveis, obviamente, e trilha sonora estonteante. Ter visto esse filme em 3D no cinema foi uma experiência incrível, e o bom de ter sido uma sessão dublada é que eu pude concentrar toda a minha atenção no visual do filme. Espero que a continuação seja ainda melhor.
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Saltburn
3.5 848não acredito que gastei duas horas da minha vida com isso. o filme parece que tenta ser mil coisas e no fim não acaba sendo nenhuma delas com sucesso. infelizmente atuações e fotografia boas não salvam um roteiro ruim.
Vidas Passadas
4.2 728 Assista Agorade alguma forma, eu já sabia que esse filme me destruiria. e foi exatamente o que aconteceu. vidas passadas me trouxe diversas emoções enquanto eu assistia: esperança, empolgação, expectativa, tensão, tristeza... e tudo isso foi intensificado depois que o filme acabou. exatamente como deveria acabar. todas as nuances
— o fato de eles se reencontrarem a cada 12 anos (que, no horóscopo chinês, representa o fim de um ciclo), de ela chorar apenas com/por ele, de essa vida que nos estar sendo mostrada ser a vida passada de pessoas que em alguma outra vida talvez em uma vida futura se reencontrem e fiquem juntas —
Tetris
3.8 177 Assista AgoraInteressante, dá para passar o tempo, mas é meio qualquer coisa. Na minha opinião, a maneira caricata como pintaram a URSS me tirou ótimas gargalhadas, e aquela cena de fuga de carro me pegou legal nesse sentido. Se não fosse por isso, acho que seria um pouco melhor. Ainda assim, é legal saber um pouco por trás de como o tetris surgiu.
Decisão de Partir
3.6 143Decision to Leave entrou na lista de um dos melhores filmes que já vi na vida. O típico nada acontece, tudo acontece: na superfície, a história parece irrelevante, mas quando analisamos de maneira mais profunda, a fotografia, os enquadramentos, os focos e desfoques, a trilha sonora, a ambientação... absolutamente tudo conta. A construção das personalidades das personagens, a montanha e o mar, carregam o filme inteiro, e sinto que eu precisaria reassistir a ele mais umas cinco vezes para começar a entender melhor cada um desses detalhes.
O que parece a princípio ser uma investigação acaba por se tornar uma história de amor, mas até onde é traição quando as duas pessoas mal se tocam? A intimidade aqui não é construída por beijos, não há qualquer luxúria envolvida, as personagens apenas se envolvem naturalmente a ponto de o espectador começar a achar estranho demais para ser apenas uma amizade. E o fato de ele tê-la deixado escapar foi a prova do quanto ele a amava. A cena final, a montanha construída de areia sendo destruída pela água, ele procurando por ela na praia, foi de partir o coração e alugou um triplex na minha cabeça.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraMinha vontade é de socar quem me indicou esse filme. Chato, entediante, muitas coisas jogadas e sem sentido, personagens com uma falta de carisma sem fim. Edgar Wright deve ter visto Drive e pensado, "Vou fazer o que esse filme jamais poderia ter feito", e aí nasceu Baby Driver, um filme bom de verdade.
Kung-Fu Futebol Clube
3.5 230 Assista AgoraNão é o tipo de filme de que eu gosto, mas depois de ter visto Kunfusão, já estava mais preparada para o que me esperava. Apesar de tudo, até que não foi de todo ruim e até que me diverti. Eu só não veria de propósito.
Endiabrado
3.0 353 Assista AgoraUm filme típico dos anos 2000: bobinho, com um uso de CGI totalmente duvidoso, mas passa uma mensagem bacana. A experiência de ter visto com o meu namorado foi divertidíssima. Não é um filme incrível, mas também não é tenebroso. Vi que é um remake de outro filme dos anos 60, eu acho, e o original tem avaliações mais positivas. Quero ver qual é que é...
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraSinto que tenho muito a falar sobre esse filme, mas não sei direito como, então vou dialogar aqui comigo mesma. Fiquei muito estressada por ter lido que Samuel D. Hunter e Darren Aronofsky fizeram um péssimo trabalho porque o filme é gordofóbico e tem como intuito menosprezar pessoas obesas. Esse tipo de análise, além de ser extremamente simplista, não faz nenhum sentido. Quer dizer, não se você de fato assistiu ao filme.
A Baleia conta com cenas fortes de compulsão alimentar e uma destilação de ódio extrema para com o protagonista, mas não dá para resumi-lo à obesidade. Sim, o fato de o protagonista ter obesidade mórbida é importante para a trama, mas a história não é só isso.
Charlie, interpretado por Brendan Fraser, chegou a um estado depressivo tão baixo que ele come para morrer. Ele come para afogar todos os sentimentos que o sufocam, porque a morte de seu parceiro por causa da religião foi algo com que ele não soube lidar. Enquanto seu parceiro se deteriorou aos poucos pela falta de comida, Charlie fez o oposto: encontrou na compulsão alimentar uma válvula de escape, e isso acabou se tornando um problema. Agora, com obesidade mórbida e à espera da morte iminente, tudo o que ele deseja é consertar as coisas que ficaram por aberto em sua vida.
E é aí que entra Ellie, sua filha, que vai até a casa dele e o menospreza de todas as formas possíveis ao longo de uma semana, um pouco menos do que isso. Essa é a forma que a garota encontrou para expressar seus sentimentos, sua dor. Charlie a abandonou aos oito anos para viver seu verdadeiro amor, e Ellie se ressente por causa disso, porque tudo o que ela queria era o pai presente em sua vida, e nos últimos anos ele nunca esteve lá. Agora, em seus últimos dias, Charlie tenta recuperar o tempo perdido. Quando acha que vai morrer, pede para lerem a redação de Ellie a respeito de Moby Dick, o texto mais sincero a respeito da obra que ele já lera em sua vida, e morre de orgulho da filha por isso. Ellie não sabia que Charlie tinha visto essa redação, e aquele pedaço de papel traz mais significado para a história do que qualquer coisa que eu diga – não só pelo que está escrito, mas pelo que ele representa.
"No incrível livro Moby Dick, do autor Herman Melville, o narrador conta a história de quando esteve no mar. Na primeira parte do livro, o protagonista, que se chama de Ishmael, está em uma pequena cidade litorânea, dividindo uma cama com um homem chamado Queequeg. (...) E eu sentia uma enorme tristeza ao ler os capítulos entediantes que eram apenas descrições de baleias, porque sabia que o narrador só estava tentando nos livrar de sua própria história triste, só por um tempinho."
Em muitas cenas, personagens demonstram desprezo por Charlie por causa de seu corpo. Embora argumentem que isso pode tornar o filme gordofóbico, acredito que seja apenas a representação da gordofobia na obra. Porque sim, pessoas desprezam outras por causa de seus corpos, é a realidade; e não deveria a realidade, portanto, ser retratada? Há um estigma relacionado a pessoas com obesidade, e há casos e casos. Não acho que seja simplesmente um estereótipo. Charlie não chegou a essa condição porque gostava de comer e ponto, ele tinha problemas que não foram tratados como deveriam. Com o luto veio a depressão, e com ela veio a compulsão; o resultado foi se afundar cada vez mais nisso. Ele passou a sentir vergonha, afinal, todos o julgavam, porque todos viam seu corpo, mas ninguém sabia o que Charlie estava sentindo ou como ele chegou àquela condição, e ninguém parecia se importar em saber, até o momento em que ele liga o foda-se, abre a câmera do notebook para que seus alunos consigam vê-lo e depois taca o computador no chão.
A questão que estão reclamando a respeito da gordofobia que me incomoda é que, assim... obesidade é uma doença. E, assim como todas as doenças, essa também precisa ser tratada. O problema é como as pessoas que têm obesidade são tratadas por conta disso. Isso sim eu chamaria de gordofobia. Não colocar um fat suit no cara ou dizer que ele tem uma doença, porque... ele tem. Faz sentido? Uma coisa não anula a outra. Enfim, vida que segue.
O que eu queria mesmo falar é que achei muito interessante a forma como, ao longo do filme, sempre está chovendo quando a porta é aberta. No mínimo, o céu está cinza. E, no fim, não. Foi uma das coisas que mais pegou por ser tão simples e, ao mesmo tempo, cheio de significado. A cena final, da porta aberta, a luz lá fora, ele subindo e, em seguida, a lembrança... ele finalmente conseguindo colocar o pé no mar... bom, foi muito marcante no meu entendimento do filme.
No mais, queria dizer que não entendi nada em relação ao Thomas, qual o lance da religião, etc. Eu sou realmente muito burra em relação a tudo isso e algo me diz que há muitas analogias envolvidas. O Aronofsky gosta mais de falar da religião cristã do que crente. E eu, como uma ótima cristã, entendi bulhufas. Talvez algum dia alguém grave um video essay bem completo e cheio de opiniões para eu começar a ter uma noção disso tudo.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
4.0 1,7K Assista AgoraDeus que me perdoe, mas esse é meu filme preferido de Harry Potter. É o melhor dos livros e o melhor dos filmes na minha opinião. Tem muita coisa meio nada a ver, mas eu nem ligo. Na real, tenho muita história com esse sexto filme em geral, e isso também acaba pesando um pouco, mas, sério, é a parte da história que conecta as coisas que aconteceram e as que vão acontecer. É diferente dos outros cinco primeiros filmes, cada um com seu próprio arco super repetitivo (pega a pedra, encontra Voldemort; pega o diário, encontra o Voldemort; pega a taça, encontra o Voldemort; pega a bola de cristal, encontra o Voldemort), e diferente também dos dois últimos, que encerram a saga Harry Potter. O Enigma do Príncipe é uma ponte e deixa várias pontas soltas, e isso é uma das coisas de que gosto mais nele. Também adoro o fato de sair um pouco da fórmula e mostrar coisas um tanto quanto mais cotidianas. Sei que sou voto vencido quanto a essa opinião e que a maioria das pessoas acha esse filme um lixo, mas eu... eu amo. E seu lá, não estou aqui para mudar a opinião de ninguém, então é isso aí.
Na Sua Casa ou na Minha?
2.9 195 Assista AgoraUm típico clichê de comédia romântica. Nada muito impressionante, mas não chega a ser um dos piores do gênero. Despretensioso, até que prende a atenção, mas é fácil não se importar. Gostei dos elementos relacionados a livros e tudo o mais, e por um momento achei que fosse focar mais nessa parte. Não rolou. Enfim, dá para se divertir em uma tarde sem usar dois neurônios, e era exatamente disso que eu estava precisando.
Como Seria se...?
3.4 182 Assista AgoraJá faz um tempo que filmes de romance em geral não me deixam animada, mas gosto muito da proposta desse, porque já tentei escrever uma história no estilo e... bom, não achei que deu certo. E aqui eu acho que funcionou muito bem. Gostei muito do roteiro, da montagem e da fotografia, achei que tudo casou muito bem com o estilo do filme.
O que mais me surpreendeu foi a forma como ela ficou bem no final – nas duas realidades, encontrou o amor em pessoas diferentes e conseguiu fazer o que ama de formas diferentes. Além disso, os pontos em que as histórias se conectam foram muito bem escolhidos, e é muito interessante ver a vida dela se cruzando com as das mesmas pessoas nas realidades paralelas. Foi uma surpresa para mim não ser um filme estritamente sobre romance e sobre como ela ficou com o mesmo cara nas duas realidades, mas que dá para encontrar a felicidade mesmo quando parece que você fez tudo errado e o mundo vai desabar na sua cabeça e todas as escolhas que você fez foram erradas.
O Serviço de Entregas da Kiki
4.3 773 Assista AgoraVi mais ou menos ano passado em um momento meio complicado da minha vida e não consegui assistir prestando atenção porque ficava triste sempre que dava play. Mas hoje esse filme só me fez sorrir. A vibe de O serviço de entregas da Kiki é muito gostosa, e é uma delícia acompanhar a evolução da personagem, as amizades que ela faz e a descoberta de quem ela é. Tudo nesse filme dá um quentinho no coração. Quero muito ler o livro agora para ver se é tão bom quanto a animação, e pode ter certeza de que vou rever a história da Kiki várias e várias vezes.
Nada de Novo no Front
4.0 611 Assista AgoraNada de novo no front mostra as crueldades da guerra de uma forma ainda mais impactante do que diversos outros filmes do gênero, como 1917 e Até o último homem. No começo eu fiquei chocada, e no final parecia que eu estava no começo, só que era ainda pior. A cena final... não dá para acreditar, sabe? Para mim, esse filme claramente mostra como na guerra ninguém ganha e como as pessoas que fazem a guerra são totalmente diferente das que lutam nela; é uma filhadaputice descarada. Ainda estou tentando digerir tudo o que assisti.
Não engulo que os caras sobreviveram um ano inteiro naquela porra para acabarem morrendo dias, horas, minutos antes do fim da guerra. Mas que caralho. Enfim.
Menos aqueles ratos de CGI, mas a cena durou dois segundos, então eu perdoo.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraDemorei um tempão para ver esse filme, mas valeu a pena. Gostei muito de toda a ideia e da elaboração da história. Acredito que há mais camadas para serem entendidas, e eu precisaria, portanto, revê-lo algumas vezes para pegar. Aliás, acho que é o tipo de filme que a cada vez que você assistir, dependendo do momento em que você está, vai interpretar de uma forma diferente. Esses são os melhores tipos de filme. Ah, gosto muito desse lance que tem surgido nos filmes mais recentes de
mães se desculpando com filhas
Gato de Botas 2: O Último Pedido
4.1 450 Assista AgoraNão esperava nada desse filme, mas fui surpreendida. Adorei a jornada do Gato de Botas e gostei que no final ficou uma coisa meio aberta caso queiram fazer mais histórias. Previsível? Sim. Odeio quando inventam esse lance de lição de moral no final das histórias, porém é um filme infantil e acho que, num geral, casou bem com a narrativa, por isso não me incomodei. Aliás, as cenas do Gato tendo crises de ansiedade foram ótimas. Curti muito mesmo! A animação em si está muito boa, apesar das quedas de fps quando o estilo muda durante as lutas, e fiquei muito feliz pelo fato de a DreamWorks estar com um forte concorrente nessa temporada de premiações (mesmo que provavelmente os prêmios vão para a Disney ou para a Netflix).
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraAté a metade, estava achando o filme ótimo, mas achei que desandou da metade para o final. Entendi as críticas e tudo o mais, mas
o lance do x-burguer
Avatar: O Caminho da Água
3.9 1,3K Assista AgoraPara mim, o problema de Avatar é querer inventar história demais. Todo mundo sabe que é um projeto de amor do James Cameron por causa do interesse por mar, filmes e tecnologia, mas para mostrar tudo o que ele conhece e inventa, precisa inventar um roteiro. É aí que ele tenta enfiar coisa demais na história e acaba tirando parte do brilho do filme. Às vezes eu acho que a galera encrenca demais com acontecer coisas o tempo todo, mas algumas histórias não precisam de plot twists ou grandes acontecimentos; algumas narrativas podem ser apenas viagens, desenvolvimentos, conflitos internos e tudo o mais. Em suma, eu amei esse segundo filme de Avatar e me marcou muito, mas achei que ficou coisa demais para desenvolver em pouco tempo e esse lance do vilão ficou muito repetitivo, o que eu não curti — mais uma vez, a história não era para ser sobre ele, mas ele está lá porque precisava de uma batalha final. No mais, efeitos impecáveis, obviamente, e trilha sonora estonteante. Ter visto esse filme em 3D no cinema foi uma experiência incrível, e o bom de ter sido uma sessão dublada é que eu pude concentrar toda a minha atenção no visual do filme. Espero que a continuação seja ainda melhor.