"Lutai primeiro pela alimentação e vestes, e em seguida o reino de Deus virá por si mesmo"
[Pode conter spoiler]
Muito certamente a fama que o filme recebeu foi pela comparação, digamos exagerada, com a filmografia lynchniana. Pois bem, se parecem e tudo o mais, porém ao comparara acaba se tirando o diferencial que cada um possui e o que os tornam únicos e importantes para seus devidos períodos. Lynch e Sarnet são felizes em suas escolhas, em suas montagens de cenário e todo um simbolismo próprio em cada cômodo e personagens apresentados. Ambos criam suas próprias mitologias em elementos comuns de suas respectivas culturas. A diferença primordial e’ como cada um segue a métrica narrativa e neste caso a métrica segue uma ordem; cronologia e organizada ao contrário das obras do diretor do topete tsunami. Por conta deste detalhe a diferença e até então um antagonismo cinematográfico se faz presente. Mas esse antagonismo não e’ destrutivo, muito pelo contrário só reforça ainda mais como e’ rico e como e’ complexa as crenças daquele lado meio apagadinho da Europa. Saindo duma comparação recorrente do Europeu X Estadunidense e colocando lado-a-lado o cenário Europa-Europa chegamos num ponto muito interessante e válido para este filme e todo seu desdobramento cultural, mitológico, social e linguístico. Fiquemos no mitos e línguas: A palavra robô vem de um desdobramento da palavra robota, que significa escravo em tcheco; uma tecnologia criada no intuito de realizar atividades para os seres humanos de forma “autônoma”. Fixo, realista e de necessidade. Na Estônia, país este que todos os transportes públicos são gratuitos, país que foi o primeiro a declarar a internet como um direito humano, que também foi o primeiro a permitir votos online para a eleição e o mais importante o pioneiro em aceitar uma residência eletrônica (tem até uma proposta de lei chamada Lei Kratt que "legaliza" a inteligência artificial), temos o Kratt. O Kratt e’ uma criatura folclórica estoniana feita de objetos domésticos velhos, usados e defasados que ganha vida após o mestre dar 3 gotas de seu sangue ao demônio. O Kratt e’ autônomo, tem vontade própria, mas se prende pela busca de trabalho. O ser humano entrega sua alma e seu sangue ao diabo para criar um ser que trabalhe para ele, mas ao invés do vizinho tcheco que não dá nada em troca e o valor moral e’ nulo para qualquer robota, o estoniano tem um vínculo sanguíneo e, até mesmo, religioso com o Kratt. Relação muito bem explorada no filme. A relação humano-Ser e’ explorada ao máximo e de forma incansável no filme. A necessidade do humano pelo Ser em uma época desoladora, sem um pingo de esperança embrulhada numa narrativa que pega uma mitologia rica e desconhecida e faz ser lida e relida de forma primorosa numa fotografia P&B garbosa e com requintes de luxo. O signo por trás desse filme remete ao pensador Walter Benjamin que em uma de suas teses ele diz que “um autômato e’ construído de tal modo que consiga responder com maestria cada lance de um jogador de xadrez com um contra lance”. Temos, no filme, humanos criando Kratt para ajudá-los ao ponto que tentam tapear o diabo numa tentativa de salvação numa época sem muita esperança de ser salvo. Situações de solidão, desejos ilusórios, vontades dotadas de potencias e egoísmo individual onde tudo que se tem e’ a tentativa de fazer perder seu elo com o divino para estabelecer um certo tipo de vínculo com o mitológico. Na verdade, temos o elo com o divino sempre em voga, mas fantasiado de ligação com o mito, engana-se que o vínculo com Deus e’ quebrado de forma branda já que em toda bibliografia cristã quando um vínculo e’ quebrado a ira vem de diversas formas e essa ira, em November, e’ representada justamente pela desumanização, a perda da alma, a tentativa de cortar as amarras do controle, seja ela por qual parte for. Seja ela Kratt, humana, rica, pobre, divina ou profana. Percebe agora como que não dá para se dizer que esse filme e’ um Lynch estoniano?
Conseguiram transformar um incel chato pra caralho numa personagem com motivação e um certo nível de profundidade (até alta para os padrões do meio) muito superior ao que a obra original propôs. Nunca pensei que eu fosse digitar isso algum dia mas o vilão no Filme se tornou 1000x melhor e mais interessante que o do Gibi.
O lançamento desse filme logo após o carnaval combina muito bem já que em termos de arte e cores, define muito bem a moeda brasileira. Pareceu ver varias cédulas de BRL vibrando e/ou fazendo parte do cenário. Parecia uma super montagem alegorica Clovis-Bornayriana.
Mostra também como super dá pra fazer um 007 negro mas o final do filme maior palhaçada chata tipo jogar um jogo de ps2 tudo meio mal renderizado.
2,5* pelo diretor e visão do sujeito e o resto pelo filme em si. Até que e' bacana.
Falar desse filme vai ser complicado mas vou tentar resumir da forma mais rápida possível. Resumir pois vou por elementos biográficos nessa "resenha" mesmo eu sendo contra misturar essas coisas. Mas com Toni Erdmann não deu pra não misturar.
São 2 filmes em 1, por isso a duração. 3 atos. 2 personagens. 1 evento. A duração se justifica pelas partes 1 e 2. E' um filme sincero, de coração, com identidade própria e maravilhoso. Meu maior erro foi não ter visto ele antes ou pior, ter quase desistido.
Fui pego pelo que considero filme 2, a última hora e meia onde tudo começa a acontecer, um início de clímax que vai até o final do filme, as interações. Me identifiquei em muitas partes com Winfred, não Toni (eu tenho muito disso do humor, de ver reações das pessoas com coisas que faço, de usar fantasias, de criar algumas personagens e imitar outras) não cheguei a me apegar a ponto de não querer prosseguir com o filme (que esperava um final trágico, pelo menos pra mim). Quando Winfred ficava triste, eu também ficava o contrário também. Fora filmes do Chaplin, do qual o último que vi foi em 2.010 ou 2.011, nenhum filme me faz/fez ficar alegre/triste junto com a personagem em quase total duração do filme, esse conseguiu. Winfred conseguiu. As ações dele conseguiu.
O que mais gostei desse filme foram do próprio Winfred e da secretaria da Inês por serem personagens puros e palpáveis (a secretária só me ganhou mesmo no final). A cena final só acelera o processo de lapidação do todo, da Inês (Inês e' o filme em si) e no momento decisivo pra ela, que não e' o trabalho, veja só é sim uma simples festa de aniversário o que foi montado durante o filme todo se quebra e algo novo começa a ser lapidado e rapidamente. Encerra ato 2.
O ato 3 nem preciso dizer nada ele por si só já nos coloca dentro daquela vida nova que vai surgir mesmo estando num ambiente onde uma vida se foi.
Não vou esquecer Toni Erdmann. Não vou esquecer de Winfred. Não vou esquecer das piadas e do humor.
Demorei muito pra ver mas acho que de alguma forma essa demora foi necessária.
Não desistem do humor.
PS: poucos filmes também me motivam a escrever mais de 4 linhas de "review".
Mangá e' uma ferramenta cultural extremamente forte no Japão, disso não há duvidas. As próprias adaptações japonesas de suas obras já são dignas de nota, sejam boas ou ruins mas ainda assim eles mantem a essência cultural deles. Agora, quando há uma adaptação/baseamento de um mangá pra um povo/cultura que tem sua própria ferramenta cultural, geralmente, dá ruim. E foi o que aconteceu com essa versão de DN. Sem comparar o mérito mangá-obra, se fossemos comparar não sobraria absolutamente quase nada pra se falar dessa versão. Vou tomar como base o filme japonês, faz mais sentido. E' curioso ver a diferença no retratar de jovens adultos, em idade escolar, dos dois países. O japonês, tímido, contido, estudioso, calmo e rígido X o americano, agitado, frágil, exagerado, barulhento e birrento. O perfil psicológico dos dois mesmos indivíduos retratados em duas adaptações diferentes e' destoante e estamos falando do mesmo personagem. Fora as outras personagens. E isso mudou COMPLETAMENTE o tom da mesma obra. Agora sobre filme, em resumo rápido (Xô TEXTÃO), ele e' muito falho, rápido e exagerado. Personagens que não lidam com pressão, super-detetive que salvou o mundo mas que ao se frustrar acaba indo contra seus ''princípios humanitários'' da corporação, onde no inicio do filme ele diz sobre, métodos investigativos falhos, decisões bruscas, a parte do Watari buscando as infos do L e' totalmente inútil, fora a motivação e uso de artifícios de queima-de-pagina. Sério, dava pra ter tido escolhas bem mais palpáveis e validas pra manter um clima de investigação e afronta (levando ao MASSAVÉIO) do que as utilizadas no filme. Mas e' aquela coisa, pro cinema americano o exagero catastrófico vende e se vende então tá XOW! De pontos positivos, o pouco que dá pra salvar são dois personagens: O pai do protagonista (esse sim dá pra dizer ser um policial digno, talvez (o que não e' difícil dado os exemplos do filme, né?) e o Ryuk, que apesar de ser meio apagadinho ainda tem uma personalidade muito mais interessante e que mantem o que ele propõe de ser "Só um jogo", ele não se importa e pra que se importaria, não e' verdade? Pra fechar: Dava pra ter feito uma adaptação bacana? Dava mas pra isso tinha que tirar quase tudo do original e por num contexto ocidental americano e isso seria difícil. Escolheram manter certos elementos que lá fazem sentido, pra trazerem pra cá deixando ou subaproveitados ou sem necessidade. [spoiler] Ferramentas culturais distintas em culturas distintas sendo adaptadas de formas distintas sob o clamor de um publico que conhece um lado e que vive no outro.
Numa época de Batman suicida, Lego Batman e' importante e mostra uma coisa muito boa e nítida dos dias atuais: Os gibis de heróis-escalão estão uma merda. Voltado pra um público de velhos numa mídia que deveria ser "meio que" voltada pros jovens.
Não que gibi deve ser só pra criança/jovem, porém né, não dá pra um moleque de 10 anos ler esses gibis que tão saindo.
O filme e' uma verdadeira tsunami de referencias e o filme e' oferece uma lição extremamente necessário para o cenário de jogadores atuais. Se não bastasse, ele e' deveras competente em dar uma aula de jogos e da historia dele, passando por diversas épocas e, porque não, plataformas.
O corte do filme, em segmentos, e' o que há de melhor para dividir os tipos de jogos e suas funções. Começa num ''bobo'' jogo online, onde as jogadoras estão simultaneamente conversando por vídeo-chamada, passando por típicos jogos a lá CLICKJOGOS, jogos de celular, jogos dos anos 70-80, jogos a lá Tron para no ato final, fechar com chave de ouro em minecraft+Katamari e agora a nova onda dos jogos, Just dance.
O motivo do jogo ser uma lição aos jogadores atuais e' pelo motivo deles estarem esquecendo da função e até então importância dos NPCs. Claro que há jogadores que são criados com um formato de jogo diferente (seja rpg ou MMO), porem a grande maioria hoje cresce com o monte de MOBA e jogos de plataforma em que o NPC não serve para absolutamente quase nada ou que não tem função importante.
GTA V se utiliza muito disso ao permitir que você controle personagens que seriam muito bem utilizáveis como NPCs, não que isso seja ruim, muito pelo contrario, eles possuem otimas funções no jogo e deixa a historia mais fluida e interessante mas há jogos que não usam a dessa função, infelizmente.
O NPC e' importante e nesse filme, não e' a player 1 que salva o dia, ta... Ela salva... Mas não vem dela o gancho de salvamento e sim dos npcs que fazem o trabalho todo e eles também auxiliam ela a vencer os desafios. A player 1 e' frágil.
Fora as referencias de filmes, alguns até voltados para o publico totalmente avesso (SELVAGENS DA NOITE COMO REFERENCIA!!) ao publico do universo colorido e rosa da Barbie. A unica coisa que me incomodou foi que os personagens que apareciam em jogos referenciados, antigos, muito modernos e com roupagens destoantes do tipo de jogo em questão. Nada que atrapalhe mas perdeu um pouquinho do que poderia conseguir alcançar.
No todo, e' um tapa de luva de pelica na cara dessa nova geração de games e gamers. Muito necessário num mundo em que grande parte dos jogos não tem vida e que o mais importante e bonito, diferencial, e' ver um boneco genérico passar por diversos sofrimentos durante o jogo. Onde só fica bom após o personagem estar todo estropiado e em farrapos. E que o que mais importa no jogo e' obter conquistas e troféus.
"Não pense nisso como um adeus e sim como um Bom jogo''.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraA ghost story e' o mais próximo, apesar da distância mais que abismal, de ser uma adaptação de Aqui do Richard Mcguire.
Halloween
3.4 1,1KPAREM DE AGREDI-LO, ELE E' UM IDOSO!!!!!
Traço Livre
3.2 2Folgosi, como ator, e' um ótimo roteirista.
November
3.8 78"Lutai primeiro pela alimentação e vestes, e em seguida o reino de Deus virá por si mesmo"
[Pode conter spoiler]
Muito certamente a fama que o filme recebeu foi pela comparação, digamos exagerada, com a filmografia lynchniana. Pois bem, se parecem e tudo o mais, porém ao comparara acaba se tirando o diferencial que cada um possui e o que os tornam únicos e importantes para seus devidos períodos.
Lynch e Sarnet são felizes em suas escolhas, em suas montagens de cenário e todo um simbolismo próprio em cada cômodo e personagens apresentados. Ambos criam suas próprias mitologias em elementos comuns de suas respectivas culturas. A diferença primordial e’ como cada um segue a métrica narrativa e neste caso a métrica segue uma ordem; cronologia e organizada ao contrário das obras do diretor do topete tsunami.
Por conta deste detalhe a diferença e até então um antagonismo cinematográfico se faz presente. Mas esse antagonismo não e’ destrutivo, muito pelo contrário só reforça ainda mais como e’ rico e como e’ complexa as crenças daquele lado meio apagadinho da Europa.
Saindo duma comparação recorrente do Europeu X Estadunidense e colocando lado-a-lado o cenário Europa-Europa chegamos num ponto muito interessante e válido para este filme e todo seu desdobramento cultural, mitológico, social e linguístico.
Fiquemos no mitos e línguas: A palavra robô vem de um desdobramento da palavra robota, que significa escravo em tcheco; uma tecnologia criada no intuito de realizar atividades para os seres humanos de forma “autônoma”. Fixo, realista e de necessidade. Na Estônia, país este que todos os transportes públicos são gratuitos, país que foi o primeiro a declarar a internet como um direito humano, que também foi o primeiro a permitir votos online para a eleição e o mais importante o pioneiro em aceitar uma residência eletrônica (tem até uma proposta de lei chamada Lei Kratt que "legaliza" a inteligência artificial), temos o Kratt.
O Kratt e’ uma criatura folclórica estoniana feita de objetos domésticos velhos, usados e defasados que ganha vida após o mestre dar 3 gotas de seu sangue ao demônio. O Kratt e’ autônomo, tem vontade própria, mas se prende pela busca de trabalho. O ser humano entrega sua alma e seu sangue ao diabo para criar um ser que trabalhe para ele, mas ao invés do vizinho tcheco que não dá nada em troca e o valor moral e’ nulo para qualquer robota, o estoniano tem um vínculo sanguíneo e, até mesmo, religioso com o Kratt. Relação muito bem explorada no filme.
A relação humano-Ser e’ explorada ao máximo e de forma incansável no filme. A necessidade do humano pelo Ser em uma época desoladora, sem um pingo de esperança embrulhada numa narrativa que pega uma mitologia rica e desconhecida e faz ser lida e relida de forma primorosa numa fotografia P&B garbosa e com requintes de luxo.
O signo por trás desse filme remete ao pensador Walter Benjamin que em uma de suas teses ele diz que “um autômato e’ construído de tal modo que consiga responder com maestria cada lance de um jogador de xadrez com um contra lance”.
Temos, no filme, humanos criando Kratt para ajudá-los ao ponto que tentam tapear o diabo numa tentativa de salvação numa época sem muita esperança de ser salvo. Situações de solidão, desejos ilusórios, vontades dotadas de potencias e egoísmo individual onde tudo que se tem e’ a tentativa de fazer perder seu elo com o divino para estabelecer um certo tipo de vínculo com o mitológico. Na verdade, temos o elo com o divino sempre em voga, mas fantasiado de ligação com o mito, engana-se que o vínculo com Deus e’ quebrado de forma branda já que em toda bibliografia cristã quando um vínculo e’ quebrado a ira vem de diversas formas e essa ira, em November, e’ representada justamente pela desumanização, a perda da alma, a tentativa de cortar as amarras do controle, seja ela por qual parte for. Seja ela Kratt, humana, rica, pobre, divina ou profana.
Percebe agora como que não dá para se dizer que esse filme e’ um Lynch estoniano?
https://medium.com/@Mkalci/november-2017-f5e4a2623daf
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraConseguiram transformar um incel chato pra caralho numa personagem com motivação e um certo nível de profundidade (até alta para os padrões do meio) muito superior ao que a obra original propôs.
Nunca pensei que eu fosse digitar isso algum dia mas o vilão no Filme se tornou 1000x melhor e mais interessante que o do Gibi.
Surpreso.
Pequena Grande Vida
2.7 431 Assista AgoraEssa merda vai passar nem na Tela quente.
Pantera Negra
4.2 2,3K Assista AgoraO lançamento desse filme logo após o carnaval combina muito bem já que em termos de arte e cores, define muito bem a moeda brasileira. Pareceu ver varias cédulas de BRL vibrando e/ou fazendo parte do cenário. Parecia uma super montagem alegorica Clovis-Bornayriana.
Mostra também como super dá pra fazer um 007 negro mas o final do filme maior palhaçada chata tipo jogar um jogo de ps2 tudo meio mal renderizado.
2,5* pelo diretor e visão do sujeito e o resto pelo filme em si. Até que e' bacana.
A Forma da Água
3.9 2,7KCada gota e' um oceano.
Vou Rifar Meu Coração
4.1 214Eu não acredito que meus olhos marejaram vendo esse filme.
Projeto X: Uma Festa Fora de Controle
3.5 2,2K Assista AgoraE' tipo Mãe! mas sem aquele bla bla bla religioso.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraFilme favorito do OT Genasis.
As Faces de Toni Erdmann
3.8 257 Assista AgoraFalar desse filme vai ser complicado mas vou tentar resumir da forma mais rápida possível. Resumir pois vou por elementos biográficos nessa "resenha" mesmo eu sendo contra misturar essas coisas. Mas com Toni Erdmann não deu pra não misturar.
São 2 filmes em 1, por isso a duração. 3 atos. 2 personagens. 1 evento. A duração se justifica pelas partes 1 e 2. E' um filme sincero, de coração, com identidade própria e maravilhoso. Meu maior erro foi não ter visto ele antes ou pior, ter quase desistido.
Fui pego pelo que considero filme 2, a última hora e meia onde tudo começa a acontecer, um início de clímax que vai até o final do filme, as interações. Me identifiquei em muitas partes com Winfred, não Toni (eu tenho muito disso do humor, de ver reações das pessoas com coisas que faço, de usar fantasias, de criar algumas personagens e imitar outras) não cheguei a me apegar a ponto de não querer prosseguir com o filme (que esperava um final trágico, pelo menos pra mim). Quando Winfred ficava triste, eu também ficava o contrário também. Fora filmes do Chaplin, do qual o último que vi foi em 2.010 ou 2.011, nenhum filme me faz/fez ficar alegre/triste junto com a personagem em quase total duração do filme, esse conseguiu. Winfred conseguiu. As ações dele conseguiu.
O que mais gostei desse filme foram do próprio Winfred e da secretaria da Inês por serem personagens puros e palpáveis (a secretária só me ganhou mesmo no final). A cena final só acelera o processo de lapidação do todo, da Inês (Inês e' o filme em si) e no momento decisivo pra ela, que não e' o trabalho, veja só é sim uma simples festa de aniversário o que foi montado durante o filme todo se quebra e algo novo começa a ser lapidado e rapidamente. Encerra ato 2.
O ato 3 nem preciso dizer nada ele por si só já nos coloca dentro daquela vida nova que vai surgir mesmo estando num ambiente onde uma vida se foi.
Não vou esquecer Toni Erdmann. Não vou esquecer de Winfred. Não vou esquecer das piadas e do humor.
Demorei muito pra ver mas acho que de alguma forma essa demora foi necessária.
Não desistem do humor.
PS: poucos filmes também me motivam a escrever mais de 4 linhas de "review".
Columbus
3.8 129Esperando a continuação com arquitetura brutalista.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista Agora1 estrela para o filme.
2 estrelas para o Goldblum.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraMãe! X Begotten.
Se você ama um, por que come o outro?
Death Note
1.8 1,5K Assista AgoraMangá e' uma ferramenta cultural extremamente forte no Japão, disso não há duvidas. As próprias adaptações japonesas de suas obras já são dignas de nota, sejam boas ou ruins mas ainda assim eles mantem a essência cultural deles. Agora, quando há uma adaptação/baseamento de um mangá pra um povo/cultura que tem sua própria ferramenta cultural, geralmente, dá ruim. E foi o que aconteceu com essa versão de DN. Sem comparar o mérito mangá-obra, se fossemos comparar não sobraria absolutamente quase nada pra se falar dessa versão. Vou tomar como base o filme japonês, faz mais sentido. E' curioso ver a diferença no retratar de jovens adultos, em idade escolar, dos dois países. O japonês, tímido, contido, estudioso, calmo e rígido X o americano, agitado, frágil, exagerado, barulhento e birrento. O perfil psicológico dos dois mesmos indivíduos retratados em duas adaptações diferentes e' destoante e estamos falando do mesmo personagem. Fora as outras personagens. E isso mudou COMPLETAMENTE o tom da mesma obra. Agora sobre filme, em resumo rápido (Xô TEXTÃO), ele e' muito falho, rápido e exagerado. Personagens que não lidam com pressão, super-detetive que salvou o mundo mas que ao se frustrar acaba indo contra seus ''princípios humanitários'' da corporação, onde no inicio do filme ele diz sobre, métodos investigativos falhos, decisões bruscas, a parte do Watari buscando as infos do L e' totalmente inútil, fora a motivação e uso de artifícios de queima-de-pagina. Sério, dava pra ter tido escolhas bem mais palpáveis e validas pra manter um clima de investigação e afronta (levando ao MASSAVÉIO) do que as utilizadas no filme. Mas e' aquela coisa, pro cinema americano o exagero catastrófico vende e se vende então tá XOW! De pontos positivos, o pouco que dá pra salvar são dois personagens: O pai do protagonista (esse sim dá pra dizer ser um policial digno, talvez (o que não e' difícil dado os exemplos do filme, né?) e o Ryuk, que apesar de ser meio apagadinho ainda tem uma personalidade muito mais interessante e que mantem o que ele propõe de ser "Só um jogo", ele não se importa e pra que se importaria, não e' verdade? Pra fechar: Dava pra ter feito uma adaptação bacana? Dava mas pra isso tinha que tirar quase tudo do original e por num contexto ocidental americano e isso seria difícil. Escolheram manter certos elementos que lá fazem sentido, pra trazerem pra cá deixando ou subaproveitados ou sem necessidade. [spoiler] Ferramentas culturais distintas em culturas distintas sendo adaptadas de formas distintas sob o clamor de um publico que conhece um lado e que vive no outro.
Alien: Covenant
3.0 1,2K Assista AgoraRepitam o karma:
Não dá pra criar empatia com boneco de CGI!
Não dá pra criar empatia com boneco de CGI!
Não dá pra criar empatia com boneco de CGI!
LEGO Batman: O Filme
3.9 383 Assista AgoraNuma época de Batman suicida, Lego Batman e' importante e mostra uma coisa muito boa e nítida dos dias atuais: Os gibis de heróis-escalão estão uma merda. Voltado pra um público de velhos numa mídia que deveria ser "meio que" voltada pros jovens.
Não que gibi deve ser só pra criança/jovem, porém né, não dá pra um moleque de 10 anos ler esses gibis que tão saindo.
Barbie em um Mundo de Video Game
3.1 11O filme e' uma verdadeira tsunami de referencias e o filme e' oferece uma lição extremamente necessário para o cenário de jogadores atuais. Se não bastasse, ele e' deveras competente em dar uma aula de jogos e da historia dele, passando por diversas épocas e, porque não, plataformas.
O corte do filme, em segmentos, e' o que há de melhor para dividir os tipos de jogos e suas funções. Começa num ''bobo'' jogo online, onde as jogadoras estão simultaneamente conversando por vídeo-chamada, passando por típicos jogos a lá CLICKJOGOS, jogos de celular, jogos dos anos 70-80, jogos a lá Tron para no ato final, fechar com chave de ouro em minecraft+Katamari e agora a nova onda dos jogos, Just dance.
O motivo do jogo ser uma lição aos jogadores atuais e' pelo motivo deles estarem esquecendo da função e até então importância dos NPCs. Claro que há jogadores que são criados com um formato de jogo diferente (seja rpg ou MMO), porem a grande maioria hoje cresce com o monte de MOBA e jogos de plataforma em que o NPC não serve para absolutamente quase nada ou que não tem função importante.
GTA V se utiliza muito disso ao permitir que você controle personagens que seriam muito bem utilizáveis como NPCs, não que isso seja ruim, muito pelo contrario, eles possuem otimas funções no jogo e deixa a historia mais fluida e interessante mas há jogos que não usam a dessa função, infelizmente.
O NPC e' importante e nesse filme, não e' a player 1 que salva o dia, ta... Ela salva... Mas não vem dela o gancho de salvamento e sim dos npcs que fazem o trabalho todo e eles também auxiliam ela a vencer os desafios. A player 1 e' frágil.
Fora as referencias de filmes, alguns até voltados para o publico totalmente avesso (SELVAGENS DA NOITE COMO REFERENCIA!!) ao publico do universo colorido e rosa da Barbie. A unica coisa que me incomodou foi que os personagens que apareciam em jogos referenciados, antigos, muito modernos e com roupagens destoantes do tipo de jogo em questão. Nada que atrapalhe mas perdeu um pouquinho do que poderia conseguir alcançar.
No todo, e' um tapa de luva de pelica na cara dessa nova geração de games e gamers. Muito necessário num mundo em que grande parte dos jogos não tem vida e que o mais importante e bonito, diferencial, e' ver um boneco genérico passar por diversos sofrimentos durante o jogo. Onde só fica bom após o personagem estar todo estropiado e em farrapos. E que o que mais importa no jogo e' obter conquistas e troféus.
"Não pense nisso como um adeus e sim como um Bom jogo''.
GGWP
Docinho da América
3.5 215 Assista AgoraQuem foi/foram o/os Filhos/as das putas que deixaram/fizeram essa merda de titulo nacional?
Docinho da América
3.5 215 Assista AgoraGummo bonito com elenco belo e bacana.
Solanin
4.1 31Bem rasa a interação das personagens. Uma pena.
Nell
3.7 221 Assista AgoraFilme biografico da Bjork.
Norte, O Fim da História
4.2 24Cara, pq?