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35 years, São Paulo/SP (BRA)
Usuário desde Setembro de 2010
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Apaixonado por Cinema desde criança, quando era aficcionado por filmes Trash ou de humor negro, como Elvira, Edward Mãos de Tesoura e o Estranho Mundo de Jack, cresci desenvolvendo minha visão para a sétima arte, me adaptando às diversas formas de expressão que o cinema pode proporcionar.
Reflexão ou entretenimento, risos ou choros, xingos ou admiração, sou curioso por Cinema como ponto de vista de vivência, absorvendo tudo que posso e considero útil para me tornar alguém, no mínimo, melhor.

Últimas opiniões enviadas

  • Denis Vladimir

    Era uma vez o oeste dos Estados Unidos, século XIX. Nele, várias vilas eram formadas através de pequenos pontos comerciais, financeiros, moradias e um sistema escasso de segurança e saúde. As maiores contavam com uma estação de trem, pois eram próximas às ferrovias.
    Nesse cenário, Sergio Leone criou uma obra-prima. Simples e visceral. Grupos de saqueadores viviam à espreita de ricos ou quaisquer pessoas que dessem sinal de riqueza. Famílias eram destruídas como pombos são espantados em uma praça movimentada, sem sinal de compaixão ou sequer comprovação de bens para serem roubados.
    Frank (Henry Fonda), um ambicioso saqueador e assassino, cuja fama precede seus passos e olhar superior, encontra rivalidade no Harmonica (Charles Bronson) que vaga pelos cantos áridos tocando sua gaita. Cheyenne (Jason Robards) é outro saqueador, porém, uma nota de compaixão tremula em seu olhar quando ele analisa suas vítimas, outros saqueadores ou a sexy e guerreira Gill McBain (Claudia Cardinale), cuja família foi destruída por Frank e seus saqueadores, enquanto este procurava por uma fortuna escondida em sua casa antes mesmo de ela conhecer os filhos de seu recente marido. Enquanto isso, Harmonica parte em busca de vingança, silenciosa e derradeiramente. Cheyenne, por sua vez, transita entre a ambição do primeiro e a vingança do segundo, enquanto se apaixona por Gill McBain e tenta defendê-la (ou ao menos compreendê-la).
    Uma teia bem delineada, uma trama formada por buscas diferentes dos personagens, sem transformá-los em apenas coadjuvantes, mas sim em indivíduos defendendo seus interesses e esperança, mesmo que sejam ambíguos.
    Cenas espetaculares são formadas com maestria por Leone; a fotografia é épica e detalhada em cada fotograma; a montagem vaga dos olhares expressivos à solidão provocada pela areia infinita; a trilha sonora de Enio Morriconi é tão marcante que após qualquer sessão deste filme é possível imaginar a troca de olhares na rua ao som dos acordes inesquecíveis.
    Em suma, não há o que dizer de forma a criticar, mas sim aplaudir em pé por longos minutos como uma forma modesta de homenagear esta obra cuja importância para a história do cinema se reflete até mesmo em outros grandes diretores que se inspiraram nesta obra como referência eterna.

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  • Denis Vladimir

    O toque de pele que deixou a sensação nostálgica de que algo está se perdendo - algo cuja vivência no passado foi tão intensa que os resquícios que persistem em ficar em uma memória já vivida transformam tal sensação em dor. Às vezes, a sutileza de um olhar mal é percebida por aqueles que não vivenciaram um momento de plenitude em suas vidas. Às vezes, a troca de energia entre dois seres em momentos diferentes de suas vidas pode fazer com que o impacto seja recebido por tamanha comoção que a experiência vale a pena ser sentida, mesmo que seja uma vez, mesmo que seja uma última vez.
    Vênus narra um momento peculiar na vida de Maurice, um ator veterano cujos papéis que lhe restam acabam por destacá-lo... Como um morimbundo, talvez. Quando seu melhor amigo Ian recebe sua sobrinha-neta como hóspede e deveras sua cuidadora, Maurice e ela, Jessie, descobrem uma afinidade que valorizará as vidas de ambos, mesmo que vivam momentos completamente diferentes de seus respectivos amadurecimentos - ironicamente, a vida mostra que sempre temos algo a amadurecer, mesmo que tenhamos que vivenciar uma ponta de crueldade ao darmos conta disso.
    Peter O´Toole está espetacular neste papel, cujo reconhecimento lhe valeu uma indicação ao Oscar após ganhar o Honorário, em 2003; Jodia Whittaker retrata a rebeldia da juventude atual inglesa com delicadeza; Leslie Phillips emociona, quando em cena com O´Toole, em retratos de ambos da velhice como um simples próximo passo da vida.

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  • Denis Vladimir

    A leveza de uma garota de catorze anos é revertida em mágoa e medo ao contextualizá-la na década de 30 em pleno conflito inter-racial no sul dos Estados Unidos. Por outro lado, o terror vivido pelos negros que sofriam com o repúdio de todos que os viam como seres inferiores é amenizado por gestos singelos entre a menina sofrida e uma família que busca seu lugar na sociedade da época.
    A narrativa desta adaptação de livro homônimo é simples e eficiente ao nos mostrar uma história que caminha à beirada de um abismo cuja profundidade é testada de todas as formas pelo roteiro sem, contudo, cair em desgosto ao explorar em excesso o racismo, mas sim em usá-lo como pano de fundo de um tratamento familiar bastante peculiar.
    Dakota Fanning, Jennifer Hudson, Paul Bettany, Queen Lattifah e Alicia Keys interpretam com sabedoria as personas sofridas ali apresentadas, sem deixar de lado a situação surreal em que seus personagens se encontram, mas Sophie Okonedo criou uma mulher delicada e tocante, protagonizando o desespero mudo em uma metáfora da situação daquela época.
    Sem deixar de lado o conteúdo apropriado e agregando a ele muita emoção, A Vida Secreta das Abelhas é um belo drama de época que deve ser apreciado com a graça que um favo de mel exige.

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