Letícia Almeida

Alguém avisa pra o cara que fez esse desfavor ao cinema, e à humanidade, que ele não é o Lynch, tampouco o Kubrick.
Ficou parecendo um filme feito por aqueles haters machistas que dizem que mulher é feminista porque odeia homem, e bebês, e só é feminista porque nunca foi "bem comida" (cena que a protagonista aparentemente, como sugerido na sinopse, começa a descobrir o próprio corpo) e merece mais é ser estuprada mesmo. Não tenho palavras pra descrever o quanto esse filme é péssimo e digno de repulsa. Como já falaram, queimação, me permitindo o trocadilho, literalmente da Scarlett Johansson.

Achei bastante viajado, mas no final das contas é um filme sobre vampiro excelente, só não digo que é o melhor filme de vampiro que já vi até hoje porque nada nesse mundo roubará tal posto de Entrevista Com o Vampiro. Agora também não é um filme sobre vampiro muito, digamos, convencional. Apesar de ter bastante cenas sanguinolentas a temática do filme vai muito além dos seres que não podem se expor à luz do dia. Fala de amizade, e também do quanto crianças podem ser cruéis, é uma temática de bullying que no final tem um contraponto bastante interessante. Além do cenário tornar a trama ainda mais diferente dos filmes de vampiro que estamos mais acostumados. O contraste do sangue vermelho naquele universo branco coberto de neve criou uma ambientação muito boa.

O elo perdido entre O Sétimo Selo e Homem Irracional.