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  • Lucas Rodrigues

    Após revigorar a franquia Star Trek, com o filme de 2009, o desafio agora era trazer um filme que atraisse mais o público que desconhece ou não tem certa apatia com a série. E num ano com filmes de super-herois, zumbis, robôs gigantes e tudo mais que se possa querer, era uma tarefa árdua, mas foi enfim, bem realizada. E com um charme especial de elementos presentes em "Star Trek - A Série Original" e "Star Trek II - A Ira de Khan".

    Iniciando-se com adrenalina em alta, vemos os integrantes da Enterprise em sua "rotina" de explorar planetas e procurar novas civilizações, porém, com resultado que gera certa controvérsia. Tendo que lidar com as consequências dos seus atos nessa exploração e ao mesmo tempo caçar um novo terrorista, John Harrison, Kirk e toda a tripulação da Enterprise precisam lidar com o novo vilão, e os problemas dentro da própria Frota Estrelar.

    JJ Abrams procura aqui estabelecer uma maior relação de amizade entre Spock e Kirk, mostrando sempre os dois personagens enfrentando situações em que o capitão escolha pela emoção e pelo instinto, e o comandante pela lógica e razão, mostrando o contraste existente entre a dupla e quão interessante isso revela-se para a trama. Sempre com conflitos morais no decorrer da trama, o diretor utiliza por grande parte do filme enquadramentos em primeiríssimo plano, criando um ambiente claustrofóbico e que busque nas expressões dos atores, maior peso as cenas, visto que a ameaça é mais real e perigosa do que no longa anterior.

    Falando em ameça, Benedict Cumberbatch constrói aqui John Harrison de maneira excelente. Com um personagem ambíguo e sagaz, o personagem sempre se porta de maneira fria e calculista. Com um pausar entre cada palavra e um olhar ameaçador, o vilão por diversas rouba a cena quando aparece. Com motivações além vingança-dominar o mundo, suas ações podem ser, por diversas vezes, até "aceitáveis", o que toca em outro assunto bem explorado no longa.

    A moralidade. Star Trek sempre atriu o público não apenas por ser um sci-fi de ótima qualidade, mas por tratar questões humanas mesmo em um ambiente utópico. Por diversas vezes, Kirk tem que lidar com as consequências de seus atos, que mesmo bem intencionados, quebram protocolos e regras, algo inaceitável pela Frota Estrelar, com Chris Pine mais à vontade no papel. Zachary Quinto encarna de vez Spock. Sua fala e postura, sempre transparecendo uma calma, agora são confrontadas com situações de extrema dor e drama, explorando ainda seu relacionamento com Uhura, o personagem desenvolve-se melhor, fornece bons momentos cômicos e uma das cenas mais nostálgicas do filme.

    Porém o roteiro desliza em certos momentos. Se no longa anterior, o roteiro bem criativo e compacto guiava toda a trama, equilibrando a motivação de Nero por vingança e a trama paralela do filme, neste posterior, a estória acaba resumida à vingança de John e elementos que poderiam ser melhor explorados, são deixados de lado, principalmente envolvendo a Frota Estrelar, que foca mais na tripulação da Entreprise e na outra nave (que não me recordo agora) e não em toda a corporação que é a Frota. Sempre bem explicado e mastigado, faltou a criatividade presente na série clássica e maior confiança na resposta de dedução do público.

    Aliado à isso, a personagem de Alice Eve como Dra. Marcus é plenamente descartável ao filme, podendo ser substituída claramente por qualquer engenheiro ou personagem da tripulação. Com outras falhas no roteiro, como entregar características marcantes no vilão que são descartadas na batalha final, perdas minimizadas por grandes momentos de combate e falta de lógica em certas situações, como falta de segurança em determinada nave, burlamento de regulamentos simples da Frota Estrelar, o filme empalidece um pouco.

    Para finalizar, o elenco inspirado e as cenas de efeitos visuais completam o filme. A Enterprise agora é mais radiante, mais bela e suas rotas são agora mais bem trabalhas visualmente com uma fotografia que aposta na iluminção da nave em contraste ao espaço, e o os planos gerais utilizados nas cenas de ação, que com maior orçamento, fornecem maior sensação de perigo, dano e grandiosas destruições ao longo do filme.

    "Star Trek - Além da Escuridão" se prende à alguns erros decorrentes de blockbusters. Em contraste a isso, é mais que um simples entretenimento, fornece uma trama dotada de aplicações morais e mostra um grande vilão com uma boa trama. Não sendo simplesmente descartável, traz nostalgia, emoção e drama por diversos momentos, traz nostalgia de filmes antigos e impulsiona a franquia para mais filmes e um futuro duradouro pela frente. Mas que lembrem-se que a série trazia realmente roteiros mais criativos e inteligentes. Até aqui, um dos melhores do ano.

    Até!

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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