Esse foi realmente um filme marcante, porque a estética em preto branco quer te dizer alguma coisa, ela não tá ali de graça, ela realmente quer te sufocar.
Até agora eu não vi ninguém comentando sobre a extrema semelhança tanto em temática quanto em estética com o Taxi Driver, também escrito pelo Schrader. É quase uma refilmagem com algumas mudanças. (E isso não tira o mérito do filme, que é bom pra caralho).
O fato do Toller manter um diário, a limpeza na sociedade, onde ele quer acabar com corporações e políticos que cagam pro meio ambiente, alguns planos extremamente semelhantes aos do Travis deitado na cama, no Taxi Driver, enfim.
Mas também existem pontos distintos, como o fato do Toller aos poucos ir se apossando da personalidade do Michael a medida que começa a se embrenhar mais e mais na vida dele.
O fato da Mary ver o Toller como um substituto para o lugar que o Michael deixou, porque ela pensa que ele, sendo um reverendo, é capaz de seguir o barco por mais fodido que ele esteja, mas nós que acompanhamos o Toller durante todo o filme sabemos que a coisa não é assim.
É totalmente o contrário já que ela não sabe a merda que é a vida do Toller.
Não sei, mas esse é o segundo filme desse diretor que vejo e gostei bastante, mas não mais do que o Hawaii. Essas relações orgânicas e naturais é muito bonita de se ver - essa dúvida em relação ao que o outro sente, ao que o outro pensa, porque age de tal e tal forma - é realmente o ponto alto dos filmes dele. Pra quem deu meia estrela, não sei, deveriam dar uma olhada com um olhar mais amplo esse tipo de filme.
Simplesmente o roteiro faz com que tu te identifique com o personagem do Juan - que tem carinha de bom moço, que compra carrinhos de brinquedo que lembram sua infância, que quer conseguir dinheiro pra ajudar o seu pai, que se lembra das músicas que a mãe ouvia quando criança - pra no final te mostrar que ele é tão ou mais filho da puta que o Marcos, e daí temos o plot twist final baseado nessa excelente construção de personagem.
Me arrisco a dizer que esse filme é o avô espiritual do filme "Lost Highway" do David Lynch. As semelhanças são muitas, ainda que o próprio Lynch jamais tenha visto esse filme.
O ator Carlos Casaravilla é igual, exatamente igual ao "The Mistery Man" do Lost Highway. Tem os mesmos trejeitos, o mesmo sorriso doentio escancarado na cara e exala a mesma áurea onipresente que o Mistery Man tem no filme do Lynch, só que sem o elemento da câmera de vídeo que grava a tudo e a todos sem que eles saibam disso. Aqui a coisa é ainda mais surreal porque ele simplesmente parecer saber de tudo. Mas como ele sabe de tudo? Aí já é outra história. Filmaço!
poderia ser mais eficiente se o final dele fosse cortado - e me refiro aqui as cenas reais das manifestas neo-nazistas que houveram nos EUA.
E antes que venham me apedrejar ou dizer idiotices: NÃO, EU NÃO SOU RACISTA E NÃO SOU NAZISTA.
Depois disso, porque eu acho que aquelas imagens não deveriam ter entrado no corte final do filme?
Pegando esse fragmento do Rogerio Skylab, ele diz o seguinte: "Quem é muito aparelhado torna-se pesado. Às vezes é bom não dar na pinta, ser sombrio, quase invisível. Pra penetrar em terreno inimigo e combatê-lo por dentro. Exatamente como um "Infiltrado na Klan".
Creio que a sutileza do filme é muito melhor do que as imagens terríveis e explícitas do final do mesmo. Creio que todo mundo ficou sabendo dessas marchas em prol do "homem branco" e me pareceu desnecessário acrescentá-las no filme, POR MAIS IMPORTANTES E NECESSÁRIAS QUE ELAS SEJAM. A mensagem é mais forte quando o filme usa do argumento "vamos nos infiltrar e sorrateiramente foder o cu desses filhos da puta", mas quando faz uso das imagens das manifestações, fica levemente apelativo e o filme perdeu muito nesse ponto pra mim.
Triste ver que pouca gente viu esse filme e a grande maioria esmagadora que o viu fez questão de dar uma nota baixa pra ele, fazendo com que mais gente passe batido por esse filmaço simplesmente porque a nota está baixa e "se a nota está baixa, o filme é ruim". Esse é um dos filmes mais fodas que eu já vi na vida. Vão se foder.
A cena final, onde o tribunal expresso Herold passeia por uma alemã contemporânea acossando e revistando todo e qualquer cidadão com algum tipo de comportamento "suspeito" é de um pavor sem igual. É de revirar os olhos, o estômago. E claro, serve como um bom alerta: cuidemos dos Herolds do nosso tempo, porque eles existem.
Essa é a segunda vez que eu vejo esse filme e é bem complicado reelaborar um comentário sobre o filme, principalmente depois de notar alguns elementos haviam passados despercebidos numa primeira assistida.
Certa vez eu li algum comentário dizendo que o filme tinha um leve toque homoerótico. E é possível ver isso, porque o Baidi somente procura homens para lhe ajudar na sua penosa tarefa. Homens jovens. Há vários jogos de olhares de parte dele para as pessoas que ele recolhe em sua jornada que confirmam essa homoafetividade velada do filme.
Outro ponto que me chamou atenção é para o olhar documental que o filme tem e que na primeira eu também deixei passar ultra batido. Dentro de um filme de ficção há um excelente documentário sobre os trabalhadores do Irã, seus dilemas, seus problemas, seu pouco salário. Sua luta numa terra que é árida até perder de vista. Baidi é Kiarostami quando pergunta o que faz, quanto ganha, de onde vem, para onde vai, e isso eu achei muito lindo.
Não posso deixar de dizer que esse filme é uma ode à vida. Eu havia um escrito um longo comentário tempo atrás, mas infelizmente eu acabei apagando ele por algum motivo que agora não me ocorre, mas eu me lembro de uma coisa: que esse filme é sobre um homem tentando encontrar uma fagulha de esperança na sua vida, é um homem tentando entrar em todos os meios, falar com todas as pessoas, com todas as classes. Ele anseia por diálogo, por calor, por contato humano. O problema é que a ideia do suicídio já está arraigada demais dentro da sua mente e isso o impede de apreciar a sua linda jornada de conhecimento através dos diálogos que trava com as diversas pessoas que conhece ao longo do filme.
A cena onde o Orestis diz pra Voula: "A primeira vez é assim, pequena solitária. A primeira vez é assim que acontece. Seu coração bate e parece que vai se partir. A primeira vez é assim, pequena solitária. Suas pernas tremem, você sente que quer morrer." é uma das cenas mais tristes do filme. Ambos compartem o mesmo trauma, ambos carregam a mesma dor. Ambos foram violados por essa Europa em decadência, em declínio. Uma Europa cinzenta e fria.
O roteiro desse filme é bem melhor do que o primeiro. Não que o anterior seja ruim, porque é uma reintrodução a esse universo. As discussões políticas aqui ganham peso e passamos de ser um simples filmes onde temos humanos contra macacos. É interessante também ver que a sociedade símia não está mais tão dividida como era na saga original, onde tínhamos vários grupos em funcionamento, o que fragmentava bastante aquela sociedade e gerava toda uma série de problemas políticos e sociais. Aqui a sociedade é unificada e portanto as tramas políticas são mais sutis -
como quando Koba trai César com o intuito de tomar o poder e liquidar a raça humana, uma clara alusão ao militarismo que quer destruir o inimigo ou possíveis invasores, sejam eles quais forem.
Aqui a fragmentação ocorre como ocorre na nossa sociedade, e nada melhor pra representar isso que do que a frase do Thomas Hobbes, onde ele diz: "O homem é o lobo do homem".
Eu realmente espero que sejam feitos muitos filmes dessa saga e que aprofundem cada vez mais as discussões que tínhamos na saga original, porque esse filme foi muito, mas muito bom. Ainda tem pouco a dizer e entendo o motivo disso, já que a sociedade símia ainda se encontra em fase de desenvolvimento e ainda está construindo sua própria identidade e conceitos morais.
Esse filme é absurdamente excelente. Tem algo a dizer? Até tem, mas é muito pouco. O foco desse primeiro filme é a rebelião dos macacos e a sua subsquente liberdade das mãos humanas. Se formos analisar a carga de críticas que o filme carrega, ele é bem pobre. As críticas aqui são mais atuais: o uso de animais para experimentos científicos, o uso de medicamentos em humanos, a ganância de empresas em busca de lucro e não se importando em nenhum momento com o que pode vir à ocorrer nos seres humanos a partir dessa sede por lucro. As questões políticas são inexistentes e até entendo, os macacos ainda não falam, portanto não há uma sociedade símia em desenvolvimento para que tenhamos - como na saga original - toda uma série de reflexões sobre o racismo, militarismo, minorias étnicas, os variados uso da ciência e por aí vai. Esse é um grande filme, um grande entretenimento com alguma que outra crítica, mas sem grande profundidade. Deixa de ser bom por não ter essa forte carga política/social da saga original? Nem pensar! É certamente mais do que recomendável, sem dúvida.
Pra mim os pontos fortes desse filme foram: a constante incomunicabilidade entre os personagens, a brutalidade que vem desde dentro de casa por serem grande parte membros da polícia, a falta de diálogos entre pai e filho, mãe e filho, o Marc e o Engel. Ninguém aqui é capaz de articular muito bem as palavras, de dizer o que realmente sentem, todo mundo está constantemente sufocado pelas próprias palavras que não consegue dizer. A fotografia do filme é cinzenta, escura, com raros momentos onde o sol realmente brilha. E porra, o que dizer do personagem do Marc? Ele interpreta perfeitamente bem um sujeito completamente deslocado, meio bobo e que não sabe que rumo a sua vida está tomando.
Esse remake é excelente. Os personagens são carismáticos, atuam bem e não é um festival de idiotices como os filmes anteriores desta fraquia. Leatherface foi muito bem escrito também, já que remonta aos trejeitos do primeiro personagem, lá do fillme de 74. Já pensou se todos o filmes dessa franquia que foram feitos após o primeiro tivessem o mínimo de cuidado como teve esse? As cenas bem editadas, a música que casa com o clima do filme, os personagens sádicos, os trejeitos do nosso "cara de couro", etc, etc. Um ótimo filme, sem mais.
De novo: que filme horrível! É errado comparar os filmes dessa saga com o primeiro, mas também é impossível ver essas cagadas em forma de filme e não se lembrar da obra prima que foi o filme de 74.
Mas enfim, nada nesse filme presta: a música - apesar de boa se ouvida fora do filme - é ruim e não encaixa, os protagonistas não tem nenhuma relevância e eu me peguei torcendo pra todos morressem de formas violentas o mais rápido possível, porque além de serem planos, não nos dão NENHUMA informação sobre os mesmos e as poucas que nos dão são mais vazias que um saco furado. A família do Leatherface é tão vazia e mal construída quanto o resto dos personagens: não tem carisma nenhuma, não possuem sequer um traço da loucura da família do primeiro filme - coisa que deveria ser mantida, já que sem isso as coisas vão de mal a pior - e de novo temos um Leatherface bobinho, que gosta de estudar e cuidar da sua irmãzinha. Que meigo.
Esse certamente é um dos piores filmes que eu já tive o desprazer de ver na minha vida. O que o Toby Hopper tinha na cabeça ao querer fazer uma comédia? Porque demônios ele quis introduzir elementos de comédia no filme? Porque???????????
As atuações são péssimas, a música e as trilhas do filme são horríveis, sem contar com os personagens que agem como idiotas o tempo todo. Leatherface que mais parece um adolescente que não pode ver uma mulher que perde o fio da meda. Isso é inaceitável. O Dennis Hopper interpretando um policial com delírios religiosos de grandeza e que vai salvar a humanidade dos demônios é ridículo, sem mais. A direção é genérica, a música é genérica. Não tem a montagem do primeiro - e é a montagem que dá o tom do primeiro filme, além da trilha que realmente te põe tenso. E não importa quantas vezes se tenha visto o primeiro filme, ele te põe tenso e nervoso todas as vezes que tu assiste.
Fico triste por descobrir que o próprio Tobe Hopper destruir a reputação de um personagem que ele tão bem havia criado nos anos 70.
a outra coisa mais absurda é ver as pessoas achando que é muito legal um policial ser acossado na frente de um colega e ter que ler verbetes no dicionário com o único intuito de fazer este passar por burro/idiota. É mais um daqueles filmes em que é possível julgar as pessoas a partir da opinião que emitem sobre o filme. Ou seja: ele é um policial e tem de cumprir a lei, mesmo que essa lei seja retrógada e que prenda todos os anos centenas de jovens por fumarem um inofensivo cigarro de maconha sem prejudicar ninguém. E o título do filme é de caráter totalmente irônico, já que se polícia é um adjetivo, é um adjetivo que dá medo e que causa pânico, que destrói vidas pelos motivos mais banais e absolutamente arbitrários.
Ou seja: mais uma vez as pessoas entendendo a mensagem de um filme totalmente ao contrário. Parabéns.
A tristeza e a alegria que o Boogie sente ao estar numa mesa rodeado por seu presente e seu passado é uma das coisas mais trágicas que eu já vi. Deve ser de partir o coração tu realmente não pode ter duas vidas ao mesmo tempo e que se tu escolhe uma, vai ter que ficar sem a outra. E porque a nota 3.0, hein, meus queridos usuários???
O Ano de 1985
4.0 45Esse foi realmente um filme marcante, porque a estética em preto branco quer te dizer alguma coisa, ela não tá ali de graça, ela realmente quer te sufocar.
E porra, eu me identifiquei muito com o irmão do Adrian, justamente pelo que também tive umas coisas queimadas por causa de pastores. Que merda.
Selvagem
3.6 87 Assista AgoraQue filme pesado da porra.
Aquela cena onde aquele senhor pergunta pra ele: "mas você não tem nojo de mim?", é uma das coisas mais tristes e bonitas que eu já vi nada vida.
Polar
3.2 426 Assista AgoraMads Mikkelsen? Quero!
Fé Corrompida
3.7 376 Assista AgoraAté agora eu não vi ninguém comentando sobre a extrema semelhança tanto em temática quanto em estética com o Taxi Driver, também escrito pelo Schrader.
É quase uma refilmagem com algumas mudanças.
(E isso não tira o mérito do filme, que é bom pra caralho).
O fato do Toller manter um diário, a limpeza na sociedade, onde ele quer acabar com corporações e políticos que cagam pro meio ambiente, alguns planos extremamente semelhantes aos do Travis deitado na cama, no Taxi Driver, enfim.
Mas também existem pontos distintos, como o fato do Toller aos poucos ir se apossando da personalidade do Michael a medida que começa a se embrenhar mais e mais na vida dele.
O fato da Mary ver o Toller como um substituto para o lugar que o Michael deixou, porque ela pensa que ele, sendo um reverendo, é capaz de seguir o barco por mais fodido que ele esteja, mas nós que acompanhamos o Toller durante todo o filme sabemos que a coisa não é assim.
É totalmente o contrário já que ela não sabe a merda que é a vida do Toller.
Taekwondo
2.9 52Não sei, mas esse é o segundo filme desse diretor que vejo e gostei bastante, mas não mais do que o Hawaii.
Essas relações orgânicas e naturais é muito bonita de se ver - essa dúvida em relação ao que o outro sente, ao que o outro pensa, porque age de tal e tal forma - é realmente o ponto alto dos filmes dele.
Pra quem deu meia estrela, não sei, deveriam dar uma olhada com um olhar mais amplo esse tipo de filme.
Nove Rainhas
4.2 463 Assista AgoraA jogada desse filme é bem simples:
Simplesmente o roteiro faz com que tu te identifique com o personagem do Juan - que tem carinha de bom moço, que compra carrinhos de brinquedo que lembram sua infância, que quer conseguir dinheiro pra ajudar o seu pai, que se lembra das músicas que a mãe ouvia quando criança - pra no final te mostrar que ele é tão ou mais filho da puta que o Marcos, e daí temos o plot twist final baseado nessa excelente construção de personagem.
O Jardim Das Delícias
3.2 4Tava precisando de um filme assim há tempos: extremamente simbólico, poético e desesperador.
A Morte de um Ciclista
4.0 10Me arrisco a dizer que esse filme é o avô espiritual do filme "Lost Highway" do David Lynch. As semelhanças são muitas, ainda que o próprio Lynch jamais tenha visto esse filme.
O ator Carlos Casaravilla é igual, exatamente igual ao "The Mistery Man" do Lost Highway. Tem os mesmos trejeitos, o mesmo sorriso doentio escancarado na cara e exala a mesma áurea onipresente que o Mistery Man tem no filme do Lynch, só que sem o elemento da câmera de vídeo que grava a tudo e a todos sem que eles saibam disso.
Aqui a coisa é ainda mais surreal porque ele simplesmente parecer saber de tudo. Mas como ele sabe de tudo? Aí já é outra história.
Filmaço!
Infiltrado na Klan
4.3 1,9K Assista AgoraAntes de mais nada: esse filme é bom pra caralho.
E bom, depois de passar um bom tempo pensando sobre ele, eu cheguei na seguinte conclusão:
poderia ser mais eficiente se o final dele fosse cortado - e me refiro aqui as cenas reais das manifestas neo-nazistas que houveram nos EUA.
E antes que venham me apedrejar ou dizer idiotices: NÃO, EU NÃO SOU RACISTA E NÃO SOU NAZISTA.
Depois disso, porque eu acho que aquelas imagens não deveriam ter entrado no corte final do filme?
Pegando esse fragmento do Rogerio Skylab, ele diz o seguinte: "Quem é muito aparelhado torna-se pesado. Às vezes é bom não dar na pinta, ser sombrio, quase invisível. Pra penetrar em terreno inimigo e combatê-lo por dentro. Exatamente como um "Infiltrado na Klan".
Creio que a sutileza do filme é muito melhor do que as imagens terríveis e explícitas do final do mesmo. Creio que todo mundo ficou sabendo dessas marchas em prol do "homem branco" e me pareceu desnecessário acrescentá-las no filme, POR MAIS IMPORTANTES E NECESSÁRIAS QUE ELAS SEJAM. A mensagem é mais forte quando o filme usa do argumento "vamos nos infiltrar e sorrateiramente foder o cu desses filhos da puta", mas quando faz uso das imagens das manifestações, fica levemente apelativo e o filme perdeu muito nesse ponto pra mim.
Mas enfim, o filme é foda igual.
Garçom
3.3 9Triste ver que pouca gente viu esse filme e a grande maioria esmagadora que o viu fez questão de dar uma nota baixa pra ele, fazendo com que mais gente passe batido por esse filmaço simplesmente porque a nota está baixa e "se a nota está baixa, o filme é ruim".
Esse é um dos filmes mais fodas que eu já vi na vida. Vão se foder.
Bianca
3.6 4Que maravilha de filme.
O Capitão
3.9 53 Assista AgoraA cena final, onde o tribunal expresso Herold passeia por uma alemã contemporânea acossando e revistando todo e qualquer cidadão com algum tipo de comportamento "suspeito" é de um pavor sem igual. É de revirar os olhos, o estômago.
E claro, serve como um bom alerta: cuidemos dos Herolds do nosso tempo, porque eles existem.
Gosto de Cereja
4.0 225 Assista AgoraEssa é a segunda vez que eu vejo esse filme e é bem complicado reelaborar um comentário sobre o filme, principalmente depois de notar alguns elementos haviam passados despercebidos numa primeira assistida.
Certa vez eu li algum comentário dizendo que o filme tinha um leve toque homoerótico. E é possível ver isso, porque o Baidi somente procura homens para lhe ajudar na sua penosa tarefa. Homens jovens. Há vários jogos de olhares de parte dele para as pessoas que ele recolhe em sua jornada que confirmam essa homoafetividade
velada do filme.
Outro ponto que me chamou atenção é para o olhar documental que o filme tem e que na primeira eu também deixei passar ultra batido. Dentro de um filme de ficção há um excelente documentário sobre os trabalhadores do Irã, seus dilemas, seus problemas, seu pouco salário. Sua luta numa terra que é árida até perder de vista.
Baidi é Kiarostami quando pergunta o que faz, quanto ganha, de onde vem, para onde vai, e isso eu achei muito lindo.
Não posso deixar de dizer que esse filme é uma ode à vida. Eu havia um escrito um longo comentário tempo atrás, mas infelizmente eu acabei apagando ele por algum motivo que agora não me ocorre, mas eu me lembro de uma coisa: que esse filme é sobre um homem tentando encontrar uma fagulha de esperança na sua vida, é um homem tentando entrar em todos os meios, falar com todas as pessoas, com todas as classes.
Ele anseia por diálogo, por calor, por contato humano. O problema é que a ideia do suicídio já está arraigada demais dentro da sua mente e isso o impede de apreciar a sua linda jornada de conhecimento através dos diálogos que trava com as diversas pessoas que conhece ao longo do filme.
Obrigado, Kiarostami. Obrigado de novo.
Paisagem na Neblina
4.3 129A cena onde o Orestis diz pra Voula: "A primeira vez é assim, pequena solitária. A primeira vez é assim que acontece. Seu coração bate e parece que vai se partir. A primeira vez é assim, pequena solitária. Suas pernas tremem, você sente que quer morrer." é uma das cenas mais tristes do filme. Ambos compartem o mesmo trauma, ambos carregam a mesma dor. Ambos foram violados por essa Europa em decadência, em declínio. Uma Europa cinzenta e fria.
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraO roteiro desse filme é bem melhor do que o primeiro. Não que o anterior seja ruim, porque é uma reintrodução a esse universo.
As discussões políticas aqui ganham peso e passamos de ser um simples filmes onde temos humanos contra macacos.
É interessante também ver que a sociedade símia não está mais tão dividida como era na saga original, onde tínhamos vários grupos em funcionamento, o que fragmentava bastante aquela sociedade e gerava toda uma série de problemas políticos e sociais.
Aqui a sociedade é unificada e portanto as tramas políticas são mais sutis -
como quando Koba trai César com o intuito de tomar o poder e liquidar a raça humana, uma clara alusão ao militarismo que quer destruir o inimigo ou possíveis invasores, sejam eles
quais forem.
Aqui a fragmentação ocorre como ocorre na nossa sociedade, e nada melhor pra representar isso que do que a frase do Thomas Hobbes, onde ele diz: "O homem é o lobo do homem".
Eu realmente espero que sejam feitos muitos filmes dessa saga e que aprofundem cada vez mais as discussões que tínhamos na saga original, porque esse filme foi muito, mas muito bom. Ainda tem pouco a dizer e entendo o motivo disso, já que a sociedade símia ainda se encontra em fase de desenvolvimento e ainda está construindo sua própria identidade e conceitos morais.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraEsse filme é absurdamente excelente. Tem algo a dizer? Até tem, mas é muito pouco.
O foco desse primeiro filme é a rebelião dos macacos e a sua subsquente liberdade das mãos humanas. Se formos analisar a carga de críticas que o filme carrega, ele é bem pobre. As críticas aqui são mais atuais: o uso de animais para experimentos científicos, o uso de medicamentos em humanos, a ganância de empresas em busca de lucro e não se importando em nenhum momento com o que pode vir à ocorrer nos seres humanos a partir dessa sede por lucro.
As questões políticas são inexistentes e até entendo, os macacos ainda não falam, portanto não há uma sociedade símia em desenvolvimento para que tenhamos - como na saga original - toda uma série de reflexões sobre o racismo, militarismo, minorias étnicas,
os variados uso da ciência e por aí vai.
Esse é um grande filme, um grande entretenimento com alguma que outra crítica, mas sem grande profundidade.
Deixa de ser bom por não ter essa forte carga política/social da saga original? Nem pensar! É certamente mais do que recomendável, sem dúvida.
Chamas da Morte
3.2 211Eu sei que esse tipo de filme não é feito pra ser levado a sério,
mas a cena onde todos são mortos na jangada é uma das coisas mais mal editadas que eu já vida.
Contratei Um Matador Profissional
3.7 33 Assista Agora"Vai deixar seu país?"
"A classe trabalhadora não tem pátria"
Queda Livre
3.6 591Pra mim os pontos fortes desse filme foram: a constante incomunicabilidade entre os personagens, a brutalidade que vem desde dentro de casa por serem grande parte membros da polícia, a falta de diálogos entre pai e filho, mãe e filho, o Marc e o Engel. Ninguém aqui é capaz de articular muito bem as palavras, de dizer o que realmente sentem, todo mundo está constantemente sufocado pelas próprias palavras que não consegue dizer.
A fotografia do filme é cinzenta, escura, com raros momentos onde o sol realmente brilha.
E porra, o que dizer do personagem do Marc? Ele interpreta perfeitamente bem um sujeito completamente deslocado, meio bobo e que não sabe que rumo a sua vida está tomando.
Destaque pra cena final, onde o Marc sai correndo na frente de todos, de cabeça erguida, confiante em si mesmo depois de resolver-se consigo mesmo.
O Massacre da Serra Elétrica
3.2 837Esse remake é excelente. Os personagens são carismáticos, atuam bem e não é um festival de idiotices como os filmes anteriores desta fraquia.
Leatherface foi muito bem escrito também, já que remonta aos trejeitos do primeiro personagem, lá do fillme de 74.
Já pensou se todos o filmes dessa franquia que foram feitos após o primeiro tivessem o mínimo de cuidado como teve esse? As cenas bem editadas, a música que casa com o clima do filme, os personagens sádicos, os trejeitos do nosso "cara de couro", etc, etc.
Um ótimo filme, sem mais.
O Massacre da Serra Elétrica 3
2.7 240De novo: que filme horrível!
É errado comparar os filmes dessa saga com o primeiro, mas também é impossível ver essas cagadas em forma de filme e não se lembrar da obra prima que foi o filme de 74.
Mas enfim, nada nesse filme presta: a música - apesar de boa se ouvida fora do filme - é ruim e não encaixa, os protagonistas não tem nenhuma relevância e eu me peguei torcendo pra todos morressem de formas violentas o mais rápido possível, porque além de serem planos, não nos dão NENHUMA informação sobre os mesmos e as poucas que nos dão são mais vazias que um saco furado.
A família do Leatherface é tão vazia e mal construída quanto o resto dos personagens: não tem carisma nenhuma, não possuem sequer um traço da loucura da família do primeiro filme - coisa que deveria ser mantida, já que sem isso as coisas vão de mal a pior - e de novo temos um Leatherface bobinho, que gosta de estudar e cuidar da sua irmãzinha. Que meigo.
O Massacre da Serra Elétrica 2
2.8 346Esse certamente é um dos piores filmes que eu já tive o desprazer de ver na minha vida.
O que o Toby Hopper tinha na cabeça ao querer fazer uma comédia? Porque demônios ele quis introduzir elementos de comédia no filme? Porque???????????
As atuações são péssimas, a música e as trilhas do filme são horríveis, sem contar com os personagens que agem como idiotas o tempo todo. Leatherface que mais parece um adolescente que não pode ver uma mulher que perde o fio da meda. Isso é inaceitável.
O Dennis Hopper interpretando um policial com delírios religiosos de grandeza e que vai salvar a humanidade dos demônios é ridículo, sem mais.
A direção é genérica, a música é genérica. Não tem a montagem do primeiro - e é a montagem que dá o tom do primeiro filme, além da trilha que realmente te põe tenso.
E não importa quantas vezes se tenha visto o primeiro filme, ele te põe tenso e nervoso todas as vezes que tu assiste.
Fico triste por descobrir que o próprio Tobe Hopper destruir a reputação de um personagem que ele tão bem havia criado nos anos 70.
Polícia, Adjetivo
3.5 21Além da nota absurda que esse filme tem nesse site,
a outra coisa mais absurda é ver as pessoas achando que é muito legal um policial ser acossado na frente de um colega e ter que ler verbetes no dicionário com o único intuito de fazer este passar por burro/idiota.
É mais um daqueles filmes em que é possível julgar as pessoas a partir da opinião que emitem sobre o filme.
Ou seja: ele é um policial e tem de cumprir a lei, mesmo que essa lei seja retrógada e que prenda todos os anos centenas de jovens por fumarem um inofensivo cigarro de maconha sem prejudicar ninguém. E o título do filme é de caráter totalmente irônico, já que se polícia é um adjetivo, é um adjetivo que dá medo e que causa pânico, que destrói vidas pelos motivos mais banais e absolutamente arbitrários.
Ou seja: mais uma vez as pessoas entendendo a mensagem de um filme totalmente ao contrário. Parabéns.
Boogie
3.1 1A tristeza e a alegria que o Boogie sente ao estar numa mesa rodeado por seu presente e seu passado é uma das coisas mais trágicas que eu já vi.
Deve ser de partir o coração tu realmente não pode ter duas vidas ao mesmo tempo e que se tu escolhe uma, vai ter que ficar sem a outra.
E porque a nota 3.0, hein, meus queridos usuários???