Nunca fui fã da série Star Wars porém sempre gostei da maioria dos filmes, mas esse em específico foi um prato cheio tanto para os fãs como para quem gosta de cinema mesmo - a obra dá um show na direção, na fotografia, na edição, efeitos visuais (práticos e CGI), no surpreendentemente ousado roteiro e principalmente nas atuações.
Fiel mas ao mesmo tempo original, divertido e quase catártico - mesmo que você não esteja muito aí pra Star Wars, é sempre bom apreciar um cinema bem feito.
Denis Villeneuve e os roteiristas entenderam bem o significado de perpetuar uma ideia já concretizada, e como se não bastasse isso, souberam expandir e enriquecer o universo de Blade Runner.
Com um roteiro intrigante, coeso e que é ELEVADO pela direção e os aspectos técnicos - sim, esse filme tem ESTILO e SUBSTÂNCIA, poesia, mistério, questionamentos filosóficos e uma sensibilidade artística que remete ao baque que foi o Blade Runner original.
É difícil recomendar esse filme para quem não se interessou pelo apelo do longa de 1982, porém vale o seu tempo pela aula de direção, edição, interpretação, design de som e fotografia que a obra é, e se você se importa com um filme que entregue esses aspectos do cinema nos seus pilares mais básicos, corra já para ver Blade Runner 2049 ou qualquer outro filme do Denis Villeneuve.
Assim como todo bom poema, a figura do eu lírico dita todo o percurso dos versos e das estrofes - e no filme não é diferente, tendo a capacidade poética de representar a persona de Chiron em todos os aspectos da linguagem cinematográfica, seja na edição calma, no roteiro repleto de silêncios, na trilha sonora melancólica e nas três atuações principais que fazem o difícil trabalho em se manterem fiéis a um só indivíduo interpretado por pessoas diferentes.
Junto com A Chegada, Moonlight se configura como um dos melhores filmes de 2016 (nos EUA), por representarem um cinema extremamente difícil de ser feito - o cinema Atmosférico - aquele cinema que mostra mais do que fala, que consegue conceber na movimentação da câmera, no som e na paleta de cores uma imersão de qualidades poéticas, líricas, sublimes.
A Criada é uma aula em retratar o sexo no cinema, fazendo-o de maneira que sirva a sua proposta em ser inocente na superfície, estranho, mas ainda belo - tais definições que caracterizam essa obra.
Os aspectos técnicos desse filme dispensam comentários, com um inventivo design de produção que mistura elementos da arquitetura e figurinos japonês e inglês, com destaque para a mansão que maior parte do filme se situa, que funciona como se fosse um labirinto - e o filme brinca com isso à medida que usa da arquitetura ignota para dar peso às (muitas e brilhantemente arquitetadas) novas descobertas da história, complementando ainda mais o impecável roteiro.
A Criada não ter recebido uma indicação a melhor filme estrangeiro partiu meu coração, por isso quero deixar registrado aqui para as futuras gerações: A Criada é foda demais.
É muito complicado falar desse filme, mas eu vou me arriscar.
Eu gostei. Gostei muito. Mais do que eu pensava.
Apesar de ter trabalhos mais fracos como Só Deus Perdoa e um dos meus filmes favoritos como Drive, o Refn, se gênio for um equívoco, é uma mente inquieta com muito a dizer, e escolheu dizer com imagens - e essa é a proposta do filme: mostre, não fale. E isso é algo que deve se prezar no cinema, e esse filme tem muito a ensinar: a tensão pode vir dos momentos mais sutis, e a economia de tomadas às vezes é essencial; atmosfera é mais importante que se servir apenas ao roteiro cegamente; e acima de tudo, preze pela originalidade e pela vontade de não só contar uma história, mas desenvolver uma peça audiovisual que reflita o mundo ao nosso redor, afinal é essa a função da arte.
Eu não sei se é a minha preferência pessoal por essa pegada um pouco surreal, meio galhofa e frenética, mas tem um motivo pra esse filme ter ficado durante um tempo nos meus favoritos do lado de obras primas como Poderoso Chefão e Blade Runner, por exemplo.
Doze Psicopatas representa tudo que há de melhor no cinema, seja pegar um gênero tão difícil de se destacar e com tantas possibilidades, como a comédia, e simplesmente fazer o que apenas os melhores diretores (tô olhando pra vocês, Tarantino, Scorsese e Edgar Wright) fazem, que é a mistura. A beleza do cinema é o quão longe você pode ir, e há diretores e roteiristas (ou diretores-roteiristas) que apossaram de um talento tão enorme, que não seria possível comprimir suas ideias em um filme convencional, e isso faz com que o cara afete em todos os aspectos da linguagem cinematográfica: edição, cinematografia, design e edição de som, TUDO.
Eu amo esse filme porque além de ser ótimo e maluco, ele representa que pode-se alcançar tudo cinema, e que às vezes precisamos de um pouco dessa loucura, não para nos afastar do marasmo das nossas vidas, mas para nos inserir mais ainda no nosso redor, ampliando a nossa visão do ser humano.
- ASSISTA mais de uma vez; - Não se desencoraje a ver esse filme pois alguns dizem que é "complicado", quando bater, bateu; - Não pense de uma maneira LINEAR; - Conecte tudo o que é mostrado com a ideia geral do filme; - Nunca desperdice nenhum diálogo, seja no começo do filme, no meio ou no final -> TUDO FAZ SENTIDO; - Aprenda que esse filme funciona porque acima de todo o conteúdo científico, ele tem sentimento; - E termine com essa ideia: você está fazendo a mesma coisa que os personagens estão, tentando entender a linguagem alienígena -> VALORIZE essa ideia; - Tenha um bom filme.
Em um ano tão fraco como 2016, um filme como Sing Street é um alívio.
Delicadeza e saudosismo definem esse filme que te cativa desde os primeiros minutos, com uma história de amor adolescente relativamente simples, mas feita com tanto cuidado que acaba se tornando uma reflexão sobre família, amor e o efeito da arte nas nossas vidas. São esses detalhes que tornam esse filme superior a outros semelhantes como Escola de Rock, e ainda mantendo o caráter cômico que dá vida ao filme: Sing Street é um filme vivo.
Tanta gente não ter visto esse filme é um crime, afinal ele não só representa uma tomada de ar fresco em um ano tão ruim para o cinema, mas sim uma experiência doce, engraçada, musical e que, na minha opinião, virou imediatamente um filme a ser mencionado gerações por vir.
Sem querer tirar o mérito do Cianfrance, mas o que mais faltou nesse filme foi ambição.
A primeira parte do filme, aonde somos postos no dia a dia do casal na ilha me iludiu de como seria o resto do filme, por tratar o gênero inconvencionalmente: a fotografia que pesa quando troca da noite para o dia; o design de som que brinca com o barulho do oceano, tornando ele horas relaxante e horas ameaçador; cenas muito bem executadas como a que Isabel parece escutar um choro de bebê vindo de dentro da terra; etc.
O resto do filme se perdeu muito na preocupação em contar sua história detalhe por detalhe, quase transformando-se num suspense e ignorando o potencial emocional do filme, alavancado pelas excelentes atuações, mas ofuscado por uma direção sem muita inspiração com excesso de close-ups e câmera tremida, um roteiro pobre, explicativo e água com açúcar.
O filme não é ruim de maneira alguma, mas o que decepciona mais é o fato de que havia talento o suficiente para se fazer um filme inesquecível - e para quem gostou dele, saibam que vocês poderiam ter gostado muito mais.
A atriz Kéfera e a diretora Cris D'amato atingiram um patamar nunca antes visto no cinema brasileiro.
O trabalho de atuação da youtuber é fenomenal, o estudo de personagem extremamente detalhado do roteiro deu a Kéfera uma chance de desenvolver uma interpretação cheia de nuances, comédia física digna de feitos de comediantes britânicos e italianos, referenciando Monty Python e O Exército de Brancaleone, claramente duas inspirações-mor para o seu filme.
É de extrema coragem a abordagem de temas tão delicados em um filme de nicho, como adolescência, aparências, paternidade e ânsia do jovem em "viver no momento", colocando a obra ao lado de grandes trabalhos do gênero "coming of age", como Fica Comigo, Boyhood, Y Tu mama Tambien e Quase Famosos. A poeticidade de momentos como a cena da festa sem música, que faz um paralelo com o silêncio opressivo que permeia a vida da fada e da garota, representam o caráter altamente interpretativo do filme, desafiando quem assiste e fazendo o filme durar por décadas por vir.
É Fada! representa mais um marco para a filmografia brasileira, facilmente posicionando-se ao lado de Cidade de Deus, Central do brasil, Pagador de Promessas, com atuações pungentes, trilha sonora magistral, visuais surreais e oníricos e uma direção meticulosa que fazem uma experiência inesquecível.
Gosto muito desse estilo glamouroso do Brian De Palma, aquela coisa da trilha sonora extravagante, cinematografia luxuosa, mas eu acho que nada disso se encaixou na atmosfera do filme. Ao meu ver, esse teria que ser um filme mais quieto, contemplativo, como A Conversação do Coppola, que tem enredo parecido mas é um filme bem superior, apesar de voltar-se mais ao psicológico do protagonista do que a história em si, ao contrário de Blow Out.
Continua sendo um bom filme, excelente atuação do John Travolta, ótima edição de som e cinematografia.
O Lugar Onde Tudo Termina é mais um da safra de filmes independentes americanos que vale a pena conferir, como O Homem da Máfia, Drive, etc.
O mais interessante desse filme é o deixar de lado de uma visão maniqueísta, de personagens bons e maus, mas sim deixar que o público avalie seu comportamento através de um ótimo estudo de caráter que o filme faz. As atuações são o ponto alto do filme, destaque para o trio principal: Ryan Gosling, Bradley Cooper e Dane DeHaan que mostram no olhar e nos gestos o peso dos acontecimentos de suas vidas. Apesar de ser mais um drama do que um suspense, a tensão que o filme constrói em volta dos personagens, a expectativa de qual serão suas atitudes engaja o público efetivamente nos seus três arcos, porém o ritmo, para alguns, pode deixar as 2h20min um pouco esticadas demais.
Impressionante o filme, não esperava muito dele e tomei esse baque. O enredo em si usa de diálogos não expositórios e bem "tarantinescos" para contar a história principal, enquanto a edição, a mixagem de som e a direção fazem um trabalho excelente ao fazerem um contraponto com a economia americana, e satiriza o "american way of life" e o sistema econômico e governamental. A fotografia é surpreendentemente bela, as atuações não poderiam ser melhores e a trilha sonora não original é pungente.
Killing Them Softly é curto e grosso, e não era pra ser nem mais nem menos. É o equilíbrio perfeito entre aspectos técnicos, roteiro, atuação e direção, com uma mensagem pra passar.
Há alguns filmes que só um estudioso especialista em cinema encontraria algum erro. Gravidade é um bom exemplo. Um dos meus filmes favoritos que conta um suspense de deixar você maluco através de recursos técnicos que são extraordinários, e enquadramentos e tomadas que são simplesmente poéticas. As atuações são primorosas, a trilha sonora é amedrontadora e triunfante, mas é o silêncio que causa os maiores momentos de tensão do filme, mostrando para o espectador uma fantástica introdução ao ambiente mais hostil que podemos imaginar, disfarçado de uma imensidão que enche os nossos olhos: o espaço.
Resumindo, se você ainda não viu Gravidade, corre meu filho
Que filme! É fantástica a mistura que ele faz de momentos altamente energéticos com cenas sombrias, lamentáveis e fúnebres. A trilha sonora é de dar medo, a direção é rápida e frenética mas sabe quando parar e as atuações são primorosas. Tudo isso junto resultou em um dos (na minha opinião) melhores filmes de todos os tempos.
Muito bom o filme! Ele começa com um tom meio contemplativo no começo e muda muito rapidamente, mas tirando isso, a direção é impecável, a cinematografia é linda (algumas vezes me lembrava os filmes dos Wes Anderson) e as atuações são ótimas!
Muito bom o filme! Na minha opinião um dos melhores filmes da Marvel e mesmo sem o Edgar Wright em toda a produção, com certeza dá pra ver que ele influenciou o filme.
Caramba, que estilo, que atuações, e que trilha sonora! Esse filme me cativou como nenhum filme fez, e eu não sei se foi pelo visual ou pelo jeito silencioso e contemplativo da obra, fazendo com que a ps cenas de violência sejam um baque. Destaque para as músicas, que se fosse na mão de um diretor qualquer, entraria na hora errada. Mas o Refn (olha a intimidade) conseguiu fazer com que as canções entrassem em certos momentos e tirada em cenas que ela normalmente se encaixaria, causando um certo estranhamento, mas da melhor maneira possível.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraApesar de problemas no roteiro, eu só agradeço por ainda fazerem filmes assim
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraNunca fui fã da série Star Wars porém sempre gostei da maioria dos filmes, mas esse em específico foi um prato cheio tanto para os fãs como para quem gosta de cinema mesmo - a obra dá um show na direção, na fotografia, na edição, efeitos visuais (práticos e CGI), no surpreendentemente ousado roteiro e principalmente nas atuações.
Fiel mas ao mesmo tempo original, divertido e quase catártico - mesmo que você não esteja muito aí pra Star Wars, é sempre bom apreciar um cinema bem feito.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraO que é uma continuação?
Denis Villeneuve e os roteiristas entenderam bem o significado de perpetuar uma ideia já concretizada, e como se não bastasse isso, souberam expandir e enriquecer o universo de Blade Runner.
Com um roteiro intrigante, coeso e que é ELEVADO pela direção e os aspectos técnicos - sim, esse filme tem ESTILO e SUBSTÂNCIA, poesia, mistério, questionamentos filosóficos e uma sensibilidade artística que remete ao baque que foi o Blade Runner original.
É difícil recomendar esse filme para quem não se interessou pelo apelo do longa de 1982, porém vale o seu tempo pela aula de direção, edição, interpretação, design de som e fotografia que a obra é, e se você se importa com um filme que entregue esses aspectos do cinema nos seus pilares mais básicos, corra já para ver Blade Runner 2049 ou qualquer outro filme do Denis Villeneuve.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraMoonlight é o significado de poesia em filme.
Assim como todo bom poema, a figura do eu lírico dita todo o percurso dos versos e das estrofes - e no filme não é diferente, tendo a capacidade poética de representar a persona de Chiron em todos os aspectos da linguagem cinematográfica, seja na edição calma, no roteiro repleto de silêncios, na trilha sonora melancólica e nas três atuações principais que fazem o difícil trabalho em se manterem fiéis a um só indivíduo interpretado por pessoas diferentes.
Junto com A Chegada, Moonlight se configura como um dos melhores filmes de 2016 (nos EUA), por representarem um cinema extremamente difícil de ser feito - o cinema Atmosférico - aquele cinema que mostra mais do que fala, que consegue conceber na movimentação da câmera, no som e na paleta de cores uma imersão de qualidades poéticas, líricas, sublimes.
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraEsse filme fala sobre aparências.
A Criada é uma aula em retratar o sexo no cinema, fazendo-o de maneira que sirva a sua proposta em ser inocente na superfície, estranho, mas ainda belo - tais definições que caracterizam essa obra.
Os aspectos técnicos desse filme dispensam comentários, com um inventivo design de produção que mistura elementos da arquitetura e figurinos japonês e inglês, com destaque para a mansão que maior parte do filme se situa, que funciona como se fosse um labirinto - e o filme brinca com isso à medida que usa da arquitetura ignota para dar peso às (muitas e brilhantemente arquitetadas) novas descobertas da história, complementando ainda mais o impecável roteiro.
A Criada não ter recebido uma indicação a melhor filme estrangeiro partiu meu coração, por isso quero deixar registrado aqui para as futuras gerações: A Criada é foda demais.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraÉ muito complicado falar desse filme, mas eu vou me arriscar.
Eu gostei. Gostei muito. Mais do que eu pensava.
Apesar de ter trabalhos mais fracos como Só Deus Perdoa e um dos meus filmes favoritos como Drive, o Refn, se gênio for um equívoco, é uma mente inquieta com muito a dizer, e escolheu dizer com imagens - e essa é a proposta do filme: mostre, não fale. E isso é algo que deve se prezar no cinema, e esse filme tem muito a ensinar: a tensão pode vir dos momentos mais sutis, e a economia de tomadas às vezes é essencial; atmosfera é mais importante que se servir apenas ao roteiro cegamente; e acima de tudo, preze pela originalidade e pela vontade de não só contar uma história, mas desenvolver uma peça audiovisual que reflita o mundo ao nosso redor, afinal é essa a função da arte.
Sete Psicopatas e um Shih Tzu
3.4 600Eu não sei se é a minha preferência pessoal por essa pegada um pouco surreal, meio galhofa e frenética, mas tem um motivo pra esse filme ter ficado durante um tempo nos meus favoritos do lado de obras primas como Poderoso Chefão e Blade Runner, por exemplo.
Doze Psicopatas representa tudo que há de melhor no cinema, seja pegar um gênero tão difícil de se destacar e com tantas possibilidades, como a comédia, e simplesmente fazer o que apenas os melhores diretores (tô olhando pra vocês, Tarantino, Scorsese e Edgar Wright) fazem, que é a mistura. A beleza do cinema é o quão longe você pode ir, e há diretores e roteiristas (ou diretores-roteiristas) que apossaram de um talento tão enorme, que não seria possível comprimir suas ideias em um filme convencional, e isso faz com que o cara afete em todos os aspectos da linguagem cinematográfica: edição, cinematografia, design e edição de som, TUDO.
Eu amo esse filme porque além de ser ótimo e maluco, ele representa que pode-se alcançar tudo cinema, e que às vezes precisamos de um pouco dessa loucura, não para nos afastar do marasmo das nossas vidas, mas para nos inserir mais ainda no nosso redor, ampliando a nossa visão do ser humano.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraMANUAL DE USUÁRIO DE A CHEGADA
- ASSISTA mais de uma vez;
- Não se desencoraje a ver esse filme pois alguns dizem que é "complicado", quando bater, bateu;
- Não pense de uma maneira LINEAR;
- Conecte tudo o que é mostrado com a ideia geral do filme;
- Nunca desperdice nenhum diálogo, seja no começo do filme, no meio ou no final -> TUDO FAZ SENTIDO;
- Aprenda que esse filme funciona porque acima de todo o conteúdo científico, ele tem sentimento;
- E termine com essa ideia: você está fazendo a mesma coisa que os personagens estão, tentando entender a linguagem alienígena -> VALORIZE essa ideia;
- Tenha um bom filme.
A Chegada
4.2 3,4K Assista Agorahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ansiedade
Sing Street - Música e Sonho
4.1 714 Assista AgoraEm um ano tão fraco como 2016, um filme como Sing Street é um alívio.
Delicadeza e saudosismo definem esse filme que te cativa desde os primeiros minutos, com uma história de amor adolescente relativamente simples, mas feita com tanto cuidado que acaba se tornando uma reflexão sobre família, amor e o efeito da arte nas nossas vidas. São esses detalhes que tornam esse filme superior a outros semelhantes como Escola de Rock, e ainda mantendo o caráter cômico que dá vida ao filme: Sing Street é um filme vivo.
Tanta gente não ter visto esse filme é um crime, afinal ele não só representa uma tomada de ar fresco em um ano tão ruim para o cinema, mas sim uma experiência doce, engraçada, musical e que, na minha opinião, virou imediatamente um filme a ser mencionado gerações por vir.
A Chegada
4.2 3,4K Assista Agorabora bora bora mermão cadê cadê cadê porra vem logo vem logo vem logo af
A Luz Entre Oceanos
3.8 357 Assista AgoraSem querer tirar o mérito do Cianfrance, mas o que mais faltou nesse filme foi ambição.
A primeira parte do filme, aonde somos postos no dia a dia do casal na ilha me iludiu de como seria o resto do filme, por tratar o gênero inconvencionalmente: a fotografia que pesa quando troca da noite para o dia; o design de som que brinca com o barulho do oceano, tornando ele horas relaxante e horas ameaçador; cenas muito bem executadas como a que Isabel parece escutar um choro de bebê vindo de dentro da terra; etc.
O resto do filme se perdeu muito na preocupação em contar sua história detalhe por detalhe, quase transformando-se num suspense e ignorando o potencial emocional do filme, alavancado pelas excelentes atuações, mas ofuscado por uma direção sem muita inspiração com excesso de close-ups e câmera tremida, um roteiro pobre, explicativo e água com açúcar.
O filme não é ruim de maneira alguma, mas o que decepciona mais é o fato de que havia talento o suficiente para se fazer um filme inesquecível - e para quem gostou dele, saibam que vocês poderiam ter gostado muito mais.
É Fada!
2.0 314A atriz Kéfera e a diretora Cris D'amato atingiram um patamar nunca antes visto no cinema brasileiro.
O trabalho de atuação da youtuber é fenomenal, o estudo de personagem extremamente detalhado do roteiro deu a Kéfera uma chance de desenvolver uma interpretação cheia de nuances, comédia física digna de feitos de comediantes britânicos e italianos, referenciando Monty Python e O Exército de Brancaleone, claramente duas inspirações-mor para o seu filme.
É de extrema coragem a abordagem de temas tão delicados em um filme de nicho, como adolescência, aparências, paternidade e ânsia do jovem em "viver no momento", colocando a obra ao lado de grandes trabalhos do gênero "coming of age", como Fica Comigo, Boyhood, Y Tu mama Tambien e Quase Famosos. A poeticidade de momentos como a cena da festa sem música, que faz um paralelo com o silêncio opressivo que permeia a vida da fada e da garota, representam o caráter altamente interpretativo do filme, desafiando quem assiste e fazendo o filme durar por décadas por vir.
É Fada! representa mais um marco para a filmografia brasileira, facilmente posicionando-se ao lado de Cidade de Deus, Central do brasil, Pagador de Promessas, com atuações pungentes, trilha sonora magistral, visuais surreais e oníricos e uma direção meticulosa que fazem uma experiência inesquecível.
Um Tiro na Noite
3.9 236 Assista AgoraGosto muito desse estilo glamouroso do Brian De Palma, aquela coisa da trilha sonora extravagante, cinematografia luxuosa, mas eu acho que nada disso se encaixou na atmosfera do filme. Ao meu ver, esse teria que ser um filme mais quieto, contemplativo, como A Conversação do Coppola, que tem enredo parecido mas é um filme bem superior, apesar de voltar-se mais ao psicológico do protagonista do que a história em si, ao contrário de Blow Out.
Continua sendo um bom filme, excelente atuação do John Travolta, ótima edição de som e cinematografia.
O Lugar Onde Tudo Termina
3.7 857 Assista AgoraO Lugar Onde Tudo Termina é mais um da safra de filmes independentes americanos que vale a pena conferir, como O Homem da Máfia, Drive, etc.
O mais interessante desse filme é o deixar de lado de uma visão maniqueísta, de personagens bons e maus, mas sim deixar que o público avalie seu comportamento através de um ótimo estudo de caráter que o filme faz. As atuações são o ponto alto do filme, destaque para o trio principal: Ryan Gosling, Bradley Cooper e Dane DeHaan que mostram no olhar e nos gestos o peso dos acontecimentos de suas vidas. Apesar de ser mais um drama do que um suspense, a tensão que o filme constrói em volta dos personagens, a expectativa de qual serão suas atitudes engaja o público efetivamente nos seus três arcos, porém o ritmo, para alguns, pode deixar as 2h20min um pouco esticadas demais.
O Homem da Máfia
3.1 592 Assista AgoraImpressionante o filme, não esperava muito dele e tomei esse baque. O enredo em si usa de diálogos não expositórios e bem "tarantinescos" para contar a história principal, enquanto a edição, a mixagem de som e a direção fazem um trabalho excelente ao fazerem um contraponto com a economia americana, e satiriza o "american way of life" e o sistema econômico e governamental. A fotografia é surpreendentemente bela, as atuações não poderiam ser melhores e a trilha sonora não original é pungente.
Killing Them Softly é curto e grosso, e não era pra ser nem mais nem menos. É o equilíbrio perfeito entre aspectos técnicos, roteiro, atuação e direção, com uma mensagem pra passar.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraHá alguns filmes que só um estudioso especialista em cinema encontraria algum erro. Gravidade é um bom exemplo. Um dos meus filmes favoritos que conta um suspense de deixar você maluco através de recursos técnicos que são extraordinários, e enquadramentos e tomadas que são simplesmente poéticas. As atuações são primorosas, a trilha sonora é amedrontadora e triunfante, mas é o silêncio que causa os maiores momentos de tensão do filme, mostrando para o espectador uma fantástica introdução ao ambiente mais hostil que podemos imaginar, disfarçado de uma imensidão que enche os nossos olhos: o espaço.
Resumindo, se você ainda não viu Gravidade, corre meu filho
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraQue filme! É fantástica a mistura que ele faz de momentos altamente energéticos com cenas sombrias, lamentáveis e fúnebres. A trilha sonora é de dar medo, a direção é rápida e frenética mas sabe quando parar e as atuações são primorosas. Tudo isso junto resultou em um dos (na minha opinião) melhores filmes de todos os tempos.
E assisti-lo mais de duas vezes é um desafio
Oeste Sem Lei
3.5 197Muito bom o filme! Ele começa com um tom meio contemplativo no começo e muda muito rapidamente, mas tirando isso, a direção é impecável, a cinematografia é linda (algumas vezes me lembrava os filmes dos Wes Anderson) e as atuações são ótimas!
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraMuito bom o filme! Na minha opinião um dos melhores filmes da Marvel e mesmo sem o Edgar Wright em toda a produção, com certeza dá pra ver que ele influenciou o filme.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraCena de ação desenfreada tocando Free Bird
Tem como dar seis estrelas não?
O Ano Mais Violento
3.5 285Filme elegante, sombrio, um pouco vagaroso demais no começo. E por sinal, anota aí: Oscar Isaac vai virar um mega ator fodão. O cara é bom.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraCaramba, que estilo, que atuações, e que trilha sonora! Esse filme me cativou como nenhum filme fez, e eu não sei se foi pelo visual ou pelo jeito silencioso e contemplativo da obra, fazendo com que a ps cenas de violência sejam um baque. Destaque para as músicas, que se fosse na mão de um diretor qualquer, entraria na hora errada. Mas o Refn (olha a intimidade) conseguiu fazer com que as canções entrassem em certos momentos e tirada em cenas que ela normalmente se encaixaria, causando um certo estranhamento, mas da melhor maneira possível.
É, o filme é isso tudo.
Amadeus
4.4 1,1KSimplesmente, SENSACIONAL!