Que faroeste agradável, com um roteiro bem sólido, atuações espetaculares e lindamente filmado.Certeza que deram esse título em português em homenagem ao Kirk Douglas e o Anthony Quinn, mais do que pelos personagens, porque realmente é um duelo de titãs. Quanta presença e talento dos dois.
John Sturges dirige esse filme tão bem que faz você realmente se importar e continuar até o final para acompanhar, na maior tensão do mundo, o desfecho. Ninguém é herói, todo mundo perde e são apenas homens tentando encontrar justiça, de um jeito ou de outro. Quando o recepcionista do hotel diz: "O Sr Belden é o dono, está infringindo a lei" e o Matt Morgan responde: "Eu sou a lei".. Uau! O tipo de poder do faroeste que eu acho o máximo e vindo do Kirk Douglas xerife, com um homem algemado por cima do ombro e lutando para não fazer justiça com as próprias mãos, foi só a cereja do bolo.
"Last Train From Gun Hill" (adoro esse título) oferece uma conclusão plausível para um roteiro inteligente, explosivo e envolvente. Vale a pena ver e rever várias vezes.
Esse filme é um exemplo de como transformar um personagem detestável em um bom protagonista. Porter (Mel Gibson) só quer seu dinheiro de volta e não mede esforços para conseguir. "O Troco" tem uma fórmula bem simples, mas a trama segue num ritmo tão acelerado, que até prende a atenção. Mel Gibson tem uma performance excelente, está no auge ainda, mas não salva esse thriller criminal meia boca. A fotografia azulada, escura realmente faz com que esse filme pareça pior. A obra original deve ser muito boa pra ter três adaptações (acho que são três, se não me engano).
O roteiro é completamente absurdo? Sim, mas tem o Swayze caminhoneiro atropelando todo mundo pelo caminho e explodindo caminhões. Estereotipado? E como. É o ex presidiário fazendo o famoso "último trabalho" pra poder salvar a família.
Quem gostou de Road House (Matador de Aluguel) vai curtir esse também, mesmo sendo bem inferior. É um filme que pode cair fácil no território do "guilty pleasure", porque você sabe que não é bom (na verdade é bem mediano), porém diverte e tem sequências boas pelo caminho. Eu ri bem alto no duelo de caminhões ali no finalzinho, mas cara, era o Meat Loaf recitando passagens da Bíblia super ultra mega piradão. Aliás, ele foi absurdamente mal aproveitado e potencial tinha, uma pena!
Vale a pena ver? Pra quem gosta de ver o Patrick Swayze em ação sem se importar se o filme é bom ou não, vale sim. O cara tem presença, charme, carisma.. ele é a personificação do carisma. Senta o dedo no play e seja feliz.
Definitivamente John Wayne tinha algo magnético que até hoje prende a gente com sua personalidade incrível em cena.. aí se junta ao James Stewart e pronto, a química perfeita. Chega de babar ovo, vamos lá! Começando pelo quão brilhante é a maneira como John Ford nos dá uma grande visão do Velho Oeste. Ele nos faz conhecer os habitantes da cidade, desde o xerife, ao repórter do jornal local, os amigos, conhecidos, enfim, todo o ambiente. Ford sabe exatamente como prender o espectador com pequenos momentos de cada personagem, passando desde uma encarada para o cacto em cima do caixão, até a euforia do repórter quando teve seu trabalho elogiado e foi indicado a um cargo político de prestígio. Porém essas características servem mais como background, já que o filme é todo político mesmo.
Ransom Stoddard (Stewart) é o homem culto, dos livros, da não violência, chega trazendo a lei para uma terra sem lei e se vê obrigado a deixar seus ideais de lado para sobreviver, mas a lenda que se constrói não reflete a realidade. Tom Doniphon (Wayne) é o típico homem rústico, da ação e da força bruta. A dicotomia perfeita que desconstrói com graça o 'mito do herói'.
De tudo, o que mais me chama a atenção mesmo é que pelo ano, 1962, esse filme deve ter sido um dos primeiros ou o primeiro mesmo a abordar o jornalismo investigativo. Por mais bufão e bêbado que fosse, acredito que Peabody, o repórter local, procurava estar a serviço da comunidade, ainda que tivesse uma questão política envolvida e várias ameaças por parte do gângster.
No final um jornalista diz a seguinte frase: “Estamos no Oeste, quando a lenda se torna fato, você a publica”. Não temos certeza se o que o Ransom conta, de fato aconteceu, a narração é em primeira pessoa. Além de não ser totalmente confiável, ele pode ter maquiado a história toda se passando por ético e justo. É o Velho Oeste, é a ética do Oeste, então tanto faz o que aconteceu.. o que importa mesmo é a imagem que ficou estabelecida no imaginário popular.
Sabe quando o ator é tão bom, que mesmo sem ter visto algo dele, você pode sentir toda a sua presença e força ali? Talvez eu tenha assistido da forma mais errada possível e estou genuinamente triste com isso. Meu primeiro filme com John Wayne e escolho logo o último, logo a despedida dele em um filme totalmente de finalização de toda uma carreira. Bom, mesmo só sabendo desse desfecho após ter assistido, não deixei de notar que o filme é uma espécie de "faroeste existencialista", se é que isso existe.
Um pistoleiro que tirou inúmeras vidas e viveu perigosamente durante anos de repente tem que se aposentar porque seu diagnóstico médico não é favorável à essa vida forasteira. Dá a entender que, apesar de experiente, J. B. Books (Wayne) nunca teve realmente um lar ou uma conexão com alguém. Aqui ele remedia isso, mesmo tendo que passar seus últimos dias sob o fio da navalha, sem confiar em quase ninguém e sempre com a mão no gatilho.
Sensacional como já começa numa espécie de retrospectiva sobre tudo o que seu personagem (ou personagens de filmes passados) já foi. O restante do filme, que é dividido em dias, dá um ar de contagem regressiva. Triste, porém bonito. Até quem não é fã de western iria gostar desse, talvez porque não seja centrado na morte por violência. Definitivamente preciso ver toda a trajetória de John Wayne no cinema!
Kane tem a chance de deixar o distintivo e ir embora da cidade, porém muda de ideia e decide não permitir que a cidade ceda à ilegalidade e brutalidade de um bandido recém saído da cadeia em busca de vingança. Ele jamais viveria sob a ameaça constante de Frank Miller, provavelmente seria morto uma hora ou outra.
"Matar ou Morrer" é até bem atemporal, afinal Kane é o tipo de pessoa que desejaríamos ser: corajosa, mesmo sem ninguém para nos apoiar. Uma subversão do gênero Western em vários aspectos. Pode ser que estejamos mais no time dos habitantes daquela cidade do que ao lado de Kane, já que nos custaria muito. Difícil um filme (ainda mais naquela época) fazer o espectador questionar o próprio senso de moralidade, uma reflexão realmente muito válida.
Não sei em que caverna eu estava que não tinha visto essa pérola ainda, mas antes tarde do que nunca, né?! Que filmão, amigos, que filmão. Bem que dizem que o dinheiro é a raiz de todos os males e a ganância por ele é o assunto principal de O Tesouro de Sierra Madre.
John Huston conseguiu deixar bem claro a personalidade de cada um dos três desafortunados, mas com algo em comum entre eles: o desejo pelo ouro. "Eu sei o que o ouro faz com a alma dos homens".. A paisagem do filme é de uma aridez sufocante, terreno acidentado e empoeirado, o sol explodindo em suas cabeças, tudo muito seco, refletindo com perfeição a alma dos protagonistas.
Esse filme é basicamente um estudo de caráter acima de tudo e o final não poderia ser mais brilhante. No final das contas (e partindo para um grande clichê) O Tesouro de Sierra Madre são os amigos que fazemos ao longo do caminho.
"A Morte Anda a Cavalo" é sobre uma boa vingança, como a maioria, mas muito bem executada. O Lee Van Cleef é a cereja do bolo desse western, o bicho é bom, não há dúvidas quanto a isso. O velho pistoleiro que está sempre um passo à frente e conhece todos os truques.
Adoro como o zoom foi utilizado nas primeiras cenas, revelando características muito específicas que seriam lembradas futuramente; uma tatuagem, um brinco, uma cicatriz, tudo bem simples, mas muito bem feito. As tomadas no bar são ótimas, do jeito que um faroeste deve ser com brigas, cadeiras voando, mastigação de charutos e palitos no canto da boca.
Faltou um pouco mais de profundidade no protagonista, John Phillip Law. "A vingança é um prato que se come frio", como o próprio Van Cleef lembra e talvez, só talvez explicasse um pouco o olhar vago, de quem está pouco se lixando, mas não precisava ser inexpressivo o filme todo, afinal ele presenciou um evento brutal na infância e o ódio o acompanhou por toda a vida. Isso não tira a beleza do filme e o final é simples, mas bonito, não poderia ser melhor.
"Você pode limpar a bagunça agora, mas não toque no meu caixão" Como não se prender a uma história cujo protagonista vestido de preto já aparece no primeiro frame, não chegando montado num cavalo, mas caminhando arrastando um caixão? Esse é o Django, um errante solitário em busca de vingança, destinado a matar aqueles que o injustiçaram.
É o primeiro western que vejo que foge um pouco do caos habitual de balas zunindo sem parar e acrescenta orelhas decepadas e mãos mutiladas. Brutal. A paisagem soa quase pós apocalíptica; não tem árvores ou rios, só um purgatório de lama, bandidos, cavalos e.. Django Talvez o que eu mais goste nesse filme é o fato de todos receberem uma punição no final das contas, quer mereçam ou não.
Esse é sem dúvida um dos melhores westerns que já vi. Robert Redford e Paul Newman têm a maior química de toda Hollywood. "Butch Cassidy and the Sundance Kid" é genuinamente charmoso, engraçado e divertido do início ao fim. Tem um equilíbrio perfeito entre humor, bela cinematografia, trilha sonora e diálogos impecáveis Entrou fácil nos meus favoritos de melhores filmes e preciso ver mais filmes com os dois.
"O que há na natureza humana que faz com que as pessoas deem risada quando alguém é esbofeteado, quer seja a bofetada espiritual, mental ou física?"
A deterioração da saúde mental costuma ser a mais assustadora de se observar. Não esperava que esse filme fosse tão chocante e uma representação bem trágica da existência depressiva e da humilhação. É basicamente como transformar a tragédia da sua vida em uma piada para que você possa rir junto (pelo menos por fora).
Entendo agora o porquê do Lon Chaney ser considerado o rosto do terror gótico naquela época. A expressão do ator acrescenta toda a magia e emoção angustiante, que é tão difícil de capturar em um filme mudo.
"Coisa estranha é o coração de um homem, que ama, sofre, se desespera e ainda encontra coragem para ter esperança, crer e amar de novo."
Quando você se torna vegano/vegetariano procura assistir o máximo possível de filmes assim, até pra entender como funciona a exploração animal. Porém não importa o quanto você conheça sobre isso ou a quantidade de filmes que tenha visto. Nada pode te preparar para as cenas que você vai ver em "Dominion", nada!
Esse filme representa o tipo perfeito de melodrama e é triste, caótico, cru e perverso ao extremo. O que mais assusta é a maneira como Martha e George invadem os demônios particulares um do outro apenas para machucar, zombar..
O confinamento a um só local, uma casa claustrofóbica, adiciona um elemento sufocante à loucura pela qual o casal passa, até que sua realidade pareça uma prisão.
O filme todo é tomado por uma tensão enorme e a cena do guarda chuva é o ápice disso. Parece o tempo inteiro uma batalha de amargura, onde o que é dito precisa ser explorado para alguma validação aos seus visitantes. Fazer um jogo da realidade pode distorcê-la, mas não a muda de maneira alguma.
Sobre o título do filme levar o nome da Virginia Woolf? Pela ligação que pude fazer, o título em alusão se deve ao fato dela ter sido famosa pelo estilo de fluxo de consciência. Virginia tentava mostrar as verdades emocionais por trás dos olhos dos personagens. Ela tentava entrar na mente deles e questionar quem tem medo de viver de ilusões. Talvez uma piada intelectual universitária sobre "Quem tem medo do lobo mau?"
"-Who's afraid of Virginia Woolf? Virginia Woolf, Virginia Woolf? - I am, George ... I am."
O Fantasma da Ópera é uma das maiores e melhores representações góticas já produzidas, uma obra de arte que continua belíssima.
Esse filme de 1925 tem uma estética tremenda e consegue hipnotizar desde a primeira cena. A caracterização e performance de Lon Chaney como o Fantasma são impressionantes, inacreditáveis para um filme daquela época. Há uma sequência de tirar o fôlego no meio do filme durante um baile de máscaras.
Erik faz uma aparição espectral como a morte em um deslumbrante traje vermelho que choca a todos presentes
e é inevitável soltar um belo: "Uaau, que cena!"
Talvez eu esteja flertando muito com o cinema gótico ultimamente e esse certamente já é um dos meus favoritos do movimento e do cinema mudo. Daria uma longa discussão muito boa tratar sobre o mito do Fantasma da Ópera.
Ainda traumatizada com as expressões faciais do Michael Ironside, mas vamos lá.. Uma página que sigo postou recentemente um vídeo de pessoas na plateia reagindo à famosa cena da cabeça explodindo e foi o suficiente pra me fazer assistir o filme todo. É um típico filme do Cronenberg com um indivíduo cuja mente e corpo são espaços onde as forças concorrentes lutam pelo controle. Ele sabe explorar as várias maneiras de deixar o corpo humano medonho, de mosca à cabeças explodindo na frente da tela e estou feliz que não abusaram muito desse recurso, pois teria ficado bem cansativo. É nojento? É, mas o horror corporal é tão bem realizado, os efeitos práticos são tão brilhantes, que a nojeira em si nem importa, deixa divertido até.
O enredo é interessante e o que mais prende, pelo menos que funcionou comigo, é tentar descobrir quem estava do lado de quem nessa sociedade secreta de telepatas. A cena final também é o máximo, com os dois irmãos engajados travando uma guerra telecinética com um literalmente escaneando o outro. Bizarro.
Cronenberg está longe de entrar no meu top melhores diretores, mas temos que admitir que não existem mais cineastas de terror obcecados com alguma coisa, que mergulham em sua loucura e obsessão com coisas bizarras como ele fazia.
Não pensei que fosse gostar tanto desse filme e não sei como atrai tanta gente também. Estranhamente prendeu total minha atenção desde o primeiro momento. Eu definiria Eraserhead como um maravilhoso pesadelo e tenho quase certeza de que a iluminação com estética expressionista e o design de som ameaçadoramente estrondoso têm muito a ver com isso. O bebê mutante impressiona, mas não é o foco aqui e o protagonista estranho, perturbado é cativante. Como explica isso? A história é de grande emoção, triste até, apresentando uma visão distorcida de um mundo estranho e meio impossível de viver. Cada movimento de câmera é assustador, parece sempre que está entrando em outra dimensão e nos levando junto (Lynch usa muito isso nos filmes posteriores). Eraserhead pra mim é bem complexo e acho complicado reduzír algo tão ambíguo e subjetivo a um só tema absoluto, embora traga à tona a intepretação simplista do medo e responsabilidades da paternidade.
Totalmente subversivo para a época em que foi feito e alguns elementos não envelheceram bem com o tempo, mas caramba, imagino a adolescência rebelde dos anos 80 exatamente assim, nesse caos. É sobre os jovens, do ponto de vista deles, suas expectativas com a vida, o futuro, o amor. Exagerado? Um pouco, talvez, mas acima de tudo uma visão afirmativa sobre o que é/era ser jovem.
PS: Não dá pra não citar a trilha sonora inteira que deu a esse filme uma atmosfera fantástica. Duas músicas em especial que eu amo e foi um deleite ouvi-las aqui: "Somebody's Baby" do Jackson Browne que tocou mais de uma vez e Don Henley incrível com a "Love Rules".
Me esforcei muito para encontrar algo de valor nesse filme e só consegui ver a fotografia incrível mesmo, porque de resto é tudo perda de tempo.
Iñárritu vomita tanta ideia criativa nesse filme, tentando falar de tudo e acaba não falando nada e é irritante e desagradável em vários momentos, como nas cenas do bebê.
Não parece filme de um diretor que fez "21 Gramas", "O Regresso", "Amores Brutos".. parece uma sessão de terapia com reflexões vazias.
"Olha como nós, humanos, somos minúsculos perto da força de um vulcão. A unica coisa que restará da nossa passagem são nossos escritos, as histórias que contamos e os filmes."
Assistiria mais umas 3 horas tranquilamente. Consigo sentir a paixão da Katia e do Maurice pelos vulcões em cada filmagem, cada enquadramento de foto que eles registram. Imagens fascinantes de um espetáculo belíssimo e aterrorizante da natureza.
Tô feliz por ter visto o menino de Gaya Sa Pelikula em um papel diferente do BL, ele é um ator sensacional!! Mas então, tem cenas hot bem picantes, umas 4 cenas pelo que contei. Explora bastante a questão do casal que se gosta muito, mas não tem compatibilidade sexual e não querem terminar o relacionamento por causa disso, porém o desenvolvimento é bem fraco. Na falta de um roteiro mais elaborado, colocam um drama familiar ali que é tão exagerado que não faz sentido. Pra quem gosta de filme assim só pelo hot, pode ver que vai curtir, mas quem procura um roteiro bem trabalhado, não vai achar, infelizmente..
Será que Truffaut tinha uma breve noção de como esse filme seria essencial para o cinema? Um grandioso primeiro filme de um grandioso cineasta. Poético, realista, melancólico, rígido, os poucos momentos de liberdade de Antoine Doinel, são os de maior felicidade. Talvez Truffaut tenha flertado bastante com a filosofia de Foucault, que ironicamente também era um "incompreendido" ou a coincidência é só grande demais mesmo. Ambos se assemelham na ideia sobre a representação de uma sociedade disciplinar, o mesmo controle que as instituições e escolas utilizam para vigiar e punir, com a diferença de que a interpretação de Truffaut sobre a sociedade e seu futuro era um tanto mais otimista.
Um espetacular cenário para um filme com elementos de western, onde a violência dos tiros é substituída pela violência psicológica e ódio. . "The Power Of The Dog" é mais do que um faroeste, é um belíssimo estudo de personagens, um filme lírico. Um Cumberbatch dominando todas as cenas com uma masculinidade que se revela frágil.. O mito em torno da figura de Bronco Henry, que explica a máscara machista de Phil; um Kodi Smit-McPhee que envolve com o olhar tímido e igualmente agressivo, uma Kirsten Dunst absorta em seus medos e vícios e um Jesse Plemons gentil, tranquilo, mas que parece se sentir desconfortável em qualquer lugar. . O espectador mergulha dentro de cada ferida mais íntima que o filme desvenda e que acaba por ser as incertezas mais pessoais de cada personagem.
Duelo de Titãs
4.0 59 Assista AgoraQue faroeste agradável, com um roteiro bem sólido, atuações espetaculares e lindamente filmado.Certeza que deram esse título em português em homenagem ao Kirk Douglas e o Anthony Quinn, mais do que pelos personagens, porque realmente é um duelo de titãs. Quanta presença e talento dos dois.
John Sturges dirige esse filme tão bem que faz você realmente se importar e continuar até o final para acompanhar, na maior tensão do mundo, o desfecho. Ninguém é herói, todo mundo perde e são apenas homens tentando encontrar justiça, de um jeito ou de outro. Quando o recepcionista do hotel diz: "O Sr Belden é o dono, está infringindo a lei" e o Matt Morgan responde: "Eu sou a lei".. Uau! O tipo de poder do faroeste que eu acho o máximo e vindo do Kirk Douglas xerife, com um homem algemado por cima do ombro e lutando para não fazer justiça com as próprias mãos, foi só a cereja do bolo.
"Last Train From Gun Hill" (adoro esse título) oferece uma conclusão plausível para um roteiro inteligente, explosivo e envolvente. Vale a pena ver e rever várias vezes.
O Troco
3.6 250 Assista AgoraEsse filme é um exemplo de como transformar um personagem detestável em um bom protagonista. Porter (Mel Gibson) só quer seu dinheiro de volta e não mede esforços para conseguir. "O Troco" tem uma fórmula bem simples, mas a trama segue num ritmo tão acelerado, que até prende a atenção.
Mel Gibson tem uma performance excelente, está no auge ainda, mas não salva esse thriller criminal meia boca. A fotografia azulada, escura realmente faz com que esse filme pareça pior. A obra original deve ser muito boa pra ter três adaptações (acho que são três, se não me engano).
Estrada Alucinante
3.0 35O roteiro é completamente absurdo? Sim, mas tem o Swayze caminhoneiro atropelando todo mundo pelo caminho e explodindo caminhões. Estereotipado? E como. É o ex presidiário fazendo o famoso "último trabalho" pra poder salvar a família.
Quem gostou de Road House (Matador de Aluguel) vai curtir esse também, mesmo sendo bem inferior. É um filme que pode cair fácil no território do "guilty pleasure", porque você sabe que não é bom (na verdade é bem mediano), porém diverte e tem sequências boas pelo caminho. Eu ri bem alto no duelo de caminhões ali no finalzinho, mas cara, era o Meat Loaf recitando passagens da Bíblia super ultra mega piradão. Aliás, ele foi absurdamente mal aproveitado e potencial tinha, uma pena!
Vale a pena ver? Pra quem gosta de ver o Patrick Swayze em ação sem se importar se o filme é bom ou não, vale sim. O cara tem presença, charme, carisma.. ele é a personificação do carisma. Senta o dedo no play e seja feliz.
O Homem Que Matou o Facínora
4.3 167Definitivamente John Wayne tinha algo magnético que até hoje prende a gente com sua personalidade incrível em cena.. aí se junta ao James Stewart e pronto, a química perfeita.
Chega de babar ovo, vamos lá! Começando pelo quão brilhante é a maneira como John Ford nos dá uma grande visão do Velho Oeste. Ele nos faz conhecer os habitantes da cidade, desde o xerife, ao repórter do jornal local, os amigos, conhecidos, enfim, todo o ambiente. Ford sabe exatamente como prender o espectador com pequenos momentos de cada personagem, passando desde uma encarada para o cacto em cima do caixão, até a euforia do repórter quando teve seu trabalho elogiado e foi indicado a um cargo político de prestígio. Porém essas características servem mais como background, já que o filme é todo político mesmo.
Ransom Stoddard (Stewart) é o homem culto, dos livros, da não violência, chega trazendo a lei para uma terra sem lei e se vê obrigado a deixar seus ideais de lado para sobreviver, mas a lenda que se constrói não reflete a realidade. Tom Doniphon (Wayne) é o típico homem rústico, da ação e da força bruta. A dicotomia perfeita que desconstrói com graça o 'mito do herói'.
De tudo, o que mais me chama a atenção mesmo é que pelo ano, 1962, esse filme deve ter sido um dos primeiros ou o primeiro mesmo a abordar o jornalismo investigativo. Por mais bufão e bêbado que fosse, acredito que Peabody, o repórter local, procurava estar a serviço da comunidade, ainda que tivesse uma questão política envolvida e várias ameaças por parte do gângster.
No final um jornalista diz a seguinte frase: “Estamos no Oeste, quando a lenda se torna fato, você a publica”. Não temos certeza se o que o Ransom conta, de fato aconteceu, a narração é em primeira pessoa. Além de não ser totalmente confiável, ele pode ter maquiado a história toda se passando por ético e justo. É o Velho Oeste, é a ética do Oeste, então tanto faz o que aconteceu.. o que importa mesmo é a imagem que ficou estabelecida no imaginário popular.
O Último Pistoleiro
3.7 49 Assista AgoraSabe quando o ator é tão bom, que mesmo sem ter visto algo dele, você pode sentir toda a sua presença e força ali? Talvez eu tenha assistido da forma mais errada possível e estou genuinamente triste com isso. Meu primeiro filme com John Wayne e escolho logo o último, logo a despedida dele em um filme totalmente de finalização de toda uma carreira.
Bom, mesmo só sabendo desse desfecho após ter assistido, não deixei de notar que o filme é uma espécie de "faroeste existencialista", se é que isso existe.
Um pistoleiro que tirou inúmeras vidas e viveu perigosamente durante anos de repente tem que se aposentar porque seu diagnóstico médico não é favorável à essa vida forasteira. Dá a entender que, apesar de experiente, J. B. Books (Wayne) nunca teve realmente um lar ou uma conexão com alguém. Aqui ele remedia isso, mesmo tendo que passar seus últimos dias sob o fio da navalha, sem confiar em quase ninguém e sempre com a mão no gatilho.
Sensacional como já começa numa espécie de retrospectiva sobre tudo o que seu personagem (ou personagens de filmes passados) já foi. O restante do filme, que é dividido em dias, dá um ar de contagem regressiva. Triste, porém bonito.
Até quem não é fã de western iria gostar desse, talvez porque não seja centrado na morte por violência. Definitivamente preciso ver toda a trajetória de John Wayne no cinema!
Matar ou Morrer
4.1 205 Assista AgoraKane tem a chance de deixar o distintivo e ir embora da cidade, porém muda de ideia e decide não permitir que a cidade ceda à ilegalidade e brutalidade de um bandido recém saído da cadeia em busca de vingança. Ele jamais viveria sob a ameaça constante de Frank Miller, provavelmente seria morto uma hora ou outra.
"Matar ou Morrer" é até bem atemporal, afinal Kane é o tipo de pessoa que desejaríamos ser: corajosa, mesmo sem ninguém para nos apoiar. Uma subversão do gênero Western em vários aspectos. Pode ser que estejamos mais no time dos habitantes daquela cidade do que ao lado de Kane, já que nos custaria muito. Difícil um filme (ainda mais naquela época) fazer o espectador questionar o próprio senso de moralidade, uma reflexão realmente muito válida.
O Tesouro de Sierra Madre
4.4 169 Assista AgoraNão sei em que caverna eu estava que não tinha visto essa pérola ainda, mas antes tarde do que nunca, né?! Que filmão, amigos, que filmão. Bem que dizem que o dinheiro é a raiz de todos os males e a ganância por ele é o assunto principal de O Tesouro de Sierra Madre.
John Huston conseguiu deixar bem claro a personalidade de cada um dos três desafortunados, mas com algo em comum entre eles: o desejo pelo ouro. "Eu sei o que o ouro faz com a alma dos homens".. A paisagem do filme é de uma aridez sufocante, terreno acidentado e empoeirado, o sol explodindo em suas cabeças, tudo muito seco, refletindo com perfeição a alma dos protagonistas.
Esse filme é basicamente um estudo de caráter acima de tudo e o final não poderia ser mais brilhante. No final das contas (e partindo para um grande clichê) O Tesouro de Sierra Madre são os amigos que fazemos ao longo do caminho.
A Morte Anda a Cavalo
4.0 64 Assista Agora"A Morte Anda a Cavalo" é sobre uma boa vingança, como a maioria, mas muito bem executada. O Lee Van Cleef é a cereja do bolo desse western, o bicho é bom, não há dúvidas quanto a isso. O velho pistoleiro que está sempre um passo à frente e conhece todos os truques.
Adoro como o zoom foi utilizado nas primeiras cenas, revelando características muito específicas que seriam lembradas futuramente; uma tatuagem, um brinco, uma cicatriz, tudo bem simples, mas muito bem feito. As tomadas no bar são ótimas, do jeito que um faroeste deve ser com brigas, cadeiras voando, mastigação de charutos e palitos no canto da boca.
Faltou um pouco mais de profundidade no protagonista, John Phillip Law. "A vingança é um prato que se come frio", como o próprio Van Cleef lembra e talvez, só talvez explicasse um pouco o olhar vago, de quem está pouco se lixando, mas não precisava ser inexpressivo o filme todo, afinal ele presenciou um evento brutal na infância e o ódio o acompanhou por toda a vida. Isso não tira a beleza do filme e o final é simples, mas bonito, não poderia ser melhor.
Django
3.9 202 Assista Agora"Você pode limpar a bagunça agora, mas não toque no meu caixão"
Como não se prender a uma história cujo protagonista vestido de preto já aparece no primeiro frame, não chegando montado num cavalo, mas caminhando arrastando um caixão?
Esse é o Django, um errante solitário em busca de vingança, destinado a matar aqueles que o injustiçaram.
É o primeiro western que vejo que foge um pouco do caos habitual de balas zunindo sem parar e acrescenta orelhas decepadas e mãos mutiladas. Brutal. A paisagem soa quase pós apocalíptica; não tem árvores ou rios, só um purgatório de lama, bandidos, cavalos e.. Django
Talvez o que eu mais goste nesse filme é o fato de todos receberem uma punição no final das contas, quer mereçam ou não.
Aquela composição final ali do tiro com a arma sangrenta e a cruz aaaaahhhhhh que cena memorável.
Não preciso nem mencionar o caixão sendo aberto e revelando uma metralhadora pulverizando todos pelo caminho. O puro suco do plot twist bem feito.
Butch Cassidy
4.2 284 Assista AgoraEsse é sem dúvida um dos melhores westerns que já vi. Robert Redford e Paul Newman têm a maior química de toda Hollywood.
"Butch Cassidy and the Sundance Kid" é genuinamente charmoso, engraçado e divertido do início ao fim. Tem um equilíbrio perfeito entre humor, bela cinematografia, trilha sonora e diálogos impecáveis Entrou fácil nos meus favoritos de melhores filmes e preciso ver mais filmes com os dois.
Ironia da Sorte
4.4 39 Assista Agora"O que há na natureza humana que faz com que as pessoas deem risada quando alguém é esbofeteado, quer seja a bofetada espiritual, mental ou física?"
A deterioração da saúde mental costuma ser a mais assustadora de se observar. Não esperava que esse filme fosse tão chocante e uma representação bem trágica da existência depressiva e da humilhação. É basicamente como transformar a tragédia da sua vida em uma piada para que você possa rir junto (pelo menos por fora).
Entendo agora o porquê do Lon Chaney ser considerado o rosto do terror gótico naquela época. A expressão do ator acrescenta toda a magia e emoção angustiante, que é tão difícil de capturar em um filme mudo.
"Coisa estranha é o coração de um homem, que ama, sofre, se desespera e ainda encontra coragem para ter esperança, crer e amar de novo."
Domínio
4.5 33Quando você se torna vegano/vegetariano procura assistir o máximo possível de filmes assim, até pra entender como funciona a exploração animal. Porém não importa o quanto você conheça sobre isso ou a quantidade de filmes que tenha visto. Nada pode te preparar para as cenas que você vai ver em "Dominion", nada!
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraEsse filme representa o tipo perfeito de melodrama e é triste, caótico, cru e perverso ao extremo.
O que mais assusta é a maneira como Martha e George invadem os demônios particulares um do outro apenas para machucar, zombar..
O confinamento a um só local, uma casa claustrofóbica, adiciona um elemento sufocante à loucura pela qual o casal passa, até que sua realidade pareça uma prisão.
O filme todo é tomado por uma tensão enorme e a cena do guarda chuva é o ápice disso. Parece o tempo inteiro uma batalha de amargura, onde o que é dito precisa ser explorado para alguma validação aos seus visitantes. Fazer um jogo da realidade pode distorcê-la, mas não a muda de maneira alguma.
Sobre o título do filme levar o nome da Virginia Woolf? Pela ligação que pude fazer, o título em alusão se deve ao fato dela ter sido famosa pelo estilo de fluxo de consciência. Virginia tentava mostrar as verdades emocionais por trás dos olhos dos personagens. Ela tentava entrar na mente deles e questionar quem tem medo de viver de ilusões. Talvez uma piada intelectual universitária sobre "Quem tem medo do lobo mau?"
"-Who's afraid of Virginia Woolf? Virginia Woolf, Virginia Woolf?
- I am, George ... I am."
O Fantasma da Ópera
3.9 82 Assista AgoraO Fantasma da Ópera é uma das maiores e melhores representações góticas já produzidas, uma obra de arte que continua belíssima.
Esse filme de 1925 tem uma estética tremenda e consegue hipnotizar desde a primeira cena. A caracterização e performance de Lon Chaney como o Fantasma são impressionantes, inacreditáveis para um filme daquela época. Há uma sequência de tirar o fôlego no meio do filme durante um baile de máscaras.
Erik faz uma aparição espectral como a morte em um deslumbrante traje vermelho que choca a todos presentes
Talvez eu esteja flertando muito com o cinema gótico ultimamente e esse certamente já é um dos meus favoritos do movimento e do cinema mudo. Daria uma longa discussão muito boa tratar sobre o mito do Fantasma da Ópera.
Scanners: Sua Mente Pode Destruir
3.5 251Ainda traumatizada com as expressões faciais do Michael Ironside, mas vamos lá..
Uma página que sigo postou recentemente um vídeo de pessoas na plateia reagindo à famosa cena da cabeça explodindo e foi o suficiente pra me fazer assistir o filme todo.
É um típico filme do Cronenberg com um indivíduo cuja mente e corpo são espaços onde as forças concorrentes lutam pelo controle. Ele sabe explorar as várias maneiras de deixar o corpo humano medonho, de mosca à cabeças explodindo na frente da tela e estou feliz que não abusaram muito desse recurso, pois teria ficado bem cansativo. É nojento? É, mas o horror corporal é tão bem realizado, os efeitos práticos são tão brilhantes, que a nojeira em si nem importa, deixa divertido até.
O enredo é interessante e o que mais prende, pelo menos que funcionou comigo, é tentar descobrir quem estava do lado de quem nessa sociedade secreta de telepatas.
A cena final também é o máximo, com os dois irmãos engajados travando uma guerra telecinética com um literalmente escaneando o outro. Bizarro.
Cronenberg está longe de entrar no meu top melhores diretores, mas temos que admitir que não existem mais cineastas de terror obcecados com alguma coisa, que mergulham em sua loucura e obsessão com coisas bizarras como ele fazia.
Eraserhead
3.9 922 Assista AgoraNão pensei que fosse gostar tanto desse filme e não sei como atrai tanta gente também. Estranhamente prendeu total minha atenção desde o primeiro momento.
Eu definiria Eraserhead como um maravilhoso pesadelo e tenho quase certeza de que a iluminação com estética expressionista e o design de som ameaçadoramente estrondoso têm muito a ver com isso.
O bebê mutante impressiona, mas não é o foco aqui e o protagonista estranho, perturbado é cativante. Como explica isso? A história é de grande emoção, triste até, apresentando uma visão distorcida de um mundo estranho e meio impossível de viver. Cada movimento de câmera é assustador, parece sempre que está entrando em outra dimensão e nos levando junto (Lynch usa muito isso nos filmes posteriores).
Eraserhead pra mim é bem complexo e acho complicado reduzír algo tão ambíguo e subjetivo a um só tema absoluto, embora traga à tona a intepretação simplista do medo e responsabilidades da paternidade.
Picardias Estudantis
3.3 182 Assista AgoraTotalmente subversivo para a época em que foi feito e alguns elementos não envelheceram bem com o tempo, mas caramba, imagino a adolescência rebelde dos anos 80 exatamente assim, nesse caos.
É sobre os jovens, do ponto de vista deles, suas expectativas com a vida, o futuro, o amor. Exagerado? Um pouco, talvez, mas acima de tudo uma visão afirmativa sobre o que é/era ser jovem.
PS: Não dá pra não citar a trilha sonora inteira que deu a esse filme uma atmosfera fantástica. Duas músicas em especial que eu amo e foi um deleite ouvi-las aqui: "Somebody's Baby" do Jackson Browne que tocou mais de uma vez e Don Henley incrível com a "Love Rules".
Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades
3.3 83Me esforcei muito para encontrar algo de valor nesse filme e só consegui ver a fotografia incrível mesmo, porque de resto é tudo perda de tempo.
Iñárritu vomita tanta ideia criativa nesse filme, tentando falar de tudo e acaba não falando nada e é irritante e desagradável em vários momentos, como nas cenas do bebê.
Não parece filme de um diretor que fez "21 Gramas", "O Regresso", "Amores Brutos".. parece uma sessão de terapia com reflexões vazias.
Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft
3.9 68 Assista Agora"Olha como nós, humanos, somos minúsculos perto da força de um vulcão. A unica coisa que restará da nossa passagem são nossos escritos, as histórias que contamos e os filmes."
Assistiria mais umas 3 horas tranquilamente. Consigo sentir a paixão da Katia e do Maurice pelos vulcões em cada filmagem, cada enquadramento de foto que eles registram. Imagens fascinantes de um espetáculo belíssimo e aterrorizante da natureza.
Sra. Harris vai a Paris
3.6 92 Assista Agora"Quem é aquele sujeito?"
"É o próprio Christian Dior"
"Oh, ele parece meu leiteiro"
Mrs Harris é a senhorinha mais adorável de toda a Inglaterra!!
Dois e Um
2.1 4Tô feliz por ter visto o menino de Gaya Sa Pelikula em um papel diferente do BL, ele é um ator sensacional!!
Mas então, tem cenas hot bem picantes, umas 4 cenas pelo que contei. Explora bastante a questão do casal que se gosta muito, mas não tem compatibilidade sexual e não querem terminar o relacionamento por causa disso, porém o desenvolvimento é bem fraco.
Na falta de um roteiro mais elaborado, colocam um drama familiar ali que é tão exagerado que não faz sentido. Pra quem gosta de filme assim só pelo hot, pode ver que vai curtir, mas quem procura um roteiro bem trabalhado, não vai achar, infelizmente..
O Pacote
2.6 248 Assista Agora"Parece que você tomou um copo de pentelhos do Ed Sheeran"
Wtf?! Podre kkkkkkkk
Os Incompreendidos
4.4 645Será que Truffaut tinha uma breve noção de como esse filme seria essencial para o cinema? Um grandioso primeiro filme de um grandioso cineasta.
Poético, realista, melancólico, rígido, os poucos momentos de liberdade de Antoine Doinel, são os de maior felicidade.
Talvez Truffaut tenha flertado bastante com a filosofia de Foucault, que ironicamente também era um "incompreendido" ou a coincidência é só grande demais mesmo.
Ambos se assemelham na ideia sobre a representação de uma sociedade disciplinar, o mesmo controle que as instituições e escolas utilizam para vigiar e punir, com a diferença de que a interpretação de Truffaut sobre a sociedade e seu futuro era um tanto mais otimista.
Ataque dos Cães
3.7 933Um espetacular cenário para um filme com elementos de western, onde a violência dos tiros é substituída pela violência psicológica e ódio.
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"The Power Of The Dog" é mais do que um faroeste, é um belíssimo estudo de personagens, um filme lírico. Um Cumberbatch dominando todas as cenas com uma masculinidade que se revela frágil.. O mito em torno da figura de Bronco Henry, que explica a máscara machista de Phil; um Kodi Smit-McPhee que envolve com o olhar tímido e igualmente agressivo, uma Kirsten Dunst absorta em seus medos e vícios e um Jesse Plemons gentil, tranquilo, mas que parece se sentir desconfortável em qualquer lugar.
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O espectador mergulha dentro de cada ferida mais íntima que o filme desvenda e que acaba por ser as incertezas mais pessoais de cada personagem.