Típico filme criado para estabelecer franquia, perde mais tempo apresentando o universo em que se encontra (que é muito interessante, vale dizer) do que desenvolvendo sua trama e seus personagens. Não só isso: prefere deixar pontas soltas para continuações e possíveis derivados em vez de concluir alguns de seus arcos.
O tal do vampirão El Jefe é um ótimo exemplo disso. Eles poderiam muito bem bater de frente com ele já nesse longa, mas preferem plantar a semente da ameaça maior e anular completamente qualquer perigo que a vilã poderia apresentar.
A ação é boa e algumas piadas até que funcionam, mas não deixa de ser só mais uma tentativa da Netflix de criar uma marca de sucesso. Em vez de contar uma boa história, Dupla Jornada se preocupa mais manter a assinatura dos assinantes com a promessa de sequências com um elenco estrelado.
Chega a ser impressionante como Brasília 18% falha em tudo que se propõe.
A trama sai do nada e termina em lugar nenhum, o ritmo não empolga (lá pela metade tem uma perseguição de carro que tão é interessante quanto ver grama crescer), os diálogos são forçados e repetitivos (sério que todo mundo tem que perguntar sobre o maldito laudo?) e as atuações chegam a ser amadoras, inclusive as de alguns atores mais experientes. É possível perceber o nível da produção já no começo, durante a cena do avião: pelas janelas dá para ver uma tela azul que deveria ter sido substituída por uma imagem do céu de Brasília.
Mas o mais fraco de tudo com certeza é o protagonista. Tão apático, tão inexpressivo, tão sem carisma. Nem parece se tratar de um legista, mas sim de um morto que fugiu do IML. O pior é tentarem te convencer que praticamente todas mulheres do filme se sentem atraídas por ele.
foram surgindo indígenas revoltados, militares ganaciosos, n@zistas, cartéis mexicanos, serial killers e até cultos satânicos. Se tivesse durado mais uma temporada acho que teria rolado até uma invasão alienígena ou uma epidemia zumbi.
Estava com o hype nas alturas para esse filme. Um thriller de ação de altíssimo orçamento dirigido pelos Irmãos Russo, protagonizado pelo Ryan Gosling e com um vilão feito pelo Chris Evans? Manda ver!
Só que o primeiro trailer já tratou de baixar minhas expectativas. Dava para ver que The Gray Man seria uma grande amálgama do que vem sendo feito atualmente no cinema de ação. Tem um agente secreto misterioso tal qual o 007, mas que não tem metade do carisma do espião britânico. Vemos grandes set pieces, como em Missão Impossível, só que sem a intensidade das sequências protagonizadas por Tom Cruise. Vários combates corpo a corpo, mas cheios de corte e sem muita coreografia, diferente das lutas vistas em John Wick. É uma ação que diverte, um bom passatempo, mas que não empolga.
Agora, o que me incomodou mesmo foi justamente o antagonista da história. Apesar de matar a torto e a direito, Lloyd Hansen passa longe de ser ameaçador, pelo contrário, as constantes falhas e ataques de pelanca do personagem acabavam com qualquer imagem vilanesca que ele poderia ter. A impressão que eu tive é que tentaram inverter o clichê do vilão implacável e do herói metido a engraçadinho, mas não deu muito certo.
É como dizem: menos é mais. Os Russo conseguiram entregar sequências de ação melhores em uma sitcom de baixo orçamento do que em um blockbuster de orçamento milionário.
Muito bem montado, a edição vai dando informações à conta-gotas para que você fique mais e mais curioso pela próxima revelação. Tipo aqueles best-sellers que cada capítulo termina com um gancho, sabe?
Ainda assim, não é um doc que recomendo para todo mundo. Fazia tempo que uma história não me deixava tão mal, em diversos momentos me peguei pensando em dar uma pausa para continuar outro dia. É triste pensar que uma pessoa sofreu tanto assim.
No entanto, não posso negar que a série dá uma decaída após os ótimos dois primeiros episódios. Entendo que tenha sido um arco de reconexão da Kamala com a cultura paquistanesa para conhecer melhor o seu passado e aceitar suas raízes - os grafismos a la Scott Pilgrim até vão sendo deixados de lado para dar lugar a uma fotografia mais tradicional -, no entanto tudo vai sendo feito de um jeito tão corrido que fica difícil se importar com certos acontecimentos.
Aqui caímos de novo em um defeito recorrente nessas séries da Marvel no Disney+: muita coisa para poucos episódios. Praticamente todas elas precisam correr em seus episódios finais para fechar as tramas que foram abertas nos primeiros. Claro que a viagem ao Paquistão é importante para o arco de aceitação da Kamala, mas poderia ter sido desenvolvida ao longo de mais episódios. A mãe dela aceitar de uma hora para outra não só o amor dela por heróis, mas a vida dela como heroína, é um exemplo claro dessa correria.
Ainda assim, Iman Vellani esbanja carisma como Kamala Khan, sendo desde já uma das melhores escolhas de protagonista do MCU. E muito se fala sobre como a Marvel se acomodou nos últimos anos, e não discordo, mas são poucos estúdios hoje que dariam espaço para uma protagonista muçulmana e teriam coragem de abordar a perseguição dos EUA aos muçulmanos.
A série está longe de ser perfeita, mas não deixa de ser um respiro de novidade dentro de um universo que parece querer se repetir cada vez mais.
Eu tava adorando essa terceira temporada, como ele usava os super-heróis tanto pra sacanear a indústria do entretenimento quanto para fazer um paralelo com a realidade. Indicava para todo mundo dizendo que era uma das melhores séries do momento. Mas esse final me desanimou tanto. Voltou tudo para a estaca zero.
Vamos ter outra temporada do Bruto tentando acabar com o Pátria com algum plano mirabolante (e falhando no último segundo, igual um episódio de Coiote e Papa-Léguas). Outra temporada do Trem-Bala com uma redenção que nunca vem. Outra temporada do Profundo perdido no meio de tudo.
Eu pelo menos achava que a série teria peito de assumir o Bruto como vilão depois de todos os absurdos que ele fez pro Soldier Boy ficar do lado dele. Ele foi corrompido pelo poder e... nada aconteceu. Em sua jornada por vingança contra o Capitão Pátria, Billy Bruto se aliou com um ped*fil* (o Soldier Boy, cujo próprio sidekick admitiu que ele fez isso), apagou um dos seus melhores amigos, explodiu uma casa cheia de inocentes e colocou em risco a vida do Hughie. Só que no final ninguém tava nem aí pra isso, não teve nenhuma repercussão nada disso, o Bruto voltou para sua jornada de vingança sem nenhuma evolução como personagem.
E essa falta de consequência também se comprova na covardia em matar alguns personagens. Diferente de Stranger Things, que também foi criticada por isso, The Boys tem uma atmosfera bem violenta e sangrenta, mas que nunca atinge os personagens principais. Sangue e tripas voam para todo lado, mas nunca são dos protagonistas. Até quando alguém se sacrifica, como foi o caso da Maeve, o ato não tem tanra importância assim. Ela continuou viva (como os poderes podendo voltar, como aconteceu com a Kimiko) e o Soldier Boy voltou a ser congelado.
Ainda assim, é inegável que a série é divertida e afiada em suas críticas. Mas dá pra deixar o roteiro um pouco mais afinado.
PS: eu tenho certeza que nenhum dos responsáveis pela série faz ideia de qual é o poder da Starlight.
Dá para dizer que Thor: Amor e Trovão é o oposto de Top Gun: Maverick. Não por lacração ou qualquer besteira dita por gente que não sabe interpretar um filme, mas porque tudo nele soa muito artificial.
Enquanto no filme do Tom Cruise havia todo um cuidado para as cenas serem o mais imersivas e realistas possíveis, nessa 4ª aventura do Deus do Trovão parece que foi feito no quintal do Taika Waititi depois de um churrasco. Os cenários são toscos, os efeitos especiais são artificiais de tão mal feitos e as poucas relações entre os personagens não são bem desenvolvidas.
Pelo menos aquela cena no mundo dos deuses dava para ter sido feita num cenário construído em vez de ser só mais uma tela verde.
Fico triste, pois a mensagem que Thor: Amor e Trovão quer passar é muito bonita. Mas o filme é tão descartável (acredito que seja o mais descartável do MCU) que ela acaba tendo o mesmo impacto de um GIF de anjinho enviado pela sua tia.
Talvez seja a hora da Marvel desacelerar. Realizar quase tantas produções por ano está comprometendo o resultado delas.
Minha maior decepção com essa série foram as sequências de ação. Não discordo que a prequel foi desastre (curiosamente, ela passou a ser cultuada após o lançamento da trilogia mais recente), mas pelo menos as lutas, boa parte delas pelo menos, eram muito boas. Principalmente as do Obi Wan.
Já na série, é cada luta mequetrefe que não causa nenhuma empolgação. Só que o que ficou na minha mente mesma foram aquelas cenas da Leia fugindo nos dois primeiros episódios, parecia que eu tava um episódio da A Turma do Didi.
Outro ponto que me incomodou: em vários momentos alguns personagens são colocados em situações de risco, só que o público sabe que não vai acontecer nada com eles por causa dos filmes que já existem. Teria sido muito melhor ter enviado o Obi Wan para o outro lado da galáxia, com personagens novos, situações novas e, talvez, sendo perseguido pelo Vader. Desde que tivesse uma luta melhor e mais interessante entre eles.
Fiquei com um pé atrás quando foi revelada a duração dos episódios dessa 4ª temporada. Todos muito longos e com quase 1h30 de duração, com tudo sendo concluído num último episódio de 2h30. Stranger Things, apesar dos efeitos grandiosos, sempre foi uma série simples. Uma ameaça do Mundo Invertido surgia, a galera se separava, cada núcleo descobria uma coisa e no final todo mundo, convenientemente, se juntava para a batalha final. Na hora pensei que episódios tão longos só poderiam indicar excesso de encheção de linguiça. E eu estava certo.
Além de núcleos completamente irrelevantes, como é o caso do Hopper na Rússia - que deveria ter sido mantido morto, mas os responsáveis pelo programa não tiveram coragem de seguir adiante com a decisão - e do Mike na vã do amigo maconheiro do Jonathan, esse 4º ano Stranger Things parece querer alongar demais alguns momentos.
Dois exemplos me vem à mente quando digo isso: a Joyce demorando um episódio inteiro abrir uma boneca que recebeu pelo correio e a sidequest para a namoradinha do Dustin conseguir mexer no computador. São momentos totalmente irrelevantes, mas que por algum motivo estão lá. Seria para dar a impressão que estamos diante de uma produção grandiosa? Seria para manter os assinantes da Netflix por mais tempo na plataforma? Isso só os irmãos Duffer, que gastaram US$$ 30 milhões em cada episódio, vão saber responder.
Em questão de produção é nítido que o dinheiro foi muito bem gasto. Os efeitos estão melhores que o de muito blockbuster por aí, a recriação de época, então, nem se fala. A câmera não tem pudor de ficar passeando, dando a impressão tudo foi realmente gravado nos anos 80 de tão perfeitos que os figurinos e cenários ficaram. Mas tudo isso impressiona num primeiro momento, é preciso um bom roteiro e personagens bem escritos para sustentar todo esse primor visual.
Outro ponto que me incomodou bastante nessa 4ª temporada é a incapacidade dela se desapegar de certos personagens. Não digo isso nem só pela covardia em não matar nenhum personagem principal, mas pela necessidade de trazer de volta todo e qualquer personagem que apareceu nos anos anteriores. O Hopper já tá fazendo hora-extra, o Dr. Brenner voltou dos mortos também, o Jonathan só serve pra fazer piada de maconheiro, a Robin não passa de um alívio cômico inconveniente e crush do Dustin voltou por razões de ???????.
No fim, essa temporada não é grandiosa, ela é só inchada mesmo. Dava pra ter contado a mesma história na metade do tempo e com bem menos personagens. Tenho medo do que vão fazer na conclusão da série.
Desde que o primeiro Rocky foi feito, há quase 50 anos, os filmes de esporte meio que passaram a ter uma fórmula. Arremessando Alto não foge a essa regra, nem deveria, se continua funcionando é porque tem um motivo.
Mas há jeitos e jeitos de se seguir uma fórmula, e o longa da Netflix executa ela com muita energia. A direção e a edição fazem você se sentir dentro da quadra, além de adicionarem bastante personalidade à já tradicional sequência de treinamento.
E como é bom ver o Adam Sandler num papel um pouco mais sério. Não que eu não goste dele em comédia, mas parece que os dramas parecem explorar melhor aquela frustração e aquela raiva reprimida que ele traz para alguns personagens. E no caso do Stanley Sugerman você na expressão dele que ele é um cara que já quebrou a cara diversas e seguidas vezes. Está longe de ser um dos melhores papéis do Adam Sandler, mas dá pra ver como ele sente confortável no personagem, até porque faz parte de um mundo que o ator ama.
P.S.: Por que não fizeram antes um filme do Adam Sandler com a Queen Latifah? Nossa, como eles funcionam bem juntos. Queria ter visto mais do casal.
A única qualidade de Venom 2 é o seu tempo de duração. Imagina ter que passar mais de 1h20 vendo uma bomba dessas? Já mostra que os envolvidos têm mais noção que o Michael Bay ou o Zack Snyder.
Dá pra ver que em termos de produção, a série melhorou bastante nessa temporada. Os enquadramentos são mais elaborados, as coreografias das lutas está melhor e até gastaram um pouco de dinheiro pra contratar alguns figurantes para o bar do Sugar.
Só me incomoda um pouco que a única lanchonete de Banshee seja justamente em frente à delegacia e que tudo, de encontros de assassinos a ataques de neonazis, aconteça próximo a ela. Mas dá para imaginar o porquê disso.
Eu tava meio dividido com o filme, mas ele melhorou demais pra mim quando eu comecei a pensar nele como um slasher movie do MCU.
A America Chavez é a final girl, cujo erro fatal é não saber usar corretamente o próprio poder, enquanto a Wanda é o monstro, uma mistura de Carrie, A Estranha com Michael Myers. Como a Marvel nunca deixaria personagens importantes morrerem nessa brincadeira, as vítimas são
aqueles que estão lá só para vender boneco e por puro fanservice: o Raio Negro, o Senhor Fantástico, a Capitã Carter e aquele minotauro verde que estava em vários materiais de divulgação do filme.
Desde então, Multiverso da Loucura só melhora pra mim. Arrisco dizer que o filme mais autoral de todo o Universo Cinematográfico da Marvel.
Acredito que essa série bebeu muito de Fargo, tanto a série quanto o filme. Digo pelos coadjuvantes excêntricos e pelas histórias que vão se encontrando.
Só que enquanto Fargo tem um cenário mais gélido, O Turista aposta no desértico outback australiano para contar sua história. Ela se perde um pouco ao longo da jornada, fazendo uso de episódios desnecessariamente longos. Mas tudo isso fica pequeno diante do carisma e da química dos dois principais.
Deu tão certo que quase me faz torcer por uma segunda temporada. Quase, pois a cena final é irretocável de tão perfeita.
Não vou mentir: é um filme besta, mas me fez rir horrores. Desde as participações especiais até as piadas com o "atual" cenário político dos EUA. Mas o que me fez dar risada mesmo foi a coragem de fazer troça com boa parte da mitologia do Sherlock Holmes, com direito a uma cena impagável com o Microft.
Mas é claro que poderia ter um roteiro melhor. Quer dizer, poderia ter um roteiro, já que tudo que vemos aqui são esquetes unidas por um fiapo de história. Nas parcerias anteriores da dupla, eles ao menos tentavam disfarçar isso.
Acho que nunca fiquei tão apático vendo um filme do Guillermo del Toro, de longe um dos meus diretores favoritos da atualidade. É muito bem gravado, é muito bem atuado, é muito bem fotografado, mas falta aquele brilho que só os clássicos modernos do del Toro têm. Não sei se foi pela falta dos monstros e criaturas sempre presentes nas obras dele ou se ele realmente estava pouco inspirado.
Fica impossível não comparar com Roma, tanto pela fotografia quanto pelo pano de fundo histórico. Mas Belfast passa bem longe ter o mesmo cuidado que o filme de Alfonso Cuarón. Tudo parece ser feito com muita pressa.
O início já dá o tom da produção: rapidamente vemos Buddy brincando na vizinhança quando, sem mais nem menos, começa o ataque dos protestantes. Mal a cena acaba, já vamos para a próxima, e depois para a próxima e assim por diante, sem que tenhamos tempo de nos importarmo com os personagens. E é através desses momentos rápidos que vários assuntos são abordados: religião, família, lar, amor, infância, violência e por aí vai, mas sem nunca se aprofundar em nenhum deles.
A impressão que fica quando os créditos começam a subir é que Kenneth Branagh queria usar a própria infância para emocionar plateias no mundo inteiro e ganhar vários prêmios, mas não fazia ideia de como fazer isso.
Dupla Jornada
3.0 178 Assista AgoraTípico filme criado para estabelecer franquia, perde mais tempo apresentando o universo em que se encontra (que é muito interessante, vale dizer) do que desenvolvendo sua trama e seus personagens. Não só isso: prefere deixar pontas soltas para continuações e possíveis derivados em vez de concluir alguns de seus arcos.
O tal do vampirão El Jefe é um ótimo exemplo disso. Eles poderiam muito bem bater de frente com ele já nesse longa, mas preferem plantar a semente da ameaça maior e anular completamente qualquer perigo que a vilã poderia apresentar.
A ação é boa e algumas piadas até que funcionam, mas não deixa de ser só mais uma tentativa da Netflix de criar uma marca de sucesso. Em vez de contar uma boa história, Dupla Jornada se preocupa mais manter a assinatura dos assinantes com a promessa de sequências com um elenco estrelado.
Bons Meninos
3.5 227O que é Euphoria perto de Good Boys?
Brasília 18%
2.3 24 Assista AgoraChega a ser impressionante como Brasília 18% falha em tudo que se propõe.
A trama sai do nada e termina em lugar nenhum, o ritmo não empolga (lá pela metade tem uma perseguição de carro que tão é interessante quanto ver grama crescer), os diálogos são forçados e repetitivos (sério que todo mundo tem que perguntar sobre o maldito laudo?) e as atuações chegam a ser amadoras, inclusive as de alguns atores mais experientes. É possível perceber o nível da produção já no começo, durante a cena do avião: pelas janelas dá para ver uma tela azul que deveria ter sido substituída por uma imagem do céu de Brasília.
Mas o mais fraco de tudo com certeza é o protagonista. Tão apático, tão inexpressivo, tão sem carisma. Nem parece se tratar de um legista, mas sim de um morto que fugiu do IML. O pior é tentarem te convencer que praticamente todas mulheres do filme se sentem atraídas por ele.
Banshee (4ª Temporada)
4.2 94 Assista AgoraBanshee, a cidade, só foi ficando mais perigosa a cada temporada. No começo era só o Proctor, mas depois
foram surgindo indígenas revoltados, militares ganaciosos, n@zistas, cartéis mexicanos, serial killers e até cultos satânicos. Se tivesse durado mais uma temporada acho que teria rolado até uma invasão alienígena ou uma epidemia zumbi.
Agente Oculto
3.2 383 Assista AgoraEstava com o hype nas alturas para esse filme. Um thriller de ação de altíssimo orçamento dirigido pelos Irmãos Russo, protagonizado pelo Ryan Gosling e com um vilão feito pelo Chris Evans? Manda ver!
Só que o primeiro trailer já tratou de baixar minhas expectativas. Dava para ver que The Gray Man seria uma grande amálgama do que vem sendo feito atualmente no cinema de ação. Tem um agente secreto misterioso tal qual o 007, mas que não tem metade do carisma do espião britânico. Vemos grandes set pieces, como em Missão Impossível, só que sem a intensidade das sequências protagonizadas por Tom Cruise. Vários combates corpo a corpo, mas cheios de corte e sem muita coreografia, diferente das lutas vistas em John Wick. É uma ação que diverte, um bom passatempo, mas que não empolga.
Agora, o que me incomodou mesmo foi justamente o antagonista da história. Apesar de matar a torto e a direito, Lloyd Hansen passa longe de ser ameaçador, pelo contrário, as constantes falhas e ataques de pelanca do personagem acabavam com qualquer imagem vilanesca que ele poderia ter. A impressão que eu tive é que tentaram inverter o clichê do vilão implacável e do herói metido a engraçadinho, mas não deu muito certo.
É como dizem: menos é mais. Os Russo conseguiram entregar sequências de ação melhores em uma sitcom de baixo orçamento do que em um blockbuster de orçamento milionário.
A Garota da Foto
3.8 139 Assista AgoraMuito bem montado, a edição vai dando informações à conta-gotas para que você fique mais e mais curioso pela próxima revelação. Tipo aqueles best-sellers que cada capítulo termina com um gancho, sabe?
Ainda assim, não é um doc que recomendo para todo mundo. Fazia tempo que uma história não me deixava tão mal, em diversos momentos me peguei pensando em dar uma pausa para continuar outro dia. É triste pensar que uma pessoa sofreu tanto assim.
A Fera do Mar
3.7 237 Assista AgoraSe Waterworld é o Mad Max na água, então A Fera do Mar pode ser considerado um Como Treinar o Seu Dragão na água.
Ms. Marvel
3.1 232 Assista AgoraPra mim, está longe de ser tão ruim como muita gente tá pintando. Só de não ser um troço genérico como Cavaleiro da Lua já ganha pontos.
No entanto, não posso negar que a série dá uma decaída após os ótimos dois primeiros episódios. Entendo que tenha sido um arco de reconexão da Kamala com a cultura paquistanesa para conhecer melhor o seu passado e aceitar suas raízes - os grafismos a la Scott Pilgrim até vão sendo deixados de lado para dar lugar a uma fotografia mais tradicional -, no entanto tudo vai sendo feito de um jeito tão corrido que fica difícil se importar com certos acontecimentos.
Aqui caímos de novo em um defeito recorrente nessas séries da Marvel no Disney+: muita coisa para poucos episódios. Praticamente todas elas precisam correr em seus episódios finais para fechar as tramas que foram abertas nos primeiros. Claro que a viagem ao Paquistão é importante para o arco de aceitação da Kamala, mas poderia ter sido desenvolvida ao longo de mais episódios. A mãe dela aceitar de uma hora para outra não só o amor dela por heróis, mas a vida dela como heroína, é um exemplo claro dessa correria.
Ainda assim, Iman Vellani esbanja carisma como Kamala Khan, sendo desde já uma das melhores escolhas de protagonista do MCU. E muito se fala sobre como a Marvel se acomodou nos últimos anos, e não discordo, mas são poucos estúdios hoje que dariam espaço para uma protagonista muçulmana e teriam coragem de abordar a perseguição dos EUA aos muçulmanos.
A série está longe de ser perfeita, mas não deixa de ser um respiro de novidade dentro de um universo que parece querer se repetir cada vez mais.
The Boys (3ª Temporada)
4.2 561 Assista AgoraSério, alguém avisa o Erick Kripke que ele não tá mais fazendo série procedural. A série pode ir pra frente com o passar das temporadas.
Eu tava adorando essa terceira temporada, como ele usava os super-heróis tanto pra sacanear a indústria do entretenimento quanto para fazer um paralelo com a realidade. Indicava para todo mundo dizendo que era uma das melhores séries do momento. Mas esse final me desanimou tanto. Voltou tudo para a estaca zero.
Vamos ter outra temporada do Bruto tentando acabar com o Pátria com algum plano mirabolante (e falhando no último segundo, igual um episódio de Coiote e Papa-Léguas). Outra temporada do Trem-Bala com uma redenção que nunca vem. Outra temporada do Profundo perdido no meio de tudo.
Eu pelo menos achava que a série teria peito de assumir o Bruto como vilão depois de todos os absurdos que ele fez pro Soldier Boy ficar do lado dele. Ele foi corrompido pelo poder e... nada aconteceu. Em sua jornada por vingança contra o Capitão Pátria, Billy Bruto se aliou com um ped*fil* (o Soldier Boy, cujo próprio sidekick admitiu que ele fez isso), apagou um dos seus melhores amigos, explodiu uma casa cheia de inocentes e colocou em risco a vida do Hughie. Só que no final ninguém tava nem aí pra isso, não teve nenhuma repercussão nada disso, o Bruto voltou para sua jornada de vingança sem nenhuma evolução como personagem.
E essa falta de consequência também se comprova na covardia em matar alguns personagens. Diferente de Stranger Things, que também foi criticada por isso, The Boys tem uma atmosfera bem violenta e sangrenta, mas que nunca atinge os personagens principais. Sangue e tripas voam para todo lado, mas nunca são dos protagonistas. Até quando alguém se sacrifica, como foi o caso da Maeve, o ato não tem tanra importância assim. Ela continuou viva (como os poderes podendo voltar, como aconteceu com a Kimiko) e o Soldier Boy voltou a ser congelado.
Ainda assim, é inegável que a série é divertida e afiada em suas críticas. Mas dá pra deixar o roteiro um pouco mais afinado.
PS: eu tenho certeza que nenhum dos responsáveis pela série faz ideia de qual é o poder da Starlight.
Thor: Amor e Trovão
2.9 973 Assista AgoraDá para dizer que Thor: Amor e Trovão é o oposto de Top Gun: Maverick. Não por lacração ou qualquer besteira dita por gente que não sabe interpretar um filme, mas porque tudo nele soa muito artificial.
Enquanto no filme do Tom Cruise havia todo um cuidado para as cenas serem o mais imersivas e realistas possíveis, nessa 4ª aventura do Deus do Trovão parece que foi feito no quintal do Taika Waititi depois de um churrasco. Os cenários são toscos, os efeitos especiais são artificiais de tão mal feitos e as poucas relações entre os personagens não são bem desenvolvidas.
Pelo menos aquela cena no mundo dos deuses dava para ter sido feita num cenário construído em vez de ser só mais uma tela verde.
Fico triste, pois a mensagem que Thor: Amor e Trovão quer passar é muito bonita. Mas o filme é tão descartável (acredito que seja o mais descartável do MCU) que ela acaba tendo o mesmo impacto de um GIF de anjinho enviado pela sua tia.
Talvez seja a hora da Marvel desacelerar. Realizar quase tantas produções por ano está comprometendo o resultado delas.
Obi-Wan Kenobi
3.4 313 Assista AgoraMinha maior decepção com essa série foram as sequências de ação. Não discordo que a prequel foi desastre (curiosamente, ela passou a ser cultuada após o lançamento da trilogia mais recente), mas pelo menos as lutas, boa parte delas pelo menos, eram muito boas. Principalmente as do Obi Wan.
Já na série, é cada luta mequetrefe que não causa nenhuma empolgação. Só que o que ficou na minha mente mesma foram aquelas cenas da Leia fugindo nos dois primeiros episódios, parecia que eu tava um episódio da A Turma do Didi.
Outro ponto que me incomodou: em vários momentos alguns personagens são colocados em situações de risco, só que o público sabe que não vai acontecer nada com eles por causa dos filmes que já existem. Teria sido muito melhor ter enviado o Obi Wan para o outro lado da galáxia, com personagens novos, situações novas e, talvez, sendo perseguido pelo Vader. Desde que tivesse uma luta melhor e mais interessante entre eles.
[spoiler][/spoiler]
Stranger Things (4ª Temporada)
4.2 1,0K Assista AgoraFiquei com um pé atrás quando foi revelada a duração dos episódios dessa 4ª temporada. Todos muito longos e com quase 1h30 de duração, com tudo sendo concluído num último episódio de 2h30. Stranger Things, apesar dos efeitos grandiosos, sempre foi uma série simples. Uma ameaça do Mundo Invertido surgia, a galera se separava, cada núcleo descobria uma coisa e no final todo mundo, convenientemente, se juntava para a batalha final. Na hora pensei que episódios tão longos só poderiam indicar excesso de encheção de linguiça. E eu estava certo.
Além de núcleos completamente irrelevantes, como é o caso do Hopper na Rússia - que deveria ter sido mantido morto, mas os responsáveis pelo programa não tiveram coragem de seguir adiante com a decisão - e do Mike na vã do amigo maconheiro do Jonathan, esse 4º ano Stranger Things parece querer alongar demais alguns momentos.
Dois exemplos me vem à mente quando digo isso: a Joyce demorando um episódio inteiro abrir uma boneca que recebeu pelo correio e a sidequest para a namoradinha do Dustin conseguir mexer no computador. São momentos totalmente irrelevantes, mas que por algum motivo estão lá. Seria para dar a impressão que estamos diante de uma produção grandiosa? Seria para manter os assinantes da Netflix por mais tempo na plataforma? Isso só os irmãos Duffer, que gastaram US$$ 30 milhões em cada episódio, vão saber responder.
Em questão de produção é nítido que o dinheiro foi muito bem gasto. Os efeitos estão melhores que o de muito blockbuster por aí, a recriação de época, então, nem se fala. A câmera não tem pudor de ficar passeando, dando a impressão tudo foi realmente gravado nos anos 80 de tão perfeitos que os figurinos e cenários ficaram. Mas tudo isso impressiona num primeiro momento, é preciso um bom roteiro e personagens bem escritos para sustentar todo esse primor visual.
Outro ponto que me incomodou bastante nessa 4ª temporada é a incapacidade dela se desapegar de certos personagens. Não digo isso nem só pela covardia em não matar nenhum personagem principal, mas pela necessidade de trazer de volta todo e qualquer personagem que apareceu nos anos anteriores. O Hopper já tá fazendo hora-extra, o Dr. Brenner voltou dos mortos também, o Jonathan só serve pra fazer piada de maconheiro, a Robin não passa de um alívio cômico inconveniente e crush do Dustin voltou por razões de ???????.
No fim, essa temporada não é grandiosa, ela é só inchada mesmo. Dava pra ter contado a mesma história na metade do tempo e com bem menos personagens. Tenho medo do que vão fazer na conclusão da série.
Arremessando Alto
3.7 284 Assista AgoraDesde que o primeiro Rocky foi feito, há quase 50 anos, os filmes de esporte meio que passaram a ter uma fórmula. Arremessando Alto não foge a essa regra, nem deveria, se continua funcionando é porque tem um motivo.
Mas há jeitos e jeitos de se seguir uma fórmula, e o longa da Netflix executa ela com muita energia. A direção e a edição fazem você se sentir dentro da quadra, além de adicionarem bastante personalidade à já tradicional sequência de treinamento.
E como é bom ver o Adam Sandler num papel um pouco mais sério. Não que eu não goste dele em comédia, mas parece que os dramas parecem explorar melhor aquela frustração e aquela raiva reprimida que ele traz para alguns personagens. E no caso do Stanley Sugerman você na expressão dele que ele é um cara que já quebrou a cara diversas e seguidas vezes. Está longe de ser um dos melhores papéis do Adam Sandler, mas dá pra ver como ele sente confortável no personagem, até porque faz parte de um mundo que o ator ama.
P.S.: Por que não fizeram antes um filme do Adam Sandler com a Queen Latifah? Nossa, como eles funcionam bem juntos. Queria ter visto mais do casal.
Oito Noites de Loucura
3.3 31 Assista Agora- Mamãe, eu não entendi a piada.
- Eu acho que ninguém entendeu, querido. Eles só estão rindo para agradar o prefeito
Venom: Tempo de Carnificina
2.7 637 Assista AgoraA única qualidade de Venom 2 é o seu tempo de duração. Imagina ter que passar mais de 1h20 vendo uma bomba dessas? Já mostra que os envolvidos têm mais noção que o Michael Bay ou o Zack Snyder.
Morra, Smoochy, Morra
3.0 65 Assista AgoraVale pela sátira aos filmes de máfia, mas podia ter explorado mais o humor negro.
Banshee (2ª Temporada)
4.4 92 Assista AgoraDá pra ver que em termos de produção, a série melhorou bastante nessa temporada. Os enquadramentos são mais elaborados, as coreografias das lutas está melhor e até gastaram um pouco de dinheiro pra contratar alguns figurantes para o bar do Sugar.
Só me incomoda um pouco que a única lanchonete de Banshee seja justamente em frente à delegacia e que tudo, de encontros de assassinos a ataques de neonazis, aconteça próximo a ela. Mas dá para imaginar o porquê disso.
Cavaleiro da Lua
3.5 422 Assista AgoraSérie tão esquecível que só fui lembrar agora de marcar que assisti ela. Serve nem pra despertar qualquer tipo de sentimento negativo.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraEu tava meio dividido com o filme, mas ele melhorou demais pra mim quando eu comecei a pensar nele como um slasher movie do MCU.
A America Chavez é a final girl, cujo erro fatal é não saber usar corretamente o próprio poder, enquanto a Wanda é o monstro, uma mistura de Carrie, A Estranha com Michael Myers. Como a Marvel nunca deixaria personagens importantes morrerem nessa brincadeira, as vítimas são
aqueles que estão lá só para vender boneco e por puro fanservice: o Raio Negro, o Senhor Fantástico, a Capitã Carter e aquele minotauro verde que estava em vários materiais de divulgação do filme.
Desde então, Multiverso da Loucura só melhora pra mim. Arrisco dizer que o filme mais autoral de todo o Universo Cinematográfico da Marvel.
O Chalé
3.3 725 Assista AgoraNunca torci tanto para duas crianças serem mortas em um filme de terror.
The Tourist (1ª Temporada)
3.3 25Acredito que essa série bebeu muito de Fargo, tanto a série quanto o filme. Digo pelos coadjuvantes excêntricos e pelas histórias que vão se encontrando.
Só que enquanto Fargo tem um cenário mais gélido, O Turista aposta no desértico outback australiano para contar sua história. Ela se perde um pouco ao longo da jornada, fazendo uso de episódios desnecessariamente longos. Mas tudo isso fica pequeno diante do carisma e da química dos dois principais.
Deu tão certo que quase me faz torcer por uma segunda temporada. Quase, pois a cena final é irretocável de tão perfeita.
Holmes & Watson
2.3 47 Assista AgoraNão vou mentir: é um filme besta, mas me fez rir horrores. Desde as participações especiais até as piadas com o "atual" cenário político dos EUA. Mas o que me fez dar risada mesmo foi a coragem de fazer troça com boa parte da mitologia do Sherlock Holmes, com direito a uma cena impagável com o Microft.
Mas é claro que poderia ter um roteiro melhor. Quer dizer, poderia ter um roteiro, já que tudo que vemos aqui são esquetes unidas por um fiapo de história. Nas parcerias anteriores da dupla, eles ao menos tentavam disfarçar isso.
O Beco do Pesadelo
3.5 496 Assista AgoraAcho que nunca fiquei tão apático vendo um filme do Guillermo del Toro, de longe um dos meus diretores favoritos da atualidade. É muito bem gravado, é muito bem atuado, é muito bem fotografado, mas falta aquele brilho que só os clássicos modernos do del Toro têm. Não sei se foi pela falta dos monstros e criaturas sempre presentes nas obras dele ou se ele realmente estava pouco inspirado.
Belfast
3.5 291 Assista AgoraFica impossível não comparar com Roma, tanto pela fotografia quanto pelo pano de fundo histórico. Mas Belfast passa bem longe ter o mesmo cuidado que o filme de Alfonso Cuarón. Tudo parece ser feito com muita pressa.
O início já dá o tom da produção: rapidamente vemos Buddy brincando na vizinhança quando, sem mais nem menos, começa o ataque dos protestantes. Mal a cena acaba, já vamos para a próxima, e depois para a próxima e assim por diante, sem que tenhamos tempo de nos importarmo com os personagens. E é através desses momentos rápidos que vários assuntos são abordados: religião, família, lar, amor, infância, violência e por aí vai, mas sem nunca se aprofundar em nenhum deles.
A impressão que fica quando os créditos começam a subir é que Kenneth Branagh queria usar a própria infância para emocionar plateias no mundo inteiro e ganhar vários prêmios, mas não fazia ideia de como fazer isso.