A ideia da série é bastante interessante e bem original, só que tem um porém: eu ri em raríssimas ocasiões. E isso num programa de comédia é um problema grave. Só continuei assistindo por causa do carisma e da simpatia do Ronald. Imagino o desastre que seria se o rapaz revelasse um baita de um escroto.
Como pode um filme de 1h30 ter tanta enrolação? E pra piorar, as sequências de ação, além de poucas, são curtíssimas.
Pelo menos elas são bem feitas, com cortes rápidos que não te fazem ficar perdido com o que acontece em tela e adicionam mais ritmo às lutas, sem falar nos momentos que brincam com a mudança de eixo da câmera. De certa forma, vai meio que na contramão do cinema de ação atual, que prefere loooongos planos-sequência. A Bailarina até chega a brincar com a tradicional luta no corredor, um daqueles momentos obrigatórios nas recentes produções do gênero.
Como dá pra perceber, eu gostei bastante da ação que vi, o problema é que eu queria ter visto mais dela.
Não chega a ser ruim, mas para a ideia que tinha podia ser tão melhor. As sequências de ação são bem mornas, e para piorar, entre elas há longas cenas de explicação e narração em off do protagonista, o que compromete o ritmo de um filme poderia ser bem mais empolgante.
E o que o elenco tem de estrelado, ele tem de mal utilizado, em especial o Mel Gibson e a Michelle Yeoh.
O primeiro interpreta um chefão que é derrotado (duas vezes) com bastante facilidade, já a segunda parece ter gravado todas as suas cenas em apenas um dia.
E apesar de tudo isso, até que Mate ou Morra diverte, principalmente por conta do carisma do Frank Grillo e por não se levar a sério.
E quando você menos espera, é pego em cheio pela mensagem de amadurecimento que casa perfeitamente com as referências a video games, visto que conforme Roy progride no "jogo" mais ele se dá conta que ele precisa melhorar como homem, namorado e pai. Até porque não dá para ficar levando tudo na brincadeira para sempre.
Apesar de ser legal, espero que um dia façam um remaster.
De todos os filmes do Rob Zombie que eu já tive o desprazer de ver, As Senhoras de Salém é o mais assistível de todos. Não tem a edição frenética que as obras dele costumam ter, não tem cenas que estão lá só para chocar e é bem mais devagar, com cenas que poderiam ser chamadas de planos longos se levarmos em conta a mania do diretor de fazer cortes a todo momento.
Hoje em dia daria até pra falar que tem cara de algo lançado pela A24.
A série é divertida, os personagens são engraçados e a química entre eles é ótima, só tenho a impressão que depois de 4 temporadas, os responsáveis ainda não haviam se decidido sobre a relação da Christine com o Richard. Parece que eles nunca conseguem seguir adiante.
Fui pego totalmente de surpresa por esse daqui. Esperava apenas um besteirol besta e recebi muito mais que isso. Há, claro, uma boa dose de piadas mais adultos e momentos totalmente inesperados, como a personagem da Jennifer Lawrence
sendo exposta por um grupo de garotos por conta de uma piada supostamente homofóbica.
Essa cena inclusive tem a ótima sacada de adotar uma estética neon e gliter muito típica de Euphoria, como que para mostrar que Madie não pertence àquele mundo.
Só que o verdadeiro pulo do gato é como os personagens são bem desenvolvidos e aprofundados. Ambos protagonistas tinham tudo para serem caricatos, principalmente o Percy, no entanto, a medida que vamos conhecendo eles, entendemos melhor o porquê de serem do jeito que são. Tanto a agressividade e a necessidade de desapego da moça de 29 anos (???) quanto o jeito acanhado do rapaz são formas dele se protegerem de um mundo que já os machucou.
Mesmo o romance dos dois, que teria tudo para soar forçado, é muito bem feitinho. Quem cresceu assistindo Sessão da Tarde sabe que o clichê do mulherão se apaixonando pelo esquisitão não é novidade, isso é feito há décadas. Normalmente, acontecia porque sim, a gostosa se apaixonava pelo nerd porque o roteiro dizia que deveria acontecer. Que Horas Eu Te Pego? pode até não ter reinventado a roda, porém aqui o funcionamento dela é muito melhor. A seu modo, os dois vão se incentivando
Já dava para imaginar que a Jennifer Lawrence fosse tirar de letra um papel como esse, o talento e o carisma dela são do tipo que transbordam pela tela. Ainda assim, quem rouba a cena pra mim é o Andrew Barth Feldman. Ele interpreta o Percy, que como eu disse anteriormente tinha tudo para ser caricato, com tanta doçura e vulnerabilidade que quando você menos espera já está torcendo por ele.
Pelos comentários, algumas pessoas se decepcionaram pelo "excesso de drama". Pra mim é o contrário, foi justamente o que fez Que Horas Eu Te Pego? se sobressair. Quer dizer, isso e
Nem Einstein e a Teoria da Relatividade são capazes de explicar como um filme de duas horas demora uma eternidade pra acabar. É a prova de que mesmo um filme bem dirigido e com uma ótima atuação não são o suficiente para sustentar um filme.
Em qualquer outra produção eu criticaria a brutalidade e a crueza com que os assassinatos são retratados. Isso porque em qualquer outra produção cenas assim só serviriam para chocar de forma gratuito, e se tem uma coisa que Holy Spider não é em nenhum momento é gratuito. Aqui vemos como uma sociedade problemática não só crie sujeitos problemáticos, como também permite que eles cometam suas atrocidades.
E pior do que qualquer assassinato frio que o Assassino das Aranhas tenha cometido, é ver
uma criança falando que vão surgir outros homens para terminar o que ele fez e demonstrar como seu pai executava suas vítimas, enquanto sua irmã ria como se tudo não passasse de uma brincadeira. Isso, sim, é algo que vai demorar muita para sumir da minha mente.
Quem está habituado com o gênero do terror, já viu espíritos serem usados para falar de traumas do passado, de problemas psicológicos, doenças hereditárias e até mesmo DSTs. E mesmo com essa gama bastante variada de abordagens, se me dissessem que tais entidades poderiam servir de metáfora para o uso de drogas entre jovens, eu olharia com bastante ceticismo para a pessoa.
Mas é exatamente o que acontece em Fale Comigo. Mia e seus amigos participam de festinhas, só que em vez dos jovens virarem shots, se injetarem ou compartilharem baseados, eles são possuídos por espíritos.
Na segunda festa tem até uma montagem bem típica dos filmes de festas adolescentes, com cada personagem usando a icônica mão que estampa os pôsteres.
E quanto mais uma personagem usa o objeto, mais ela quer usar, mais ela começa a enxergar a realidade de outro forma. Assim como o uso exagerado de qualquer substância, abusar da possessão pode ter um final trágico.
Fale Comigo também surpreende pela coragem. Os diretores sempre vão além do que as produções atuais do gênero iriam. Onde Hollywood colocaria um corte para não mostrar nada muito pesado, os Phillipou vão lá e filmam a cena em detalhes. E que detalhes, a maquiagem é de encher os olhos (ou de fazer a gente querer desviar eles da tela). Eu, que sempre dou risada de pessoas que saem da sessão por causa de cenas muito pesadas, fiquei com vontade de sair correndo em determinado momento da segunda festinha da molecada.
Só que Danny e Michael não sabem só chocar, eles ainda encontram formas de ressaltar como as mãos são essenciais em nossa relação com as pessoas e com o mundo. Aqui e ali há planos-detalhe das mãos dos personagens recusando algo (ou alguém), fazendo carinho, sendo feridas, causando mal a alguém ou apenas recebendo um pouco de esmalte.
Fale Comigo é a prova de que o terror não precisa de sangue em abundância, mas sim de sangue novo. De gente capaz de olhar para espíritos, zumbis, robôs ou super-heróis de uma forma diferente.
Me diverti mais com esse daqui do que com muitos desses blockbusters cheios de expectativas que chegam ao cinema. Justamente por não se levar a sério nem como adaptação do desenho da Dora e nem como filme de aventura é que ele acaba sendo tão gostoso de se assistir. Em meio a tantos filmes pipoca sisudos, Dora acaba se destacando por ser leve.
Tirando algumas boas atuações, é tudo muito burocrático. Certos momentos, que poderiam gerar alguma tensão, passam sem causar nenhum impacto, como o trecho em que é mostrado o passado do Vieira. Tenho a impressão que várias cenas foram gravadas de primeira, sem que o diretor tentasse fazer algo com mais apelo emocional.
E o mistério, qualquer pessoa mais acostumada com gênero vai conseguir desvendar sem muitos problemas.
Produções da Netflix já parecem ser feitas por e para algoritmos, mas Agente Stone vai além: temos aqui o primeiro filme inteiramente criado por uma inteligência artificial. A começar pelo roteiro, que pinta uma IA como essencial para salvar o mundo.
a protagonista e sua agência teriam aprendido a confiar menos num computador e mais em seus extintos. Aqui a lição final aqui pendendo a favor da IA. Ora, Chat GPT, não é assim que você vai fazer as pessoas confiarem em você.
E se eu já não tivesse visto a Gal Gadot dar entrevistas e apresentar eventos, eu juraria que ela foi criada por computação gráfica. Seria por sua beleza fora do comum? Um pouco, mas mais pela inexpressividade de sua atuação. A moça parece incapaz de expressar qualquer tipo de emoção enquanto diz uma de suas falas. Em dado momento no final, a protagonista dá um baita discurso sobre o que faz ela e a agência dela serem diferentes do vilão. Tá certo que o texto medíocre não ajuda, só que a levantada de sobrancelha que a "atriz" dá só faz tudo ficar ainda mais vergonha alheia.
A falta de personalidade e senso de humor da protagonista contribuem ainda mais para essa aura robótica que ela tem. Notem como ela parece não entender o conceito de ironia ou força de expressão.
Em uma das últimas cenas, Fulana Stone (é tudo tão esquecível que eu realmente não lembro o primeiro nome dela) visita a hacker vilã na cadeia, que diz que a partir de agora terá como objetivo se tornar uma detenta bombada. Ao ouvir isso, a espiã apenas diz:
- Você já teve objetivos piores.
Não me surpreenderia se em alguma continuação fosse revelado que Fulana Stone é na verdade um robô convivendo entre os humanos. No entanto, acho que é ser esperançoso demais esperar esse tipo de criatividade da IA responsável pelo roteiro.
Lembro que na época que assisti Skyfall, comentei com um amigo como ele alçava a franquia do espião britânico ao patamar de grife. A fotografia, as locações, o figurino, estava tudo um patamar acima dos filmes de ação feitos na época. A partir dali, 007 era o que as outras produções do gênero tentariam ser.
Spectre vem para mostrar que essa ideia de grife foi levada a sério demais. A fotografia impecável continua lá. Cada nova cena parece saída diretamente de um comercial de perfume ou de uma marca de roupas muito caras: tudo muito lindo e blasé. Só que isso dura quase 2h30 e não 30 segundos, como os comerciais citados. Tirando a sequência do começo, não tem nada minimamente empolgante em Spectre. Para um filme de ação, a 4ª missão de Daniel Craig como James Bond é bastante apática.
E todo visual elegante serve só para disfarçar a trama desnecessariamente inchada e o vilão bobo que só sabe ficar repetindo a cada 5 minutos
Antes ela fosse só inferior à primeira temporada, o que já era esperado já que ela é um das produções televisivas mais influentes dos últimos anos, mas ela também é chata e desinteressante.
Em nenhum momento eu me senti tocado pelo drama dos personagens, quando algo acontecia com eles eu simplesmente não importava. E quando o caso desse segundo ano foi finalmente desvendado, eu só consegui dizer: - Ah tá, então é isso. E ainda tem aqueles takes intermináveis da cidade e das estradas vistas de cima todo santo episódio. Imagino como deve ter sido decepcionante para quem viu na época.
Mesmo os clichês quando feitos pela Pixar parece que tem um charme diferente. Um dia antes de assistir a esse daqui vi A Liga dos Monstros que é o que poderia se chamar de filme clichê: história de superação, personagens que duvidam de si mesmos e uma montagem de treinamento, como manda a cartilha de todo filme de esportes. Mas em nenhum momento a história cativa ou você se conecta com os personagens.
Já com a Pixar é diferente, desde os primeiros instantes nos afeiçoamos àquela família de fogo, às dificuldades que eles passaram. De certa forma, eles representam todos os imigrantes que já saíram de sua terra natal em busca de prosperidade, mas que são recebidos com olhares de desconfiança. É um jeito inteligente e lúdico de abordar o racismo.
Não tinha como Elementos não ser clichê, uma vez que ele bebe muito da fonte das, hoje clássicas, comédias românticas dos anos 90 e começo dos anos 2000. Não tem como ser mais clichê que isso, só que tem como fazer isso bem feito. E é exatamente o que vemos, com um visual de encher os olhos e um roteiro redondinho.
E, de certa forma, Elementos é sim uma mudança nos padrões da Pixar. Deve ser uma das únicas animações do estúdio que não aposta na já batida fórmula do protagonista que se perde e parte numa jornada de autodescoberta. Pode não ser inovador como Toy Story e Aranhaverso um dia foram, só que às vezes tudo que a gente precisa é acreditar durante 1h30 que pessoas podem superar suas diferenças para ficarem juntas, seja com o Tom Hanks e a Meg Ryan ou com o um desenho da Disney.
É gostosinho e bem divertido de se ver, o Tom Hanks e a Meg Ryan tem uma química invejável, dá gosto de ver os dois juntos em cena. Só não coloco entre os meus favoritos porque tem uma barriguinha ali nos 20 minutos finais que fez o ritmo desandar.
A parte que interessa, que é a Demi Moore tirando a roupa, é excelente. Tanto por ela ser linda e ter um corpão quanto por saber dançar muito bem. A cena dela saindo do banho só de toalha certamente teria feito minha adolescência mais feliz.
Só que tudo que não envolve isso é bem qualquer coisa. Parece que quiseram misturar comédia, noir, thriller erótico, crítica social e as peças não encaixaram muito bem... Pra piorar ainda tem o Burt Reynolds que parecia estar bêbado em todas as cenas. O personagem dele que era pra ser algum tipo de vilão simplesmente não representa ameaça em momento nenhum.
Quem lê thrillers está acostumado com o termo "suspense vira-página", usado para aqueles livros de mistério que você simplesmente não consegue largar até chegar ao final. Desaparecida é um suspense vira-página em forma de filme.
É tão bem amarrado, com reviravoltas colocadas no momento certo e um ritmo tão intenso que você simplesmente não liga de assistir a quase 2h de telas de computador e celular. É a prova de que para contar uma boa história você só precisa de um bom roteiro e uma boa ideia. Enquanto algumas produções não conseguem fazer isso com um orçamento milionário e efeitos especiais absurdos, este aqui te deixa preso do começo ao fim.
É divertido e é um bom passatempo, só que tinha potencial pra ser muito mais que isso. A impressão que dá é que fizeram apenas bom pra não deixar ninguém com saudade do DCEU e nem bravo o suficiente pra reclamar dele na internet.
É aquela diversão despretensiosa, como qualquer gibi de super-herói deveria ser, e quanto mais cedo você aceita a pegada cartunesca que ele propõe a ter, maior será a sua diversão.
Só é inaceitável que um filme que ficou tanto tempo sendo adiado e em pós-produção tenha efeitos especiais tão toscos. Nisso, algumas homenagens acabam virando heresia.
É um encerramento bagunçado para um universo cinematográfico que sempre sofreu com a falta de organização. E quando chega a última cena, ficamos nos perguntando:
é um reboot? Um universo alternativo? É só uma piada? Vai continuar em outro filme? Parece que The Flash encerra o DCEU assumindo a grande bagunça que foi essa fase da DC nos cinemas.
É muito mais errado do que eu me lembrava. Me diverti duas vezes: primeiro pelas piadas e em seguida por concluir que várias delas seriam impensáveis nos dias de hoje.
Tem cachorro sendo arrastado até a morte, criança fumando maconha, criança dizendo que o beijo de língua foi elogiado pelo pai, cadáver sendo abandonado na chuva.
Esse aqui daria trabalho pra ser exibido num sábado à tarde.
Mas de tudo isso, o que me incomodou de verdade foi o protagonista. Que personagem insuportável e egoísta,
a ponto de flertar com uma mulher mais jovem após a esposa criticá-lo por desovar o corpo da tia.
Talvez essa seja a grande piada de Férias Frustradas que muita gente deixa passar despercebido, o Clark Griswold ser um cara que faz questão de passar tempo com a família, mas que, na verdade, não está nem aí pra ela. Toda viagem é só uma desculpa pra ele realizar os próprios sonhos.
Na Mira do Júri (1ª Temporada)
4.2 113 Assista AgoraA ideia da série é bastante interessante e bem original, só que tem um porém: eu ri em raríssimas ocasiões. E isso num programa de comédia é um problema grave. Só continuei assistindo por causa do carisma e da simpatia do Ronald. Imagino o desastre que seria se o rapaz revelasse um baita de um escroto.
A Bailarina
3.2 85 Assista AgoraComo pode um filme de 1h30 ter tanta enrolação? E pra piorar, as sequências de ação, além de poucas, são curtíssimas.
Pelo menos elas são bem feitas, com cortes rápidos que não te fazem ficar perdido com o que acontece em tela e adicionam mais ritmo às lutas, sem falar nos momentos que brincam com a mudança de eixo da câmera. De certa forma, vai meio que na contramão do cinema de ação atual, que prefere loooongos planos-sequência. A Bailarina até chega a brincar com a tradicional luta no corredor, um daqueles momentos obrigatórios nas recentes produções do gênero.
Como dá pra perceber, eu gostei bastante da ação que vi, o problema é que eu queria ter visto mais dela.
Mate ou Morra
3.2 146 Assista AgoraNão chega a ser ruim, mas para a ideia que tinha podia ser tão melhor. As sequências de ação são bem mornas, e para piorar, entre elas há longas cenas de explicação e narração em off do protagonista, o que compromete o ritmo de um filme poderia ser bem mais empolgante.
E o que o elenco tem de estrelado, ele tem de mal utilizado, em especial o Mel Gibson e a Michelle Yeoh.
O primeiro interpreta um chefão que é derrotado (duas vezes) com bastante facilidade, já a segunda parece ter gravado todas as suas cenas em apenas um dia.
E apesar de tudo isso, até que Mate ou Morra diverte, principalmente por conta do carisma do Frank Grillo e por não se levar a sério.
E quando você menos espera, é pego em cheio pela mensagem de amadurecimento que casa perfeitamente com as referências a video games, visto que conforme Roy progride no "jogo" mais ele se dá conta que ele precisa melhorar como homem, namorado e pai. Até porque não dá para ficar levando tudo na brincadeira para sempre.
Apesar de ser legal, espero que um dia façam um remaster.
As Senhoras de Salem
2.5 405De todos os filmes do Rob Zombie que eu já tive o desprazer de ver, As Senhoras de Salém é o mais assistível de todos. Não tem a edição frenética que as obras dele costumam ter, não tem cenas que estão lá só para chocar e é bem mais devagar, com cenas que poderiam ser chamadas de planos longos se levarmos em conta a mania do diretor de fazer cortes a todo momento.
Hoje em dia daria até pra falar que tem cara de algo lançado pela A24.
As Novas Aventuras da Velha Christine (4ª Temporada)
4.2 21A série é divertida, os personagens são engraçados e a química entre eles é ótima, só tenho a impressão que depois de 4 temporadas, os responsáveis ainda não haviam se decidido sobre a relação da Christine com o Richard. Parece que eles nunca conseguem seguir adiante.
Que Horas Eu Te Pego?
3.3 498Fui pego totalmente de surpresa por esse daqui. Esperava apenas um besteirol besta e recebi muito mais que isso. Há, claro, uma boa dose de piadas mais adultos e momentos totalmente inesperados, como a personagem da Jennifer Lawrence
brigando totalmente pelada com um grupo de adolescentes.
Minha favorita, no entanto, é a que reflete a diferença entre gerações, com Madison
sendo exposta por um grupo de garotos por conta de uma piada supostamente homofóbica.
Só que o verdadeiro pulo do gato é como os personagens são bem desenvolvidos e aprofundados. Ambos protagonistas tinham tudo para serem caricatos, principalmente o Percy, no entanto, a medida que vamos conhecendo eles, entendemos melhor o porquê de serem do jeito que são. Tanto a agressividade e a necessidade de desapego da moça de 29 anos (???) quanto o jeito acanhado do rapaz são formas dele se protegerem de um mundo que já os machucou.
Mesmo o romance dos dois, que teria tudo para soar forçado, é muito bem feitinho. Quem cresceu assistindo Sessão da Tarde sabe que o clichê do mulherão se apaixonando pelo esquisitão não é novidade, isso é feito há décadas. Normalmente, acontecia porque sim, a gostosa se apaixonava pelo nerd porque o roteiro dizia que deveria acontecer. Que Horas Eu Te Pego? pode até não ter reinventado a roda, porém aqui o funcionamento dela é muito melhor. A seu modo, os dois vão se incentivando
a saírem de suas conchas (ou casas).
Já dava para imaginar que a Jennifer Lawrence fosse tirar de letra um papel como esse, o talento e o carisma dela são do tipo que transbordam pela tela. Ainda assim, quem rouba a cena pra mim é o Andrew Barth Feldman. Ele interpreta o Percy, que como eu disse anteriormente tinha tudo para ser caricato, com tanta doçura e vulnerabilidade que quando você menos espera já está torcendo por ele.
Pelos comentários, algumas pessoas se decepcionaram pelo "excesso de drama". Pra mim é o contrário, foi justamente o que fez Que Horas Eu Te Pego? se sobressair. Quer dizer, isso e
a cena da J-Law peladona batendo na molecada.
[spoiler][/spoiler]
As Confissões de Schmidt
3.7 191 Assista AgoraNem Einstein e a Teoria da Relatividade são capazes de explicar como um filme de duas horas demora uma eternidade pra acabar. É a prova de que mesmo um filme bem dirigido e com uma ótima atuação não são o suficiente para sustentar um filme.
Holy Spider
4.0 129 Assista AgoraEm qualquer outra produção eu criticaria a brutalidade e a crueza com que os assassinatos são retratados. Isso porque em qualquer outra produção cenas assim só serviriam para chocar de forma gratuito, e se tem uma coisa que Holy Spider não é em nenhum momento é gratuito. Aqui vemos como uma sociedade problemática não só crie sujeitos problemáticos, como também permite que eles cometam suas atrocidades.
E pior do que qualquer assassinato frio que o Assassino das Aranhas tenha cometido, é ver
uma criança falando que vão surgir outros homens para terminar o que ele fez e demonstrar como seu pai executava suas vítimas, enquanto sua irmã ria como se tudo não passasse de uma brincadeira. Isso, sim, é algo que vai demorar muita para sumir da minha mente.
Fale Comigo
3.6 975 Assista AgoraQuem está habituado com o gênero do terror, já viu espíritos serem usados para falar de traumas do passado, de problemas psicológicos, doenças hereditárias e até mesmo DSTs. E mesmo com essa gama bastante variada de abordagens, se me dissessem que tais entidades poderiam servir de metáfora para o uso de drogas entre jovens, eu olharia com bastante ceticismo para a pessoa.
Mas é exatamente o que acontece em Fale Comigo. Mia e seus amigos participam de festinhas, só que em vez dos jovens virarem shots, se injetarem ou compartilharem baseados, eles são possuídos por espíritos.
Na segunda festa tem até uma montagem bem típica dos filmes de festas adolescentes, com cada personagem usando a icônica mão que estampa os pôsteres.
E quanto mais uma personagem usa o objeto, mais ela quer usar, mais ela começa a enxergar a realidade de outro forma. Assim como o uso exagerado de qualquer substância, abusar da possessão pode ter um final trágico.
Fale Comigo também surpreende pela coragem. Os diretores sempre vão além do que as produções atuais do gênero iriam. Onde Hollywood colocaria um corte para não mostrar nada muito pesado, os Phillipou vão lá e filmam a cena em detalhes. E que detalhes, a maquiagem é de encher os olhos (ou de fazer a gente querer desviar eles da tela). Eu, que sempre dou risada de pessoas que saem da sessão por causa de cenas muito pesadas, fiquei com vontade de sair correndo em determinado momento da segunda festinha da molecada.
Só que Danny e Michael não sabem só chocar, eles ainda encontram formas de ressaltar como as mãos são essenciais em nossa relação com as pessoas e com o mundo. Aqui e ali há planos-detalhe das mãos dos personagens recusando algo (ou alguém), fazendo carinho, sendo feridas, causando mal a alguém ou apenas recebendo um pouco de esmalte.
Fale Comigo é a prova de que o terror não precisa de sangue em abundância, mas sim de sangue novo. De gente capaz de olhar para espíritos, zumbis, robôs ou super-heróis de uma forma diferente.
Dora e a Cidade Perdida
3.2 151 Assista AgoraMe diverti mais com esse daqui do que com muitos desses blockbusters cheios de expectativas que chegam ao cinema. Justamente por não se levar a sério nem como adaptação do desenho da Dora e nem como filme de aventura é que ele acaba sendo tão gostoso de se assistir. Em meio a tantos filmes pipoca sisudos, Dora acaba se destacando por ser leve.
P.S.: fiquei bastante incomodado com a menina que usou o buraco do cocô e não se limpou.
Achados e Perdidos
2.9 75Tirando algumas boas atuações, é tudo muito burocrático. Certos momentos, que poderiam gerar alguma tensão, passam sem causar nenhum impacto, como o trecho em que é mostrado o passado do Vieira. Tenho a impressão que várias cenas foram gravadas de primeira, sem que o diretor tentasse fazer algo com mais apelo emocional.
E o mistério, qualquer pessoa mais acostumada com gênero vai conseguir desvendar sem muitos problemas.
A partir do momento que a Flor começou a dar em cima do protagonista descaradamente, as intenções da moça ficaram claras.
Agente Stone
3.0 144 Assista AgoraProduções da Netflix já parecem ser feitas por e para algoritmos, mas Agente Stone vai além: temos aqui o primeiro filme inteiramente criado por uma inteligência artificial. A começar pelo roteiro, que pinta uma IA como essencial para salvar o mundo.
Num filme comum, ao final
a protagonista e sua agência teriam aprendido a confiar menos num computador e mais em seus extintos. Aqui a lição final aqui pendendo a favor da IA. Ora, Chat GPT, não é assim que você vai fazer as pessoas confiarem em você.
E se eu já não tivesse visto a Gal Gadot dar entrevistas e apresentar eventos, eu juraria que ela foi criada por computação gráfica. Seria por sua beleza fora do comum? Um pouco, mas mais pela inexpressividade de sua atuação. A moça parece incapaz de expressar qualquer tipo de emoção enquanto diz uma de suas falas. Em dado momento no final, a protagonista dá um baita discurso sobre o que faz ela e a agência dela serem diferentes do vilão. Tá certo que o texto medíocre não ajuda, só que a levantada de sobrancelha que a "atriz" dá só faz tudo ficar ainda mais vergonha alheia.
A falta de personalidade e senso de humor da protagonista contribuem ainda mais para essa aura robótica que ela tem. Notem como ela parece não entender o conceito de ironia ou força de expressão.
Em uma das últimas cenas, Fulana Stone (é tudo tão esquecível que eu realmente não lembro o primeiro nome dela) visita a hacker vilã na cadeia, que diz que a partir de agora terá como objetivo se tornar uma detenta bombada. Ao ouvir isso, a espiã apenas diz:
- Você já teve objetivos piores.
Não me surpreenderia se em alguma continuação fosse revelado que Fulana Stone é na verdade um robô convivendo entre os humanos. No entanto, acho que é ser esperançoso demais esperar esse tipo de criatividade da IA responsável pelo roteiro.
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraLembro que na época que assisti Skyfall, comentei com um amigo como ele alçava a franquia do espião britânico ao patamar de grife. A fotografia, as locações, o figurino, estava tudo um patamar acima dos filmes de ação feitos na época. A partir dali, 007 era o que as outras produções do gênero tentariam ser.
Spectre vem para mostrar que essa ideia de grife foi levada a sério demais. A fotografia impecável continua lá. Cada nova cena parece saída diretamente de um comercial de perfume ou de uma marca de roupas muito caras: tudo muito lindo e blasé. Só que isso dura quase 2h30 e não 30 segundos, como os comerciais citados. Tirando a sequência do começo, não tem nada minimamente empolgante em Spectre. Para um filme de ação, a 4ª missão de Daniel Craig como James Bond é bastante apática.
E todo visual elegante serve só para disfarçar a trama desnecessariamente inchada e o vilão bobo que só sabe ficar repetindo a cada 5 minutos
como o 007 sofreu a vida inteira e como ele foi responsável por tudo aquilo.
True Detective (2ª Temporada)
3.6 773Antes ela fosse só inferior à primeira temporada, o que já era esperado já que ela é um das produções televisivas mais influentes dos últimos anos, mas ela também é chata e desinteressante.
Em nenhum momento eu me senti tocado pelo drama dos personagens, quando algo acontecia com eles eu simplesmente não importava. E quando o caso desse segundo ano foi finalmente desvendado, eu só consegui dizer: - Ah tá, então é isso. E ainda tem aqueles takes intermináveis da cidade e das estradas vistas de cima todo santo episódio. Imagino como deve ter sido decepcionante para quem viu na época.
Invasores
3.1 393 Assista AgoraArrisco dizer que é o filme de invasão alienígena mais genérico e mais chato já feito.
Elementos
3.7 470Mesmo os clichês quando feitos pela Pixar parece que tem um charme diferente. Um dia antes de assistir a esse daqui vi A Liga dos Monstros que é o que poderia se chamar de filme clichê: história de superação, personagens que duvidam de si mesmos e uma montagem de treinamento, como manda a cartilha de todo filme de esportes. Mas em nenhum momento a história cativa ou você se conecta com os personagens.
Já com a Pixar é diferente, desde os primeiros instantes nos afeiçoamos àquela família de fogo, às dificuldades que eles passaram. De certa forma, eles representam todos os imigrantes que já saíram de sua terra natal em busca de prosperidade, mas que são recebidos com olhares de desconfiança. É um jeito inteligente e lúdico de abordar o racismo.
Não tinha como Elementos não ser clichê, uma vez que ele bebe muito da fonte das, hoje clássicas, comédias românticas dos anos 90 e começo dos anos 2000. Não tem como ser mais clichê que isso, só que tem como fazer isso bem feito. E é exatamente o que vemos, com um visual de encher os olhos e um roteiro redondinho.
E, de certa forma, Elementos é sim uma mudança nos padrões da Pixar. Deve ser uma das únicas animações do estúdio que não aposta na já batida fórmula do protagonista que se perde e parte numa jornada de autodescoberta. Pode não ser inovador como Toy Story e Aranhaverso um dia foram, só que às vezes tudo que a gente precisa é acreditar durante 1h30 que pessoas podem superar suas diferenças para ficarem juntas, seja com o Tom Hanks e a Meg Ryan ou com o um desenho da Disney.
Freaky: No Corpo de um Assassino
3.2 464É divertido, mas poderia ter explorado bem mais a premissa. Sei lá, esperava mais bizarrices.
Dr. Hollywood - Uma Receita de Amor
3.1 84 Assista AgoraQuem poderia imaginar que o início de carreira do Dr. Rey tinha sido assim?
Mens@gem Para Você
3.4 428 Assista AgoraÉ gostosinho e bem divertido de se ver, o Tom Hanks e a Meg Ryan tem uma química invejável, dá gosto de ver os dois juntos em cena. Só não coloco entre os meus favoritos porque tem uma barriguinha ali nos 20 minutos finais que fez o ritmo desandar.
Striptease
2.7 313 Assista AgoraA parte que interessa, que é a Demi Moore tirando a roupa, é excelente. Tanto por ela ser linda e ter um corpão quanto por saber dançar muito bem. A cena dela saindo do banho só de toalha certamente teria feito minha adolescência mais feliz.
Só que tudo que não envolve isso é bem qualquer coisa. Parece que quiseram misturar comédia, noir, thriller erótico, crítica social e as peças não encaixaram muito bem... Pra piorar ainda tem o Burt Reynolds que parecia estar bêbado em todas as cenas. O personagem dele que era pra ser algum tipo de vilão simplesmente não representa ameaça em momento nenhum.
Desaparecida
3.7 289 Assista AgoraQuem lê thrillers está acostumado com o termo "suspense vira-página", usado para aqueles livros de mistério que você simplesmente não consegue largar até chegar ao final. Desaparecida é um suspense vira-página em forma de filme.
É tão bem amarrado, com reviravoltas colocadas no momento certo e um ritmo tão intenso que você simplesmente não liga de assistir a quase 2h de telas de computador e celular. É a prova de que para contar uma boa história você só precisa de um bom roteiro e uma boa ideia. Enquanto algumas produções não conseguem fazer isso com um orçamento milionário e efeitos especiais absurdos, este aqui te deixa preso do começo ao fim.
The Flash
3.1 752 Assista AgoraÉ divertido e é um bom passatempo, só que tinha potencial pra ser muito mais que isso. A impressão que dá é que fizeram apenas bom pra não deixar ninguém com saudade do DCEU e nem bravo o suficiente pra reclamar dele na internet.
É aquela diversão despretensiosa, como qualquer gibi de super-herói deveria ser, e quanto mais cedo você aceita a pegada cartunesca que ele propõe a ter, maior será a sua diversão.
Só é inaceitável que um filme que ficou tanto tempo sendo adiado e em pós-produção tenha efeitos especiais tão toscos. Nisso, algumas homenagens acabam virando heresia.
É um encerramento bagunçado para um universo cinematográfico que sempre sofreu com a falta de organização. E quando chega a última cena, ficamos nos perguntando:
é um reboot? Um universo alternativo? É só uma piada? Vai continuar em outro filme? Parece que The Flash encerra o DCEU assumindo a grande bagunça que foi essa fase da DC nos cinemas.
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Férias Frustradas
3.5 295É muito mais errado do que eu me lembrava. Me diverti duas vezes: primeiro pelas piadas e em seguida por concluir que várias delas seriam impensáveis nos dias de hoje.
Tem cachorro sendo arrastado até a morte, criança fumando maconha, criança dizendo que o beijo de língua foi elogiado pelo pai, cadáver sendo abandonado na chuva.
Mas de tudo isso, o que me incomodou de verdade foi o protagonista. Que personagem insuportável e egoísta,
a ponto de flertar com uma mulher mais jovem após a esposa criticá-lo por desovar o corpo da tia.
Talvez essa seja a grande piada de Férias Frustradas que muita gente deixa passar despercebido, o Clark Griswold ser um cara que faz questão de passar tempo com a família, mas que, na verdade, não está nem aí pra ela. Toda viagem é só uma desculpa pra ele realizar os próprios sonhos.
Sintonia de Amor
3.4 231 Assista AgoraCoitado do personagem do
Bill Pullman, cujo único erro foi ser sem graça demais.
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