Lembro que gostava bastante da série na 1ª temporada. Ela sabia como mesclar humor, questões existenciais e violência. Com o perdão do trocadilho, não era nada de outro mundo, mas era divertido, você ainda conseguia se conectar com os personagens.
Só que essa 3ª temporada perdeu a mão. É muito personagem em tela fazendo papel de bobo, muita cena do Gary fazendo drama por tudo e muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Talvez se não tivessem criado tantos problemas para serem resolvidos, a série poderia até ter sido finalizada. Mesmo que ela continuasse, eu não sei se veria uma 4ª temporada, de tão maçante que eu achei esses últimos episódios.
Tem um bom roteiro? Não, na verdade, nem chega a ter um roteiro. Bons personagens? Também não, é só um monte de gente genérica pro Palhaço Art empilhar os corpos. Só que ainda assim eu fiquei chocado com o que acontecia em tela.
Nem tanto pelas mortes brutais, mas pela forma como o vilão parecia se divertir com o sofrimento que causava. Com um visual para lá de marcante, Art é implacável e brutal como o Jason e debochado como o Freddy Krueger. Tem tudo para conquistar seu posto entre os grandes vilões o terror.
E apesar da produção não ser lá essas coisas, há um certo capricho nos efeitos das mortes. Algumas cenas com certeza vão demorar um tempinho para sair da minha memória.
Fiquei com a impressão de que Barbarian em vez de ser apenas um filme, é uma coletânea de 3 curtas (3,5 se levarmos em conta o flashback que surge do nada no meio da trama) e cada um deixa a história mais escrachada que o anterior.
O que começa como um suspense psicológico termina como
. O problema é que as peças parecem não se encaixar direito, com tudo ficando meio jogado.
Em meio a toda essa salada, o filme roteirizado e dirigido por Zach Cregger parece querer falar sobre como uma sociedade falida tende a criar pessoas problemáticas. Note como a personagem da Mãe (não vejo por qual outro nome é possível chamá-la) insiste em seu papel materno mesmo após matar uma pessoa após a outra, apenas porque uma fita lhe disse que ela deveria ser assim. E ainda tem o personagem do Justin Long, cujo arco é construído como uma grande piada.
Barbarian parece ser uma brincadeira com varios gêneros do terror, por exemplo,
o quartinho com a câmera e a cama remete aos torture porn que tanto fizeram sucesso na primeira década dos anos 2000, emulando até a fotografia esverdeada e granulada daqueles filmes.
Só faltou desenvolver essa ideia de uma forma que ela não parecesse uma colcha de retalhos.
Ou talvez o Zach Cregger apenas não tivesse ideia do que estava fazendo e eu estou aqui perdendo tempo tentando enxergar formas numa nuvem.
Não é ruim, mas por ser feito inteiro em computação gráfica e captura de movimento, esperava que as cenas de luta fossem mais ousadas em relação ao sangue e à violência. Talvez por ser caro (até os dias de hoje, inclusive) o estúdio tenha preferido algo que pudesse ser assistido por todos.
Apesar do visual bastante datado - gostaria muito de bater um papo com o Zemeckis para saber o que fez ele encasquetar tanto com isso a ponto de fazer 4 filmes com essa tecnologia -, é divertido e conta com boas batalhas. Elas só poderiam ter um pouquinho mais de sangue e da violência dos bárbaros.
Não é ruim, mas por ser feito inteiro em computação gráfica e captura de movimento, esperava que as cenas de luta fossem mais ousadas em relação ao sangue e à violência. Talvez por ser caro (até os dias de hoje, inclusive) o estúdio tenha preferido algo que pudesse ser assistido por todos.
Apesar do visual bastante datado - gostaria muito de bater um papo com o Zemeckis para saber o que fez ele encasquetar tanto com isso a ponto de fazer 4 filmes com essa tecnologia -, é divertido e conta com boas batalhas. Elas só poderiam ter um pouquinho mais de sangue e da violência dos bárbaros.
para o Alasca. Cada novo episódio só evidenciava que os roteiristas não tinham a mínima ideia do que fazer com ele.
Trocaria tudo aquilo por mais dele com a Piama, achei genial a decisão de fazer o Francis casar com uma mulher tão agressiva e controladora quanto a Lois.
É uma amálgama de tudo que existe na indústria atualmente: tem as piadinhas fora de hora dos filmes do MCU, o excesso de câmeras lentas do Snyder e até um casalzinho teen que parece saído diretamente de uma série da Netflix.
O próprio Adão Negro, como personagem, carece de um pouco de identidade própria. O público se conecta a ele por causa do The Rock, mas personalidade ou desenvolvimento são inexistentes. Por olhar feio para a câmera durante 90% do tempo e destruir o que quer que esteja em seu caminho, Teth Adam não se diferencia em nada das versões do Superman e do Batman do DCEU. É o mesmo personagem num traje diferente.
Não vejo problema na produção ter um fiapo de roteiro e se focar nas cenas de ação, não é assim que os blockbusters costumam ser? Só que nenhum das cenas de ação é memorável ou empolga. Em boa parte do tempo, você nem sabe o que está acontecendo em tela.
Pode-se dizer que Adão Negro é mais uma tentativa de salvar o universo cinematográfico da DC, só que dessa vez fazendo tudo que já foi feito antes, inclusive pela concorrência.
Netflix foi genial aqui. Criou uma minissérie, dividiu em três partes e vendeu como se fosse uma trilogia.
O filme em si não é lá muito original, nem dá para ser chamado de filme visto que arcos narrativos e conflitos não são resolvidos. Como a história ainda vai ser desenvolvida e concluída nas próximas duas partes, não posso dizer nada além de que é um bom passatempo.
Você participa de um ritual, grava ele sem permissão, invade um local sagrado para esse culto misterioso e depois sai destruindo e tirando do lugar tudo que vê pela frente.
Brincadeiras à parte, é um filme bem imersivo. Aquele pedido que a protagonista faz no começo serve justamente para criar uma ligação com o público e fazê-lo se importar com o que acontecerá depois.
Por se revelar lentamente, ficamos curiosos para saber o porquê dela e da filha estarem passando por tudo aquilo. Concordo com quem diz que é lento, mas pelo menos para mim isso não foi ruim, pois permitiu que o drama e o dilema de Ronan fossem muito bem trabalhados.
E o final faz valer todo esse desenvolvimento lento, é sem dúvidas uma das sequências mais tensas que já vi na vida.
Até eu que sou bem cético quanto a misticismos e espiritualidade me vi tentado a desviar o olhar da face da deusa. Não apenas isso, como também me senti traído quando é revelado a real intenção por trás do cântico que entoado a todo momento do longa.
Uma pena que por estar escondido no catálogo da Netflix, acabará passando despercebido por muitos.
Nunca vi passando por lá, mas esse filme tem a cara do Cinema em Casa, sessão de filmes das tardes do SBT. Tem criança gênio, robô amigo da galera, um pouco de terror, profanação de cadáver, um pouco de comédia, um tiquinho de violência gráfica e muitas atuações ruins. É o tipo de coisa que o Silvio Santos exibiria pra alegrar a criançada.
É como uma adaptação de quadrinhos feita por músicos e para fãs de rock no geral. Em vez de referências a heróis obscuros, temos participações especiais de músicos famosos - só o Dave Grohl para conseguir fazer o Kerry King e o Lionel Richie participarem do mesmo. No lugar cenas de HQs sendo recriadas em tela, temos referências às capas dos álbuns da banda no cenário. E as piadinhas às outras bandas e músicas famosas fazem as vezes de easter eggs.
Durante a maior parte do tempo, Terror no Estúdio 666 é uma boa diversão. Os exageros, a trama ridícula, os efeitos toscos e as "atuações" péssimas dão um charme a mais para a produção, que ainda possui uma ótima trilha sonora original (para a minha surpresa, até o John Carpenter dá a sua contribuição). Não dá medo em momento algum, mas acho que essa nem era a intenção da produção.
No entanto, certamente ela também não tinha a intenção de ser cansativa, e acaba sendo em sua segunda metade. A trama se torna rocambolesca demais até para uma sátira aos filmes trash, quando você pensa que o show vai acabar, lá vem um bis que ninguém pediu. Chega um ponto que você só quer que o Dave Grohl
Um baita filme que pode passar despercebido por muitos. Nunca imaginei que fosse possível fazer uma mistura tão coesa entre humor e tensão. Ao mesmo tempo que as situações ficam cada vez mais absurdas, você sabe que pode dar merda a qualquer momento. A cena que melhor resume isso é a do
como na cena que a polícia imobiliza o protagonista no chão enquanto os jovens brancos veem tudo acontecer numa boa. No entanto, seria chover no molhado. Mostraria mais uma vez um garoto negro se lascando por causa de burrada de um branco.
O final original deu a oportunidade dos dois amigos
se acertarem e amarrou as pontas deixadas ao longo do filme. É otimista, mas nem tanto, e o olhar de Kunle um pouco antes dos créditos deixa isso claro. Agora, infelizmente, ele sabe que por melhores que sejam suas intenções, sempre haverão pessoas olhando desconfiadas.
Só senti falta de um final melhor para o Carlos.
P.S.: o casal preconceituoso com a placa de "Black Lives Matter" foi um toque de gênio.
Bem longe de ser ruim, é um filme que sabe criar e manter um clima de tensão e mistério crescente com cenas ambíguas que só vão fazer sentido lá na frente.
Talvez pelo título (imposto pelo estúdio contra a vontade de diretor e roteirista), muita gente espere uma história cheia de elementos sobrenaturais e demoníacos, mas não é o caso. O Exorcista III está mais para um thriller de serial killer com leves toques sobrenaturais, uma mistura interessante que foi me agradando a cada nova cena. Infelizmente, não agradou ao estúdio, que pediu para Blatty
adicionar uma sequência de exorcismo no final, justamente a parte onde o longa começa a desandar.
Está longe de ser um clássico como o original, o que não é demérito uma vez que quase nenhum filme de terror chegou a esse patamar nos últimos 50 anos, mas não faz feio. Se não fosse essa necessidade explorar a obra como franquia, é provável que fosse até melhor. Pelo menos, O Exorcista III é responsável por um dos melhores jumpscares já feito no cinema de horror, e isso executivo nenhum pode apagar.
Começou muito bem como uma comédia de realismo fantástico com toques de fábula. O cocô sumindo sem explicação dava aquele que de estranhamento.
Mas após o início promissor, o filme começou a desandar com a aparição do personagem do Christopher Walken. A partir daí as piadas foram ficando cada vez mais sem graça e desconexas com a proposta inicial do filme. Se fosse pra arriscar, diria que houve interferência do estúdio para deixar o longa mais próximo do humor que agrada o grande público.
Além de fazer várias referências à Lawrence da Arábia (amarrando com uma fala do Marco Pasternak lá na primeira temporada), ele também mostra o Jimmy/Saul renegando de vez os seus princípios. A partir do momento que ele se sujou de sangue, não tinha mais volta, ele estava de vez no mundo co crime.
Isso ficou evidente quando o carro e o copo (ambos com o padrão amarelo-vermelho, presente até no logo da série) ficam inutilizáveis após o tiroteio. Depois disso, o vermelho, usado para representar personagens criminosos e de moral dúbia, se faria mais presente na vida do protagonista.
Sobrou até para o finado Chuck. Quando Jimmy/Saul se nega a usar o cobertor-térmico num momento de necessidade e termina o episódio pisando nele, é como se ele renegasse tudo aquilo que o irmão lhe ensinou. Chuck, o freio moral do protagonista, havia ficado para trás.
Fico embasbacado com a capacidade dos realizadores criarem tantas cenas com atuações, fotografia, diálogos e cortes impecáveis. Tem série com várias temporadas que não consegue uma única cena memorável, já Better Call Saul tem uma coleção delas em cada episódio.
Sempre se valendo dos ângulos mais inusitados, mas não por firula visual, mas para refletir os sentimentos de cada personagem. Note como Jimmy sempre aparece minúsculo ou descentralizado em várias cenas, principalmente naquelas em que ela está com o Chuck. Sem falar do simples, mas genial, esquema azul-vermelho para identificar personagens e locais que estão dentro ou fora da lei.
Ao longo do episódio do julgamento do Chuck, podemos ver "spoilers" de qual será o resultado, quando vemos Jimmy ao lado de uma máquina de refrigerantes com um azul gritante enquanto há uma cena longa do irmão numa sala com um aviso de saída vermelho brilhando ao fundo.
Mas o que faz tudo funcionar com perfeição são os personagens. Em sua maioria, não são heróis ou vilões. Por mais clichê que seja dizer isso, são pessoas comuns com defeitos, qualidades e arrependimentos.
Apesar de bastante severo com o irmão, Chuck se revela alguém disposto a fazer o que é certo sempre possível, um verdadeiro apaixonado pelo Direito. Já Jimmy, apesar de carismático e extrovertido (características invejadas pelo irmão), não hesita em tentar tirar vantagem de alguma situação sempre que possível. E, assim como acontece com pessoas reais, o relacionamento entre os dois serviu para reforçar esses traços de personalidade. Chuck quer porque quer fazer tudo certo por não suportar ver o caçula ser amado por todos apesar das tendências trapaceiras.
Enfim, o que já era bom em Breaking Bad está ainda melhor em Better Call Saul.
Que ator incrível que é o Jonathan Banks! Sempre fico impressionado em como ele consegue dizer tanto sem falar uma só palavra, se valendo apenas da postura corporal e das expressões. Bom demais ver um ator subestimado desses ser tão bem utilizado.
Típico filme criado para estabelecer franquia, perde mais tempo apresentando o universo em que se encontra (que é muito interessante, vale dizer) do que desenvolvendo sua trama e seus personagens. Não só isso: prefere deixar pontas soltas para continuações e possíveis derivados em vez de concluir alguns de seus arcos.
O tal do vampirão El Jefe é um ótimo exemplo disso. Eles poderiam muito bem bater de frente com ele já nesse longa, mas preferem plantar a semente da ameaça maior e anular completamente qualquer perigo que a vilã poderia apresentar.
A ação é boa e algumas piadas até que funcionam, mas não deixa de ser só mais uma tentativa da Netflix de criar uma marca de sucesso. Em vez de contar uma boa história, Dupla Jornada se preocupa mais manter a assinatura dos assinantes com a promessa de sequências com um elenco estrelado.
Chega a ser impressionante como Brasília 18% falha em tudo que se propõe.
A trama sai do nada e termina em lugar nenhum, o ritmo não empolga (lá pela metade tem uma perseguição de carro que tão é interessante quanto ver grama crescer), os diálogos são forçados e repetitivos (sério que todo mundo tem que perguntar sobre o maldito laudo?) e as atuações chegam a ser amadoras, inclusive as de alguns atores mais experientes. É possível perceber o nível da produção já no começo, durante a cena do avião: pelas janelas dá para ver uma tela azul que deveria ter sido substituída por uma imagem do céu de Brasília.
Mas o mais fraco de tudo com certeza é o protagonista. Tão apático, tão inexpressivo, tão sem carisma. Nem parece se tratar de um legista, mas sim de um morto que fugiu do IML. O pior é tentarem te convencer que praticamente todas mulheres do filme se sentem atraídas por ele.
Pai em Dose Dupla 2
3.1 180 Assista AgoraAté que tem os seus momentos engraçados, mas aquela parte
das crianças se beijando é totalmente desnecessária. Podia ter ficado sem aquilo.
Final Space (3ª Temporada)
3.7 28Lembro que gostava bastante da série na 1ª temporada. Ela sabia como mesclar humor, questões existenciais e violência. Com o perdão do trocadilho, não era nada de outro mundo, mas era divertido, você ainda conseguia se conectar com os personagens.
Só que essa 3ª temporada perdeu a mão. É muito personagem em tela fazendo papel de bobo, muita cena do Gary fazendo drama por tudo e muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Talvez se não tivessem criado tantos problemas para serem resolvidos, a série poderia até ter sido finalizada. Mesmo que ela continuasse, eu não sei se veria uma 4ª temporada, de tão maçante que eu achei esses últimos episódios.
Aterrorizante
2.9 456 Assista AgoraTem um bom roteiro? Não, na verdade, nem chega a ter um roteiro. Bons personagens? Também não, é só um monte de gente genérica pro Palhaço Art empilhar os corpos. Só que ainda assim eu fiquei chocado com o que acontecia em tela.
Nem tanto pelas mortes brutais, mas pela forma como o vilão parecia se divertir com o sofrimento que causava. Com um visual para lá de marcante, Art é implacável e brutal como o Jason e debochado como o Freddy Krueger. Tem tudo para conquistar seu posto entre os grandes vilões o terror.
E apesar da produção não ser lá essas coisas, há um certo capricho nos efeitos das mortes. Algumas cenas com certeza vão demorar um tempinho para sair da minha memória.
Noites Brutais
3.4 1,0K Assista AgoraFiquei com a impressão de que Barbarian em vez de ser apenas um filme, é uma coletânea de 3 curtas (3,5 se levarmos em conta o flashback que surge do nada no meio da trama) e cada um deixa a história mais escrachada que o anterior.
O que começa como um suspense psicológico termina como
um terrir oitentista digno do Sam Raimi
Em meio a toda essa salada, o filme roteirizado e dirigido por Zach Cregger parece querer falar sobre como uma sociedade falida tende a criar pessoas problemáticas. Note como a personagem da Mãe (não vejo por qual outro nome é possível chamá-la) insiste em seu papel materno mesmo após matar uma pessoa após a outra, apenas porque uma fita lhe disse que ela deveria ser assim. E ainda tem o personagem do Justin Long, cujo arco é construído como uma grande piada.
Barbarian parece ser uma brincadeira com varios gêneros do terror, por exemplo,
o quartinho com a câmera e a cama remete aos torture porn que tanto fizeram sucesso na primeira década dos anos 2000, emulando até a fotografia esverdeada e granulada daqueles filmes.
Ou talvez o Zach Cregger apenas não tivesse ideia do que estava fazendo e eu estou aqui perdendo tempo tentando enxergar formas numa nuvem.
A Lenda de Beowulf
3.0 542 Assista AgoraNão é ruim, mas por ser feito inteiro em computação gráfica e captura de movimento, esperava que as cenas de luta fossem mais ousadas em relação ao sangue e à violência. Talvez por ser caro (até os dias de hoje, inclusive) o estúdio tenha preferido algo que pudesse ser assistido por todos.
Apesar do visual bastante datado - gostaria muito de bater um papo com o Zemeckis para saber o que fez ele encasquetar tanto com isso a ponto de fazer 4 filmes com essa tecnologia -, é divertido e conta com boas batalhas. Elas só poderiam ter um pouquinho mais de sangue e da violência dos bárbaros.
A Lenda de Beowulf
3.0 542 Assista AgoraNão é ruim, mas por ser feito inteiro em computação gráfica e captura de movimento, esperava que as cenas de luta fossem mais ousadas em relação ao sangue e à violência. Talvez por ser caro (até os dias de hoje, inclusive) o estúdio tenha preferido algo que pudesse ser assistido por todos.
Apesar do visual bastante datado - gostaria muito de bater um papo com o Zemeckis para saber o que fez ele encasquetar tanto com isso a ponto de fazer 4 filmes com essa tecnologia -, é divertido e conta com boas batalhas. Elas só poderiam ter um pouquinho mais de sangue e da violência dos bárbaros.
Malcolm (3ª Temporada)
4.2 8 Assista AgoraContinua sendo engraçada, mas dá para notar que deu uma decaída, principalmente por conta da decisão de mandar o Francis
para o Alasca. Cada novo episódio só evidenciava que os roteiristas não tinham a mínima ideia do que fazer com ele.
Trocaria tudo aquilo por mais dele com a Piama, achei genial a decisão de fazer o Francis casar com uma mulher tão agressiva e controladora quanto a Lois.
[spoiler][/spoiler]
Adão Negro
3.1 687 Assista AgoraÉ uma amálgama de tudo que existe na indústria atualmente: tem as piadinhas fora de hora dos filmes do MCU, o excesso de câmeras lentas do Snyder e até um casalzinho teen que parece saído diretamente de uma série da Netflix.
O próprio Adão Negro, como personagem, carece de um pouco de identidade própria. O público se conecta a ele por causa do The Rock, mas personalidade ou desenvolvimento são inexistentes. Por olhar feio para a câmera durante 90% do tempo e destruir o que quer que esteja em seu caminho, Teth Adam não se diferencia em nada das versões do Superman e do Batman do DCEU. É o mesmo personagem num traje diferente.
Não vejo problema na produção ter um fiapo de roteiro e se focar nas cenas de ação, não é assim que os blockbusters costumam ser? Só que nenhum das cenas de ação é memorável ou empolga. Em boa parte do tempo, você nem sabe o que está acontecendo em tela.
Pode-se dizer que Adão Negro é mais uma tentativa de salvar o universo cinematográfico da DC, só que dessa vez fazendo tudo que já foi feito antes, inclusive pela concorrência.
Rua do Medo: 1994 - Parte 1
3.1 773 Assista AgoraNetflix foi genial aqui. Criou uma minissérie, dividiu em três partes e vendeu como se fosse uma trilogia.
O filme em si não é lá muito original, nem dá para ser chamado de filme visto que arcos narrativos e conflitos não são resolvidos. Como a história ainda vai ser desenvolvida e concluída nas próximas duas partes, não posso dizer nada além de que é um bom passatempo.
Marcas da Maldição
3.2 207 Assista AgoraEu nunca vi um filme de terror com personagens que tivessem tanta vontade de se f*der.
Você participa de um ritual, grava ele sem permissão, invade um local sagrado para esse culto misterioso e depois sai destruindo e tirando do lugar tudo que vê pela frente.
Brincadeiras à parte, é um filme bem imersivo. Aquele pedido que a protagonista faz no começo serve justamente para criar uma ligação com o público e fazê-lo se importar com o que acontecerá depois.
Por se revelar lentamente, ficamos curiosos para saber o porquê dela e da filha estarem passando por tudo aquilo. Concordo com quem diz que é lento, mas pelo menos para mim isso não foi ruim, pois permitiu que o drama e o dilema de Ronan fossem muito bem trabalhados.
E o final faz valer todo esse desenvolvimento lento, é sem dúvidas uma das sequências mais tensas que já vi na vida.
Até eu que sou bem cético quanto a misticismos e espiritualidade me vi tentado a desviar o olhar da face da deusa. Não apenas isso, como também me senti traído quando é revelado a real intenção por trás do cântico que entoado a todo momento do longa.
Uma pena que por estar escondido no catálogo da Netflix, acabará passando despercebido por muitos.
[spoiler][/spoiler]
A Maldição de Samantha
3.0 173Nunca vi passando por lá, mas esse filme tem a cara do Cinema em Casa, sessão de filmes das tardes do SBT. Tem criança gênio, robô amigo da galera, um pouco de terror, profanação de cadáver, um pouco de comédia, um tiquinho de violência gráfica e muitas atuações ruins. É o tipo de coisa que o Silvio Santos exibiria pra alegrar a criançada.
A Freira
2.5 1,5K Assista AgoraAté começou bem, mas depois vira um festival de jumpscare e conveniência de roteiro.
Terror no Estúdio 666
2.9 112 Assista AgoraÉ como uma adaptação de quadrinhos feita por músicos e para fãs de rock no geral. Em vez de referências a heróis obscuros, temos participações especiais de músicos famosos - só o Dave Grohl para conseguir fazer o Kerry King e o Lionel Richie participarem do mesmo. No lugar cenas de HQs sendo recriadas em tela, temos referências às capas dos álbuns da banda no cenário. E as piadinhas às outras bandas e músicas famosas fazem as vezes de easter eggs.
Durante a maior parte do tempo, Terror no Estúdio 666 é uma boa diversão. Os exageros, a trama ridícula, os efeitos toscos e as "atuações" péssimas dão um charme a mais para a produção, que ainda possui uma ótima trilha sonora original (para a minha surpresa, até o John Carpenter dá a sua contribuição). Não dá medo em momento algum, mas acho que essa nem era a intenção da produção.
No entanto, certamente ela também não tinha a intenção de ser cansativa, e acaba sendo em sua segunda metade. A trama se torna rocambolesca demais até para uma sátira aos filmes trash, quando você pensa que o show vai acabar, lá vem um bis que ninguém pediu. Chega um ponto que você só quer que o Dave Grohl
dê um fim nos demais integrantes do Foo Fighters para os créditos subirem de uma vez.
[spoiler][/spoiler]
Emergência
3.5 128 Assista AgoraUm baita filme que pode passar despercebido por muitos. Nunca imaginei que fosse possível fazer uma mistura tão coesa entre humor e tensão. Ao mesmo tempo que as situações ficam cada vez mais absurdas, você sabe que pode dar merda a qualquer momento. A cena que melhor resume isso é a do
Kunle fazendo massagem cardíaca na Emma enquanto canta Bee Gees e é perseguido pela polícia.
Entendo quem ache que o filme poderia ter acabado antes,
como na cena que a polícia imobiliza o protagonista no chão enquanto os jovens brancos veem tudo acontecer numa boa. No entanto, seria chover no molhado. Mostraria mais uma vez um garoto negro se lascando por causa de burrada de um branco.
O final original deu a oportunidade dos dois amigos
se acertarem e amarrou as pontas deixadas ao longo do filme. É otimista, mas nem tanto, e o olhar de Kunle um pouco antes dos créditos deixa isso claro. Agora, infelizmente, ele sabe que por melhores que sejam suas intenções, sempre haverão pessoas olhando desconfiadas.
Só senti falta de um final melhor para o Carlos.
P.S.: o casal preconceituoso com a placa de "Black Lives Matter" foi um toque de gênio.
Malcolm (2ª Temporada)
4.3 14 Assista Agora- Não se preocupe, Dewey, tenho certeza que o Jujuba está bem. Gatos são animais noturnos, assim como coiotes, cães de rua e adoradores do demônio.
O Exorcista III
2.6 196 Assista AgoraBem longe de ser ruim, é um filme que sabe criar e manter um clima de tensão e mistério crescente com cenas ambíguas que só vão fazer sentido lá na frente.
Talvez pelo título (imposto pelo estúdio contra a vontade de diretor e roteirista), muita gente espere uma história cheia de elementos sobrenaturais e demoníacos, mas não é o caso. O Exorcista III está mais para um thriller de serial killer com leves toques sobrenaturais, uma mistura interessante que foi me agradando a cada nova cena. Infelizmente, não agradou ao estúdio, que pediu para Blatty
adicionar uma sequência de exorcismo no final, justamente a parte onde o longa começa a desandar.
Está longe de ser um clássico como o original, o que não é demérito uma vez que quase nenhum filme de terror chegou a esse patamar nos últimos 50 anos, mas não faz feio. Se não fosse essa necessidade explorar a obra como franquia, é provável que fosse até melhor. Pelo menos, O Exorcista III é responsável por um dos melhores jumpscares já feito no cinema de horror, e isso executivo nenhum pode apagar.
Meu Vizinho Mafioso
3.2 145Teria sido mais divertido se não fosse aquele final com uma barriga chatíssima
sobre os personagens do Bruce Willis e do Matthew Perry tendo que se acertar.
[spoiler][/spoiler]
A Inveja Mata
2.8 184 Assista AgoraComeçou muito bem como uma comédia de realismo fantástico com toques de fábula. O cocô sumindo sem explicação dava aquele que de estranhamento.
Mas após o início promissor, o filme começou a desandar com a aparição do personagem do Christopher Walken. A partir daí as piadas foram ficando cada vez mais sem graça e desconexas com a proposta inicial do filme. Se fosse pra arriscar, diria que houve interferência do estúdio para deixar o longa mais próximo do humor que agrada o grande público.
Better Call Saul (5ª Temporada)
4.6 326 Assista AgoraO 8º episódio é uma pequena obra-prima.
Além de fazer várias referências à Lawrence da Arábia (amarrando com uma fala do Marco Pasternak lá na primeira temporada), ele também mostra o Jimmy/Saul renegando de vez os seus princípios. A partir do momento que ele se sujou de sangue, não tinha mais volta, ele estava de vez no mundo co crime.
Isso ficou evidente quando o carro e o copo (ambos com o padrão amarelo-vermelho, presente até no logo da série) ficam inutilizáveis após o tiroteio. Depois disso, o vermelho, usado para representar personagens criminosos e de moral dúbia, se faria mais presente na vida do protagonista.
Sobrou até para o finado Chuck. Quando Jimmy/Saul se nega a usar o cobertor-térmico num momento de necessidade e termina o episódio pisando nele, é como se ele renegasse tudo aquilo que o irmão lhe ensinou. Chuck, o freio moral do protagonista, havia ficado para trás.
Better Call Saul (3ª Temporada)
4.4 312 Assista AgoraFico embasbacado com a capacidade dos realizadores criarem tantas cenas com atuações, fotografia, diálogos e cortes impecáveis. Tem série com várias temporadas que não consegue uma única cena memorável, já Better Call Saul tem uma coleção delas em cada episódio.
Sempre se valendo dos ângulos mais inusitados, mas não por firula visual, mas para refletir os sentimentos de cada personagem. Note como Jimmy sempre aparece minúsculo ou descentralizado em várias cenas, principalmente naquelas em que ela está com o Chuck. Sem falar do simples, mas genial, esquema azul-vermelho para identificar personagens e locais que estão dentro ou fora da lei.
Ao longo do episódio do julgamento do Chuck, podemos ver "spoilers" de qual será o resultado, quando vemos Jimmy ao lado de uma máquina de refrigerantes com um azul gritante enquanto há uma cena longa do irmão numa sala com um aviso de saída vermelho brilhando ao fundo.
Mas o que faz tudo funcionar com perfeição são os personagens. Em sua maioria, não são heróis ou vilões. Por mais clichê que seja dizer isso, são pessoas comuns com defeitos, qualidades e arrependimentos.
Apesar de bastante severo com o irmão, Chuck se revela alguém disposto a fazer o que é certo sempre possível, um verdadeiro apaixonado pelo Direito. Já Jimmy, apesar de carismático e extrovertido (características invejadas pelo irmão), não hesita em tentar tirar vantagem de alguma situação sempre que possível. E, assim como acontece com pessoas reais, o relacionamento entre os dois serviu para reforçar esses traços de personalidade. Chuck quer porque quer fazer tudo certo por não suportar ver o caçula ser amado por todos apesar das tendências trapaceiras.
Enfim, o que já era bom em Breaking Bad está ainda melhor em Better Call Saul.
Better Call Saul (2ª Temporada)
4.3 358 Assista AgoraQue ator incrível que é o Jonathan Banks! Sempre fico impressionado em como ele consegue dizer tanto sem falar uma só palavra, se valendo apenas da postura corporal e das expressões. Bom demais ver um ator subestimado desses ser tão bem utilizado.
Dupla Jornada
3.0 178 Assista AgoraTípico filme criado para estabelecer franquia, perde mais tempo apresentando o universo em que se encontra (que é muito interessante, vale dizer) do que desenvolvendo sua trama e seus personagens. Não só isso: prefere deixar pontas soltas para continuações e possíveis derivados em vez de concluir alguns de seus arcos.
O tal do vampirão El Jefe é um ótimo exemplo disso. Eles poderiam muito bem bater de frente com ele já nesse longa, mas preferem plantar a semente da ameaça maior e anular completamente qualquer perigo que a vilã poderia apresentar.
A ação é boa e algumas piadas até que funcionam, mas não deixa de ser só mais uma tentativa da Netflix de criar uma marca de sucesso. Em vez de contar uma boa história, Dupla Jornada se preocupa mais manter a assinatura dos assinantes com a promessa de sequências com um elenco estrelado.
Bons Meninos
3.5 227O que é Euphoria perto de Good Boys?
Brasília 18%
2.3 24 Assista AgoraChega a ser impressionante como Brasília 18% falha em tudo que se propõe.
A trama sai do nada e termina em lugar nenhum, o ritmo não empolga (lá pela metade tem uma perseguição de carro que tão é interessante quanto ver grama crescer), os diálogos são forçados e repetitivos (sério que todo mundo tem que perguntar sobre o maldito laudo?) e as atuações chegam a ser amadoras, inclusive as de alguns atores mais experientes. É possível perceber o nível da produção já no começo, durante a cena do avião: pelas janelas dá para ver uma tela azul que deveria ter sido substituída por uma imagem do céu de Brasília.
Mas o mais fraco de tudo com certeza é o protagonista. Tão apático, tão inexpressivo, tão sem carisma. Nem parece se tratar de um legista, mas sim de um morto que fugiu do IML. O pior é tentarem te convencer que praticamente todas mulheres do filme se sentem atraídas por ele.