"Guerras sempre saem do controle, logo todos estarão envolvidos" Gert
Um filme surreal que prende atenção nos momentos inicias, mas se perde na pretensão de poetizar a luta contra a objetificação e o abuso, como um ode ao feminismo.
Porém eu penso que a forma como foi conduzido o roteiro e a trama limita o entendimento do espectador sobre as razões que levaram as protagonistas até aqueles locais e situações.
"Nada é de graça nessa vida, tudo é um negócio..." Minerva
O roteiro e a direção são assinados pela atriz, escritora e diretora americana Lissette Feliciano. A sua produtora "Look at the Moon Pictures" é responsável pela criação de conteúdos originais para um novo público jovem e multicultural. Vale ressaltar que, além disso, possuem uma meta de possuir no seu cast (dentro e fora das câmeras), 50% de representação BIPOC (Black, indigenous , and people of colour).
Enfim, um filme simples mas com uma boa estória e narrativa.
Apesar do roteiro do filme não ser baseado em nenhum fato real "específico", ele traz uma reflexão ao trabalho análogo à escravidão nas grandes metrópoles, como em oficinas de costura, casas de entretenimento masculino, na construção civil, dentre outros.
As locações em São Paulo envolvem a região da Zona Leste, sendo que boa parte se passa no ferro velho "7 prisioneiros", localizado na Rua Ibirá (Vila Bertioga). O bar onde o Mateus vai comprar cigarro é o "Nosso bar, sabor do Nordeste" na Rua Ibitinga com a Rua Manaus.
"Quando se cresce seguindo modelo de masculinidade de John Wayne, o impulso nessa situação é não falar sobre isso". Alan
"Se alguém perguntar, o casal é a mais terrível provação que Deus nos infrnigiu... O casal e a família... " Michael
Um filme necessário e atemporal que reflete a maioria dos conceitos da família moderna, num roteiro que mescla senso de humor x senso de moral, paz mundial x conflitos familiares, padrões x impulsos, interesse coletivo x interesse próprio, síndrome do imperador x Efeito Dunning–Kruger, pais helicópteros x filhos mimados,
Enfim, o roteiro foi baseado no aclamado texto teatral Le Dieu du Carn (2007), da roteirista, escritora e atriz francesa, Yasmina Reza,
Uma obra visceral que expõe o lado selvagem do ser humano quando se sente afrontado pelo seus valores, conceitos e crenças. Um exame das normas e estereótipos, como causa do declínio da civilidade.
O filme prende a atenção e nos proporciona momentos hilários, os quais já vivenciamos ou presenciamos e, apesar de toda a trama se passar no mesmo cenário, não compromete o teor da estória e a grande atuação do elenco.
"História de amor nem sempre são o que parece. Às vezes não dá pra saber como elas vão terminar...Talvez o normal seja supervalorizado e as experiências mais interessantes sejam as que não fazem o menor sentido. E eu só seu de uma coisa, se você quer realmente se aproximar de alguém, você tem que se mostrar como realmente é. E torcer pra pessoa não sair correndo, por mais estranho que você se ache..." Eve
A comédia nesse filme está implícita no ridículo das situações. Enfim, boas gargalhadas. ...
"Dizem que há verdade em todo sonho..." Capitão Ejnar Mikkelsen
O roteiro do filme é baseado no livro de memórias de Ejnar: "Dois contra o gelo", lançado em 1957, narrando sua jornada de sobrevivência por 1 ano em ambiente inóspito e frio da Groenlândia, numa expedição de 1909-12 onde encontrou os mapas e diários deixados lá pelo explorador Ludwig Mylius-Erichsen em 1907.
Como boa parte dos filmes de sobrevivência, esse também nos remete a um clima de ansiedade e angústia, mas necessários para a trama.
"Vou te contar um segredinho das bailarinas. Nós somos resistentes a dor..."
Um filme intenso em forma, em expressões e nos corpos que transformam movimentos em arte numa analogia aos semideuses que buscavam a perfeição.
O filme é baseado no romance "Bright Burning Stars" da bailarina e escritora AK Small, publicado em 2019, onde se inspirou na sua própria experiência pois desde os começou a estudar ballet clássico desde os 5 anos de idade porém o abandonou a dança no auge do seu potencial. Mas utilizou suas próprias experiências de “estúdio” e “palco”
Como já citado por aqui pela usuária Lívia, achei muito interessante um trecho do filme onde a protagonista conta uma fábula a sua amiga sobre "a origem do céu noturno". Não consegui localizar a origem dessa fábula, mas em pesquisa constatei que, tradicionalmente, ela é contada comumente em acampamentos de verão nos Estados Unidos.
"Um dia você vai descobrir esse bilhete quando menos esperar. Anseio que você tome um minuto para lembrar como éramos juntos. Nos encontramos nessa vida e vamos nos encontrar na próxima. Com amor, Adrian..." "É como mágica, você me amou mas eu estou sentindo isso agora. Tão estranho, parece a luz de uma estrela que leva muito tempo para chegar ao destino. Mas está aqui, eu sinto. Você me amou quando eu não me amava. Com amor, Daphne."
O filme conta com boas atuações e o que me chamou a atenção é uma cena aos 21 minutos quando a protagonista recebe uma mensagem "listas para sofrer" relacionando as seguintes canções para se ouvir quando estiver deprê. E elas são: EFTERKLANG – MONUMENT CRANBERRIES – DREAMS BEACH HOUSE – REAL LOVE FAVELA – EASY LOVE DOVES – SNOWDEN LAMBCHOP – IN CARE OF PORCHES – BE APART ALDOUS HARDING – BLEND HAYDEN THORPE – LOVE CRIMES Apesar que, na minha opinião, nem todas são tão indicadas para tais momentos.
Enfim, a trilha sonora é bem eclética e mistura vários estilos e gêneros. Gostei muito.
E alias, nunca vi um filme ter em sua trilha sonora tantas músicas de uma das minhas bandas favoritas: Beach House, como esse longa metragem.
Interessante também ver a protagonista soltar a voz para cantar "Losing My Religion"
"Nós falamos, e contamos coisas, escrevemos sobre o passado, mas a gente não se lembra dos acontecimentos propriamente ditos,,," "Escrever embalsama o passado..." "Se você não tivesse perdido a fé, a morte não seria tão apavorante, escreviam os que acreditavam em Deus. Outros escreviam: “Sua obra ficará.” A todos eu respondia que eles estavam enganados. Porque a fé não podia fazer nada pela minha mãe. E o sucesso póstumo não me basta. Eu acho que no céu ou na terra, quando você está fortemente ligado à vida, a morte não é um consolo." "Eu achava que, de alguma maneira, era preciso ter raiva. Mas de quem? Eu não posso ficar com raiva de Deus se não acredito nele. Não posso me colocar contra minhas células e o meu corpo se são como os de todos da minha idade."
Alguns dos diálogos nos são presenteados nesse belíssimo filme da cineasta carioca Lúcia Maria Murat de Vasconcelos.
Para mim, especificamente, o aspecto visual, sonoro, aliado a temas que muito me agradam como a morte, o envelhecimento e a constatação da nossa impotência diante do futuro, foram muito bem alinhados com os textos da escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política, feminista e teórica social francesa, Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir.
Além disso, o filme é baseado no espetáculo coreográfico "Qualquer Coisa a Gente Muda" (2010) do diretor João Saldanha, com as talentosíssimas bailarinas Angel Vianna e Maria Alice Poppe, as quais fazem parte do filme. E NÃO FORAM MENCIONADAS NO ELENCO AQUI DO FILMOW. Assim como não foram mencionados alguns ícones que aparecem figurando em trecho final, não os tornando menos importante. Como é o caso dos inesquecíveis Altayr Farias de Lima (Palhaço Cocada), o pintor Fernando Otero e a grande dama da música dos anos 50, Helena de Lima. Ela canta uma das músicas que a consagrou: "Estão Voltando as Flores", de Paulinho Soledade. Todos esses três grandes artistas vivem atualmente no Retiro dos Artistas, localizado em Jacarepaguá (RJ).
Belíssimas também são as locações na cidade do Rio de Janeiro, como a Escola de Cinema Darcy Ribeiro, o Cemitério São João Batista, a Santa Casa da Misericórdia, o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e o próprio Retiro dos Artistas.
No caso da trilha sonora, ela encanta e nos emociona como: "Prelúdio - Tristão e Isolda" de Richard Wagner, "Ricercatas 4 e 7" de Gyorgy Ligeti, e a própria "Estão Voltando as flores" na voz de Helena de Lima.
As coreografias são um espetáculo à parte, num verdadeiro deleite visual em contrapartida com um show de interpretação das atrizes Andréia Beltrão e Nathalia Timberg.
As narrativas são inspiradas nos livros "La vieilesse" (A velhice) e "Une mort très douce" (Uma morte muito suave) de Beauvoir.
Agora, fiquei extremante curioso em ler os livros e assistir ao espetáculo.
"O teu mais ligeiro olhar facilmente me revelará, não obstante me ter fechado como dedos, abres-me sempre pétala a pétala como a Primavera abre (hábil e misteriosamente comovente), a sua primeira rosa. Não sei o que há em ti que fecha e abre... Apenas algo em mim compreende que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas, Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas."
Esse é um trecho recitado pela personagem Lee, do Poema "Nalgum lugar em que eu nunca estive" do poeta, pintor, ensaísta e dramaturgo norte-americano, E. E. Cummings, indicado pelo cunhado, Elliot quando visitavam a nostálgica "Pageant Book Print Shop". A título de curiosidade esse antiquário de livros raros e usados foi fundada em 1946, sendo um ícone da cidade de Nova York e, para quem reside na cidade de São Paulo, seria como o Sebo do Messias.
Ainda sobre o poema, ele faz parte do livro coletânea de poemas de Cummings, "Complete Poems". Esse poema foi musicado pelo cantor, compositor, cronista e músico brasileiro Zeca Baleiro, no álbum de 2000, "Líricas"
Num belo trabalho de roteiro, direção e atuação do Allen, esse filme nos traz um emaranhado de emoções conflitantes num âmbito familiar, além de um certo humor negro e trágico sobre os relacionamentos, aliada a uma leve sátira sobre o fundamentalismo religioso. Uma leve e interessante comédia dramática com um elenco de peso e uma narrativa bem escrita.
Maratona John Turturro (5º filme) Como nos 4 filmes anteriores, aqui ele não tem um grande papel de destaque, mas quando em cena consegue mostrar seu grande talento.
"Nunca vai ser, realmente, fácil. Mas acho que diria apenas o seguinte: O mundo vai ser mau para nós, não importa o que façamos. Portanto, não podemos nos dar ao luxo de ser maus conosco." Avô de Paul
A história do filme é escrita pela roteirista Olivia Dufault (Preacher, Legion) numa espécie de alegoria narrativa de transição de gênero no formato de conto de fadas, conforme suas próprias experiências pessoais em que passou por auto-aversão internalizada e medo da aceitação social. Segundo ela a ideia surgiu sete anos antes da escrita do roteiro, período em que cursava a faculdade e numa determinada aula de genética foi exposto a uma apresentação sobre condições incomuns transmitidas hereditariamente, como o caso da hipertricose, que resulta em cabelos grossos que crescem em todo o rosto e corpo. É de onde muitos acreditam que o mito do "homem-lobo" se originou.
Particularmente, achei a forma como a historia foi tratada na tela, extremamente peculiar, interessante e curiosa, abordando diversas ilustrações como abertura de capítulos e inserindo analogicamente mitos dos contos: O Lobo, O Diabo, A Sereia e A Rainha dos Piratas. Um verdadeiro caleidoscópio circense como folclore contemporâneo para a jornada de um pequeno e diferente herói. O roteiro acerta em na abordagem sobre as diferenças e sobre a solidão em cada um de nós.
Além de Turturo e Messina, ressalto o trio de jovens atores nos papeis de Paul, Aristana e Rose. Mas, principalmente para a personagem Aristana, onde creio que o filme acerta em muito em escolher um profissional trans (Sophie Giannamor) para viver essa bela e instigante persona. E como não se encantar com a sua performance para a canção "Annabel" da banda britânica Goldfrapp.
Destaque também para a música "Marriage Is For Old Folks" (Nina Simone) para a cena do trio no furgão e a canção "Demon Host" (Timber Timbre) já no final ao subir os créditos, Turturo e alguns figurantes dançam.
"Porque esses pés já viram mais milhas e areia vermelhas que você... Eu me fiz caminhando, minha alma está casada. Cansada de ser tratado como menos do que um homem. Então vou continuar caminhando o quanto for necessário, porque esses pés podem estar cansados, mas minha alta está descansada."
Um belo filme, baseado na vida da ativista afro-americana, do movimento pelos direitos civis, mais conhecida por seu papel fundamental no boicote aos ônibus de Montgomery
"É que preciso medir o perigo, sem essa medida fica difícil calcular a distância de resgate..." Amanda
Esse intrigante filme é inspirado no romance de 2014, "Distancia de Rescate", da escritora argentina, Samanta Schweblin, autora de três coleções de histórias que receberam vários prêmios e foram traduzidas para 20 idiomas. A escritora também assina o roteiro, juntamente com a diretora e cineasta peruana, Claudia Llosa.
O fato é que ao assistir ao filme, fiquei extremamente curioso em ler a obra literária, pois a trama me chamou muito a atenção.
Sim, é um filme que pode ser considerado confuso para muitos, mas essa é uma forma de narrativa que brinca com a perspectiva entre sons, imagens, flashs temporais de forma fascinante, embriagante e até, desconcertante diante de aspectos físicos, emocionais, e efeitos mentais da exposição a uma substância invisível.
Um ótimo trabalho de direção, sonoplastia, filmografia e roteiro, aliado a uma bela fotografia e atuações extremamente competentes.
O filme causa desconforto, chegando a ser perturbador em algumas cenas, mas penso que esse é o propósito que fica mais evidente já nas cenas finais.
A narrativa é complexa e aborda vários temas de importância crucial para a nossa vida nesse planeta, tanto em aspectos físicos, ideológicos e espirituais versus ciência, realidade e superstição
O relacionamento entre mãe e filha é uma bela analogia entre nós e o planeta. Será que nós estamos cientes da distância de resgate que nos separa do caos? Será que enxergamos esse fio invisível que, nos tempos atuais, está extremamente esticado?
Enfim, um filme instigante e febril, para temas tão urgentes quanto o ato de viver, e amar, e os preservar.
"Estou disposto a me arrepender de você pelo resto da minha vida..."
Apesar do filme contar com um ótimo elenco e uma trama até interessante, o ritmo é bem arrastado e com pouca graça para um longa descrito como comédia.
"Santos são seres humanos que celebramos pelo seu empenho e dedicação a seres humanos... Para o meu santo moderno eu escolhi um homem que tem muitas qualidades de São William de Rochester. Na superfície meu santo pode dar impressão de ser menos provável para a santidade. Ele não é uma pessoa feliz, ele não gosta de pessoas e muitas pessoas não gostam dele. Ele é mau humorado, rabugento e tem raiva do mundo. Ele é cheio de arrependimentos. Ele bebe muito, fuma, joga, xinga, mente, engana e passa muito tempo com a dama da noite. Mas isso é o que você vê a primeira vista. Se você cavar mais fundo, você verá um homem pra lá dos seus defeitos.... Mas santos nunca desistem. E ele me ensinou como lutar, como me defender, a ser corajoso, dizer o que eu penso e ser ousado. Porque santos lutam por si mesmos e pelos outros para que eles possam ser ouvidos... Com ele eu aprendi a assumir riscos e apostar todas as minhas fichas, porque na vida as chances podem estar contra você..."
Essa citação é parte do discurso do personagem Oliver, aos 90 minutos desse belíssimo longa metragem.
Realmente esse filme foi uma grata surpresa que não faz a jus ao seu trailer, pois a trama vai muito além de uma simples comédia ou um drama clichê.
Tudo nesse filme contribuiu para uma boa experiência ao espectador. Desde a trilha sonora, a ambientação nostálgica, o roteiro e as atuações extremamente convincentes. Difícil avaliar esse quesito, mas a química entre Oliver e Vincent é impressionante.
Mas a história é o fator primordial e nos revela o quanto os padrões, normalmente, não são necessários para se ter uma boa vida, bons amigos e ótimas experiências.
Quem nunca teve na vida um amigo, um tio, um avô "Vincent". E o quão bem eles nos fazem com o seu modo de viver irreverente.
Esse é um ótimo filme para assistir com a família e, sinceramente, não sei por que levei tanto tempo para assisti-lo.
"A carpintaria é só uma ilusão da perfeição, mas podemos chegar perto. Dizem que Deus mora nos detalhes..."
Esse filme marca a estreia do diretor em longa metragem, além de contribuir com esse interessante roteiro e co-produção.
Alguns aspectos da vida pessoal e carreira do diretor são elementos adicionado no filme, como é o caso do pôster ao lado de Einstein no quarto de Anthony, bem como o livro que ele lê, ambos do mesmo autor: Bill Nye, um engenheiro mecânico, comunicador científico e apresentador de televisão que além de amigo de Bob Nelson, também foi colega de cena da série cômica sobre ciências, "Almost Live!".
Trata-se de um belo e comovente filme, fazendo uma espécie de analogia anacrônica sobre religiosidade, através da carpintaria e a construção da relação e química entre um filho com o seu pais, fruto de uma relação conjugal que se rompeu.
Gostei do modo em que a trama nos mostra a intepretação do certo e errado, além de como lidar com as situações conflitantes que isso pode acarretar.
Além do bom roteiro, o filme conta com uma boa fotografia e atuações bem consistentes, com destaque para o ator mirim, na época, Jaeden Martell.
Um bom filme.
Maratona Jaeden Martell (1º assistido) Iniciando minha maratona de filmes que ainda não assisti desse jovem e promissor ator, que iniciou sua carreira fazendo comerciais para tv (Hot Wheels, Google, etc).
O filme é um remake do homônimo de 2014 que foi escrito e dirigido pelo israelense Nadav Lap.
Esse remake nos brinda com uma história interessante, boas atuações e belos poemas, onde os originais pertencem ao iraniano Kaveh Akbar e ao vietnamita-americano Ocean Vuong.
A trama nos conduz a um questionamento sobre os limites da ética professor x aluno, além do que é politicamente correto em se tratando de "idealismo".
Evidentemente, os sonhos e aspirações da protagonista são materializados numa criança e ela tenta justificar seus atos em prol da beleza de cunho artístico.
Maratona Maggie Gyllenhaal (12º assistido) Com esse bom, reflexivo e comovente filme encerro minha maratona de filmes dessa excelente atriz e pelos longa metragens que acompanhei é visível o processo de amadurecimento dramático dela.
"Eu sempre sonhei em um dia ter um membro da banda que compartilhasse minha visão de criar músicas extremamente agradáveis..." Frank
O roteiro do filme teve algumas inspirações reais para a criação da trama, como é o caso do músico e comediante inglês, Chris Sievey, líder da banda de punk rock da cidade de Manchester, The Freshies. Ele era uma figura irreverente que, principalmente, nos anos 80 assumiu um personagem de nome "Frank Sidebottom" que aparecia sempre com uma máscara, de grande cabeça esferoidal. Houve também inspirações no aspecto estranho dos músicos Daniel Johnston e Captain Beefheart.
Esse ótimo filme de humor negro com uma narrativa e ritmo intrigante é uma reflexão sobre a considerada sanidade ou o que é ser normal.
O longa nos brinda com os atores se esgueirando na sua capacidade musical, dando um show de intepretação, com destaque para o personagem protagonista interpretado por Fassbender.
Com sub trama há a busca pela fama versus o gosto pela livre exploração pessoal das nuances que a música é capaz de proporcionar.
Os distúrbios psicológicos dos personagens nos mergulham numa ambientação altamente reflexiva e comovente, com picos bizarros de humor.
Uma ótima experiência, sem falar do aspecto visual e bela fotografia.
"Mas quando eu quis começar a minha história, sabe o que disseram pra mim? Espere, aguarde, vamos corrigir o problema. Isso significa que não iam fazer nada a respeito. Então eu disse e digo agora: Nós não vamos esperar..." Diretor Thompson
Um bom e reflexivo filme sobre a luta por direitos, por querer uma educação melhor para o filhos.
Muito bom ver a atriz mirim, na época com 9 anos, Emily Alyn Lind
"Dos 16 aos 22 anos, a heroína foi o amor da minha vida..." Sherry
Nesse belo e dramático filme, onde o roteiro e a direção são assinados pela americana, Laurie Collyer em seu trabalho de estreia em longa metragem para o cinema. Levando em conta sua vasta experiência em documentários e curta metragens, os seus trabalhos possuem temáticas simples de relações familiares, mas de forma complexa nos dramas que a vida nos arrebata em sua vã crueldade.
Esse filme conta com a estreia da atriz mirim Ryan Simpkins, na época com 7 anos e outro fato curioso é o fato de Naomi Foner Gyllenhaal, mãe de Maggie Gyllenhaal, ser amiga e mentora da diretora desse filme.
Considero que esse é um dos melhores trabalho de atuação de Maggie Gyllenhaal, de forma extremamente crível.
Mayday
2.6 4"Guerras sempre saem do controle, logo todos estarão envolvidos" Gert
Um filme surreal que prende atenção nos momentos inicias, mas se perde na pretensão de poetizar a luta contra a objetificação e o abuso, como um ode ao feminismo.
Porém eu penso que a forma como foi conduzido o roteiro e a trama limita o entendimento do espectador sobre as razões que levaram as protagonistas até aqueles locais e situações.
Women Is Losers
3.3 4 Assista Agora"Nada é de graça nessa vida, tudo é um negócio..." Minerva
O roteiro e a direção são assinados pela atriz, escritora e diretora americana Lissette Feliciano. A sua produtora "Look at the Moon Pictures" é responsável pela criação de conteúdos originais para um novo público jovem e multicultural. Vale ressaltar que, além disso, possuem uma meta de possuir no seu cast (dentro e fora das câmeras), 50% de representação BIPOC (Black, indigenous , and people of colour).
Enfim, um filme simples mas com uma boa estória e narrativa.
7 Prisioneiros
3.9 318"São Paulo não espera ninguém..." Gilson
Apesar do roteiro do filme não ser baseado em nenhum fato real "específico", ele traz uma reflexão ao trabalho análogo à escravidão nas grandes metrópoles, como em oficinas de costura, casas de entretenimento masculino, na construção civil, dentre outros.
As locações em São Paulo envolvem a região da Zona Leste, sendo que boa parte se passa no ferro velho "7 prisioneiros", localizado na Rua Ibirá (Vila Bertioga). O bar onde o Mateus vai comprar cigarro é o "Nosso bar, sabor do Nordeste" na Rua Ibitinga com a Rua Manaus.
Enfim, um bom filme.
A Escolha Perfeita
3.8 1,6K Assista AgoraComo todo rebelde incompreendido ele se alimenta de hipocrisia e café preto, de manhã."
A frase acima é a resposta de Jesse à Beca, quando ela pergunta o que o ator Judd Nelson toma no café da manhã (em referência ao filme Clube dos 5).
Enfim, um bom filme com belas canções, trilha sonora cativante, algumas pitadas de saudosismos no roteiro e uma opção legal para passar o tempo.
Deus da Carnificina
3.8 1,4K"Quando se cresce seguindo modelo de masculinidade de John Wayne, o impulso nessa situação é não falar sobre isso". Alan
"Se alguém perguntar, o casal é a mais terrível provação que Deus nos infrnigiu... O casal e a família... " Michael
Um filme necessário e atemporal que reflete a maioria dos conceitos da família moderna, num roteiro que mescla senso de humor x senso de moral, paz mundial x conflitos familiares, padrões x impulsos, interesse coletivo x interesse próprio, síndrome do imperador x Efeito Dunning–Kruger, pais helicópteros x filhos mimados,
Enfim, o roteiro foi baseado no aclamado texto teatral Le Dieu du Carn (2007), da roteirista, escritora e atriz francesa, Yasmina Reza,
Uma obra visceral que expõe o lado selvagem do ser humano quando se sente afrontado pelo seus valores, conceitos e crenças. Um exame das normas e estereótipos, como causa do declínio da civilidade.
O filme prende a atenção e nos proporciona momentos hilários, os quais já vivenciamos ou presenciamos e, apesar de toda a trama se passar no mesmo cenário, não compromete o teor da estória e a grande atuação do elenco.
Enfim, um ótimo filme.
Casamento às Avessas
2.3 11 Assista Agora"História de amor nem sempre são o que parece. Às vezes não dá pra saber como elas vão terminar...Talvez o normal seja supervalorizado e as experiências mais interessantes sejam as que não fazem o menor sentido. E eu só seu de uma coisa, se você quer realmente se aproximar de alguém, você tem que se mostrar como realmente é. E torcer pra pessoa não sair correndo, por mais estranho que você se ache..." Eve
A comédia nesse filme está implícita no ridículo das situações. Enfim, boas gargalhadas.
...
Contra o Gelo
3.4 100"Dizem que há verdade em todo sonho..." Capitão Ejnar Mikkelsen
O roteiro do filme é baseado no livro de memórias de Ejnar: "Dois contra o gelo", lançado em 1957, narrando sua jornada de sobrevivência por 1 ano em ambiente inóspito e frio da Groenlândia, numa expedição de 1909-12 onde encontrou os mapas e diários deixados lá pelo explorador Ludwig Mylius-Erichsen em 1907.
Como boa parte dos filmes de sobrevivência, esse também nos remete a um clima de ansiedade e angústia, mas necessários para a trama.
Enfim, uma boa história resultando num bom filme.
Pássaros de Liberdade
3.1 34"Vou te contar um segredinho das bailarinas. Nós somos resistentes a dor..."
Um filme intenso em forma, em expressões e nos corpos que transformam movimentos em arte numa analogia aos semideuses que buscavam a perfeição.
O filme é baseado no romance "Bright Burning Stars" da bailarina e escritora AK Small, publicado em 2019, onde se inspirou na sua própria experiência pois desde os começou a estudar ballet clássico desde os 5 anos de idade porém o abandonou a dança no auge do seu potencial. Mas utilizou suas próprias experiências de “estúdio” e “palco”
Como já citado por aqui pela usuária Lívia, achei muito interessante um trecho do filme onde a protagonista conta uma fábula a sua amiga sobre "a origem do céu noturno". Não consegui localizar a origem dessa fábula, mas em pesquisa constatei que, tradicionalmente, ela é contada comumente em acampamentos de verão nos Estados Unidos.
Um bom filme.
Amor A Três
3.0 59"Um dia você vai descobrir esse bilhete quando menos esperar. Anseio que você tome um minuto para lembrar como éramos juntos. Nos encontramos nessa vida e vamos nos encontrar na próxima. Com amor, Adrian..."
"É como mágica, você me amou mas eu estou sentindo isso agora. Tão estranho, parece a luz de uma estrela que leva muito tempo para chegar ao destino. Mas está aqui, eu sinto. Você me amou quando eu não me amava. Com amor, Daphne."
O filme conta com boas atuações e o que me chamou a atenção é uma cena aos 21 minutos quando a protagonista recebe uma mensagem "listas para sofrer" relacionando as seguintes canções para se ouvir quando estiver deprê. E elas são:
EFTERKLANG – MONUMENT
CRANBERRIES – DREAMS
BEACH HOUSE – REAL LOVE
FAVELA – EASY LOVE
DOVES – SNOWDEN
LAMBCHOP – IN CARE OF
PORCHES – BE APART
ALDOUS HARDING – BLEND
HAYDEN THORPE – LOVE CRIMES
Apesar que, na minha opinião, nem todas são tão indicadas para tais momentos.
Enfim, a trilha sonora é bem eclética e mistura vários estilos e gêneros. Gostei muito.
E alias, nunca vi um filme ter em sua trilha sonora tantas músicas de uma das minhas bandas favoritas: Beach House, como esse longa metragem.
Interessante também ver a protagonista soltar a voz para cantar "Losing My Religion"
Um bom passatempo.
Winter on Fire: Ukraine's Fight for Freedom
4.3 184 Assista Agora"Eu não posso aceitar que depois de tantas guerras no mundo, nós ainda resolvemos nossos problemas matando uns aos outros..."
Narrativa de um dos ativistas durante a Primavera Ucraniana.
Documentário intenso.
Em Três Atos
3.8 27"Nós falamos, e contamos coisas, escrevemos sobre o passado, mas a gente não se lembra dos acontecimentos propriamente ditos,,,"
"Escrever embalsama o passado..."
"Se você não tivesse perdido a fé, a morte não seria tão apavorante, escreviam os que acreditavam em Deus. Outros escreviam: “Sua obra ficará.” A todos eu respondia que eles estavam enganados. Porque a fé não podia fazer nada pela minha mãe. E o sucesso póstumo não me basta. Eu acho que no céu ou na terra, quando você está fortemente ligado à vida, a morte não é um consolo."
"Eu achava que, de alguma maneira, era preciso ter raiva. Mas de quem? Eu não posso ficar com raiva de Deus se não acredito nele. Não posso me colocar contra minhas células e o meu corpo se são como os de todos da minha idade."
Alguns dos diálogos nos são presenteados nesse belíssimo filme da cineasta carioca Lúcia Maria Murat de Vasconcelos.
Para mim, especificamente, o aspecto visual, sonoro, aliado a temas que muito me agradam como a morte, o envelhecimento e a constatação da nossa impotência diante do futuro, foram muito bem alinhados com os textos da escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política, feminista e teórica social francesa, Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir.
Além disso, o filme é baseado no espetáculo coreográfico "Qualquer Coisa a Gente Muda" (2010) do diretor João Saldanha, com as talentosíssimas bailarinas Angel Vianna e Maria Alice Poppe, as quais fazem parte do filme. E NÃO FORAM MENCIONADAS NO ELENCO AQUI DO FILMOW. Assim como não foram mencionados alguns ícones que aparecem figurando em trecho final, não os tornando menos importante. Como é o caso dos inesquecíveis Altayr Farias de Lima (Palhaço Cocada), o pintor Fernando Otero e a grande dama da música dos anos 50, Helena de Lima. Ela canta uma das músicas que a consagrou: "Estão Voltando as Flores", de Paulinho Soledade. Todos esses três grandes artistas vivem atualmente no Retiro dos Artistas, localizado em Jacarepaguá (RJ).
Belíssimas também são as locações na cidade do Rio de Janeiro, como a Escola de Cinema Darcy Ribeiro, o Cemitério São João Batista, a Santa Casa da Misericórdia, o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e o próprio Retiro dos Artistas.
No caso da trilha sonora, ela encanta e nos emociona como: "Prelúdio - Tristão e Isolda" de Richard Wagner, "Ricercatas 4 e 7" de Gyorgy Ligeti, e a própria "Estão Voltando as flores" na voz de Helena de Lima.
As coreografias são um espetáculo à parte, num verdadeiro deleite visual em contrapartida com um show de interpretação das atrizes Andréia Beltrão e Nathalia Timberg.
As narrativas são inspiradas nos livros "La vieilesse" (A velhice) e "Une mort très douce" (Uma morte muito suave) de Beauvoir.
Agora, fiquei extremante curioso em ler os livros e assistir ao espetáculo.
Enfim, super recomendo.
Hannah e Suas Irmãs
4.0 292"O teu mais ligeiro olhar facilmente me revelará, não obstante me ter fechado como dedos, abres-me sempre pétala a pétala como a Primavera abre (hábil e misteriosamente comovente), a sua primeira rosa. Não sei o que há em ti que fecha e abre... Apenas algo em mim compreende que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas, Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas."
Esse é um trecho recitado pela personagem Lee, do Poema "Nalgum lugar em que eu nunca estive" do poeta, pintor, ensaísta e dramaturgo norte-americano, E. E. Cummings, indicado pelo cunhado, Elliot quando visitavam a nostálgica "Pageant Book Print Shop". A título de curiosidade esse antiquário de livros raros e usados foi fundada em 1946, sendo um ícone da cidade de Nova York e, para quem reside na cidade de São Paulo, seria como o Sebo do Messias.
Ainda sobre o poema, ele faz parte do livro coletânea de poemas de Cummings, "Complete Poems". Esse poema foi musicado pelo cantor, compositor, cronista e músico brasileiro Zeca Baleiro, no álbum de 2000, "Líricas"
Num belo trabalho de roteiro, direção e atuação do Allen, esse filme nos traz um emaranhado de emoções conflitantes num âmbito familiar, além de um certo humor negro e trágico sobre os relacionamentos, aliada a uma leve sátira sobre o fundamentalismo religioso.
Uma leve e interessante comédia dramática com um elenco de peso e uma narrativa bem escrita.
Maratona John Turturro (5º filme)
Como nos 4 filmes anteriores, aqui ele não tem um grande papel de destaque, mas quando em cena consegue mostrar seu grande talento.
The True Adventures of Wolfboy
2.9 12 Assista Agora"Nunca vai ser, realmente, fácil. Mas acho que diria apenas o seguinte: O mundo vai ser mau para nós, não importa o que façamos. Portanto, não podemos nos dar ao luxo de ser maus conosco." Avô de Paul
A história do filme é escrita pela roteirista Olivia Dufault (Preacher, Legion) numa espécie de alegoria narrativa de transição de gênero no formato de conto de fadas, conforme suas próprias experiências pessoais em que passou por auto-aversão internalizada e medo da aceitação social. Segundo ela a ideia surgiu sete anos antes da escrita do roteiro, período em que cursava a faculdade e numa determinada aula de genética foi exposto a uma apresentação sobre condições incomuns transmitidas hereditariamente, como o caso da hipertricose, que resulta em cabelos grossos que crescem em todo o rosto e corpo. É de onde muitos acreditam que o mito do "homem-lobo" se originou.
Particularmente, achei a forma como a historia foi tratada na tela, extremamente peculiar, interessante e curiosa, abordando diversas ilustrações como abertura de capítulos e inserindo analogicamente mitos dos contos: O Lobo, O Diabo, A Sereia e A Rainha dos Piratas. Um verdadeiro caleidoscópio circense como folclore contemporâneo para a jornada de um pequeno e diferente herói. O roteiro acerta em na abordagem sobre as diferenças e sobre a solidão em cada um de nós.
Além de Turturo e Messina, ressalto o trio de jovens atores nos papeis de Paul, Aristana e Rose. Mas, principalmente para a personagem Aristana, onde creio que o filme acerta em muito em escolher um profissional trans (Sophie Giannamor) para viver essa bela e instigante persona. E como não se encantar com a sua performance para a canção "Annabel" da banda britânica Goldfrapp.
Destaque também para a música "Marriage Is For Old Folks" (Nina Simone) para a cena do trio no furgão e a canção "Demon Host" (Timber Timbre) já no final ao subir os créditos, Turturo e alguns figurantes dançam.
Maratona Jaeden Martell (6º assistido)
A História de Rosa Parks
3.8 12"Porque esses pés já viram mais milhas e areia vermelhas que você... Eu me fiz caminhando, minha alma está casada. Cansada de ser tratado como menos do que um homem. Então vou continuar caminhando o quanto for necessário, porque esses pés podem estar cansados, mas minha alta está descansada."
Um belo filme, baseado na vida da ativista afro-americana, do movimento pelos direitos civis, mais conhecida por seu papel fundamental no boicote aos ônibus de Montgomery
O Fio Invisível
2.7 52"É que preciso medir o perigo, sem essa medida fica difícil calcular a distância de resgate..." Amanda
Esse intrigante filme é inspirado no romance de 2014, "Distancia de Rescate", da escritora argentina, Samanta Schweblin, autora de três coleções de histórias que receberam vários prêmios e foram traduzidas para 20 idiomas. A escritora também assina o roteiro, juntamente com a diretora e cineasta peruana, Claudia Llosa.
O fato é que ao assistir ao filme, fiquei extremamente curioso em ler a obra literária, pois a trama me chamou muito a atenção.
Sim, é um filme que pode ser considerado confuso para muitos, mas essa é uma forma de narrativa que brinca com a perspectiva entre sons, imagens, flashs temporais de forma fascinante, embriagante e até, desconcertante diante de aspectos físicos, emocionais, e efeitos mentais da exposição a uma substância invisível.
Um ótimo trabalho de direção, sonoplastia, filmografia e roteiro, aliado a uma bela fotografia e atuações extremamente competentes.
O filme causa desconforto, chegando a ser perturbador em algumas cenas, mas penso que esse é o propósito que fica mais evidente já nas cenas finais.
A narrativa é complexa e aborda vários temas de importância crucial para a nossa vida nesse planeta, tanto em aspectos físicos, ideológicos e espirituais versus ciência, realidade e superstição
O relacionamento entre mãe e filha é uma bela analogia entre nós e o planeta. Será que nós estamos cientes da distância de resgate que nos separa do caos? Será que enxergamos esse fio invisível que, nos tempos atuais, está extremamente esticado?
Enfim, um filme instigante e febril, para temas tão urgentes quanto o ato de viver, e amar, e os preservar.
O Chalé
3.3 723 Assista Agora"Não precisa ter medo de nada, a morte já está atrás de nós..." Grace
Algumas partes do roteiro foram inspiradas no clássico de Hitchcock "Rebecca" (1940) e a seita "Heaven's Gate."
O filme cumpre o que se propõe, num ritmo de terror psicológico e um clima de tensão que prende bem a atenção.
Maratona Jaeden Martell (5º assistido)
Sob o Mesmo Céu
2.7 455 Assista Agora"Quando criança, olhei para cima e senti o futuro." Brian
Boa fotografia e elenco, mas a história e bem água com açúcar.
Maratona Jaeden Martell (4º assistido)
Deixa Rolar
2.8 227 Assista Agora"Estou disposto a me arrepender de você pelo resto da minha vida..."
Apesar do filme contar com um ótimo elenco e uma trama até interessante, o ritmo é bem arrastado e com pouca graça para um longa descrito como comédia.
Maratona Jaeden Martell (3º assistido)
Um Santo Vizinho
3.7 421 Assista Agora"Santos são seres humanos que celebramos pelo seu empenho e dedicação a seres humanos... Para o meu santo moderno eu escolhi um homem que tem muitas qualidades de São William de Rochester. Na superfície meu santo pode dar impressão de ser menos provável para a santidade. Ele não é uma pessoa feliz, ele não gosta de pessoas e muitas pessoas não gostam dele. Ele é mau humorado, rabugento e tem raiva do mundo. Ele é cheio de arrependimentos. Ele bebe muito, fuma, joga, xinga, mente, engana e passa muito tempo com a dama da noite. Mas isso é o que você vê a primeira vista. Se você cavar mais fundo, você verá um homem pra lá dos seus defeitos.... Mas santos nunca desistem. E ele me ensinou como lutar, como me defender, a ser corajoso, dizer o que eu penso e ser ousado. Porque santos lutam por si mesmos e pelos outros para que eles possam ser ouvidos... Com ele eu aprendi a assumir riscos e apostar todas as minhas fichas, porque na vida as chances podem estar contra você..."
Essa citação é parte do discurso do personagem Oliver, aos 90 minutos desse belíssimo longa metragem.
Realmente esse filme foi uma grata surpresa que não faz a jus ao seu trailer, pois a trama vai muito além de uma simples comédia ou um drama clichê.
Tudo nesse filme contribuiu para uma boa experiência ao espectador. Desde a trilha sonora, a ambientação nostálgica, o roteiro e as atuações extremamente convincentes. Difícil avaliar esse quesito, mas a química entre Oliver e Vincent é impressionante.
Mas a história é o fator primordial e nos revela o quanto os padrões, normalmente, não são necessários para se ter uma boa vida, bons amigos e ótimas experiências.
Quem nunca teve na vida um amigo, um tio, um avô "Vincent". E o quão bem eles nos fazem com o seu modo de viver irreverente.
Esse é um ótimo filme para assistir com a família e, sinceramente, não sei por que levei tanto tempo para assisti-lo.
Uma ótima opção.
Maratona Jaeden Martell (2º assistido)
Um Fim de Semana Diferente
3.4 40 Assista Agora"A carpintaria é só uma ilusão da perfeição, mas podemos chegar perto. Dizem que Deus mora nos detalhes..."
Esse filme marca a estreia do diretor em longa metragem, além de contribuir com esse interessante roteiro e co-produção.
Alguns aspectos da vida pessoal e carreira do diretor são elementos adicionado no filme, como é o caso do pôster ao lado de Einstein no quarto de Anthony, bem como o livro que ele lê, ambos do mesmo autor: Bill Nye, um engenheiro mecânico, comunicador científico e apresentador de televisão que além de amigo de Bob Nelson, também foi colega de cena da série cômica sobre ciências, "Almost Live!".
Trata-se de um belo e comovente filme, fazendo uma espécie de analogia anacrônica sobre religiosidade, através da carpintaria e a construção da relação e química entre um filho com o seu pais, fruto de uma relação conjugal que se rompeu.
Gostei do modo em que a trama nos mostra a intepretação do certo e errado, além de como lidar com as situações conflitantes que isso pode acarretar.
Além do bom roteiro, o filme conta com uma boa fotografia e atuações bem consistentes, com destaque para o ator mirim, na época, Jaeden Martell.
Um bom filme.
Maratona Jaeden Martell (1º assistido)
Iniciando minha maratona de filmes que ainda não assisti desse jovem e promissor ator, que iniciou sua carreira fazendo comerciais para tv (Hot Wheels, Google, etc).
A Professora do Jardim de Infância
3.6 85 Assista Agora"O talento é tão frágil e raro..." Lisa
O filme é um remake do homônimo de 2014 que foi escrito e dirigido pelo israelense Nadav Lap.
Esse remake nos brinda com uma história interessante, boas atuações e belos poemas, onde os originais pertencem ao iraniano Kaveh Akbar e ao vietnamita-americano Ocean Vuong.
A trama nos conduz a um questionamento sobre os limites da ética professor x aluno, além do que é politicamente correto em se tratando de "idealismo".
Evidentemente, os sonhos e aspirações da protagonista são materializados numa criança e ela tenta justificar seus atos em prol da beleza de cunho artístico.
Maratona Maggie Gyllenhaal (12º assistido)
Com esse bom, reflexivo e comovente filme encerro minha maratona de filmes dessa excelente atriz e pelos longa metragens que acompanhei é visível o processo de amadurecimento dramático dela.
Frank
3.7 596 Assista Agora"Eu sempre sonhei em um dia ter um membro da banda que compartilhasse minha visão de criar músicas extremamente agradáveis..." Frank
O roteiro do filme teve algumas inspirações reais para a criação da trama, como é o caso do músico e comediante inglês, Chris Sievey, líder da banda de punk rock da cidade de Manchester, The Freshies. Ele era uma figura irreverente que, principalmente, nos anos 80 assumiu um personagem de nome "Frank Sidebottom" que aparecia sempre com uma máscara, de grande cabeça esferoidal. Houve também inspirações no aspecto estranho dos músicos Daniel Johnston e Captain Beefheart.
Esse ótimo filme de humor negro com uma narrativa e ritmo intrigante é uma reflexão sobre a considerada sanidade ou o que é ser normal.
O longa nos brinda com os atores se esgueirando na sua capacidade musical, dando um show de intepretação, com destaque para o personagem protagonista interpretado por Fassbender.
Com sub trama há a busca pela fama versus o gosto pela livre exploração pessoal das nuances que a música é capaz de proporcionar.
Os distúrbios psicológicos dos personagens nos mergulham numa ambientação altamente reflexiva e comovente, com picos bizarros de humor.
Uma ótima experiência, sem falar do aspecto visual e bela fotografia.
Maratona Maggie Gyllenhaal (11º assistido)
A Luta por um Ideal
3.7 55"Mas quando eu quis começar a minha história, sabe o que disseram pra mim? Espere, aguarde, vamos corrigir o problema. Isso significa que não iam fazer nada a respeito. Então eu disse e digo agora: Nós não vamos esperar..." Diretor Thompson
Um bom e reflexivo filme sobre a luta por direitos, por querer uma educação melhor para o filhos.
Muito bom ver a atriz mirim, na época com 9 anos, Emily Alyn Lind
Maratona Maggie Gyllenhaal (10º assistido)
SherryBaby
3.4 20"Dos 16 aos 22 anos, a heroína foi o amor da minha vida..." Sherry
Nesse belo e dramático filme, onde o roteiro e a direção são assinados pela americana, Laurie Collyer em seu trabalho de estreia em longa metragem para o cinema. Levando em conta sua vasta experiência em documentários e curta metragens, os seus trabalhos possuem temáticas simples de relações familiares, mas de forma complexa nos dramas que a vida nos arrebata em sua vã crueldade.
Esse filme conta com a estreia da atriz mirim Ryan Simpkins, na época com 7 anos e outro fato curioso é o fato de Naomi Foner Gyllenhaal, mãe de Maggie Gyllenhaal, ser amiga e mentora da diretora desse filme.
Considero que esse é um dos melhores trabalho de atuação de Maggie Gyllenhaal, de forma extremamente crível.
Vale a pena assistir a esse drama comovente.
Maratona Maggie Gyllenhaal (9º assistido)