Esse filme foi lançado no meu ano sabático e vim vê-lo somente agora. Uma direção dos Safdie com produção de Scorsese e estrelado por Adam Sandler é muita prioridade pra mim. De antemão digo que Adam está muito bem mas pedir indicação ao Oscar é exagero. A atuação dele tem alguns vícios que são até benéficos ao filme, mas o fazem individualmente perder um pouco de potência. No fim das contas esse filme é fruto do talento dessa dupla de irmãos, fiquei mais louco ainda pra ver os trabalhos deles anteriores à Bom Comportamento. Joias Brutas é foda! Um espetáculo filmíco extremamente nervoso. Se é cansativo assistir a muitas destas cenas (no bom sentido), imagina o trabalho que deu filmá-las? Aquele tanto de coisa acontecendo ao mesmo tempo é desesperador, e tudo é piorado pela trilha sonora desgraçada e quase incessante. Na cena de abertura do Adam xingando ao telefone, me lembrou demais o estilo do De Niro, e no miolo do filme tem uma cena dele dirigindo em que toca uma música incidental muito parecida com a de Taxi Driver. Fica aí mais uma homenagem/referência junto com tantas outras que o filme proporciona. E é massa o quanto o Ratner dividiu meus sentimentos entre torcer pra que ele consiga resolver a vida, e querer que ele se foda muito. Irmãos Safdie, vocês são do caralho. Continuem!
De forma bem superficial: o repórter sensacionalista recebe uma lição. Uma discussão sobre como a violência é apresentada de forma natural, mas como não deveria ser assim. Tenso e empolgante.
Poxa, gosto muitos destes filmes que o Garry Marshall fez no formato de Simplesmente Amor: uma data comemorativa como fio condutor de várias histórias paralelas, mais elenco estelar. Nenhum deles oferece uma grande experiência de cinema, mas são ótimos filmes descomprometidos. Esse era o único que eu ainda não tinha visto e gostei bastante, é exatamente aquilo que se propõe ser é até oferece algumas surpresas rs. Saudades suas, Garry, seu romantismo faz falta.
Assisti já há algum tempo, mas lembro de ser muito belo visualmente e conter uma narrativa bem fria, mas magnética. A relação entre os garotos e a Jessica tem uma tônica bem interessante, mas lembro do filme querer explorar algo além disso e se perder um pouco, mas no fim das contas é uma boa experiência.
Filme com um bom diretor, bom elenco, plot instigante, mas que acaba se perdendo e desperdiçando potência. A trama fica confusa, Lily-Rose parece não ter forças pra segurar o filme e o espectador se decepciona em meio a tudo isso. Há algo que se aproveite, o final questionador é bacana, mas podia ser mais.
Depois de assistir a Lembro Mais dos Corvos, fiquei curioso em conhecer melhor a Julia, quem não fica, não é mesmo?! E a motivação para assistir Tea For Two era esta. Ver este filme após conhecer Julia tem um significado e um sabor extremamente diferente, gera uma empolgação maravilhosa. Mas apesar disso tudo, vim assistir bem tranquilo e consciente, e olhem, achei maravilhoso. A trama é boa e Gilda a conduz com o destreza de uma atriz espetacular, a história se desenrola e Julia surge com toda sua entrega e autenticidade. Uma delícia de assistir, por mais trabalhos e estrada pra diretora crescer!!
Pra mim que sou apaixonado por arte e especialmente o cinema, e difícil me ver nesta situação, mas super consigo entender o magnetismo que segurou Yacine frente a Ladrões de Bicicletas (especialmente por ser um dos meus favoritos), ou qualquer um dos vários filmes que poderiam estar na seleção deste cineclube, inclusive 12 Homens e uma Sentença. Muito bonitinho ver a militância da personagem no final, super me identifico pela paixão ao cinema. Lindinho demais.
Melhor filme do MFFF 2021, pena que estava fora de competição. Amo esse tipo de documentário construído com uma narração sobre arquivos de memórias. Vídeos, fotos, lembranças e histórias se juntam para rememorar a história de avó e neto. A luta da avó contra a sociedade patriarcal e sua vida surpreendente. E a luta do neto contra os preconceitos perpetrados em sua própria mente por uma criação quadrada (me identifico demais com isso, por ter sido criado em um lar cristão) e contra a sociedade homofóbica. É incrível a forma como a vida de Stéphane o levou de volta a momentos tão marcantes: a tenista, a presidente e a parada gay, arrepiante refletir sobre estes pontos. Sempre interessante refletir sobre o quanto a avó era evoluída, mas também sobre o quanto sempre temos a evoluir, e só pessoas de espírito muito grande conseguem se tornar melhores na vida o quanto ela conseguiu. Depois dos 80 (?) anos aceitar/normalizar a homossexualidade do neto e aprender a pintar? Essa mulher é uma entidade. E Stéphane até como modo de se retratar consigo próprio se tornou uma força contra a homofobia em seu país e no mundo. Filme delicioso de se assistir, terminei com um sorriso frouxo, de orelha a orelha. Um achado!
Ótima premissa e ótima narrativa de retorno ao ponto de encontro. Bacana o formato de contar a história de cada uma das personagens por vez e os pontos de intersecções entre elas. Cada uma com seus problemas, inquietações, desejos, particularidades e sentimentos. São personagens legais de se apegar e se envolver, pessoas palpáveis, de fácil identificação. A história suscita discussões sobre os mais diversos assuntos sociais e sexuais, e tem uma conclusão de sugestão um tanto quanto romântica. Um bom filme.
Felicidade tem uma narrativa um pouco dispersa mas também bastante inventiva. Com um roteiro que brinca de forma muito inteligente com o espectador, seus joguinhos de histórias e lembranças são muito bons e tem um quê de metalinguagem. O trio de protagonistas é excelente, com destaque pra atriz mirim. Um filme que trata de relações sociais, familiares e dores humanas.
Uau. Uma bela mistura de linguagens que resulta num produto de narrativa dispersa e que é uma surra de cinema. Que câmera, que fotografia! Tem ficção, documentário e linguagem de clip, tudo junto de forma muito harmônica. Cavalo traz um discurso poderoso de arte, cultura, música, religião, ancestralidade, negritude. Desperta no espectador uma emoção genuína e uma ligação mágica, o filme tem quase uma hora e meia mas que passa com uma velocidade impressionante, deixa uma sensação forte de que poderia durar mais, ao passo que finaliza belamente sua exposição. Coisa linda!
Um filme sobre amizade e relacionamentos ao passo que narra um rito de passagem. A construção da ligação entre Mikuan e Shaniss é muito forte e bem feita, faz o espectador comprar bem todas aquelas situações e desequilíbrios. O filme segue seu caminho, mas surgem alguns momentos um pouco problemáticos, como o
, faltou construção narrativa. Depois a história retoma a força e tem uma conclusão de tirar o fôlego, que textos lindos, e que justificas fodas pros caminhos que são reservados a cada uma delas. Muito bonito, um achado!
Quarto filme que vejo do My French Film Festival e o melhor até aqui. Esse ano a seleção não parece estar muito boa, talvez um reflexo da produção menor em função da pandemia. Mas enfim, este é um filme muito bom, surpreendente. Gostei da premissa, da construção, achei que tem momentos bem inteligentes e que respeita o espectador. Mathis é um protagonista maravilhoso e o garoto que o interpreta é um baita de um ator, difícil acreditar que seja seu filme de estreia. Infelizmente a história se perde um pouco no 3°/4° do filme, mas o final retoma a potência e acaba muito bem. Um verdadeiro achado.
Joias Brutas
3.7 1,1K Assista AgoraEsse filme foi lançado no meu ano sabático e vim vê-lo somente agora. Uma direção dos Safdie com produção de Scorsese e estrelado por Adam Sandler é muita prioridade pra mim. De antemão digo que Adam está muito bem mas pedir indicação ao Oscar é exagero. A atuação dele tem alguns vícios que são até benéficos ao filme, mas o fazem individualmente perder um pouco de potência. No fim das contas esse filme é fruto do talento dessa dupla de irmãos, fiquei mais louco ainda pra ver os trabalhos deles anteriores à Bom Comportamento. Joias Brutas é foda! Um espetáculo filmíco extremamente nervoso. Se é cansativo assistir a muitas destas cenas (no bom sentido), imagina o trabalho que deu filmá-las? Aquele tanto de coisa acontecendo ao mesmo tempo é desesperador, e tudo é piorado pela trilha sonora desgraçada e quase incessante. Na cena de abertura do Adam xingando ao telefone, me lembrou demais o estilo do De Niro, e no miolo do filme tem uma cena dele dirigindo em que toca uma música incidental muito parecida com a de Taxi Driver. Fica aí mais uma homenagem/referência junto com tantas outras que o filme proporciona. E é massa o quanto o Ratner dividiu meus sentimentos entre torcer pra que ele consiga resolver a vida, e querer que ele se foda muito. Irmãos Safdie, vocês são do caralho. Continuem!
Diversão
3.2 2De forma bem superficial: o repórter sensacionalista recebe uma lição. Uma discussão sobre como a violência é apresentada de forma natural, mas como não deveria ser assim. Tenso e empolgante.
A Tração Dos Polos
3.3 4Uma estância, a procura por um porco fujão, amizade e uma bela cena de sexo.
Idas e Vindas do Amor
3.0 1,8K Assista AgoraPoxa, gosto muitos destes filmes que o Garry Marshall fez no formato de Simplesmente Amor: uma data comemorativa como fio condutor de várias histórias paralelas, mais elenco estelar. Nenhum deles oferece uma grande experiência de cinema, mas são ótimos filmes descomprometidos. Esse era o único que eu ainda não tinha visto e gostei bastante, é exatamente aquilo que se propõe ser é até oferece algumas surpresas rs. Saudades suas, Garry, seu romantismo faz falta.
Les météorites
2.9 2Zéa Duprez é uma linda mas não lembro do filme ser muito mais que isso. Um filme legalzinho de verão. Vi exatamente um ano atrás.
Jessica Forever
2.7 11 Assista AgoraAssisti já há algum tempo, mas lembro de ser muito belo visualmente e conter uma narrativa bem fria, mas magnética. A relação entre os garotos e a Jessica tem uma tônica bem interessante, mas lembro do filme querer explorar algo além disso e se perder um pouco, mas no fim das contas é uma boa experiência.
As Feras
2.5 5Filme com um bom diretor, bom elenco, plot instigante, mas que acaba se perdendo e desperdiçando potência. A trama fica confusa, Lily-Rose parece não ter forças pra segurar o filme e o espectador se decepciona em meio a tudo isso. Há algo que se aproveite, o final questionador é bacana, mas podia ser mais.
Tea For Two
3.3 12Depois de assistir a Lembro Mais dos Corvos, fiquei curioso em conhecer melhor a Julia, quem não fica, não é mesmo?! E a motivação para assistir Tea For Two era esta. Ver este filme após conhecer Julia tem um significado e um sabor extremamente diferente, gera uma empolgação maravilhosa. Mas apesar disso tudo, vim assistir bem tranquilo e consciente, e olhem, achei maravilhoso. A trama é boa e Gilda a conduz com o destreza de uma atriz espetacular, a história se desenrola e Julia surge com toda sua entrega e autenticidade. Uma delícia de assistir, por mais trabalhos e estrada pra diretora crescer!!
Odyssey 1.4.9
2.5 1Profunda homenagem. Péssimo assistir no celular.
Família Nuclear
3.4 6Romance e relações familiares na praia, encerrado com Dorival Caymmi. Bonitinho demais.
Silêncio
3.7 4Sempre existe um caminho de cura.
Intervalo
3.9 3Pra mim que sou apaixonado por arte e especialmente o cinema, e difícil me ver nesta situação, mas super consigo entender o magnetismo que segurou Yacine frente a Ladrões de Bicicletas (especialmente por ser um dos meus favoritos), ou qualquer um dos vários filmes que poderiam estar na seleção deste cineclube, inclusive 12 Homens e uma Sentença. Muito bonitinho ver a militância da personagem no final, super me identifico pela paixão ao cinema. Lindinho demais.
Maestro
3.7 7Tinha que ser da mesma galera de Garden Party né?! Bom demais!
Belezas
3.5 4Drags e fraternidade no interior da França. Merecia mais duração.
Lugares Vazios
3.5 3Pós arrebatamento em uma cidade verdadeiramente cristã rs.
Cães
3.7 2Foda a narrativa sem verbalizações que o filme opta por seguir, e no final, com poucas palavras, milita pela causa migratória. Uma paulada.
Madame
3.9 5 Assista AgoraMelhor filme do MFFF 2021, pena que estava fora de competição. Amo esse tipo de documentário construído com uma narração sobre arquivos de memórias. Vídeos, fotos, lembranças e histórias se juntam para rememorar a história de avó e neto. A luta da avó contra a sociedade patriarcal e sua vida surpreendente. E a luta do neto contra os preconceitos perpetrados em sua própria mente por uma criação quadrada (me identifico demais com isso, por ter sido criado em um lar cristão) e contra a sociedade homofóbica. É incrível a forma como a vida de Stéphane o levou de volta a momentos tão marcantes: a tenista, a presidente e a parada gay, arrepiante refletir sobre estes pontos. Sempre interessante refletir sobre o quanto a avó era evoluída, mas também sobre o quanto sempre temos a evoluir, e só pessoas de espírito muito grande conseguem se tornar melhores na vida o quanto ela conseguiu. Depois dos 80 (?) anos aceitar/normalizar a homossexualidade do neto e aprender a pintar? Essa mulher é uma entidade. E Stéphane até como modo de se retratar consigo próprio se tornou uma força contra a homofobia em seu país e no mundo. Filme delicioso de se assistir, terminei com um sorriso frouxo, de orelha a orelha. Um achado!
Donas de Alegria
3.3 9Ótima premissa e ótima narrativa de retorno ao ponto de encontro. Bacana o formato de contar a história de cada uma das personagens por vez e os pontos de intersecções entre elas. Cada uma com seus problemas, inquietações, desejos, particularidades e sentimentos. São personagens legais de se apegar e se envolver, pessoas palpáveis, de fácil identificação. A história suscita discussões sobre os mais diversos assuntos sociais e sexuais, e tem uma conclusão de sugestão um tanto quanto romântica. Um bom filme.
Felicidade
3.5 10Felicidade tem uma narrativa um pouco dispersa mas também bastante inventiva. Com um roteiro que brinca de forma muito inteligente com o espectador, seus joguinhos de histórias e lembranças são muito bons e tem um quê de metalinguagem. O trio de protagonistas é excelente, com destaque pra atriz mirim. Um filme que trata de relações sociais, familiares e dores humanas.
A Tradicional Família Brasileira - KATU
4.1 2Poxa, que produção verdadeira, bonita. Pela defesa dos povos indígenas!
Cavalo
3.8 7Uau. Uma bela mistura de linguagens que resulta num produto de narrativa dispersa e que é uma surra de cinema. Que câmera, que fotografia! Tem ficção, documentário e linguagem de clip, tudo junto de forma muito harmônica. Cavalo traz um discurso poderoso de arte, cultura, música, religião, ancestralidade, negritude. Desperta no espectador uma emoção genuína e uma ligação mágica, o filme tem quase uma hora e meia mas que passa com uma velocidade impressionante, deixa uma sensação forte de que poderia durar mais, ao passo que finaliza belamente sua exposição. Coisa linda!
Kuessipan
3.9 3Um filme sobre amizade e relacionamentos ao passo que narra um rito de passagem. A construção da ligação entre Mikuan e Shaniss é muito forte e bem feita, faz o espectador comprar bem todas aquelas situações e desequilíbrios. O filme segue seu caminho, mas surgem alguns momentos um pouco problemáticos, como o
falecimento do irmão
Faço de Mim o que Quero
3.5 16Gostei de Sapato 36 do diretor e me interessei por ver este.
Crianças
3.1 5Quarto filme que vejo do My French Film Festival e o melhor até aqui. Esse ano a seleção não parece estar muito boa, talvez um reflexo da produção menor em função da pandemia. Mas enfim, este é um filme muito bom, surpreendente. Gostei da premissa, da construção, achei que tem momentos bem inteligentes e que respeita o espectador. Mathis é um protagonista maravilhoso e o garoto que o interpreta é um baita de um ator, difícil acreditar que seja seu filme de estreia. Infelizmente a história se perde um pouco no 3°/4° do filme, mas o final retoma a potência e acaba muito bem. Um verdadeiro achado.