Lírico, sem soar afetado; objetivo, sem mostrar-se simplório; complexo, sem apelar para paradoxismos; 'Os Imperdoáveis' é considerado como o articulador do faroeste revionista, mas sua importância perpassa o gênero, pois o filme conduzido e estrelado por Clint Eastwood e escrito por David Webb Peoples narra um causo com tom de cotidiano e lenda, entre o crível e o fabulesco. Recheada de personagens fortes e interessantes e contando com um elenco de primeiro nível que os tornam vivos - além de Eastwood, temos aqui Gene Hackman, Morgan Freeman e Richard Harris -, a obra responsável pela consagração de Eastwood como realizador - Oscar de melhors filme e direção, também indicado por sua atuação - foi recebida como um clássico instantâneo do cinema e hoje, passados quase 24 anos de seu lançamento, esta "alcunha" encontra-se mais viva do que nunca. Um clássico em todos os sentidos.
Metáfora urgente à opressão dos sistemas econômicos percebidos até hoje - especialmente o capitalismo de estado (vulgo "comunismo") e o capitalismo "ocidental" - e retrato estilizado da busca humana pela criação através da destruição, 'O Expresso do Amanhã' sagra-se ao mesmo tempo como um deleite visual e peça de provocação ao reconstruir temas e bordões reconhecíveis à ficção-científica através de um olhar oriental - o do diretor e co-roteirista sul-coreano Bong Joon-ho - para uma obra de origem ocidental - a 'graphic novel' escrita pela dupla francesa Jacques Lob e Jean-Marc Rochette -. Feliz na tentativa de "universalizar" a percepção acerca do domínio do homem pelo homem, a obra assinada por Joon-ho é certamente um dos grandes títulos da safra recente de ficção-científica no cinema.
Versão japonesa do filme icônico assinado por Clint Eastwood, 'Unforgiven' consegue transpor bem os elementos marcantes da obra original para os da cultura nipônica, sem deixar de trazer consigo algumas (boas) surpresas - dentre elas o tom contemplativo e uma maior ênfase na violência -. Destaque para a entrega do elenco (principalmente o trio formado por Ken Watanabe, Koichi Sato e Akira Emoto), a fotografia inspirada (Norimichi Kasamatsu) e a trilha sonora (Taro Iwashiro), além, por óbvio, da direção inspirada de Lee Sang-il.
Poesia. Ficção científica. História de amor. Tratado existencialista. Ética e moral. Isto e muito mais pode ser encontrado (e sentido) neste filme minimalista dirigido por Mark Romanek e baseado em obra do japonês Kazuo Ishiguro (coube a Alex Garlanda a adaptação para o cinema), cujo espectro de reflexão é mais presente e importante do que qualquer pretensão narrativa. Da fotografia a trilha sonora, Não Me Abandone Jamais destaca com precisão a meloncolia de ser e de sobreviver em um mundo que não deseja a sua vida.
Longa assinado por Jim Sheridan e estrelado por Daniel Day-Lewis (indicado ao Oscar pelo papel) é um atestado de que o sistema de justiça britânico, assim como o de quase todas as nações ocidentais, padece do mesmo vício-resultado quando há choque entre intenção e execução: a justiça conveniente e a injustiça despropositada. Em Nome do Pai constrange, instiga, induz e, acima de tudo, escancara de vez a distância entre o dever-ser do direito e a realidade...
'Sempre ao Seu Lado' não traz consigo um grande arcabouço técnico ou narrativo, muito menos apresenta um roteiro vigoroso e complexo. No entanto, técnica à parte, o enredo fictício inspirado em fatos reais é conduzido de maneira tão delicada e sincera por Lasse Hallström - além de ser materialziado pelo bom elenco e pela trilha musical (Jan A. P. Kaczmarek - que qualquer expectativa depreciativa quanto ao resultado final deve ir por "água abaixo". Certamente não é um grande filme no sentido de obra cinematográfica, mas é um filme grande que não se se amedontra ao preterir o meio em detrimento da mensagem.
Esteticamente brilhante, mas contando com alguns problemas de roteiro, 'O Homem Que Ri' é, no fim das contas, uma adaptação honesta e sincera da obra do celebrado romancista francês Victor Hugo.
Baseado em obra de Edgar Alan Poe, 'Refúgio do Medo' desliza um pouco no quesito suspense e na condução adotada por Brad Anderson (há um quê de piloto de série de televisão no filme), mas o bom elenco e o capricho da equipe de arte (desenho de produção, figurino, maquiagem etc.) equilibram as possíveis falhas,dando vazão a uma obra no mínimo interessante.
Este faroeste que flerta com a estrutura de um 'road movie' dirigido e estrelado por Clint Eastwood pode não ser rico tão em conteúdo, mas sua aura 'underdog' - há uma toque de revisionismo na obra, especialmente no que tange aos sulistas e aos índios - consegue suprir a linguagem convencional (e em desenvolvimento) adotada por Eastwood.
O conceito por trás de 'Mapa para as Estrelas' é mais interessante do que seu produto final, ainda assim, o exercício estético proposto por David Cronenberg e Bruce Wagner é um soco no estômago daqueles que enxergam em Hollywood a mais pura e celebrada terra dos sonhos. Certamente a "demonização" proposta não pode ser vista como regra geral, mas a estranheza sentida ao acompanhar o desenvolvimento bizarro da trama proposta por Cronenberg e Wagner faz suscitar o pensamento de que, no frigir dos ovos, há uma sombra de esquisitice pairando no ambiente doce e tentador da meca do cinema.
Seguindo uma linha similar a do primeiro Homem de Ferro - inclusive contando com um terceiro ato apressado -, porém, pisando no acelerador no que tange ao humor, 'Homem Formiga' segue a linha de produção da Marvel Studios, sem tirar nem por e diverte na maior parte de seu tempo. Destaque para o efeito de rejuvenescimento utilizado em Michael Douglas, o melhor já realizado até hoje...
'Não Olhe Pra Trás" é um filme simpático, cujo grande destaque reside na ótima química do elenco, cujos destaques recaem para um super a vontade Al Pacino, uma singela Annette Bening e um assombroso (no bom sentido) Bobby Cannavale. No mais, boa estreia de Dan Fogelman na cadeira de diretor...
Desde seu lançamento 'Os Infiltrados' dividiu opiniões, tendo quem o defenda como um dos grandes trabalhos de Martin Scorsese, como também quem o considere um filme razoável dentro da filmografia do diretor nova-iorquino. Me encontro no primeiro grupo pois, mesmo não sendo tão impactante quanto seu irmão mais velho 'Os Bons Companheiros', a obra consegue mostrar-se afinada ao melhor do cinema do velho Scorsese, seja pelo capricho na condução, pelo roteiro vivo (adaptado do longa chinês 'Conflitos Internos'), pela montagem dinâmica ou pelo elenco primoroso (inclusive Mark Wahlberg). Vencedor do Oscar de direção e filme, 'Os Infiltrados' é, independente de tratar-se de uma refilmagem, um ótimo filme, cujo alicerce é feito por um casamento perfeito entre elenco, roteiro e ambientação, comprovando que, apesar da idade, Scorsese ainda respira um cinema "marginal" e sujo.
Dilema é o alicerce/estrutura que permeia este estudo acerca da natureza contraditória do ser humano intitulado 'O Amante da Rainha'. Este premiado filme dinamarquês abraça com força a contradição humana ao representar um período em que a mensagem do iluminismo ganhava cada vez mais força em contraste a uma Dinamarca atrasada, conservadora e pouco comprometida com o futuro. É triste constatar que, apesar dos muitos avanços percebidos nos séculos que separam a trama em que o filme se passa dos nossos dias, muito da estupidez e autossabotagem continuam vivos e mortes no modo de se conduzir a política, especialmente no Brasil, onde a rusga "direita" x "esquerda" insiste em produzir os mais baixos debates possíveis de se imaginar. A decadência moral e política do "amante" interpretado por Mads Mikkelsen representa muito bem este momento de confusão entre ideais e prática política que passamos em 'terrae brasilis', o que acaba por deixar o filme atualíssimo, mas também constata a involução escancarada por que passa nossa dita "república dos bananas". No mais, fotografia, direção de arte, direção, texto e atuações de primeira grandeza. Logo, um ótimo filme.
'A Vizinhança do Tigre': é, acima de tudo, um exercício estético-documental que prima pela simulação de organicidade de um determinado local (neste caso, personagens que vivem e transitam em uma comunidade periférica localizada no estado de Minas Gerais) e deve ser aplaudido pela ousadia. Entretanto, como cinema soa um tanto vago, perdido na própria proposta de "escrever a história conforme a filmagem acontece" (pelo menos é esta a impressão recebida). Certamente é uma obra para revisitar, pois seu objetivo primeiro parece ser a reflexão. Todavia, neste primeiro encontro, o "pouco" de cinema conseguiu sobressair a qualquer discussão pretendida.
Recorte sensível e acima de tudo completíssimo acerca da persona Cássia Eller, este documentário conduzido por Paulo Henrique Fontenelle escancara de vez Eller como uma das maiores intérpretes da música brasileira moderna, unindo em uma única (e rouca) voz atitude roqueira, sensibilidade melódica e introspecção sambista. A crítica à repulsiva cobertura midiática durante os dias que seguiram a morte da artista é um extra muito bem vindo a este documentário histórico. Que outros dos nossos grandes artistas recebam tratamento tão profundo como este dado por Fontenelle a mítica Cássia Rejane Eller.
Um registro tenebroso e inacreditavelmente atual. Eduardo Coutinho, talvez sem intenção, escancara a marca indelével e "maldita" que carrega todo aquele que deseja viver (e morrer) pelo sonho da revolução (latu sensu).
Esta tentativa de reinício da franquia até que funciona no campo diversão, mas não consegue “exterminar” a sensação de irrelevância da mesma após o abandono de James Cameron.
Leia minhas impressões sobre o filme em texto escrito para o site Os Cinéfilos: www.supernovo.net/oscinefilos/critica-o-exterminador-do-futuro-genesis/
Dono de diálogos criativos e inteligentes, além de um roteiro "saborosamente" nostálgico - este evoca o clima dos filmes 'capa e espada' dos anos 30, 40 e 50 -, 'A Princesa Prometida' pode ser facilmente categorizado como um dos melhores filmes de aventura (romance, para alguns) da década de 1980, como também do diretor Rob Reiner (à época, no auge da carreira). Marcando a estreia de Robin Wright na tela grande, 'A Princesa Prometida' continua divertidíssimo. Indico a (re)visita!
'O Exterminador do Futuro: A Salvação' conta com uma produção caprichada e seu diretor, McG, consegue elaborar/compor algumas ótimas sequências de ação. Todavia, apesar da obra possuir como diferencial o afastamento cronológico da trama em relação aos filmes anteriores da franquia, o desenvolvimento do roteiro é frágil, muitas vezes confuso, e acaba privilegiando as (boas) sequências de ação em detrimento do 'storytelling'. Um filme visualmente arrebatador, mas que sofre sobremaneira para contar a história que pretendia...
Sequência direta de 'Liga da Justiça: Guerra', 'Trono de Atlantis' até que inicia bem, especialmente quando foca na origem do Aquaman e, especialmente, na mitologia de Atlantis. Porém, do meio pro final a coisa degringola, sobrando muita correria e histrionismo e pouca coerência. A meninada mais nova deve gostar...
'Teminator 3' não é um filme ruim, mas sofre pela falta de novidade. Apesar de apresentar certo avanço em relação à trama do segundo filme da franquia, a base do filme se assemelha demais daquele, inclusive ao apresentar uma exterminadora que mais parece "filha" do T-1000 do filme de James Cameron. Até mesmo a sequência de perseguição com o caminhão guincho bebe da apresentada em T2 (a da rodovia). Apesar do filme carregar alguns bons momentos, como a química do trio principal (Arnold Schwarzenegger, Nick Stahl e Clarie Danes), a boa composição de Kristana Loken e os efeitos visuais, - que em sua maioria, mostram-se interessantes até hoje - o tom do filme (especialmente o humor) parece um tanto exagerado e sua "bênção" excessiva ao marco 'T2' acaba por diminuir sua relevância como obra independente. Jonathan Mostow constrói um bom filme de ação, mas cuja relevância a franquia como um todo é pequena.
"Apesar de não contar com um elenco de estrelas e não apostar em uma nova roupagem do que já fora consagrado até então, especialmente por sua reverência ao filme original, Jurassic World sagra-se vitorioso por sua eficiência como peça de entretenimento, pelo debate proposto (mesmo que brando) acerca da tendência intervencionista do ser humano, pela construção narrativa “redondinha” e pelo espetáculo audiovisual em si."
A leveza de 'Tomorrowland' talvez cause estranhamento aos mais incautos, visto que hoje, em regra, parece ser mais "fácil" consumir uma distopia do que uma utopia. E é com um pensamento mais próxima a esta que Brad Bird nos apresenta este filme, uma aventura com toques de ficçao-científica que condensa o clima dos filmes oitentistas - e um pouco da literatura "especial" da década de 1960 - com a narrativa e os aparatos tecnológicos de hoje para nos contar uma história acerca do ser humano, contextualizando seus avanços e retrocessos, especialmente através do advento da tecnologia, no passado, presente e futuro. Tá certo que este mix de ambição e simplicidade que consta no roteiro de Bird e Damon Lindelof (sim, o "cara" de Lost) acaba tornando a obra um tanto enfadonha em alguns momentos, mas sua plasticidade, poesia e sinceridade na exposição de ideias acabam contrabalanceando este pequeno ranço. Infelizmente, 'Tomorrowland' poderá vir a ser conhecido mais como um fracasso de público (e crítica, em parte) - muitos o consideram o 'John Carter' do ano, o que não deixa de ter pelo menos uma relação lógica, visto que ambos os filmes foram dirigidos por ex-componentes do núcleo criativo da Pixar Animation responsáveis diretos por pelo menos quatro grandes obras do estúdio: Procurando Nemo, Os Incríveis, Ratatouille e Wall-e - do que como um produto que preza, acima de tudo, pela originalidade (seja através da criação ou da recriação). 'Tomorrowland' está mais para o vinho do que para a coca-cola. Deve ser apreciado com paciência e, se possível, mais de uma vez, para que seu sentido (no caso do vinho e da coca-cola, o sabor) seja devidamente inferido.
Os Imperdoáveis
4.3 655Lírico, sem soar afetado; objetivo, sem mostrar-se simplório; complexo, sem apelar para paradoxismos; 'Os Imperdoáveis' é considerado como o articulador do faroeste revionista, mas sua importância perpassa o gênero, pois o filme conduzido e estrelado por Clint Eastwood e escrito por David Webb Peoples narra um causo com tom de cotidiano e lenda, entre o crível e o fabulesco. Recheada de personagens fortes e interessantes e contando com um elenco de primeiro nível que os tornam vivos - além de Eastwood, temos aqui Gene Hackman, Morgan Freeman e Richard Harris -, a obra responsável pela consagração de Eastwood como realizador - Oscar de melhors filme e direção, também indicado por sua atuação - foi recebida como um clássico instantâneo do cinema e hoje, passados quase 24 anos de seu lançamento, esta "alcunha" encontra-se mais viva do que nunca. Um clássico em todos os sentidos.
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Expresso do Amanhã
3.5 1,3K Assista grátisMetáfora urgente à opressão dos sistemas econômicos percebidos até hoje - especialmente o capitalismo de estado (vulgo "comunismo") e o capitalismo "ocidental" - e retrato estilizado da busca humana pela criação através da destruição, 'O Expresso do Amanhã' sagra-se ao mesmo tempo como um deleite visual e peça de provocação ao reconstruir temas e bordões reconhecíveis à ficção-científica através de um olhar oriental - o do diretor e co-roteirista sul-coreano Bong Joon-ho - para uma obra de origem ocidental - a 'graphic novel' escrita pela dupla francesa Jacques Lob e Jean-Marc Rochette -. Feliz na tentativa de "universalizar" a percepção acerca do domínio do homem pelo homem, a obra assinada por Joon-ho é certamente um dos grandes títulos da safra recente de ficção-científica no cinema.
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Unforgiven
4.0 40Versão japonesa do filme icônico assinado por Clint Eastwood, 'Unforgiven' consegue transpor bem os elementos marcantes da obra original para os da cultura nipônica, sem deixar de trazer consigo algumas (boas) surpresas - dentre elas o tom contemplativo e uma maior ênfase na violência -. Destaque para a entrega do elenco (principalmente o trio formado por Ken Watanabe, Koichi Sato e Akira Emoto), a fotografia inspirada (Norimichi Kasamatsu) e a trilha sonora (Taro Iwashiro), além, por óbvio, da direção inspirada de Lee Sang-il.
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Não Me Abandone Jamais
3.8 2,1K Assista AgoraPoesia. Ficção científica. História de amor. Tratado existencialista. Ética e moral. Isto e muito mais pode ser encontrado (e sentido) neste filme minimalista dirigido por Mark Romanek e baseado em obra do japonês Kazuo Ishiguro (coube a Alex Garlanda a adaptação para o cinema), cujo espectro de reflexão é mais presente e importante do que qualquer pretensão narrativa. Da fotografia a trilha sonora, Não Me Abandone Jamais destaca com precisão a meloncolia de ser e de sobreviver em um mundo que não deseja a sua vida.
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Em Nome do Pai
4.2 413 Assista AgoraLonga assinado por Jim Sheridan e estrelado por Daniel Day-Lewis (indicado ao Oscar pelo papel) é um atestado de que o sistema de justiça britânico, assim como o de quase todas as nações ocidentais, padece do mesmo vício-resultado quando há choque entre intenção e execução: a justiça conveniente e a injustiça despropositada. Em Nome do Pai constrange, instiga, induz e, acima de tudo, escancara de vez a distância entre o dever-ser do direito e a realidade...
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Sempre ao Seu Lado
4.3 4,1K Assista Agora'Sempre ao Seu Lado' não traz consigo um grande arcabouço técnico ou narrativo, muito menos apresenta um roteiro vigoroso e complexo. No entanto, técnica à parte, o enredo fictício inspirado em fatos reais é conduzido de maneira tão delicada e sincera por Lasse Hallström - além de ser materialziado pelo bom elenco e pela trilha musical (Jan A. P. Kaczmarek - que qualquer expectativa depreciativa quanto ao resultado final deve ir por "água abaixo". Certamente não é um grande filme no sentido de obra cinematográfica, mas é um filme grande que não se se amedontra ao preterir o meio em detrimento da mensagem.
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O Homem que Ri
3.4 161Esteticamente brilhante, mas contando com alguns problemas de roteiro, 'O Homem Que Ri' é, no fim das contas, uma adaptação honesta e sincera da obra do celebrado romancista francês Victor Hugo.
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Refúgio do Medo
3.6 373 Assista AgoraBaseado em obra de Edgar Alan Poe, 'Refúgio do Medo' desliza um pouco no quesito suspense e na condução adotada por Brad Anderson (há um quê de piloto de série de televisão no filme), mas o bom elenco e o capricho da equipe de arte (desenho de produção, figurino, maquiagem etc.) equilibram as possíveis falhas,dando vazão a uma obra no mínimo interessante.
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Josey Wales: O Fora da Lei
4.0 99 Assista AgoraEste faroeste que flerta com a estrutura de um 'road movie' dirigido e estrelado por Clint Eastwood pode não ser rico tão em conteúdo, mas sua aura 'underdog' - há uma toque de revisionismo na obra, especialmente no que tange aos sulistas e aos índios - consegue suprir a linguagem convencional (e em desenvolvimento) adotada por Eastwood.
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Mapas para as Estrelas
3.3 478 Assista AgoraO conceito por trás de 'Mapa para as Estrelas' é mais interessante do que seu produto final, ainda assim, o exercício estético proposto por David Cronenberg e Bruce Wagner é um soco no estômago daqueles que enxergam em Hollywood a mais pura e celebrada terra dos sonhos. Certamente a "demonização" proposta não pode ser vista como regra geral, mas a estranheza sentida ao acompanhar o desenvolvimento bizarro da trama proposta por Cronenberg e Wagner faz suscitar o pensamento de que, no frigir dos ovos, há uma sombra de esquisitice pairando no ambiente doce e tentador da meca do cinema.
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Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraSeguindo uma linha similar a do primeiro Homem de Ferro - inclusive contando com um terceiro ato apressado -, porém, pisando no acelerador no que tange ao humor, 'Homem Formiga' segue a linha de produção da Marvel Studios, sem tirar nem por e diverte na maior parte de seu tempo. Destaque para o efeito de rejuvenescimento utilizado em Michael Douglas, o melhor já realizado até hoje...
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Não Olhe Para Trás
3.7 210 Assista Agora'Não Olhe Pra Trás" é um filme simpático, cujo grande destaque reside na ótima química do elenco, cujos destaques recaem para um super a vontade Al Pacino, uma singela Annette Bening e um assombroso (no bom sentido) Bobby Cannavale. No mais, boa estreia de Dan Fogelman na cadeira de diretor...
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Os Infiltrados
4.2 1,7K Assista AgoraDesde seu lançamento 'Os Infiltrados' dividiu opiniões, tendo quem o defenda como um dos grandes trabalhos de Martin Scorsese, como também quem o considere um filme razoável dentro da filmografia do diretor nova-iorquino. Me encontro no primeiro grupo pois, mesmo não sendo tão impactante quanto seu irmão mais velho 'Os Bons Companheiros', a obra consegue mostrar-se afinada ao melhor do cinema do velho Scorsese, seja pelo capricho na condução, pelo roteiro vivo (adaptado do longa chinês 'Conflitos Internos'), pela montagem dinâmica ou pelo elenco primoroso (inclusive Mark Wahlberg). Vencedor do Oscar de direção e filme, 'Os Infiltrados' é, independente de tratar-se de uma refilmagem, um ótimo filme, cujo alicerce é feito por um casamento perfeito entre elenco, roteiro e ambientação, comprovando que, apesar da idade, Scorsese ainda respira um cinema "marginal" e sujo.
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O Amante da Rainha
4.0 365 Assista AgoraDilema é o alicerce/estrutura que permeia este estudo acerca da natureza contraditória do ser humano intitulado 'O Amante da Rainha'. Este premiado filme dinamarquês abraça com força a contradição humana ao representar um período em que a mensagem do iluminismo ganhava cada vez mais força em contraste a uma Dinamarca atrasada, conservadora e pouco comprometida com o futuro. É triste constatar que, apesar dos muitos avanços percebidos nos séculos que separam a trama em que o filme se passa dos nossos dias, muito da estupidez e autossabotagem continuam vivos e mortes no modo de se conduzir a política, especialmente no Brasil, onde a rusga "direita" x "esquerda" insiste em produzir os mais baixos debates possíveis de se imaginar. A decadência moral e política do "amante" interpretado por Mads Mikkelsen representa muito bem este momento de confusão entre ideais e prática política que passamos em 'terrae brasilis', o que acaba por deixar o filme atualíssimo, mas também constata a involução escancarada por que passa nossa dita "república dos bananas". No mais, fotografia, direção de arte, direção, texto e atuações de primeira grandeza. Logo, um ótimo filme.
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A Vizinhança do Tigre
3.9 44'A Vizinhança do Tigre': é, acima de tudo, um exercício estético-documental que prima pela simulação de organicidade de um determinado local (neste caso, personagens que vivem e transitam em uma comunidade periférica localizada no estado de Minas Gerais) e deve ser aplaudido pela ousadia. Entretanto, como cinema soa um tanto vago, perdido na própria proposta de "escrever a história conforme a filmagem acontece" (pelo menos é esta a impressão recebida). Certamente é uma obra para revisitar, pois seu objetivo primeiro parece ser a reflexão. Todavia, neste primeiro encontro, o "pouco" de cinema conseguiu sobressair a qualquer discussão pretendida.
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Cássia Eller
4.5 308Recorte sensível e acima de tudo completíssimo acerca da persona Cássia Eller, este documentário conduzido por Paulo Henrique Fontenelle escancara de vez Eller como uma das maiores intérpretes da música brasileira moderna, unindo em uma única (e rouca) voz atitude roqueira, sensibilidade melódica e introspecção sambista. A crítica à repulsiva cobertura midiática durante os dias que seguiram a morte da artista é um extra muito bem vindo a este documentário histórico. Que outros dos nossos grandes artistas recebam tratamento tão profundo como este dado por Fontenelle a mítica Cássia Rejane Eller.
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Cabra Marcado Para Morrer
4.5 253 Assista AgoraUm registro tenebroso e inacreditavelmente atual. Eduardo Coutinho, talvez sem intenção, escancara a marca indelével e "maldita" que carrega todo aquele que deseja viver (e morrer) pelo sonho da revolução (latu sensu).
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O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraEsta tentativa de reinício da franquia até que funciona no campo diversão, mas não consegue “exterminar” a sensação de irrelevância da mesma após o abandono de James Cameron.
Leia minhas impressões sobre o filme em texto escrito para o site Os Cinéfilos:
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A Princesa Prometida
3.7 327 Assista AgoraDono de diálogos criativos e inteligentes, além de um roteiro "saborosamente" nostálgico - este evoca o clima dos filmes 'capa e espada' dos anos 30, 40 e 50 -, 'A Princesa Prometida' pode ser facilmente categorizado como um dos melhores filmes de aventura (romance, para alguns) da década de 1980, como também do diretor Rob Reiner (à época, no auge da carreira). Marcando a estreia de Robin Wright na tela grande, 'A Princesa Prometida' continua divertidíssimo. Indico a (re)visita!
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O Exterminador do Futuro: A Salvação
3.3 769 Assista Agora'O Exterminador do Futuro: A Salvação' conta com uma produção caprichada e seu diretor, McG, consegue elaborar/compor algumas ótimas sequências de ação. Todavia, apesar da obra possuir como diferencial o afastamento cronológico da trama em relação aos filmes anteriores da franquia, o desenvolvimento do roteiro é frágil, muitas vezes confuso, e acaba privilegiando as (boas) sequências de ação em detrimento do 'storytelling'. Um filme visualmente arrebatador, mas que sofre sobremaneira para contar a história que pretendia...
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Liga da Justiça: Trono de Atlantis
3.5 160 Assista AgoraSequência direta de 'Liga da Justiça: Guerra', 'Trono de Atlantis' até que inicia bem, especialmente quando foca na origem do Aquaman e, especialmente, na mitologia de Atlantis. Porém, do meio pro final a coisa degringola, sobrando muita correria e histrionismo e pouca coerência. A meninada mais nova deve gostar...
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O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas
3.1 565 Assista Agora'Teminator 3' não é um filme ruim, mas sofre pela falta de novidade. Apesar de apresentar certo avanço em relação à trama do segundo filme da franquia, a base do filme se assemelha demais daquele, inclusive ao apresentar uma exterminadora que mais parece "filha" do T-1000 do filme de James Cameron. Até mesmo a sequência de perseguição com o caminhão guincho bebe da apresentada em T2 (a da rodovia). Apesar do filme carregar alguns bons momentos, como a química do trio principal (Arnold Schwarzenegger, Nick Stahl e Clarie Danes), a boa composição de Kristana Loken e os efeitos visuais, - que em sua maioria, mostram-se interessantes até hoje - o tom do filme (especialmente o humor) parece um tanto exagerado e sua "bênção" excessiva ao marco 'T2' acaba por diminuir sua relevância como obra independente. Jonathan Mostow constrói um bom filme de ação, mas cuja relevância a franquia como um todo é pequena.
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Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista Agora"Apesar de não contar com um elenco de estrelas e não apostar em uma nova roupagem do que já fora consagrado até então, especialmente por sua reverência ao filme original, Jurassic World sagra-se vitorioso por sua eficiência como peça de entretenimento, pelo debate proposto (mesmo que brando) acerca da tendência intervencionista do ser humano, pela construção narrativa “redondinha” e pelo espetáculo audiovisual em si."
Leia mais: http://supernovo.net/oscinefilos/critica-jurassic-world-o-mundo-dos-dinossauros/
Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível
3.2 738 Assista AgoraA leveza de 'Tomorrowland' talvez cause estranhamento aos mais incautos, visto que hoje, em regra, parece ser mais "fácil" consumir uma distopia do que uma utopia. E é com um pensamento mais próxima a esta que Brad Bird nos apresenta este filme, uma aventura com toques de ficçao-científica que condensa o clima dos filmes oitentistas - e um pouco da literatura "especial" da década de 1960 - com a narrativa e os aparatos tecnológicos de hoje para nos contar uma história acerca do ser humano, contextualizando seus avanços e retrocessos, especialmente através do advento da tecnologia, no passado, presente e futuro. Tá certo que este mix de ambição e simplicidade que consta no roteiro de Bird e Damon Lindelof (sim, o "cara" de Lost) acaba tornando a obra um tanto enfadonha em alguns momentos, mas sua plasticidade, poesia e sinceridade na exposição de ideias acabam contrabalanceando este pequeno ranço. Infelizmente, 'Tomorrowland' poderá vir a ser conhecido mais como um fracasso de público (e crítica, em parte) - muitos o consideram o 'John Carter' do ano, o que não deixa de ter pelo menos uma relação lógica, visto que ambos os filmes foram dirigidos por ex-componentes do núcleo criativo da Pixar Animation responsáveis diretos por pelo menos quatro grandes obras do estúdio: Procurando Nemo, Os Incríveis, Ratatouille e Wall-e - do que como um produto que preza, acima de tudo, pela originalidade (seja através da criação ou da recriação). 'Tomorrowland' está mais para o vinho do que para a coca-cola. Deve ser apreciado com paciência e, se possível, mais de uma vez, para que seu sentido (no caso do vinho e da coca-cola, o sabor) seja devidamente inferido.
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