Vive muito o melodrama, mas o recusa por uma suposta "realidade". Mas a tensão envolvendo os policias disfarçados ganha força justamente por fugir dessa verossimilhança. Além de ter esse tom teatral em que os personagens acabam aparecendo aos poucos. Dessa leva "pós tropa de elite" e sendo um dos que pretendem desenvolver uma trama a partir do momento que isso acontece, é bem frágil.
Não há uma preocupação em tentar fazer uma grande conexão com o filme anterior. Aqui é claramente um filme isolado dentro desse universo, e em determinado momento há até uma piada sobre isso. E o filme é isso: uma grande piada, não há uma grande ambição, em alguns momentos o humor é até mesmo caricato. É curioso que esse diretor, que é o mesmo de "Venom" consiga fazer filmes assim, com uma premissa mais básica, sem tentar criar algo além do que está ali posto e usar a comédia de uma forma que para algumas pessoas pareça até mesmo pueril, ou muito básica
Essse trama de telenovela mexicana faz bem ao filme, até mesmo esse final acontecendo em um ambiente que conversa com isso. Mas o filme mira em muitas coisas, e o Will Smith tem muito tempo de tela parece até que o filme é mais um veículo para ele aparecer mais, como se precisasse disso. O humor é o pior de todos, não funciona, em alguns momentos soa forçado, além de serem tentativas fracassadas de emular que já foi feito pelo Bay, só que com mais sucesso. A ação também passa pelo mesmo problema, quer ser a mesma ação do Bay, ou homenagem, mas no fim parece uma cópia ruim. A adição de novos personagens não renova nada, e ainda tem esse lance de ser obsolecente, mas que é bem raso, o que remete nesse caso algo que foi o guia de "Top Gun: Maverick", aqui mira na piada, mas acerta na falta de humor.
O estilo do Bay está bem mais apurado aqui e o Will Smith tem mais tempo pra aparecer. Mais violento que o anterior, e também mais ágil, algo que não é em visto por muitos que criticam o diretor. De uma forma meio estranha traça um diálogo com o "Miami Vice" do Michael Mann, mas muito mais estilizado a um nível que beira a algo experimental em alguns momentos, como no momento da casa dos haitianos. Todo aquele momento pode ser considerado o ápice do filme. Além das perseguiçoes que oram confundem, ora fazem um show irreal que só resta acompanhar. Aqui o cinema do Bay está menos preocupado em algo verossívem, algo que ele vai explorar muito em Tranformers, e trazer uma certa confusão ao espectador, assim como os personagens também.
É o primeiro do Bay e o começo parece muito um videoclipe que é de onde ele veio. Além das cenas de ação não serem tão inspiradas. Outro fator importante é a relação entre Martin Lawrence e Will Smith, Lawrence acaba se destacando bem mais , em alguns momentos o filme acaba sendo roubado por ele, ainda mais que o Will some em vários momentos. O filme é claramentete uma tentativa de uma franquia, que até houve continuação,, mas mas levou um tempo para acontecer. O filme também parece muito preso a um tipo de cinema ali do fim dos anos 1980 e começo dos anos 1990. É quase uma cápsula do tempo, todo o exagero, o vilão, a testemunha que corre perigo. A cartilha tá ali, mas até que bem feita, mas um tanto sem personalidade.
Talvez as figuras que o personagem veja sejam óbvias em seu simbolismo, mas não deixam de ter um significado dentro do que é abordado, mesmo sendo básico. O começo do filme é realmente o mais intressante pois coloca o espectador confuso com o que assiste, sabendo se real ou não. Algo que também acontece com o protagonista. É ruim pis o filme tem boa parte dele um aspecto de filme para a TV educativo, mas quando foge disso é possível perceber algo mais interessante. Não é um filme que oferece respostas, mas deixa aberto a algumas possibilidades. A história de amor chega ser algo descartável já que o filme investe tempo mesmo na condição mental do personagem e em como ele lida com isso.
Me impressionou em como o filme retrata posts do Instagram no filme vocalizados pelos personagens. A impressão que fica é que a própria diretora achou um tanto rídiculo dirigir um filme sobre uma boneca. Mas é um rídiculo "fofo", não incomoda. Isso explica o motivo das cenas que envolvem a Barbieland serem as melhores, vide a música do Ken. Falando nisso, Ryan Gosling parece que entendeu melhor o que havia ali do que a Margot Robbie. A patetice do Ken é mais interessante do que essa auto descoberta da Barbie. É um filme inofensivo, mesmo que tenha um grande discurso no final, ele é mais pró algo estabelecido do que parece. Mas se uns homens se incomodam muito com ele, acho que é válido ele existir.
Talvez o melhor do Nolan até aqui. Ele de fato está mais interessado em trazer perguntas, do que respostas. Mesmo os clichês usados em seus filmes, aqui ganha uma dimensão mais caótica. E esse caos e a grandiosidade está em coisas que não tão gigantes assim. Uma simples caminhada se torna algo épico, um olhar ganha ares hiperbólicos. É um filme pensado para que o protagonista beire o insuportável, mas ao mesmo temo o diretor mostra um interesse real nele, como se ao fazer o filme, conseguisse, ou tentasse descobrir essa figura. E há um espectador dentro filme, aquele que não entende, mas que é explicado o que ocorre pra ele em algum momento. Em "Tenet" foi bem assim. Nolan joga o espectador na ação pra depois dizer o que quer, Mas ao contrário de Tenet, aqui não tem resposta.
O tempo inteiro o filme reforça a ideia da imaginação, e da imaginação simples e livre. Quando Peter grita eu acredito em fadas e os outros respondem, aí está o momento de entender do que o filme se trata. Do poder da imaginação, e esse olhar generoso para a fantasia. Algumas coisas não ficam claras pois os personagens ainda não entendem. Já que, eles ainda crescendo, e esse meio do caminho é tortuoso mesmo. Mas é na relação entre Wendy e Peter que o filme cresce. Ela ama aquele mundo, mas percebe que não pode viver assim, e não entende o motivo, já Peter quer viver daquela maneira pra sempre, nada o preocupa e tudo está perfeito. Até mesmo essa relação estranha com a Wendy, que é amor, mas por serem tão jovens não compreendem, e se sentem confusos, e brigam, já que são novos. O Capitão Gancho representa tudo em ser adulto que o Pan rejeita, mas ao mesmo tempo ele sabe que a sua vida também tem sua limitação. Então prefere esse mundo onde a nuvem tem cor de algodão doce.
É um perfeito conto capitalista. Tem os momentos dos discursos, um cara desacreditado, uma ideia arriscada. Tá tudo ali para ser usado como referência em algum lugar em como apesar do Sonny ter as mesmas roupas do ambiente em que trabalha, o que mostra que ele vive pra isso, o que é até algo triste. Essa saga toda fascina pela persistência, mesmo que saibamos que tudo vai dar certo no fim. E não é melancólico ou pessimista. É celebrado.
O filme mostra mais as consequências da violência do que ela em si. Então, quando isso acontece, causa uma repulsa. Há algo cristão no sofrimento do protagonista. Até mesmo em como ele vê outros povos. Nesse ponto encontrei semelhanças com "Fort Apache" do John Ford. Mas Ford tinha um interesse maior no dia a dia. Nesse cotidiano que vai se revelando violento e autoritário. Aqui isso é bem mais explícito, e até mesmo repugnante. No fim os bárbaros são os que dizem não ser bárbaros, os burocratas, os civilizados.
Mistura "Se beber, não case" com "Missão: madrinha de casamento", mas sem a mesma graça. Fica o tempo inteiro de uma ideia requentada, sem um pingo de humor. Tem um momento ou outro em que de fato há algo mais inspirado, mas isso passa rápido e não vale todo o tempo investido em ver o filme. Acaba sendo algo tão esquecível que não tem como falar muito a não ser que é fraco mesmo.
Basicamente é um "Se eu fossse você" para adolescentes e que se passa todo na Barra da Tijuca, até os esteriótipos estão ali. De fato o diretor não faz uso do palavrão como humor, mas por outro cai em lugares comuns sobre as diferenças de sexo. Além de não ter coragem suficiente para aprofundar mais sobre s sexualidade. Isso aponta essa preocupação do cinema brasileiro em ser mais agradável a todo tipo de público, mesmo que isso o torne limitado.
Talvez seja o melhor filme que veio dessa leva pós "Tropa de elite", mas mais a ver com o segundo. É bom que o filme acabe situando tudo em uma situação micro, e assim, revelando uma burocracia maior, mas também em como há algo impotente ali. Mas há uma idealização um tanto bizarra dos policiais, já que em sua maioria eles são só machistas, mas não corruptos, e há de alguma maneira uma certa demonização da política. Mas a maneira em como a mistura da política com milícia é algo até bem verossímel, mesmo com alguns exageros. Também há essa sensação de claustrofobia por esses planos fechados, como se não houvesse muito o que fazer, a não ser "dançar conforme a música toca."
Penso que há algo no filme que é mais objetivo e simples que bom, mas ao mesmo tempo é uma ação bem comportada, quase limpa. O próprio Baby é um cara que vive em outra lógica e não é entendido. É um filme sobre esse sentimento de inadequação do personagem principal, logo, o espectador também quer ser o Baby. Nesse ponto parece algo o que o James Gunn fez com o "Guardiões da Galáxia", mas com mais liberdade. Já que aqui é perceptível que o Wright de alhuma maneira se conteve ao contar o que ele queria contar. Mas curiosamente, sendo um filme sobre perseguição de carro, a melhor de todas acontece com o Baby correndo.
É mais um filme genérico da Disney dessa leve de tornar os filmes de animação onde apela pra uma nostalgia e representatividade. Mas tirando isso há pouco ali. Há um desespero em afirmar que Ariel não só queria ser humana antes do Eric, o que já estava na animação, mas também em como a vilã não pode falar nada ofensivo, sendo que ela é a vilã. É uma limpeza desnecessária e falsa considerando o histórico do estúdio. Chega até ser meio ridículo essa suposta atualização, que não atualiza muita coisa. A Disney pode continuar a fazer esses filmes irregulares e sem personalidade, e infelizmente falar o óbvio sobre isso acaba sendo repetitivo.
O personagem do Mel Gibson é a melhor coisa do filme, ele não só destoa do resto, mas como insere um personagem mais apelativo no sentido da vilania. Por outro lado é um filme com menos ação se for comparado aos outros. Parece que há um interesse em comentar a respeito dos corpos decadentes, e de como para esse elenco o tempo Já passou. Não é a toa que duas grandes cenas aconteçam em lugares decadentes, que parecem ter pertencido a um outro mundo e não esse. Além de haver uma tentativa muito frágil de atualizar o grupo. Até pode ser que eles queriam manter o mesmo tom, mas tudo ali simboliza o fim de algum período, seja do filme de ação, seja o dia corpos que já não são mais os mesmos, e nem tudo hoje se resolve na portada.
Impressionante o salto de qualidade em relação ao filme anterior. O Simon West sabe filmar a ação, consegue colocar a piada sem parecer forçado, além de ter esse tom episódico que é ótimo pois o filme foge dessa lógica que é necessário ver o anterior para ver esse. O absurdo aqui é assumido com gosto, o drama é meloso, as batalhas, na maior parte das vezes não tem nenhuma verossimilhança. Além é claro do filme assumir aqui em determinado momento ir para um lado de faroeste, que já se mostrava no filme anterior, mas aqui isso fica mais evidente. E todas as participações são engraçadas e ao mesmo tempo absurdas, e isso é maravilhoso. É necessário reconhecer que um filme de ação pode ser algo para além de algo só ligado ao real, mas o oposto disso.
Stalonne não é um bom diretor. Ora leva a sério o que conta, ora ele quer fazer piadas. Além de uma ação confusa, que se segura muito mais por quem está ali, atores que entraram no imaginário do espectador, e isso, de alguma forma tem um valor em si. Mas não há como sustentar isso por muito tempo. A quantidade de coisas que explodem no final acaba evidenciando essa necessidade de tentar compensar algo que o Stalonne não sabe fazer como diretor. Fica mais uma tentativa do que algo realmente que chega em algum lugar.
Tem algo ali de "A conversação", e é tão trágico quanto, talvez até mais já que o protagonista se recusa a olhar as coisas de outra maneira, ele só saber viver daquele jeito, não há outra maneira. Sendo um voyer, e ao mesmo tempo sendo cruel e frio com quem pareça que pode atrapalhar o que ele pretende fazer ou que revele quem de fato é. É um jogo dele com ele mesmo o tempo inteiro, e isso continua até o fim, sem tempo para meias palavras. Mas há um prazer ali, em vigiar, sem ser notado, ficar imerso na na neurose. Há um gozo escondido na dor, mas ele não vive esse gozo de forma plena, já que assim seria revelado, e isso não é permitido a ele. Então só resta uma lenta autodestruição.
Esse limite entre algo pessoal e algo público, pode resultar tanto algo interessante, tanto algo enfadonho e apenas algo que funcione como uma expressão de um ego, perca o foco, e se torne algo inacessível, ou um falseamento de algo poético. Mas ainda bem que esse não é o caso aqui. Independente do que é dito aqui ser real ou falso, o que importa e quanto mais o que tem de ser narrado é narrado, mais parece haver para ser contado. Mesmo que isso mostre uma certa distância entre o espectador e o filme, sejam as lembranças, sejam as imagens. Mas tudo é conduzido de tal forma que surge ali uma proximidade que gera um certo fascícinio. Há uma intimidade, mas também não há, já que há um filtro, não a toa aparece olhos mais de uma vez em espelhos, ou tudo fica como se houvesse uma certa fragmentação dos corpos, e assim das memórias.
O diretor brinca o tempo inteiro com o que o noir pode proporcionar. O personagem do Gael, que seria o "mocinho", mas aqui é ridicularizado. Até o que acontece com ele no final acaba sendo esse deboche com essa figura de poder. Também acaba sendo uma alegoria sobre algo maior, relacionado a própria situação do momento, já que Neruda representa um perigo pelo o que ele fala, e não pelo o que ele faz. As palavras aqui é que acabam por incomodar o status quo. Não a toa o grande momento de perseguição do filme fica por conta de uma caminhada com cavalos em meio a neve, algo que remete a faroestes antigos. Larraín o tempo inteiro está conversando com filmes de gênero, mas a maneira dela. Em alguns momentos ele acerta, já em outros parece que ele ridiculariza e faz algo para ser uma grande ironia. Mas no fim é mais interessante do que descartável.
É confuso já que inicicialmente parece ser uma sátira daquele universo, tipo o que "Tár" fez. Mas o filme vai pra um lado mais sombrio do artista e sua relação com a música, algo mais próximo ao "Cisne negro" (o lance dos pianos com sangue é bem isso). Essa quebra faz com que o filme mostre que a obsessão não é apenas de um personagem, mas mais de um. Toda a parte do sanatório é bem fraca, vai pra uma lado exagerado bem ruim e de um lugar comum péssimo. As duas histórias acabam entrando em um duelo sobre qual é mais crível, ou interessante, mas no fim, fica algo pela metade, ou como diz o título em português: uma sinfonia inacabada. Mas gosto de como a direção de arte é usada como um elemento que mostra essa loucura e certa decadência daquele universo ali apresentado.
Alemão
2.8 380Vive muito o melodrama, mas o recusa por uma suposta "realidade". Mas a tensão envolvendo os policias disfarçados ganha força justamente por fugir dessa verossimilhança. Além de ter esse tom teatral em que os personagens acabam aparecendo aos poucos. Dessa leva "pós tropa de elite" e sendo um dos que pretendem desenvolver uma trama a partir do momento que isso acontece, é bem frágil.
Isabella: O Caso Nardoni
3.1 129No Google dá pra achar tudo. Fora que não amplia o debate sobre violência contra criança e adolescentes.
Zumbilândia: Atire Duas Vezes
3.4 612 Assista AgoraNão há uma preocupação em tentar fazer uma grande conexão com o filme anterior. Aqui é claramente um filme isolado dentro desse universo, e em determinado momento há até uma piada sobre isso. E o filme é isso: uma grande piada, não há uma grande ambição, em alguns momentos o humor é até mesmo caricato. É curioso que esse diretor, que é o mesmo de "Venom" consiga fazer filmes assim, com uma premissa mais básica, sem tentar criar algo além do que está ali posto e usar a comédia de uma forma que para algumas pessoas pareça até mesmo pueril, ou muito básica
Bad Boys Para Sempre
3.4 395 Assista AgoraEssse trama de telenovela mexicana faz bem ao filme, até mesmo esse final acontecendo em um ambiente que conversa com isso. Mas o filme mira em muitas coisas, e o Will Smith tem muito tempo de tela parece até que o filme é mais um veículo para ele aparecer mais, como se precisasse disso. O humor é o pior de todos, não funciona, em alguns momentos soa forçado, além de serem tentativas fracassadas de emular que já foi feito pelo Bay, só que com mais sucesso. A ação também passa pelo mesmo problema, quer ser a mesma ação do Bay, ou homenagem, mas no fim parece uma cópia ruim. A adição de novos personagens não renova nada, e ainda tem esse lance de ser obsolecente, mas que é bem raso, o que remete nesse caso algo que foi o guia de "Top Gun: Maverick", aqui mira na piada, mas acerta na falta de humor.
Bad Boys II
3.3 301 Assista AgoraO estilo do Bay está bem mais apurado aqui e o Will Smith tem mais tempo pra aparecer. Mais violento que o anterior, e também mais ágil, algo que não é em visto por muitos que criticam o diretor. De uma forma meio estranha traça um diálogo com o "Miami Vice" do Michael Mann, mas muito mais estilizado a um nível que beira a algo experimental em alguns momentos, como no momento da casa dos haitianos. Todo aquele momento pode ser considerado o ápice do filme. Além das perseguiçoes que oram confundem, ora fazem um show irreal que só resta acompanhar. Aqui o cinema do Bay está menos preocupado em algo verossívem, algo que ele vai explorar muito em Tranformers, e trazer uma certa confusão ao espectador, assim como os personagens também.
Os Bad Boys
3.2 283 Assista AgoraÉ o primeiro do Bay e o começo parece muito um videoclipe que é de onde ele veio. Além das cenas de ação não serem tão inspiradas. Outro fator importante é a relação entre Martin Lawrence e Will Smith, Lawrence acaba se destacando bem mais , em alguns momentos o filme acaba sendo roubado por ele, ainda mais que o Will some em vários momentos. O filme é claramentete uma tentativa de uma franquia, que até houve continuação,, mas mas levou um tempo para acontecer. O filme também parece muito preso a um tipo de cinema ali do fim dos anos 1980 e começo dos anos 1990. É quase uma cápsula do tempo, todo o exagero, o vilão, a testemunha que corre perigo. A cartilha tá ali, mas até que bem feita, mas um tanto sem personalidade.
Palavras nas Paredes do Banheiro
3.9 117 Assista AgoraTalvez as figuras que o personagem veja sejam óbvias em seu simbolismo, mas não deixam de ter um significado dentro do que é abordado, mesmo sendo básico. O começo do filme é realmente o mais intressante pois coloca o espectador confuso com o que assiste, sabendo se real ou não. Algo que também acontece com o protagonista. É ruim pis o filme tem boa parte dele um aspecto de filme para a TV educativo, mas quando foge disso é possível perceber algo mais interessante. Não é um filme que oferece respostas, mas deixa aberto a algumas possibilidades. A história de amor chega ser algo descartável já que o filme investe tempo mesmo na condição mental do personagem e em como ele lida com isso.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraMe impressionou em como o filme retrata posts do Instagram no filme vocalizados pelos personagens. A impressão que fica é que a própria diretora achou um tanto rídiculo dirigir um filme sobre uma boneca. Mas é um rídiculo "fofo", não incomoda. Isso explica o motivo das cenas que envolvem a Barbieland serem as melhores, vide a música do Ken. Falando nisso, Ryan Gosling parece que entendeu melhor o que havia ali do que a Margot Robbie. A patetice do Ken é mais interessante do que essa auto descoberta da Barbie. É um filme inofensivo, mesmo que tenha um grande discurso no final, ele é mais pró algo estabelecido do que parece. Mas se uns homens se incomodam muito com ele, acho que é válido ele existir.
Oppenheimer
4.0 1,1KTalvez o melhor do Nolan até aqui. Ele de fato está mais interessado em trazer perguntas, do que respostas. Mesmo os clichês usados em seus filmes, aqui ganha uma dimensão mais caótica. E esse caos e a grandiosidade está em coisas que não tão gigantes assim. Uma simples caminhada se torna algo épico, um olhar ganha ares hiperbólicos. É um filme pensado para que o protagonista beire o insuportável, mas ao mesmo temo o diretor mostra um interesse real nele, como se ao fazer o filme, conseguisse, ou tentasse descobrir essa figura. E há um espectador dentro filme, aquele que não entende, mas que é explicado o que ocorre pra ele em algum momento. Em "Tenet" foi bem assim. Nolan joga o espectador na ação pra depois dizer o que quer, Mas ao contrário de Tenet, aqui não tem resposta.
Peter Pan
3.5 495 Assista AgoraO tempo inteiro o filme reforça a ideia da imaginação, e da imaginação simples e livre. Quando Peter grita eu acredito em fadas e os outros respondem, aí está o momento de entender do que o filme se trata. Do poder da imaginação, e esse olhar generoso para a fantasia. Algumas coisas não ficam claras pois os personagens ainda não entendem. Já que, eles ainda crescendo, e esse meio do caminho é tortuoso mesmo. Mas é na relação entre Wendy e Peter que o filme cresce. Ela ama aquele mundo, mas percebe que não pode viver assim, e não entende o motivo, já Peter quer viver daquela maneira pra sempre, nada o preocupa e tudo está perfeito. Até mesmo essa relação estranha com a Wendy, que é amor, mas por serem tão jovens não compreendem, e se sentem confusos, e brigam, já que são novos. O Capitão Gancho representa tudo em ser adulto que o Pan rejeita, mas ao mesmo tempo ele sabe que a sua vida também tem sua limitação. Então prefere esse mundo onde a nuvem tem cor de algodão doce.
AIR: A História Por Trás do Logo
3.6 244 Assista AgoraÉ um perfeito conto capitalista. Tem os momentos dos discursos, um cara desacreditado, uma ideia arriscada. Tá tudo ali para ser usado como referência em algum lugar em como apesar do Sonny ter as mesmas roupas do ambiente em que trabalha, o que mostra que ele vive pra isso, o que é até algo triste. Essa saga toda fascina pela persistência, mesmo que saibamos que tudo vai dar certo no fim. E não é melancólico ou pessimista. É celebrado.
Esperando os Bárbaros
3.0 41 Assista AgoraO filme mostra mais as consequências da violência do que ela em si. Então, quando isso acontece, causa uma repulsa. Há algo cristão no sofrimento do protagonista. Até mesmo em como ele vê outros povos. Nesse ponto encontrei semelhanças com "Fort Apache" do John Ford. Mas Ford tinha um interesse maior no dia a dia. Nesse cotidiano que vai se revelando violento e autoritário. Aqui isso é bem mais explícito, e até mesmo repugnante. No fim os bárbaros são os que dizem não ser bárbaros, os burocratas, os civilizados.
A Noite É Delas
2.8 313 Assista AgoraMistura "Se beber, não case" com "Missão: madrinha de casamento", mas sem a mesma graça. Fica o tempo inteiro de uma ideia requentada, sem um pingo de humor. Tem um momento ou outro em que de fato há algo mais inspirado, mas isso passa rápido e não vale todo o tempo investido em ver o filme. Acaba sendo algo tão esquecível que não tem como falar muito a não ser que é fraco mesmo.
Socorro, Virei Uma Garota!
2.8 132 Assista AgoraBasicamente é um "Se eu fossse você" para adolescentes e que se passa todo na Barra da Tijuca, até os esteriótipos estão ali. De fato o diretor não faz uso do palavrão como humor, mas por outro cai em lugares comuns sobre as diferenças de sexo. Além de não ter coragem suficiente para aprofundar mais sobre s sexualidade. Isso aponta essa preocupação do cinema brasileiro em ser mais agradável a todo tipo de público, mesmo que isso o torne limitado.
Operações Especiais
3.3 349 Assista AgoraTalvez seja o melhor filme que veio dessa leva pós "Tropa de elite", mas mais a ver com o segundo. É bom que o filme acabe situando tudo em uma situação micro, e assim, revelando uma burocracia maior, mas também em como há algo impotente ali. Mas há uma idealização um tanto bizarra dos policiais, já que em sua maioria eles são só machistas, mas não corruptos, e há de alguma maneira uma certa demonização da política. Mas a maneira em como a mistura da política com milícia é algo até bem verossímel, mesmo com alguns exageros. Também há essa sensação de claustrofobia por esses planos fechados, como se não houvesse muito o que fazer, a não ser "dançar conforme a música toca."
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraPenso que há algo no filme que é mais objetivo e simples que bom, mas ao mesmo tempo é uma ação bem comportada, quase limpa. O próprio Baby é um cara que vive em outra lógica e não é entendido. É um filme sobre esse sentimento de inadequação do personagem principal, logo, o espectador também quer ser o Baby. Nesse ponto parece algo o que o James Gunn fez com o "Guardiões da Galáxia", mas com mais liberdade. Já que aqui é perceptível que o Wright de alhuma maneira se conteve ao contar o que ele queria contar. Mas curiosamente, sendo um filme sobre perseguição de carro, a melhor de todas acontece com o Baby correndo.
A Pequena Sereia
3.3 528 Assista AgoraÉ mais um filme genérico da Disney dessa leve de tornar os filmes de animação onde apela pra uma nostalgia e representatividade. Mas tirando isso há pouco ali. Há um desespero em afirmar que Ariel não só queria ser humana antes do Eric, o que já estava na animação, mas também em como a vilã não pode falar nada ofensivo, sendo que ela é a vilã. É uma limpeza desnecessária e falsa considerando o histórico do estúdio. Chega até ser meio ridículo essa suposta atualização, que não atualiza muita coisa. A Disney pode continuar a fazer esses filmes irregulares e sem personalidade, e infelizmente falar o óbvio sobre isso acaba sendo repetitivo.
Os Mercenários 3
3.2 916 Assista AgoraO personagem do Mel Gibson é a melhor coisa do filme, ele não só destoa do resto, mas como insere um personagem mais apelativo no sentido da vilania. Por outro lado é um filme com menos ação se for comparado aos outros. Parece que há um interesse em comentar a respeito dos corpos decadentes, e de como para esse elenco o tempo Já passou. Não é a toa que duas grandes cenas aconteçam em lugares decadentes, que parecem ter pertencido a um outro mundo e não esse. Além de haver uma tentativa muito frágil de atualizar o grupo. Até pode ser que eles queriam manter o mesmo tom, mas tudo ali simboliza o fim de algum período, seja do filme de ação, seja o dia corpos que já não são mais os mesmos, e nem tudo hoje se resolve na portada.
Os Mercenários 2
3.5 2,3K Assista AgoraImpressionante o salto de qualidade em relação ao filme anterior. O Simon West sabe filmar a ação, consegue colocar a piada sem parecer forçado, além de ter esse tom episódico que é ótimo pois o filme foge dessa lógica que é necessário ver o anterior para ver esse. O absurdo aqui é assumido com gosto, o drama é meloso, as batalhas, na maior parte das vezes não tem nenhuma verossimilhança. Além é claro do filme assumir aqui em determinado momento ir para um lado de faroeste, que já se mostrava no filme anterior, mas aqui isso fica mais evidente. E todas as participações são engraçadas e ao mesmo tempo absurdas, e isso é maravilhoso. É necessário reconhecer que um filme de ação pode ser algo para além de algo só ligado ao real, mas o oposto disso.
Os Mercenários
3.2 1,9K Assista AgoraStalonne não é um bom diretor. Ora leva a sério o que conta, ora ele quer fazer piadas. Além de uma ação confusa, que se segura muito mais por quem está ali, atores que entraram no imaginário do espectador, e isso, de alguma forma tem um valor em si. Mas não há como sustentar isso por muito tempo. A quantidade de coisas que explodem no final acaba evidenciando essa necessidade de tentar compensar algo que o Stalonne não sabe fazer como diretor. Fica mais uma tentativa do que algo realmente que chega em algum lugar.
Acidente
3.1 9 Assista AgoraTem algo ali de "A conversação", e é tão trágico quanto, talvez até mais já que o protagonista se recusa a olhar as coisas de outra maneira, ele só saber viver daquele jeito, não há outra maneira. Sendo um voyer, e ao mesmo tempo sendo cruel e frio com quem pareça que pode atrapalhar o que ele pretende fazer ou que revele quem de fato é. É um jogo dele com ele mesmo o tempo inteiro, e isso continua até o fim, sem tempo para meias palavras. Mas há um prazer ali, em vigiar, sem ser notado, ficar imerso na na neurose. Há um gozo escondido na dor, mas ele não vive esse gozo de forma plena, já que assim seria revelado, e isso não é permitido a ele. Então só resta uma lenta autodestruição.
A Metamorfose dos Pássaros
4.3 41Esse limite entre algo pessoal e algo público, pode resultar tanto algo interessante, tanto algo enfadonho e apenas algo que funcione como uma expressão de um ego, perca o foco, e se torne algo inacessível, ou um falseamento de algo poético. Mas ainda bem que esse não é o caso aqui. Independente do que é dito aqui ser real ou falso, o que importa e quanto mais o que tem de ser narrado é narrado, mais parece haver para ser contado. Mesmo que isso mostre uma certa distância entre o espectador e o filme, sejam as lembranças, sejam as imagens. Mas tudo é conduzido de tal forma que surge ali uma proximidade que gera um certo fascícinio. Há uma intimidade, mas também não há, já que há um filtro, não a toa aparece olhos mais de uma vez em espelhos, ou tudo fica como se houvesse uma certa fragmentação dos corpos, e assim das memórias.
Neruda
3.5 81 Assista AgoraO diretor brinca o tempo inteiro com o que o noir pode proporcionar. O personagem do Gael, que seria o "mocinho", mas aqui é ridicularizado. Até o que acontece com ele no final acaba sendo esse deboche com essa figura de poder. Também acaba sendo uma alegoria sobre algo maior, relacionado a própria situação do momento, já que Neruda representa um perigo pelo o que ele fala, e não pelo o que ele faz. As palavras aqui é que acabam por incomodar o status quo. Não a toa o grande momento de perseguição do filme fica por conta de uma caminhada com cavalos em meio a neve, algo que remete a faroestes antigos. Larraín o tempo inteiro está conversando com filmes de gênero, mas a maneira dela. Em alguns momentos ele acerta, já em outros parece que ele ridiculariza e faz algo para ser uma grande ironia. Mas no fim é mais interessante do que descartável.
Fuga
3.6 11 Assista AgoraÉ confuso já que inicicialmente parece ser uma sátira daquele universo, tipo o que "Tár" fez. Mas o filme vai pra um lado mais sombrio do artista e sua relação com a música, algo mais próximo ao "Cisne negro" (o lance dos pianos com sangue é bem isso). Essa quebra faz com que o filme mostre que a obsessão não é apenas de um personagem, mas mais de um. Toda a parte do sanatório é bem fraca, vai pra uma lado exagerado bem ruim e de um lugar comum péssimo. As duas histórias acabam entrando em um duelo sobre qual é mais crível, ou interessante, mas no fim, fica algo pela metade, ou como diz o título em português: uma sinfonia inacabada. Mas gosto de como a direção de arte é usada como um elemento que mostra essa loucura e certa decadência daquele universo ali apresentado.