Thiago

O capitalismo não funciona, é apenas escravidão legalizada disfarçada de meritocracia, não faz sentido nenhum poucos terem exageradamente muito para muitos não terem praticamente nada, isso é apenas um método para controlar as massas e justificar que a sua situação de merda é culpa sua bem como se alguém tem muito dinheiro é porque mereceu.

Por um momento esqueçam que o capitalismo existe, esqueçam o dinheiro, apenas observem as ações, é perfeitamete visível dezenas de trabalhadores braçais construindo uma casa para uma única família, em troca de suas famílias terem o que comer.

Em contrapartida se houver uma distribuição de renda repentina e igualitária a sociedade vira um caos, porque ninguém mais vai querer fazer o trabalho operacional, é necessário um programa onde todas as empresas são controladas pelo governo e as pessoas ganham salários justos mediante uma real meritocracia, todos estudam na mesma escola, vão ao mesmo hospital, o salário mínimo é de 3 mil reais, e o contato entre essa sociedade e o capitalismo se dá através do governo que compraria produtos necessários no exterior e os disponibilizaria a venda ao mesmo passo que fortalece sua própria indústria para se tornar autosuficiente em tecnologia, também vende seus produtos para manter a balança comercial. Seria o fim de absurdos como empresários lucranco 1 milhão de reais por mês ao explorar o trabalho de operários que gaham mil reais pra sustentar suas famílias, seria o fim de médicos se formando em universidades públicas pra abrirem consultórios e venderem seu conhecimento por preços absurdos enriquecendo rapidamente enquanto a população morre sem atendimento de qualidade, seria o fim de um burguês que sempre teve tudo o que quis, assume os negócios do pai e olha pra o proletário sentindo que cada um está na posição que mereceu.

O melhor adjetivo que consigo encontrar para descrever essa trilha sonora é sublime... Um show do Daniel Day-Lewis, um Lincoln empatico, cativante, comprometido com a vida humana e com uma tranquilidade imensa para conseguir todo o seu poder de influência e mudar a história de uma nação.

Confuso, reflexivo, pesado e brilhante como é marca do Alejandro G. Iñárritu...

Três histórias que se entrelaçam de forma catastrófica apresentando uma visão trágica e real da vida. Sem romantismo, sem linearidade, te joga para o futuro e para o passado com cortes secos e vc se vira pra montar o quebra-cabeças e o melhor de todos sem sentido, razão, lógica ou justiça, um filme que te faz engolir seco a realidade, é impossível sair dele sem uma reflexão profunda.

"quantas vidas nós temos? quantas vezes nós morremos?
dizem que todo mundo perde 21 gramas no exato momento da morte,
todo mundo,
quanto deve ser 21 gramas?
quanto se perde?
quanto se perde em 21 gramas?
quanto deve ser? e quanto se ganha?
21 gramas,
o peso de um saco com 5 moedas,
o peso de um beija-flor,
de uma barra de chocolate,
quanto é 21 gramas?"