Esse filme tem uma sobriedade muito realística. Talvez muitos tenham se incomodado com isso. O fato deles mostrarem como o grupo de amigos heteronormativos (aqui em Salvador chamamos de "héterotops") se comportam - de forma machista, preconceituosa e, muitas vezes, ofensiva - não significa que eles estavam reforçando esses estereótipos. Pelo contrário. O que eles fazem no filme é começar a DESCONSTRUIR os comportamentos iniciais do grupo de "machões" de modo muito sóbrio e realístico, sem criar situações fora da realidade ou utópicas demais. É perceptivel que eles vão NATURALMENTE se transformando e tudo vai acontecendo de modo coerente e plausível. Mostrar a realidade não é o mesmo que ser complacente a ela. O filme faz isso, mostra a realidade para depois desconstruí-la de forma sensata e crível.
Eu adorei! Foi uma surpresa muito agradável, inclusive pelo fato de que o foco do filme é exatamente a AMIZADE entre eles e não as relações amorosas. Eu amei de verdade!!
Eu gostei muito do filme. Acho que ele quis passar a vida angustiante daquele jovem/adolescente que "leva uma vida normal" com seus amigos "padrão hetéro", um pai doente e uma confusão de sentimentos e pensamentos que o levam a questionar sua própria identidade. O filme mostra isso de forma contemplativa: é quase como se estivéssemos dando "uma espiadinha" na vida dele. Então é meio monótono em alguns momentos, como a vida rotineira geralmente é. Alguns momentos, eu até me incomodei com isso, mas de modo geral, encaixa na proposta do filme, para mim. Não é muito fácil decifrar o protagonista porque o filme tem poucas falas, não tem narração, além de que a própria personalidade do personagem é, por si só, introspectiva - o que piora tudo. Mas, aos poucos, ao perceber as pequenas demonstrações emocionais do protagonista, podemos construir a história e a internalidade daquele jovem e trazê-lo para uma perspectiva próxima à nós, à realidade. A forma como ele reage (ou não reage) em algumas situações, seus olhares e seu comportamento. São como pequenos sinais que, sutilmente, nos revela as angustias daquele ser. Importante falar que não acho o filme perfeito, acho que o roteiro poderia ter nos trazido mais situações, mais momentos interessantes (no sentido de desenvolvimento da história), mas também não acho ruim. Pelo contrário, gostei demais. Por todos os motivos que listei acima, acredito que consegui compreender a mensagem do filme e ele me envolveu. A cena que, para mim, foi a mais incrível e que revelou muito de quem o Frankie é foi a que
ele está no carro com o acompanhante indo em rumo à praia, para o roubo planejado com os amigos. (vou tentar descrever um pouco o diálogo, mas como assisti há um certo tempo, talvez erre algum detalhe). O cara percebe que ele está nervoso e o pergunta se faz seu tipo, Frankie responde que não, que ele gosta de homens mais velhos. Então o cara pergunta por quê e ele diz que é para que eles não conheçam ninguém que ele conhece. Então o cara fala "Então, você ainda não saiu do armário", então Frankie responde: "Eu não me vejo como gay". O cara ri e fala: "mas você faz sexo com homem" e ele responde "talvez".
Eu vi muitas pessoas falando que acharam a cena do pêssego desnecessária, gratuita etc. Mas para mim ela funcionou muito bem dentro do contexto daquele momento. Elio esta se descobrindo sexualmente ao mesmo tempo que vive a intensidade de seu primeiro amor. Sem falar que ele precisa encarar o fato de que os dois irão se separar muito em breve. Acho que o pêssego naquele momento foi literalmente a junção de muitos sentimentos: desejo, curiosidade, urgência, paixão, medo e saudade prematura. Tanto que, quando Oliver chega depois, a reação dele demonstra o quanto ele está afetado pelo fato de que o americano vai precisar voltar para casa e deixá-lo. Foi como se ele estivesse tentando, sexualmente, se amparar pela posterior falta de seu amor. A intensidade do prazer que ele sente estando com Oliver não pode ser substituída, então ele foi procurar algo um tanto bizarro que pudesse fazê-lo sentir algo a mais. Para mim, foi muito natural.
Esse filme é incrivel por vários motivos. Primeiro, ele conta a história de uma maneira bem sólida (começo, meio e fim - como conhecemos hoje) e com uma narratividade fluida, utilizando-se, inclusive, de elipses. Segundo, a forma como a ação aparece me surpreendeu muito por ser violenta e fiel a realidade de uma situação como a representada (um grande roubo). Terceiro, a quantidade de "atores" e "atrizes" também se faz notória, pois todos se inseriram muito bem no contexto. Na cena em que todos os passageiros saem do trem e os bandidos começam a pegar suas coisas, a direção, principalmente a de atores, é magistral por tornar uma possível "bagunça" em algo completamente verossímil, tangível e fascinante. Quarto, a quebra da quarta parede no final (creio que a primeira da história do cinema) deu o toque perfeito para que a narrativa se tornasse imersiva. PS: acho incrível como o distanciamento da câmera (planos maiores) torna as cenas mais reais e contemplativas. Parece que estamos vendo o registro antigo de uma ação real que havia ocorrido... Até que a quarta parede é quebrada. Sensacional!
Definitivamente a Holly é uma das personagens mais incríveis da história do cinema. Elegante, independente,determinada, despreocupada, surpreendente, bem humorada, espontânea e autêntica. Uma mulher solteira que não procurava por um grande amor(apesar de encontrá-lo), mas sim por uma maneira de subir na vida, nunca se colocando inferior à homem algum e agindo sempre de maneira fiel a sua própria personalidade e ignorando as possíveis interpretações da sociedade. Gostei dessa postura dela por desviar do padrão romântico sempre atrelado à figura feminina.
Sabe o que é mais engraçado? É que o humor tira o peso da violência das cenas, mas, ao mesmo tempo, é exatamente essa comicidade que faz com que pese mais. É como se o humor, ao mesmo tempo que aliviasse o choque da violência, a evidenciasse ainda mais.
Não posso dar 5 estrelas porque a história no meu ponto de vista foi um pouco vazia. O filme todo focou na sobrevivência dele e tiveram cenas desnecessárias ou longas demais e isso não me agradou muito. Fotografia é ESPETACULAR, trilha sonora ARREPIANTE, atuações MAGNÍFICAS, mas o roteiro em si poderia ter sido muito menos cansativo e o filme poderia ter sido mais curto. A direção do filme merece aplausos de toda a galáxia e visualmente o filme é impecável. Mas, para mim, o roteiro foi meio monótono.
Adorei o filme. A fotografia, a trilha sonora, as caracterizações e as atuações foram impecáveis! Não chegou a ser MAGNÍFICO, mas foi uma superprodução que não falhou, a meu ver, em nenhum quesito. As cenas de ação e de tensão, causadas pela presença do personagem do grande Humberto Martins, e todas as cenas onde o bando andava de moto pela estrada foram o melhor do filme. Só tenho uma coisa a dizer para vocês, pessoas que dizem gostar de filmes: Vão assistir à esse grande filme de Ação e Drama nacional, que é mil vezes melhor do que milhares de superproduções hollywoodyanas por aí, e valorizem o que vem de seu país.
Gente, que filme incrível. Cada personagem com uma personalidade única, um roteiro nada clichê, uma trilha sonora envolvente e cenas emocionantes, cheias de significado e beleza. Amei os filmes que o Greg e o Earl fizeram, gostaria que tivesse uma forma de vê-los na íntegra aqui pela internet. A delicadeza do filme, a originalidade dos personagens e de cada sequência, a forma como o Greg percebe que o que seu professor lhe disse sobre continuar descobrindo coisas novas sobre as pessoas mesmo depois de mortas é verdade, ao reparar no quarto da Rachel como nunca havia prestado atenção antes (o que para mim é uma das cenas mais lindas que eu já vi em minha vida). Na verdade, toda a sequência final, desde a cena do hospital até os créditos, foi incrivelmente emocionante, belo, reflexivo, intenso e cinematográfico. PS: eu tive a sensação durante todo o filme que vários momentos me remeteram ao estilo dos filmes antigos. Talvez seja a sensibilidade e a competência do diretor para captar a beleza de cada simples detalhe de cada cena do filme, algo que se perdeu nos dias de hoje.
Adorei esse filme. É um romance inteligente e com total sentido. As pessoas são reais, com sentimentos reais, desejos reais e defeitos reais, ao mesmo tempo que elas são únicas, diferentes e estranhas. E acho que foi exatamente isso que tornou o filme tão bom. Ele não tentou nos enganar com personagens carismáticos, lindos e perfeitos; o filme nos apresentou pessoas singulares, com interesses e personalidades exóticas, que nos atraem não por sua perfeição, mas pela sua simples forma de ser: chata (barbara) ou cativante (Esther). O filme é tão bom que o personagem principal, Jon, teria tudo para ser desprezado, mas ele é tão "real" e faz tanto sentido que, desde o início da trama, eu criei apreço por ele.
Acho que tem momentos muito bons, mas demorou muito para eu realmente me apegar. Os primeiros 5 episódios são muito fracos, apenas depois você vai se afeiçoando aos personagens. O problema é que acaba ficando massante as vezes, mas é uma linda história familiar que vale muito apena conferir.
Tinha uma história boa, mas, da forma como o filme foi feito, pareceu meio sem sentido. Não dava para saber exatamente o que se passava na cabeça do garoto e ficou sem objetivo. No final do filme você pensa: o que eles queriam passar?
Estou apaixonada por esse filme. A trilha sonora é incrível, as atuações são impecáveis e a história é muito linda. A delicadeza das cenas é muito envolvente e de uma verdade muito pura e consistente. Amazing!
O segundo episódio foi melhor que o primeiro. Eu acho que o problema dessa série é que os episódios são curtos demais para uma história que poderia ser bem desenvolvida. Os atores provaram nesse segundo episódio que são EXCELENTES!! De verdade, eles me surpreenderam. Conclusão: é uma série com muito potencial, bem divertida e com um elenco incrível. Vale muito apena assistir
Só eu que acho a história meia absurda? A série é muito boa, muito bem dirigida e produzida, mas, fala sério, imagina se todo professor de química resolvesse produzir metanfetamina para garantir o futuro da família? O que estou dizendo é que uma pessoa moral em circunstância alguma faria o que Walter fez. Ele nos foi apresentado como uma figura correta, educadora e familiar e, ao descobrir que tem câncer, ele simplesmente se torna imoral, infringe as leis, mente para a família e até mata pessoas (tudo bem que teve todo um contexto, mas mesmo assim). Isso ficou entalado em minha garganta e não desceu. A única explicação que eu encontrei para tudo isso é a de que Walter nunca foi muito correto, apenas tentava seguir as normas por não ter um motivo para não fazê-lo. Então quando ele descobre que têm câncer e percebe que sua família vai desabar se ele morrer, ele derruba qualquer barreira que o separasse da imoralidade e se torna quase que um adolescente descobrindo a vida. Espero que na próxima temporada seu personagem seja aprofundado mais.
Gostei do primeiro episódio. É um humor passado, mas não é forçado. A história é interessante e o elenco é bom. Não gargalhei em nenhum momento, mas me senti entretida do início ao fim.
Achei o início muito bom, entretanto do meio pro fim tiveram algumas cenas clichês demais, totalmente dispensáveis. Alguns closes não ficaram muito bons e vez ou outra parecia que as atuações tinham saído de melodramáticas novelas mexicanas. Em contraste com isso, também tiveram outras tantas cenas que são dignas de uma boa apreciação. A cena final ficou marcada para mim. Enfim, a direção deixou um pouco a desejar, mas o filme merece ser visto. Nota: 7,0
Na verdade uma pessoa que se mata é tão corajosa quanto covarde. O suicídio é o maior paradoxo que existe. Se matar é o ponto máximo de contradição em que uma pessoa pode chegar. Eu poderia passar horas tentando explicar isso, mas acredito que o bilhete de Evan deixa tudo muito claro:
Six things to die for:
Fear of failing Lack of trust in friends Working hard for what? Never being able to fit in Knowing all the bad things are true, being lazy, loser, ugly, untalented, and stupid What’s the point?
Six Things to live for:
Potential of being something Love of people I trust The future Finding trusting friends Sadness brought to family Feeling better later
Tá, ok. Cansei de ouvir. Chegou a minha hora de falar. Eu sei que muitos não irão concordar com tudo o que vou dizer, mas irei falar ainda assim. Comecei a assistir GoT no final do ano passado. Eu sempre gostei de series e, como eu estava sempre ouvindo as pessoas comentando sobre GoT, dizendo o quanto era maravilhoso e avaliando sempre com notas positivas, resolvi parar e assistir a serie. Enquanto eu assistia o primeiro episódio, não via nada te tãao incrível. A fotografia era muito boa, as cenas bem dirigidas e os personagens interessantes, mas nada que me fizesse cair de quatro pela serie. Até que chegou no final do episodio e nos é mostrada uma cena de incesto em que a rainha está transando com o seu próprio irmão e, como se já não fosse suficiente, Jaime empurra Bran, um garotinho de 10 anos que havia conquistado o meu carinho desde os primeiros minutos, pela janela da torre. Naquele momento eu entendi o porquê de tanta euforia com essa série. Não é comum ver algo desse tipo acontecer no primeiro episódio de uma série televisiva (mesmo sendo da HBO). E o mais chocante é que a cena em si é perfeitamente construída. A série nos mostra o histórico de Bran fazendo escaladas e nos dá o tempo todo indiretas e várias dicas da relação incestuosa dos irmãos Lannister. Então, no final tudo é encaixado permitindo que toda a cena acontecesse. Foi aí que eu me apaixonei por Game Of Thrones. A série mais bem feita que eu já havia assistido. Isso tudo apenas no primeiro episódio. A série foi se desenrolando e a cada capitulo eu me envolvia mais, me encantava mais com aquela incrível história incrivelmente construída e incrédulamente (não sei se essa palavra existe) bem feita. O incesto, a nudez excessiva, a tentativa de assassinato contra Bran, o estupro de Daenerys, a crueldade dos Lannisters e de Viserys , o assassinato de Mycah, a morte dos guardas de Ned, a violência explicita, o assassinato do rei, a extrema crueldade de Joffrey, e, por fim, a decapitação de Ned Stark. Tudo isso apenas na primeira temporada. Eu sinceramente não sei como as pessoas ainda conseguem se "chocar" com GoT. Chocar no sentido de ficar indignado com tal acontecimento e gritar: "Mas que absurdo! Como uma série de televisão pode mostrar uma coisa dessas? Não sei como vocês conseguirão assistir mais essa porcaria machista, que só mostra mulheres nuas para ganhar audiência e utilizam de cenas grotescas só para 'chocar' o público, seu único objetivo." Meu Deus! Sério, meu Deus! Quanta hipocrisia dessa galera que se diz feminista. Onde eles estavam quando no PRIMEIRO episódio Daenerys sofreu violência verbal do irmão ("Eu deixaria que todo o seu khalasar te fodesse, minha querida irmã, todos os quarenta mil homens e seus cavalos se fosse preciso") e ainda foi violentada fisicamente por Drogo, o homem com o qual a obrigaram a se casar. É hipocrisia demais. Além disso, a série se passa numa época que remete a Idade Média, quando as mulheres não eram vistas como seres humanos, mas sim como uma propriedade dos homens, os quais tinham total direito de fazer o que bem entendessem com suas mulheres. O que aliás implica em uma certa incoerência, já que ARYA, a própria DAENERYS, CATELYN, CERSEI, MARGEARY, OLENNA, BRIENNE e ELLARIA SAND são personagens femininas de EXTREMA personalidade e muita força. Como, por Deus, essa série poderia diminuir as mulheres?
Mas, agora, mudando de assunto (porque senão eu ficaria falando disso por mais umas mil linhas) para aqueles que comentam que os primeiros 7 episódios foram fracos, lá vai: revejam as primeiras temporadas. Sério, façam isso (tem tempo até que a sexta estreie). Vocês vão ver que em TODAS as temporadas os primeiros episódios foram meio "morninhos". O problema é que estamos tão acostumados com acontecimentos bombásticos que nos incomodamos ao ver um episódio um tanto "parado". Pensem bem. Se, desde o primeiro episódio, a série estivesse sendo bombardeada com acontecimentos chocantes e cenas impactantes, será que o oitavo episodio "HARDHOME" teria conseguido extrair a mesma reação do público? Será que teria sido tão emocionante se já estivessemos anestesiados com cenas de semelhante impacto? Acho que não. Todos os episódios tiveram pontos positivos e negativos. Concordo com a maioria quando dizem que o núcleo de Dorne foi muito decepcionante, entretanto eu gostei da última cena com a Ellaria (eu gosto dela), quando a mesma beija Myrcella tendo veneno em seus lábios. A batalha entre Jaime, Bronn e as Serpentes foi realmente HORRÍVEL. Me doeu de tão feio ver aquela cena, assim como a cena da morte de Barristan Selmy. Totalmente mal realizadas. Odiei também o Tommen, por ser um rei tão imprestável (apesar de que toda sua reação perante os ocorridos foi condizente a sua realidade de criação e sua inexperiência em agir por conta própria, mas mesmo assim...). Em relação a Sansa e Ramsay, tudo se encaminhava para aquilo, me desculpem. E, sinceramente, eu não acho que o estupro desconstruiu a personagem. Pelo contrario, acho que depois daquilo ela virou outra pessoa. Ela já não tem mais nenhum resquício daquela Sansa de antigamente (isso ficou evidente no momento em que ela fala: "Prefiro morrer enquanto ainda resta um pouco de mim", demonstrando uma atitude semelhante a de Evey no filme V de Vingança após escolher morrer com dignidade ao invés de trair V). E ainda fecha com chave de ouro a cena em que ela e "Fedor"-acho que já podemos voltar a falar "Theon", não?- pulam do castelo com a esperança de uma liberdade. A questão de Stannis foi um pouco embaraçosa para mim e confesso que ainda não consegui definir o que eu penso sobre tudo o que aconteceu com ele e, portanto, não irei comentar sobre. Cersei foi a personagem que mais evoluiu nessa temporada (ela e Arya). A forma como a temporada começa com a cena dela pequena indo se consultar com a bruxa, a qual não a presenteia com boa profecias, e como a mesma se desenvolve ao longo dos episódios fazendo de tudo para que as profecias não se concretizem. A maneira pela qual todas as suas ações, aparentemente inteligentes, acabam se voltando contra ela e, por fim, a cena final onde ela passa pela maior humilhação (na minha opinião) já vista na tv, são impactantes e sensacionais de tão angustiantes. As cenas de Tyrion foram as mais engraçadas e inteligentes, como sempre, com detalhes bem elaborados e discursos divinos(destaque para o comerciante que queria vender o pinto do Tyrion e a sua argumentação para que não o matassem). Daenerys, o que falar? (chegou a hora em que todos vão me exterminar) Que mulher mais chata e ignorante. Não sabe como governar uma cidade antiga e tradicional? Então não se diga rainha da mesma. Não sabe como domar seus dragões? Então não suba encima dele e saia voando para não sei onde. E o pior é que ele ainda não conseguiu nem chegar perto de fazer qualquer merda para conquistar Westeros. Olha que eu achava ela foda no início, mas fala sério. Os dragões dela são fodas, ela não. Arya, minha querida Arya. Minha personagem preferida. Eu amei o núcleo dela essa temporada. E o que foi esse último episódio? Que menina foda velho (sério, de todas as mortes a de Meryn Trant foi a mais selvagem- ela matou ele devagar, com frieza e ao mesmo tempo ódio, chega me deu arrepios). E o final foi........."I can't see!". E, óbvio, eu deixei o melhor para o final. Jon Snow. O queridinho de todos. Se tornou Senhor Comandante da Patrulha da Noite, resistiu aos encantos da (vadia) Melisandre, tentou salvar a vida de todo mundo e... Acabou morto por seus próprios "súditos". Eu ja sabia o que acontecia com ele porque eu li os livros(não comentei nada sobre os livros aqui, porque, partindo do fato de que isso aqui é uma adaptação, os livros e a série são coisas completamente diferentes para mim), mas ainda assim doeu vê-lo sendo morto daquela forma.Entretanto ele escreveu sua morte desde o momento em que resolveu tentar "salvar" os selvagens e trazê-los para o outro lado da muralha. Ele sabia que todos em Castelo Negro o odiavam, inclusive Olly. No fundo ele sabia, inclusive ele comenta isso com Sam, antes do segundo pedir para partir para Vilavelha com Gilly e o neném. Portanto, ninguém pode dizer que foi algo absurdo, porque não foi. Tudo se encaminhava para isso. E depois, ainda tem o fato de que tudo indica que ele é o Azor Ahai, será? Afinal, teve uma frase que o Sam disse enquanto o Jon estava fora que eu acho que deveria receber uma certa atençãozinha a mais: "O Jon vai voltar. Ele sempre volta." Por fim, a minha conclusão é a seguinte: Essa foi a melhor temporada de GoT? Não. Foi a pior? Não sei. Não irei por em um ranking, mas eu achei essa temporada a altura SIM das outras. Os pontos baixos foram compensados pelos pontos altos e acho que conseguiu ficar sim no mesmo nível das outras. Um conselho para aqueles que se decepcionaram muito com essa temporada de GoT: tentem não botar muita expectativa nas coisas, as vezes a expectativa é desproporcional e a chance de se decepcionar é muito grande.
Fourth Man Out
3.3 227Esse filme tem uma sobriedade muito realística. Talvez muitos tenham se incomodado com isso. O fato deles mostrarem como o grupo de amigos heteronormativos (aqui em Salvador chamamos de "héterotops") se comportam - de forma machista, preconceituosa e, muitas vezes, ofensiva - não significa que eles estavam reforçando esses estereótipos. Pelo contrário. O que eles fazem no filme é começar a DESCONSTRUIR os comportamentos iniciais do grupo de "machões" de modo muito sóbrio e realístico, sem criar situações fora da realidade ou utópicas demais. É perceptivel que eles vão NATURALMENTE se transformando e tudo vai acontecendo de modo coerente e plausível. Mostrar a realidade não é o mesmo que ser complacente a ela. O filme faz isso, mostra a realidade para depois desconstruí-la de forma sensata e crível.
Eu adorei! Foi uma surpresa muito agradável, inclusive pelo fato de que o foco do filme é exatamente a AMIZADE entre eles e não as relações amorosas. Eu amei de verdade!!
Ratos de Praia
3.0 236Eu gostei muito do filme. Acho que ele quis passar a vida angustiante daquele jovem/adolescente que "leva uma vida normal" com seus amigos "padrão hetéro", um pai doente e uma confusão de sentimentos e pensamentos que o levam a questionar sua própria identidade. O filme mostra isso de forma contemplativa: é quase como se estivéssemos dando "uma espiadinha" na vida dele. Então é meio monótono em alguns momentos, como a vida rotineira geralmente é. Alguns momentos, eu até me incomodei com isso, mas de modo geral, encaixa na proposta do filme, para mim. Não é muito fácil decifrar o protagonista porque o filme tem poucas falas, não tem narração, além de que a própria personalidade do personagem é, por si só, introspectiva - o que piora tudo. Mas, aos poucos, ao perceber as pequenas demonstrações emocionais do protagonista, podemos construir a história e a internalidade daquele jovem e trazê-lo para uma perspectiva próxima à nós, à realidade. A forma como ele reage (ou não reage) em algumas situações, seus olhares e seu comportamento. São como pequenos sinais que, sutilmente, nos revela as angustias daquele ser. Importante falar que não acho o filme perfeito, acho que o roteiro poderia ter nos trazido mais situações, mais momentos interessantes (no sentido de desenvolvimento da história), mas também não acho ruim. Pelo contrário, gostei demais. Por todos os motivos que listei acima, acredito que consegui compreender a mensagem do filme e ele me envolveu. A cena que, para mim, foi a mais incrível e que revelou muito de quem o Frankie é foi a que
ele está no carro com o acompanhante indo em rumo à praia, para o roubo planejado com os amigos. (vou tentar descrever um pouco o diálogo, mas como assisti há um certo tempo, talvez erre algum detalhe). O cara percebe que ele está nervoso e o pergunta se faz seu tipo, Frankie responde que não, que ele gosta de homens mais velhos. Então o cara pergunta por quê e ele diz que é para que eles não conheçam ninguém que ele conhece. Então o cara fala "Então, você ainda não saiu do armário", então Frankie responde: "Eu não me vejo como gay". O cara ri e fala: "mas você faz sexo com homem" e ele responde "talvez".
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraEu vi muitas pessoas falando que acharam a cena do pêssego desnecessária, gratuita etc. Mas para mim ela funcionou muito bem dentro do contexto daquele momento. Elio esta se descobrindo sexualmente ao mesmo tempo que vive a intensidade de seu primeiro amor. Sem falar que ele precisa encarar o fato de que os dois irão se separar muito em breve. Acho que o pêssego naquele momento foi literalmente a junção de muitos sentimentos: desejo, curiosidade, urgência, paixão, medo e saudade prematura. Tanto que, quando Oliver chega depois, a reação dele demonstra o quanto ele está afetado pelo fato de que o americano vai precisar voltar para casa e deixá-lo. Foi como se ele estivesse tentando, sexualmente, se amparar pela posterior falta de seu amor. A intensidade do prazer que ele sente estando com Oliver não pode ser substituída, então ele foi procurar algo um tanto bizarro que pudesse fazê-lo sentir algo a mais. Para mim, foi muito natural.
Liga da Justiça
3.3 2,5K Assista AgoraTIVE ORGASMOS COM ESSE SUPERMAN! FINALMENTE, CAVILL!!
O Grande Roubo do Trem
3.8 185Esse filme é incrivel por vários motivos. Primeiro, ele conta a história de uma maneira bem sólida (começo, meio e fim - como conhecemos hoje) e com uma narratividade fluida, utilizando-se, inclusive, de elipses. Segundo, a forma como a ação aparece me surpreendeu muito por ser violenta e fiel a realidade de uma situação como a representada (um grande roubo). Terceiro, a quantidade de "atores" e "atrizes" também se faz notória, pois todos se inseriram muito bem no contexto. Na cena em que todos os passageiros saem do trem e os bandidos começam a pegar suas coisas, a direção, principalmente a de atores, é magistral por tornar uma possível "bagunça" em algo completamente verossímil, tangível e fascinante. Quarto, a quebra da quarta parede no final (creio que a primeira da história do cinema) deu o toque perfeito para que a narrativa se tornasse imersiva. PS: acho incrível como o distanciamento da câmera (planos maiores) torna as cenas mais reais e contemplativas. Parece que estamos vendo o registro antigo de uma ação real que havia ocorrido... Até que a quarta parede é quebrada. Sensacional!
Bonequinha de Luxo
4.1 1,7K Assista AgoraDefinitivamente a Holly é uma das personagens mais incríveis da história do cinema. Elegante, independente,determinada, despreocupada, surpreendente, bem humorada, espontânea e autêntica. Uma mulher solteira que não procurava por um grande amor(apesar de encontrá-lo), mas sim por uma maneira de subir na vida, nunca se colocando inferior à homem algum e agindo sempre de maneira fiel a sua própria personalidade e ignorando as possíveis interpretações da sociedade. Gostei dessa postura dela por desviar do padrão romântico sempre atrelado à figura feminina.
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraSabe o que é mais engraçado? É que o humor tira o peso da violência das cenas, mas, ao mesmo tempo, é exatamente essa comicidade que faz com que pese mais. É como se o humor, ao mesmo tempo que aliviasse o choque da violência, a evidenciasse ainda mais.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraNão posso dar 5 estrelas porque a história no meu ponto de vista foi um pouco vazia. O filme todo focou na sobrevivência dele e tiveram cenas desnecessárias ou longas demais e isso não me agradou muito. Fotografia é ESPETACULAR, trilha sonora ARREPIANTE, atuações MAGNÍFICAS, mas o roteiro em si poderia ter sido muito menos cansativo e o filme poderia ter sido mais curto. A direção do filme merece aplausos de toda a galáxia e visualmente o filme é impecável. Mas, para mim, o roteiro foi meio monótono.
Reza a Lenda
2.6 302Adorei o filme. A fotografia, a trilha sonora, as caracterizações e as atuações foram impecáveis! Não chegou a ser MAGNÍFICO, mas foi uma superprodução que não falhou, a meu ver, em nenhum quesito. As cenas de ação e de tensão, causadas pela presença do personagem do grande Humberto Martins, e todas as cenas onde o bando andava de moto pela estrada foram o melhor do filme. Só tenho uma coisa a dizer para vocês, pessoas que dizem gostar de filmes: Vão assistir à esse grande filme de Ação e Drama nacional, que é mil vezes melhor do que milhares de superproduções hollywoodyanas por aí, e valorizem o que vem de seu país.
Shame
3.6 2,0K Assista AgoraAquela dúvida angustiante no final, quando você se pergunta se ele saiu ou não com aquela mulher do metrô.
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista AgoraGente, que filme incrível. Cada personagem com uma personalidade única, um roteiro nada clichê, uma trilha sonora envolvente e cenas emocionantes, cheias de significado e beleza. Amei os filmes que o Greg e o Earl fizeram, gostaria que tivesse uma forma de vê-los na íntegra aqui pela internet. A delicadeza do filme, a originalidade dos personagens e de cada sequência, a forma como o Greg percebe que o que seu professor lhe disse sobre continuar descobrindo coisas novas sobre as pessoas mesmo depois de mortas é verdade, ao reparar no quarto da Rachel como nunca havia prestado atenção antes (o que para mim é uma das cenas mais lindas que eu já vi em minha vida). Na verdade, toda a sequência final, desde a cena do hospital até os créditos, foi incrivelmente emocionante, belo, reflexivo, intenso e cinematográfico. PS: eu tive a sensação durante todo o filme que vários momentos me remeteram ao estilo dos filmes antigos. Talvez seja a sensibilidade e a competência do diretor para captar a beleza de cada simples detalhe de cada cena do filme, algo que se perdeu nos dias de hoje.
Victor Frankenstein
3.0 424 Assista AgoraAs atuações já valem o filme
Pegando Fogo
3.3 546 Assista AgoraUma surpresa muito boa
Como Não Perder Essa Mulher
3.0 1,4K Assista AgoraAdorei esse filme. É um romance inteligente e com total sentido. As pessoas são reais, com sentimentos reais, desejos reais e defeitos reais, ao mesmo tempo que elas são únicas, diferentes e estranhas. E acho que foi exatamente isso que tornou o filme tão bom. Ele não tentou nos enganar com personagens carismáticos, lindos e perfeitos; o filme nos apresentou pessoas singulares, com interesses e personalidades exóticas, que nos atraem não por sua perfeição, mas pela sua simples forma de ser: chata (barbara) ou cativante (Esther). O filme é tão bom que o personagem principal, Jon, teria tudo para ser desprezado, mas ele é tão "real" e faz tanto sentido que, desde o início da trama, eu criei apreço por ele.
American Horror Story: Murder House (1ª Temporada)
4.2 2,2KGente, finalmente, o Tate é um psicopata ou um psicótico?
The Fosters (1ª Temporada)
4.3 176Acho que tem momentos muito bons, mas demorou muito para eu realmente me apegar. Os primeiros 5 episódios são muito fracos, apenas depois você vai se afeiçoando aos personagens. O problema é que acaba ficando massante as vezes, mas é uma linda história familiar que vale muito apena conferir.
Forsaken
2.4 4Tinha uma história boa, mas, da forma como o filme foi feito, pareceu meio sem sentido. Não dava para saber exatamente o que se passava na cabeça do garoto e ficou sem objetivo. No final do filme você pensa: o que eles queriam passar?
X + Y
4.0 105Estou apaixonada por esse filme. A trilha sonora é incrível, as atuações são impecáveis e a história é muito linda. A delicadeza das cenas é muito envolvente e de uma verdade muito pura e consistente. Amazing!
Sex&Drugs&Rock&Roll (1ª Temporada)
3.8 27O segundo episódio foi melhor que o primeiro. Eu acho que o problema dessa série é que os episódios são curtos demais para uma história que poderia ser bem desenvolvida. Os atores provaram nesse segundo episódio que são EXCELENTES!! De verdade, eles me surpreenderam. Conclusão: é uma série com muito potencial, bem divertida e com um elenco incrível. Vale muito apena assistir
Breaking Bad (1ª Temporada)
4.5 1,4K Assista AgoraSó eu que acho a história meia absurda? A série é muito boa, muito bem dirigida e produzida, mas, fala sério, imagina se todo professor de química resolvesse produzir metanfetamina para garantir o futuro da família? O que estou dizendo é que uma pessoa moral em circunstância alguma faria o que Walter fez. Ele nos foi apresentado como uma figura correta, educadora e familiar e, ao descobrir que tem câncer, ele simplesmente se torna imoral, infringe as leis, mente para a família e até mata pessoas (tudo bem que teve todo um contexto, mas mesmo assim). Isso ficou entalado em minha garganta e não desceu. A única explicação que eu encontrei para tudo isso é a de que Walter nunca foi muito correto, apenas tentava seguir as normas por não ter um motivo para não fazê-lo. Então quando ele descobre que têm câncer e percebe que sua família vai desabar se ele morrer, ele derruba qualquer barreira que o separasse da imoralidade e se torna quase que um adolescente descobrindo a vida. Espero que na próxima temporada seu personagem seja aprofundado mais.
Sex&Drugs&Rock&Roll (1ª Temporada)
3.8 27Gostei do primeiro episódio. É um humor passado, mas não é forçado. A história é interessante e o elenco é bom. Não gargalhei em nenhum momento, mas me senti entretida do início ao fim.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraAchei o início muito bom, entretanto do meio pro fim tiveram algumas cenas clichês demais, totalmente dispensáveis. Alguns closes não ficaram muito bons e vez ou outra parecia que as atuações tinham saído de melodramáticas novelas mexicanas. Em contraste com isso, também tiveram outras tantas cenas que são dignas de uma boa apreciação. A cena final ficou marcada para mim. Enfim, a direção deixou um pouco a desejar, mas o filme merece ser visto. Nota: 7,0
Garoto Interrompido
4.4 298Na verdade uma pessoa que se mata é tão corajosa quanto covarde. O suicídio é o maior paradoxo que existe. Se matar é o ponto máximo de contradição em que uma pessoa pode chegar. Eu poderia passar horas tentando explicar isso, mas acredito que o bilhete de Evan deixa tudo muito claro:
Six things to die for:
Fear of failing
Lack of trust in friends
Working hard for what?
Never being able to fit in
Knowing all the bad things are true, being lazy, loser, ugly, untalented, and stupid
What’s the point?
Six Things to live for:
Potential of being something
Love of people I trust
The future
Finding trusting friends
Sadness brought to family
Feeling better later
So, 6 things to live for and 6 things to die for
Game of Thrones (5ª Temporada)
4.4 1,4KTá, ok. Cansei de ouvir. Chegou a minha hora de falar. Eu sei que muitos não irão concordar com tudo o que vou dizer, mas irei falar ainda assim. Comecei a assistir GoT no final do ano passado. Eu sempre gostei de series e, como eu estava sempre ouvindo as pessoas comentando sobre GoT, dizendo o quanto era maravilhoso e avaliando sempre com notas positivas, resolvi parar e assistir a serie. Enquanto eu assistia o primeiro episódio, não via nada te tãao incrível. A fotografia era muito boa, as cenas bem dirigidas e os personagens interessantes, mas nada que me fizesse cair de quatro pela serie. Até que chegou no final do episodio e nos é mostrada uma cena de incesto em que a rainha está transando com o seu próprio irmão e, como se já não fosse suficiente, Jaime empurra Bran, um garotinho de 10 anos que havia conquistado o meu carinho desde os primeiros minutos, pela janela da torre. Naquele momento eu entendi o porquê de tanta euforia com essa série. Não é comum ver algo desse tipo acontecer no primeiro episódio de uma série televisiva (mesmo sendo da HBO). E o mais chocante é que a cena em si é perfeitamente construída. A série nos mostra o histórico de Bran fazendo escaladas e nos dá o tempo todo indiretas e várias dicas da relação incestuosa dos irmãos Lannister. Então, no final tudo é encaixado permitindo que toda a cena acontecesse. Foi aí que eu me apaixonei por Game Of Thrones. A série mais bem feita que eu já havia assistido. Isso tudo apenas no primeiro episódio. A série foi se desenrolando e a cada capitulo eu me envolvia mais, me encantava mais com aquela incrível história incrivelmente construída e incrédulamente (não sei se essa palavra existe) bem feita. O incesto, a nudez excessiva, a tentativa de assassinato contra Bran, o estupro de Daenerys, a crueldade dos Lannisters e de Viserys , o assassinato de Mycah, a morte dos guardas de Ned, a violência explicita, o assassinato do rei, a extrema crueldade de Joffrey, e, por fim, a decapitação de Ned Stark. Tudo isso apenas na primeira temporada. Eu sinceramente não sei como as pessoas ainda conseguem se "chocar" com GoT. Chocar no sentido de ficar indignado com tal acontecimento e gritar: "Mas que absurdo! Como uma série de televisão pode mostrar uma coisa dessas? Não sei como vocês conseguirão assistir mais essa porcaria machista, que só mostra mulheres nuas para ganhar audiência e utilizam de cenas grotescas só para 'chocar' o público, seu único objetivo." Meu Deus! Sério, meu Deus! Quanta hipocrisia dessa galera que se diz feminista. Onde eles estavam quando no PRIMEIRO episódio Daenerys sofreu violência verbal do irmão ("Eu deixaria que todo o seu khalasar te fodesse, minha querida irmã, todos os quarenta mil homens e seus cavalos se fosse preciso") e ainda foi violentada fisicamente por Drogo, o homem com o qual a obrigaram a se casar. É hipocrisia demais. Além disso, a série se passa numa época que remete a Idade Média, quando as mulheres não eram vistas como seres humanos, mas sim como uma propriedade dos homens, os quais tinham total direito de fazer o que bem entendessem com suas mulheres. O que aliás implica em uma certa incoerência, já que ARYA, a própria DAENERYS, CATELYN, CERSEI, MARGEARY, OLENNA, BRIENNE e ELLARIA SAND são personagens femininas de EXTREMA personalidade e muita força. Como, por Deus, essa série poderia diminuir as mulheres?
Mas, agora, mudando de assunto (porque senão eu ficaria falando disso por mais umas mil linhas) para aqueles que comentam que os primeiros 7 episódios foram fracos, lá vai: revejam as primeiras temporadas. Sério, façam isso (tem tempo até que a sexta estreie). Vocês vão ver que em TODAS as temporadas os primeiros episódios foram meio "morninhos". O problema é que estamos tão acostumados com acontecimentos bombásticos que nos incomodamos ao ver um episódio um tanto "parado". Pensem bem. Se, desde o primeiro episódio, a série estivesse sendo bombardeada com acontecimentos chocantes e cenas impactantes, será que o oitavo episodio "HARDHOME" teria conseguido extrair a mesma reação do público? Será que teria sido tão emocionante se já estivessemos anestesiados com cenas de semelhante impacto? Acho que não. Todos os episódios tiveram pontos positivos e negativos. Concordo com a maioria quando dizem que o núcleo de Dorne foi muito decepcionante, entretanto eu gostei da última cena com a Ellaria (eu gosto dela), quando a mesma beija Myrcella tendo veneno em seus lábios. A batalha entre Jaime, Bronn e as Serpentes foi realmente HORRÍVEL. Me doeu de tão feio ver aquela cena, assim como a cena da morte de Barristan Selmy. Totalmente mal realizadas. Odiei também o Tommen, por ser um rei tão imprestável (apesar de que toda sua reação perante os ocorridos foi condizente a sua realidade de criação e sua inexperiência em agir por conta própria, mas mesmo assim...). Em relação a Sansa e Ramsay, tudo se encaminhava para aquilo, me desculpem. E, sinceramente, eu não acho que o estupro desconstruiu a personagem. Pelo contrario, acho que depois daquilo ela virou outra pessoa. Ela já não tem mais nenhum resquício daquela Sansa de antigamente (isso ficou evidente no momento em que ela fala: "Prefiro morrer enquanto ainda resta um pouco de mim", demonstrando uma atitude semelhante a de Evey no filme V de Vingança após escolher morrer com dignidade ao invés de trair V). E ainda fecha com chave de ouro a cena em que ela e "Fedor"-acho que já podemos voltar a falar "Theon", não?- pulam do castelo com a esperança de uma liberdade. A questão de Stannis foi um pouco embaraçosa para mim e confesso que ainda não consegui definir o que eu penso sobre tudo o que aconteceu com ele e, portanto, não irei comentar sobre. Cersei foi a personagem que mais evoluiu nessa temporada (ela e Arya). A forma como a temporada começa com a cena dela pequena indo se consultar com a bruxa, a qual não a presenteia com boa profecias, e como a mesma se desenvolve ao longo dos episódios fazendo de tudo para que as profecias não se concretizem. A maneira pela qual todas as suas ações, aparentemente inteligentes, acabam se voltando contra ela e, por fim, a cena final onde ela passa pela maior humilhação (na minha opinião) já vista na tv, são impactantes e sensacionais de tão angustiantes. As cenas de Tyrion foram as mais engraçadas e inteligentes, como sempre, com detalhes bem elaborados e discursos divinos(destaque para o comerciante que queria vender o pinto do Tyrion e a sua argumentação para que não o matassem). Daenerys, o que falar? (chegou a hora em que todos vão me exterminar) Que mulher mais chata e ignorante. Não sabe como governar uma cidade antiga e tradicional? Então não se diga rainha da mesma. Não sabe como domar seus dragões? Então não suba encima dele e saia voando para não sei onde. E o pior é que ele ainda não conseguiu nem chegar perto de fazer qualquer merda para conquistar Westeros. Olha que eu achava ela foda no início, mas fala sério. Os dragões dela são fodas, ela não. Arya, minha querida Arya. Minha personagem preferida. Eu amei o núcleo dela essa temporada. E o que foi esse último episódio? Que menina foda velho (sério, de todas as mortes a de Meryn Trant foi a mais selvagem- ela matou ele devagar, com frieza e ao mesmo tempo ódio, chega me deu arrepios). E o final foi........."I can't see!". E, óbvio, eu deixei o melhor para o final. Jon Snow. O queridinho de todos. Se tornou Senhor Comandante da Patrulha da Noite, resistiu aos encantos da (vadia) Melisandre, tentou salvar a vida de todo mundo e... Acabou morto por seus próprios "súditos". Eu ja sabia o que acontecia com ele porque eu li os livros(não comentei nada sobre os livros aqui, porque, partindo do fato de que isso aqui é uma adaptação, os livros e a série são coisas completamente diferentes para mim), mas ainda assim doeu vê-lo sendo morto daquela forma.Entretanto ele escreveu sua morte desde o momento em que resolveu tentar "salvar" os selvagens e trazê-los para o outro lado da muralha. Ele sabia que todos em Castelo Negro o odiavam, inclusive Olly. No fundo ele sabia, inclusive ele comenta isso com Sam, antes do segundo pedir para partir para Vilavelha com Gilly e o neném. Portanto, ninguém pode dizer que foi algo absurdo, porque não foi. Tudo se encaminhava para isso. E depois, ainda tem o fato de que tudo indica que ele é o Azor Ahai, será? Afinal, teve uma frase que o Sam disse enquanto o Jon estava fora que eu acho que deveria receber uma certa atençãozinha a mais: "O Jon vai voltar. Ele sempre volta." Por fim, a minha conclusão é a seguinte: Essa foi a melhor temporada de GoT? Não. Foi a pior? Não sei. Não irei por em um ranking, mas eu achei essa temporada a altura SIM das outras. Os pontos baixos foram compensados pelos pontos altos e acho que conseguiu ficar sim no mesmo nível das outras. Um conselho para aqueles que se decepcionaram muito com essa temporada de GoT: tentem não botar muita expectativa nas coisas, as vezes a expectativa é desproporcional e a chance de se decepcionar é muito grande.