Billie Holiday foi uma das maiores vozes da música e uma mulher à frente de seu tempo. O documentário conta sua história através dos olhos de uma de suas fãs mais apaixonadas, Linda Lipnack Kuehl, que, em 1971, começou a escrever uma biografia definitiva. Ao longo de oito anos, ela rastreou e gravou mais de 200 horas de entrevistas com personagens que conheceram Holiday pessoalmente e povoaram a curta e tumultuada vida da icônica cantora. As fitas fornecem testemunhos de Charles Mingus, Sarah Vaughan, Tony Bennett, Count Basie, seus padrastos, amantes, amigos de escola, companheiros de prisão, advogados, traficantes, cafetões e até agentes do FBI que a prenderam.
Para dar corpo e modernidade ao seu documentário, James Erskine deu-lhe cor: uma série de documentos, filmes e fotos foram colorizadas pela artista brasileira Marina Amaral. O resultado é bastante impressionante. No mítico arquivo de Strange Fruit, cores brilhantes agora contrastam com o texto arrepiante da música. A letra, que descreve as execuções de negros em “cenas pastorais” de “South gallant“, valeram algumas inimizades para Billie ... Além dos arquivos de imagens, os preciosos documentos sonoros também foram remasterizados.