Um estudo sobre as duas correntes migratórias que ocupam o bairro operário do Brás (SP). Os italianos, a partir de 1870, e os nordestinos, depois da Segunda Guerra. Os italianos tornam-se operários, artesãos, comerciantes; fundam pequenas e médias empresas. Em meados deste século, o Brás é um próspero centro fabril/industrial. Os nordestinos, que por volta de 1973 atingem dois milhões, vêm integrar a mão de obra desqualificada. Ambas as correntes mantêm suas tradições e costumes regionais: os italianos com suas cantinas e vinhos, igrejas e festas dos santos padroeiros e as reuniões familiares, os nordestinos, reunidos nas feiras, nas praças e forrós, promovem o cordel e a música típica. O Brás, hoje velho e empobrecido, começa a sofrer algumas transformações urbanas, mas continua sendo o destino dos que chegam a São Paulo em busca de oportunidades de trabalho.