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Nascimento: 27 de Novembro de 1981 (42 years)

São Paulo, São Paulo - Brasil

Gabriel Sater esteve, desde sua infância, imerso no universo cultural da música da qual faz parte a família do pai, o violeiro Almir Sater. A erudita avó paterna, além de pianista, é apaixonada por culturas, povos e línguas. O avô paterno era o organizador de esperadas e tradicionais festas em sua casa no Mato Grosso do Sul, nas quais a música paraguaia, argentina, pantaneira e folclórica predominavam. Do pai, Almir Sater - que chegou a afirmar: “Não sou sertanejo. Eu sou roqueiro” - herdou o gosto pelo universo do rock, blues e folk. Eric Clapton, Bobby Dylan, Dire Straits, Jethro Tull e outros, estavam sempre presentes nos momentos de convívio de pai e filho. Além disso, Gabriel sempre estava às voltas com algum rádio, em que tocasse os pagodes de viola caipira, o samba, MPB e Jazz, ou ao alcance de seus tios, Rodrigo Sater e a cantora Gisele Sater, em rodas de violão e cantorias.
Desde sempre imerso nesta dicotomia – moderno e tradicional – mas absorvendo de tudo um ‘muito’, Gabriel se manteve apenas como expectador e admirador deste universo até seus 14 anos, quando optou por deixar a platéia e iniciou seus estudos musicais com o professor Paulo Gê. Neste começo, Gabriel que até então apenas arranhava uns acordes puramente curiosos, aprendeu o básico do violão, seu instrumento primeiro, tendo Eric Clapton como referência e com a intenção de reproduzir solos e improvisações de blues, tocar músicas de seu pai e se aprofundar nessa linguagem tão única que é a música regional do Mato Grosso do Sul, que se caracteriza por ser fortemente impregnada da cultura castelhana, dos ritmos da polka, chamamés e guarânias.
Gabriel estudou com Paulo Gê por 2 anos. Após este período, fez um breve curso de teoria musical com Antônio Porto e em seguida foi concluir os estudos do ensino médio nos EUA, onde morou durante 1 ano.
Nos EUA, Gabriel continuou a estudar violão sozinho e a ouvir os artistas que já amava. Quando, em certo momento, comprou o álbum “Friday Night in San Francisco”, de Paco de Lucia, Al di Meola e John McLaughlin. Este, considerado como um dos mais influentes trabalhos violonísticos já realizados, fez o jovem Gabriel repensar sua perspectiva sobre a música e refletir sobre sua limitação técnica até então como violonista. A qualidade técnica, a virtuose, os arranjos incríveis e o estilo fusionado da improvisação do jazz com o tradicionalismo flamenco, cativaram definitivamente o estudante que passaria seus últimos meses no exterior, totalmente aficionado a este ‘evento’ da música instrumental mundial.
Gabriel Sater, de volta ao Brasil em meados de 1999, logo busca um professor que possa saciar a enorme ansiedade, que trouxe na bagagem, por novos conteúdos, técnicas avançadas ao violão e vontade de compor. Cristiano Kotlinski, maestro gaúcho, e um dos violonistas eruditos expoentes de sua geração, torna-se o mestre que Gabriel Sater buscava, e a quem até hoje recorre para continuar a aprender e a se aperfeiçoar como instrumentista.
Com Cristiano Kotlinski, Gabriel aprofundou seus estudos de harmonia, improvisação, ritmo, leitura e escrita musical, arranjo, composição, teoria e história da música. Também se dedicou à dominar a linguagem e técnica da música clássica brasileira e latina, além de se apaixonar por um estilo que até então não conhecia... o choro. Essa escola da música instrumental brasileira arrebatou Gabriel Sater, e os repertórios de Garoto, Dilermando Reis, Rafael Rabelo e Baden Powell, passaram a ser obrigatórios em sua rotina de estudos.
Antes do fim de 1999, dois acontecimentos despertam em Gabriel a vontade de assumir uma carreira na música: Gabriel Sater se inscreve no “X Festival Universitário da Canção”, de Campo Grande/MS, com o arranjo da canção “Luz do Querer”, de Fernando D ’Andrea e leva o 3° lugar, e ainda conhece o virtuose Yamandu Costa. A densidade dos estudos com Cristiano Kotlinski, somados a enorme admiração de Gabriel pela capacidade técnica de Yamandu, e ainda uma primeira e feliz participação em um festival musical, definitivamente o encorajaram a abandonar planejamentos e inseguranças em meados de 2000, e a partir daquele momento decidir seguir a carreira musical.
Neste momento, totalmente apoiado por seu pai, Gabriel mergulha de cabeça nos estudos e composições, e passa a se envolver ativamente no mercado fonográfico sul mato-grossense, tocando com artistas** de peso e formando parcerias com novos talentos. E toda essa dedicação tem retorno rápido, pois no final do ano 2000, Gabriel recebe 4 premiações no “XI Festival Universitário da Canção”, sendo elas o 1° lugar com a apresentação de “Mantras do Mar/Reflexo das Águas” (Fernando D’Andrea/Gabriel Sater), além do prêmio de melhor música e 3° lugar com a apresentação “Noites Pantaneiras” (Fernando D’Andrea/Gabriel Sater), juntamente com o prêmio de melhor letra.
** Artistas sul mato-grossenses com quem Gabriel trabalhou, nos primeiros anos como músico profissional: Almir Sater, Ney Matogrosso, Família Espíndola, Rodrigo e Gisele Sater, Paulo Simões, Guilherme e Daniel Rondon, João Fígar, Bete e Betinha, Amambay & Amambaí, Antônio Porto, Jairo Lara, Lígia Mourão, Marcio de Camillo, Aurélio Miranda, Olho de gato, Croa, Rodrigo Teixeira, Filho dos Livres, Marcelo Loureiro, Jucy Ibanez, Capim, entre outros.
Em 2001, Gabriel cogita a possibilidade de voltar ao exterior para estudar música, em alguma faculdade, mas pondera os prós e os contras de deixar o país num bom momento de sua carreira, visto que já vinha trabalhando em inúmeros shows e eventos no MS, além de que, seu professor Cristiano Kotlinski, tem absoluto domínio sobre a linguagem e técnica que mais o interessava como artista e violonista.
Em maio de 2002, quase 2 anos após decidir seguir a carreira como músico, Gabriel estréia seu primeiro show como artista solo, apresentando repertório autoral de canções e temas instrumentais, além do repertório tradicional de músicas regionais do MS, todas com novos arranjos e com a marca de sua personalidade.
Neste mesmo período, em que começa a se apresentar como artista solo, Gabriel também integrou o grupo musical sul mato-grossense ‘Jerry Espíndola e Croa’, chegando a gravar e excursionar pelo Brasil, o álbum “Polca Rock”, com repertório que mesclava os ritmos regionais tradicionais como a polca, o chamamé e a guarânia, com os modernismos do rock, do jazz e do reggae. Gabriel deixou o grupo em 2005 e dedicando desde então exclusivamente a carreira solo.
Em 2003, Gabriel recebe mais 2 premiações com seu trabalho solo, desta vez no “4º Festival Americanta”, sendo o 1º lugar geral no evento e 1º lugar na “Mostra Paralela do 4º Americanta”, eleito pelo júri e público.
Toda responsabilidade, que Gabriel coloca sobre si mesmo, no rendimento de seus estudos, dedicação às composições e aperfeiçoamento como performer, logo se frutifica e torna-se o embrião de um primeiro CD. Esse projeto foi apresentado ao edital do FMIC/MS em 2004 e se concretizou com o lançamento do CD “Gabriel Sater Instrumental” no começo de 2006. Neste CD, Gabriel, que então sentia seu trabalho como compositor/instrumentista mais maduro, do que seu trabalho com canções, selecionou e interpretou temas instrumentais de identidade sul-matogrossense e que falam a linguagem da música regional da bacia platina, imprimindo em todas as faixas, seu talento como arranjador e sua apurada técnica ao violão (... que por vezes se impõem enérgica como um ‘turuniño’, e por outras plácida... como as águas da vazante)
No mesmo ano do lançamento de seu primeiro CD, Gabriel é convidado a participar do Projeto Gerações do produtor Márcio de Camillo, patrocinado pela Petrobrás, que reuniu 3 gerações de músicos, cantores e compositores do MS, numa intercâmbio de gravações que promoveu a singularidade dos ritmos compõe cena musical sul matogrossense. Ao jovem Gabriel Sater, expoente da geração de jovens talentos, coube a tarefa, acompanhado de seu tio Rodrigo Sater, de rearranjar e gravar a música “Doma” de seu pai Almir Sater.
Nos anos seguintes, Gabriel trabalhou cada vez mais na divulgação de seu CD e de sua música instrumental e se aprimorou nas composições de canções, sempre em parceria com letristas talentosos.
Em 2007, levou o 2° lugar, no “Festival Botucanto Instrumental” com a música Turuniño. Neste mesmo ano firmou uma importante parceria no circuito da 7ª arte, com o cineasta carioca Marcelo de Paula, que passou as utilizar as músicas de Gabriel como trilhas em seus filmes, que retratam estudam a natureza e a antropologia cultural.
Em 2008, Gabriel seguiu para a Europa, convidado pelo Comitê de Turismo do Mato Grosso do Sul, para realizar vários shows representando a música sul mato-grossense, durante ROAD SHOWS que buscaram promover o Pantanal sul mato-grossense como importante destino turístico mundial. Neste mesmo ano é indicado pelo Prêmio Dynamite da Música Independente, em São Paulo-SP, como destaque regional do ano.
Desde o começo da carreira, Gabriel que sempre cantou, buscou aperfeiçoar cada vez mais sua técnica vocal e suas composições de canção, buscando sempre parceiros letristas que o complementassem como artista e poeta.
Em meados de 2008, surge a oportunidade de apresentar ao edital, de âmbito nacional, do “Prêmio Produção Pixinguinha – FUNARTE”, o projeto de um novo CD, desta vez mesclando o seu tradicional requinte dos arranjos instrumentais, com letras que celebrassem a vida, os sonhos, o amor, a natureza, a amizade e acima de tudo comprometimento social. Este projeto foi aprovado, Gabriel o produziu ao longo do ano e lançou o CD “A Essência do Amanhecer” em fins de 2009. Ao mesmo tempo, Gabriel se preparava para as gravações do DVD “Tributo à Elpídio dos Santos”, projeto do Instituto Elpídio dos Santos, em parceria com a TV Bandeirantes, que buscou registrar e promover para todo o Brasil, a obra do maestro e compositor Elpídio dos Santos, mestre do cancioneiro caipira do Vale do Paraíba e o compositor oficial das trilhas dos filmes de Amácio Mazzaropi. Gabriel, convidado por ‘Negão’ dos Santos – filho de Elpidio -, integrou a banda oficial do DVD, por ter amplo conhecimento e domínio sobre a obra e linguagens musicais abordadas neste trabalho.
Em dezembro de 2009, Gabriel recebe ainda o Prêmio Magnífico de Destaque na Música Regional Brasileira, promovido pela classe jornalística de São Paulo.
De lá pra cá, sempre trabalhando muito, com seus shows de canções e/ou instrumentais, Gabriel mantém firme a postura de seu trabalho musical, que tem como fundamentos básicos a sensibilidade cultural e a visibilidade e valorização dos reflexos da música caipira, regional e latinoamericana – raízes de quase todos... senão de todos - nas produções contemporâneas, das mais diversas e expressivas linguagens dentro cenário atual da música brasileira.
E seguindo nesta trilha, alguns anos depois, Gabriel já com mais maturidade musical, mais desenvoltura e muitas composições novas, nos apresenta INDOMÁVEL, seu novo CD lançado em abril de 2014, ao mesmo tempo em que se lança como ator e violeiro – apenas aos 32 anos decidiu que, definitivamente, a viola também faz parte de sua vida e música. Neste trabalho Gabriel buscou novos parceiros letristas, que espelhassem a sua perspectiva sobre a simplicidade e verdade com que acredita ser importante viver. Luiz Carlos Sá, da dupla Sá e Guarabyra, chegou neste momento, para, a par da diferença de gerações das quais fazem parte, se conectassem de tal forma, que em menos de 1 ano, e pouco se encontrando, produzissem um já vasto repertório de sucessos.
No ano de 2014, Gabriel Sater fez sua estréia oficial como ator, escolhido em razão de sua habilidade como instrumentista e cantor, e claro por sua beleza, por Luiz Fernando Carvalho, diretor geral da ‘novela-fábula’ Meu Pedacinho de Chão, da TV Globo, escrita por Benedito Ruy Barbosa. A novela se tornou imediatamente um grande sucesso, por sua construção estética totalmente moderna e lúdica, ainda que se tratasse de uma novela com temática rural. Gabriel Sater interpretou o violeiro cigano andarilho Viramundo e agradou à crítica, elenco e público, chegando a receber nota 10 de renomado críticos de novelas e sendo eleito o galã favorito de toda a trama.
A atuação em Meu Pedacinho de Chão rendeu indicações e convites a outros trabalhos de atuação, incluindo no teatro. E assim em meados 2015, Gabriel Sater foi escolhido para protagonizar o primeiro musical sertanejo produzido e lançado no Brasil... Nuvem de Lágrima – O Musical!! Sucesso de público e crítica, o musical foi eleito por pesquisa da Folha de São Paulo, como o melhor musical do ano de 2015 pela escolha do público.
Também em 2015, Gabriel Sater em parceria com o produtor e músico João Gaspar, fizeram a produção musical e artística, arranjos e gravações da canção Nós Dois, lançada pela cantora Layla (Universal Music), que integrou a trilha sonora e CD da novela Além do Tempo, da TV Globo. A música se tornou um grande sucesso na novela e nas rádio por todo o Brasil.
A obra musical de Gabriel Sater é forte, dinâmica e tem personalidade. O seu talento em compor, produzir e executar sua música nas mais diversas linguagens e plataformas, garante ao artista o ineditismo e a diversificação em suas ações musicais, que poucos artistas podem garantir ao seu público.

Cônjuge: Paula Cunha
Pais: Almir Sater, Selene Albuquerque
Irmãos: Ian Sater, Bento Sater
Avós: Fuard Abdo Sater, Nair Melke Sater

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