John Craven será lembrado como o garoto que sonhava com o amor e a lua no topo de uma escada na versão da Broadway de "Our Town" por uma temporada e outra na estrada, enquanto seu pai, Frank Craven, oficiou como o gerente de palco genial e comentarista dessa peça. Originalmente pretendendo ser cirurgião, John foi desviado pela hereditariedade para um gerente de palco assistente em "Babes in Arms". Ele teve uma carreira ocupada na Broadway e no cinema entre os anos 30 e 50.

Ele entrou no cinema silenciosamente, com um papel menor em A Comédia Humana (1943), mas interpretou um jovem soldado órfão com muita simplicidade. Havia uma qualidade de doçura inteiramente masculina em seu rosto que faltava na tela desde que Richard Barthelmess estrelou os silêncios. Na verdade, John dificilmente era um desconhecido: Hollywood estava estranhamente atrasado em descobri-lo, enquanto ele tocava na Broadway por quatro anos. A desvantagem de um pai famoso pode ter atrasado seu início, devido a comentários como "Ah, sim - o menino de Frank Craven". Seu pai, o ator veterano, foi responsável pela primeira chance de John no palco - e quase pela perda dessa chance. Frank acabara de receber a liderança na peça "Nossa Cidade". John parou no escritório do produtor um dia, procurando por seu pai, e recebeu a liderança juvenil. Frank, que não queria que o jovem totalmente inexperiente começasse com um trabalho tão difícil, quase fez John perder o emprego, mas o jovem Craven o anulou e passou como um veterano. Frank Craven foi selecionado para o papel principal na versão cinematográfica de Nossa Cidade (1940), mas John não. O papel foi para um jovem William Holden, e o resto é história de Hollywood. John era um bom ator que merecia mais elogios e que merece um olhar mais atento dos historiadores do cinema.

Filho de Frank Craven. Pai de Frank Craven.
Primo de Eddie Craven.