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Lia Torá

Nomes Alternativos: Horácia Corrêa D'Ávila

2Número de Fãs

Nascimento: 12 de Maio de 1907 (65 years)

Falecimento: 27 de Maio de 1972

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - Brasil

Lia Torá, nome artístico de Horácia Corrêa D'Ávila, foi uma bailarina e atriz brasileira, uma das primeiras que atuou em Hollywood, após ter vencido um concurso realizado, em 1927, pela Fox.

Nascida no bairro de São Cristóvão, filha de um casal de portuguesa e espanhol, em Barcelona cursou a Academia de Dança. Logo integrou o cast da Companhia Velasco de teatro de revista, que gozava de fama internacional.

Numa turnê da companhia no Brasil, conhece o corredor Júlio Moraes, herdeiro de uma das maiores fortunas do país; ele já era casado, mas acabou se separando e se casando com Torá. Tiveram dois meninos gêmeos: Mário Júlio e Júlio Mário. Apesar da união e de o esposo ser contrário aos seus sonhos de atuar como atriz, em 1927 participou do concurso "Beleza Fotogênica Feminina Varonil", patrocinado pela Fox no Brasil, Espanha e Itália no qual Torá venceu a concorrente Pagu. O prêmio era ir à capital cinematográfica dos EUA e participar em filmes daquele estúdio. Sua beleza física e fotogenia (tinha olhos verdes) fizeram com que, morando na Suíça com o esposo, recebesse uma carta do estúdio informando que ficou em primeiro lugar. O marido foi contra, mas ainda assim ela seguiu, em 1927, para os EUA.

Estreou ainda em 1927, na comédia curta-metragem The Low Neck, que sequer foi exibida no Brasil. Em 1928 atuou em pequenos papeis em filmes como Street Angel e Dry Martini.

Seu maior papel deu-se em 1929, no filme The Veiled Woman (A Mulher Enigma), que também contou com música composta por outro brasileiro, Plínio de Brito, que teria sido o primeiro compositor do país a elaborar uma música especificamente para uma trilha sonora. Atuou, nesta película, no papel de Nanon, ao lado de Paul Vincenti (Pierre), Kenneth Thomson (Dr. Donald Ross) e do astro Béla Lugosi.

Com a chegada do cinema falado sua carreira encontrou o fim, pois não dominava o idioma, embora falasse bem o espanhol e o francês, coincidindo com o rompimento de seu contrato pela Fox. Ela então fundou sua própria companhia, encerrando a carreira hollywoodiana com o filme "Hollywood Ciudad de Insueño", do chileno José Bohr.

Retornando ao Rio, compartilhou com o esposo da paixão pelas corridas automobilísticas, chegando a correr no Circuito da Gávea, voltando a usar seu nome verdadeiro. Seu esposo morreu aos 75 anos, em 1956.

Em 1971 Torá teve uma última aparição, por alguns segundos, no filme As Confissões de Frei Abóbora.

Em dezembro de 1927 Torá enviou uma carta, publicada pela revista Ilustração Paranaense, na qual descrevia suas impressões nos Estados Unidos, em todos os seus aspectos: "Chegamos a 19 de Outubro em Hollywood, depois de quatro dias e meio de trem. Estamos todos cansados desta viagem, feita toda ela sem descanso" - disse, então. Mais adiante revela: "A Olive Borden é minha amiga, e eu estou até aprendendo inglês com ela. Todos os artistas são muito simpáticos, bons camaradas, e cada quinze dias dão uma reunião onde se reúnem todos (...) Não vou dizer a idade de todos os artistas que já vi, pois se tem cada decepção (...) eu falo assim para me dar ao "potin" de dizer que já estou familiarizada com as estrelas do meu tempo de fã..."

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