Como um romance de Émile Zola, a média-metragem Ménilmontant retrata a vida urbana parisiense do começo do século XX. As tomadas de cena rurais, o sub-mundo, a lentidão, o modo de deslocamento da câmera apresentam-se com um respiro literário. Sua câmera pode ser comparada ao Kino-Eye que capta as coisas com realidade, como o povo enxerga, nos seus mínimos detalhes. Não existem sub-títulos neste filme silencioso, com um enredo pequeno e opaco. No entanto, Kirsanoff produziu uma obra prima pelo trabalho de câmera e edição, criando uma atmosfera como jamais vista.