Com o título “Nos Campos do Holocausto” e subtítulo “Uma Série que poderia ter 20 milhões de episódios”, a série exibida no Discovery Civilization, traz relatos marcantes de sobreviventes do Holocausto, que ocorreu durante a segunda guerra mundial, e que escolheram o Brasil para morar após o fim de uma das guerras mais devastadoras da História do Homem moderno.
Com realização da Medialand, “Nos Campos do Holocausto” é um programa produzido para marcar os 70 anos de fim da segunda guerra. “Não dá para dizer que é uma comemoração, já que não há nada a comemorar. Criamos a série para relembrar que já faz – e só faz – 7 décadas que o mundo conviveu lado a lado com o pior do ser humano. E também é um registro histórico das vítimas que ainda estão vivas, permitindo que elas contem tudo o que passaram”, explica Beto Ribeiro, criador, roteirista e produtor executivo da série.
“Nos Campos do Holocausto” não tem a intenção imediata em explicar academicamente a segunda guerra, mas acaba ajudando a entender como foi a dinâmica entre os Aliados e o Eixo do Mal, liderado pela Alemanha. “Com a série, a gente percebe que é possível entender toda a segunda guerra através de cada relato, mesmo sendo extremamente pessoal e único. Afinal, todas as vítimas do Holocausto viviam o mesmo terror, e acabavam sendo direcionadas para uma mesma trajetória: a do extermínio pela intolerância racial e religiosa”, afirma Carla Albuquerque, produtora executiva e diretora geral da Medialand.
Cada episódio traz um novo sobrevivente relembrando suas três vidas: antes, durante e depois do Holocausto. “Muita gente acha que só existiram campos de concentração”, explica Beto. “Por isso, para esta primeira temporada, nos preocupamos em gravar com diferentes personagens que mostrem que a forma de sobrevivência mudava de acordo com o lugar onde os prisioneiros estavam. Temos sobreviventes de guetos, campos de concentração, campos de extermínio, judeus que viveram escondidos de casa em casa ou até no meio da floresta, esperando o fim da guerra”. “Também mostramos objetos pessoais que alguns sobreviventes conseguiram trazer da Europa, como pijamas, estrelas de David, fotos da família que muitos nunca mais viram”, revela Carla.
Entre a primeira ideia e a realização da série foram 6 anos. Beto fala do processo de criação: “Fui algumas vezes para a Alemanha e para o Leste Europeu para visitar pessoalmente alguns campos de concentração e extermínio, casas que esconderam judeus e guetos que ainda estão em pé. Foram nesses lugares que imaginei o quanto cada história de cada vítima deveria ser tão impressionante que cada uma renderia um episódio”.
A primeira temporada de “Nos Campos do Holocausto” tem 8 episódios e a segunda já está em produção.