A nova comédia de Adam Sandler traz de volta aos cinemas os nostálgicos jogos de arcade dos anos 80 e 90. Mesmo com uma ideia bem intencionada, Pixels tem um roteiro não vai além do que já foi apresentado nos trabalhos feitos pelo ator. Além disso, a direção de Chris Columbus remete ao padrão clássico de seus títulos "Sessão da Tarde", como Esqueceram de Mim e Uma Babá Quase Perfeita, com um desfecho totalmente previsível.
Na trama, o campeão de competições de videogame nos anos 80, Sam Brenner (Sandler) terá que salvar a Terra de uma invasão de seres intergalácticos feita por imagens de jogos clássicos de arcade. Para completar a equipe, ele contará com mais dois veteranos (Peter Dinklage e Josh Gad) e a tenente-coronel Violet Van Patten (Michelle Monaghan), especialista em tecnologia que irá fornecer as armas necessárias para combater os inimigos.
O roteiro, assinado por Tim Herlihy (Gente Grande 2) e Timothy Dowling (Esposa de Mentirinha), segue algo esperado do começo ao fim. Não há momentos em que o espectador se surpreenda sobre o que está por vir. Assim, o longa se torna entediante e monótono, onde até as piadas são aguardadas.
Outro fator importante que inutiliza a obra é o fato que o Adam Sandler faz tudo sozinho sem dar o espaço necessário para os outros personagens. Ou seja, parece que o elenco inteiro só está ali para servir de enfeite, pois Sandler irá resolver tudo sem a ajuda de seus companheiros, invalidando suas participações. Ademais, o filme tenta enfatizar a todo momento que o personagem de Sandler é o famoso “loser” com todos os estereótipos possíveis mesmo que o público já tenha entendido o recado na primeira cena do longa.
Harry Potter e Magic Mike são citados de maneiras hilárias, que se tornam talvez as únicas piadas que conseguem tirar alguns risos do espectador, devido às referências. A participação de Denis Akiyama, como o Professor Iwatan, criador do Pac-Man também é um dos acertos da trama, que além do humor, apresenta uma veracidade ao personagem.
Pixels traz à tona o contraste entre o velho e o novo, relembrando de forma nostálgica os grandes clássicos do videogame. Mas a forma utilizada para abordar o tema estraga a obra a partir do momento em que a história é deixada de lado e colocam Adam Sandler num pedestal com piadas escrachadas que não acrescentam nada ao produto final.
Por: Caroline Venco