Começa nesta terça, dia 17, às 20h, no Cine Theatro Brasil Vallourec, a 13a CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e segue até o dia 22 de setembro com vasta programação gratuita de filmes, debates, masterclasses, rodas de conversa e a realização do Brasil CineMundi – 10th International Coproduction Meeting, o encontro de coprodução do cinema brasileiro.
Serão cinco espaços culturais ocupados na cidade: Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes), Sesc Palladium, Cine Theatro Brasil Vallourec, Teatro Sesiminas e MIS Cine Santa Tereza. A mostra exibe 85 filmes nacionais e internacionais, entre pré-estreias e retrospectivas (24 longas, 3 médias e 58 curtas-metragens), num total de 43 sessões de cinema, produções de 11 estados brasileiros e o Distrito Federal (BA, DF, ES, MG, PB, PE, PR, RJ, RS, SC, SE, SP) e seis países (Argentina, Brasil, Colômbia, EUA, França e Portugal).
A noite de abertura apresenta a temática do evento “A internacionalização do cinema brasileiro e os desafios para o futuro” em performance audiovisual que tem a direção de Chico de Paula e Grazi Medrado, roteiro Chico de Paula, Grazi Medrado e Raquel Hallak, design de vídeo assinado por Bruno Cardieri, apresentação da atriz Rejane Faria e participações especiais da Banda Diplomattas, da atriz e dramaturga Grace Passô e do multiartista Robert Frank. A trilha sonora, executada ao vivo, fica a cargo do Barulhista.
A homenageada desta edição, a produtora mineira Filmes de Plástico formada por Gabriel Martins, Maurílio Martins, André Novais Oliveira e Thiago Macêdo Correia, que completa uma década de atividades em 2019, vai receber o Troféu Horizonte, oferecido pela Universo Produção.
Em seguida, o público vai conferir a pré-estreia nacional de “A Vida Invisível”, filme do diretor cearense Karim Aïnouz que saiu vencedor da mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes, em maio deste ano. É a primeira vez que um filme brasileiro ganha o troféu desta competição. O longa-metragem adapta o livro de Martha Batalha e foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o país na disputa por uma vaga entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2020. O produtor Rodrigo Teixeira e as atrizes Carol Duarte, Júlia Stockler e Maria Manoella estarão presentes à sessão. O drama acompanha a trajetória de duas irmãs ao longo de décadas, sempre na tentativa de se reencontrarem.
*Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir das 18h30 na bilheteria do Teatro.
TEMÁTICA E HOMENAGEM SEGUEM EM PAUTA NA QUARTA, 18/09
No dia seguinte, na quarta-feira, os integrantes da Filmes de Plástico vão promover uma masterclass no Teatro João Ceschiatti, no Palácio das Artes, às 14h30. Eles irão contar sua trajetória, abordando as escolhas, desafios, estratégias, modos de produção e esforços de coprodução que fizeram da empresa a atual “marca” mineira mais recorrente nos festivais mundiais e uma das mais vinculadas ao Brasil. A programação da mostra exibirá ainda três sessões de retrospectiva da Filmes de Plástico, com títulos que marcam sua produção – entre eles o primeiro projeto, o curta “Filme de Sábado” (2009), e o mais recente, o longa “No Coração do Mundo” (2019).
Na mesma quarta-feira, às 16h15, tem a mesa para discutir a temática do evento “A internacionalização do cinema brasileiro e os desafios para o futuro”, também no Teatro João Ceschiatti. A discussão parte do reconhecimento da presença no exterior e importância dos filmes do país no circuito dos principais festivais internacionais e o aumento das coproduções com outras nações. Quanto aos “desafios para o futuro”, a proposição é a de reconhecer também a fragilidade de um cenário sujeito às intempéries políticas e à fragilidade das instituições de Estado. Estarão presentes Eduardo Valente (cineasta, crítico e programador de cinema e ex-assessor internacional da Ancine), Janaína Oliveira (curadora e programadora de festivais, coordenadora Ficine) e Rodrigo Teixeira (produtor, RT Features).
Imagem: 13a CineBH - Cine Theatro Brasil Vallourec / Foto Leo Lara-Universo Produção / Divulgação